(Minghui.org) Enquanto a China foi duramente atingida pela pandemia do coronavírus em 2020, seu partido governante, o Partido Comunista Chinês (PCC), continuou a perseguição ao Falun Gong, uma disciplina espiritual também conhecida como Falun Dafa que se baseia nos princípios da Verdade, Compaixão e Tolerância.

A pandemia não impediu o PCC de perseguir o Falun Gong

De acordo com informações coletadas pelo Minghui.org, 6.659 praticantes foram presos e 8.576 foram perseguidos em 2020. Embora o número de 6.109 de prisões tenha permanecido semelhante ao ano anterior, em 2020 houve um aumento de 2,4 vezes nos casos de assédio em comparação com o número de 3.582 em 2019.

Entre o total de 15.235 praticantes que foram alvos em 2020, 3.588 tiveram suas casas saqueadas e 537 foram levados para centros de lavagem cerebral.

Houve também 622 praticantes condenados à prisão por causa da crença na prática (alguns dos quais fizeram parte dos 6.659 presos em 2020) e outros 83 perseguidos até a morte em 2020, os dois acontecimentos foram detalhados em relatórios separados.

Devido ao lockdown após a eclosão da epidemia do coronavírus, em janeiro de 2020 foram registrados os menores incidentes de perseguição. No entanto, nos meses seguintes os incidentes da mesma, constantemente, aumentaram com um pequeno pico em abril e um maior em julho.

Os picos de abril e julho têm sido uma tendência ao longo dos anos, já que as autoridades muitas vezes intensificam a repressão em torno de duas datas sensíveis: 25 de abril e 20 de julho. No dia 25 de abril de 1999, cerca de 10.000 praticantes do Falun Gong realizaram um apelo pacífico do lado de fora do Escritório Nacional de Apelações em Pequim e no dia 20 de julho de 1999, menos de três meses, o PCC formalmente, iniciou a perseguição ao Falun Gong.

No primeiro semestre de 2020, durante o lockdown, muitos praticantes foram direcionados para intensificarem seus esforços para expor como o PCC tem usado táticas semelhantes de acobertamento usadas na perseguição para lidar com o surto do coronavírus.

Uma mulher na província de Hunan foi forçada a viver longe de casa depois que as autoridades descobriram que ela havia colocado cartazes com QR code, os quais direcionavam para sites no exterior com informações não censuradas sobre a pandemia. Um médico da província de Ningxia foi preso duas vezes, primeiro em março e depois em junho, por distribuir materiais informativos. Mesmo uma menina de nove anos na província de Hubei não foi poupada do assédio depois que a polícia a pegou colocando informações em seu bairro.

A campanha maciça de assédio "zerar"

A partir do segundo semestre do ano, devido à campanha nacional "zerar", os casos de assédio começaram a superar as prisões. Semelhante à campanha do ano de 2017, chamada assédio "batendo na porta" e da campanha do ano de 2018, chamada campanha de repressão às gangues, a qual tinha como alvo os praticantes por causa da sua crença na prática, as autoridades visitaram todos os praticantes na lista negra do governo e tentaram forçá-los a renunciar ao Falun Gong na nova campanha “zerar”.

Os primeiros casos de assédio no esforço "zerar" que varreu o país foram registrados em março de 2020 na província de Guizhou. Foi relatado que o Comitê de Assuntos Políticos e Jurídicos (CAPJ) de Guizhou emitiu uma ordem para "transformar" completamente todos os praticantes entre os anos de 2020 e 2023. Sua ordem foi baseada em um documento (nº 101) divulgado pelo CAPJ central em Pequim, intitulado "Sobre a questão da redução do número de praticantes do Falun Gong".

Na perseguição ao Falun Gong, o CAPJ, uma agência extrajudicial que supervisiona a segurança do Estado, a procuradoria e o sistema judicial, desempenhou o principal papel na mediação da política de perseguição.

A Agência 610 local e o CAPJ, ambos encarregados de supervisionar a perseguição, ordenaram que os oficiais da comunidade local e a polícia pressionassem os praticantes à submissão. Quando desafiadas, as autoridades colocaram os praticantes em centros de lavagem cerebral e ameaçaram seus familiares, caso eles não convencessem os praticantes a desistirem da prática, a perderem seus empregos. Nas províncias de Guangdong e Hainan, as autoridades anunciaram recompensas de 100.000 yuans pela denúncia de cada praticante do Falun Gong.

Com o objetivo de colocar os familiares contra os praticantes, alguns policiais os assediaram ameaçando proibir seus filhos a frequentarem a universidade.

Embora, entre março e outubro uma média de 706 incidentes por mês tenha sido relatada, o assédio se intensificou ainda mais nos últimos dois meses de 2020. Essa média quase dobrou em novembro e dezembro, passando para 1.285 e 1.358 respectivamente. Nesses meses, também tivemos um aumento no número de praticantes sendo levados para os centros de lavagem cerebral, em março e outubro a média era de 40 praticantes, em novembro e dezembro passou a ser 110.

Os casos de assédio em novembro e dezembro de 2020 representaram aumentos de 5 e 6, 7 vezes em relação a 2019.

Perseguição em toda parte

Os incidentes da perseguição em 2020 ocorreram em 304 cidades, em 29 províncias e municípios centralmente controlados. Hebei encabeçou a lista com a maioria dos alvos dos praticantes (2.373), seguido por Heilongjiang, Shandong, Jilin, Sichuan e Liaoning. Hubei, a sétima província, o epicentro da pandemia, registrou um total de 589 casos. Outras 18 províncias também registraram casos da perseguição na casa de três dígitos (de 105 a 480). As quatro províncias restantes relataram entre 4 e 87 incidentes.

O ano de 2020 também viu mais praticantes idosos sendo alvos. Em 2019, o número de praticantes com mais de 65 anos, presos ou assediados, era de 583, já em 2020 esse número quase dobrou passando para 1.188. Em 2020, na faixa etária de 70 a 80 anos, 419 praticantes foram presos. Dezessete estavam na casa dos 90 anos e o mais velho com 94 anos.

Em 2020, muitos praticantes presos foram e brutalmente torturados, como resultado, pelo menos seis morreram. No dia 13 de maio, uma mulher morreu sob custódia policial quatro dias após sua prisão. No dia 18 de junho, uma outra mulher morreu horas depois de ter sido presa. No final de junho, após serem presas, mais duas praticantes foram espancadas até a morte.

Uma vez condenado a 11 anos, um praticante morreu um mês e meio depois de sua prisão em agosto. Outro praticante morreu em outubro, dois meses após ter sido mantido em uma prisão coletiva, em decorrência das torturas sofridas durante a sua detenção.

Os 15.235 praticantes visados vieram de todas as classes sociais, incluindo 320 profissionais, como professores universitários e do ensino médio, advogados, médicos, engenheiros, artistas, jornalistas, intérpretes, escritores e dançarinos.

Um fotógrafo de 25 anos que havia acabado de começar a praticar o Falun Gong foi preso por distribuir folhetos sobre a prática. Uma mulher de 77 anos foi filmada falando com a pessoas no ônibus sobre o Falun Gong e por isso foi presa. Outros praticantes foram presos por estudarem juntos os ensinamentos da prática.

Além do assédio, ao longo do ano, houveram relatos de dezenas de detenções de grupos, incluindo: 18 praticantes da cidade de Jieyang na província de Guangdong, presos no dia 14 de junho; mais de 10 praticantes da cidade de Xi’an na província de Shaanxi, presos no dia 26 de julho; 21 praticantes da cidade de Changsha na província de Hunan, presos no dia 27 de outubro e mais de 80 praticantes da cidade de Hegang na província de Heilongjiang, foram presos entre os dias 11 e 13 de dezembro.

Notavelmente, três dos praticantes presos no dia 26 de julho, em Xi’na, estavam na casa dos 80 anos, quatro estavam no final dos 70 anos e um tinha por volta dos 60 anos.

No dia 1º de outubro, perto do Festival do meio Outono, feriado tradicional para que as famílias se reúnam, uma família grande da cidade de Kunming na província de Yunnan, em uma semana, foi presa duas vezes.

Além das prisões e torturas sob custódia, muitos praticantes tiveram o dia a dia prejudicado, bem como a segurança pessoal, os negócios e a saúde foram comprometidos.

Um engenheiro, que tinha sido demitido do emprego por causa da sua fé, foi solto após cumprir uma sentença de dois anos, porém não foi permitido alugar uma habitação para morar. Uma praticante aposentada ainda está presa mesmo tendo sido diagnosticada com câncer no pulmão.

Em alguns casos, além dos praticantes serem alvo por causa da crença na prática, seus familiares também foram perseguidos, presos e interrogados. A matrícula no jardim de infância do neto de quatro anos de idade de uma praticante foi negada, porque a avó se recusou a renunciar ao Falun Gong.

O filho de uma mulher foi mantido refém na delegacia depois que ela escapou da prisão e a clínica do filho de outra praticante foi fechada à força depois que ela se recusou a assinar uma declaração renunciando o Falun Gong.

Um jovem cresceu testemunhando a perseguição aos seus pais, os mesmos foram presos e seu pai acabou morrendo, o jovem ficou arrasado. Agora, ele busca por justiça para sua mãe, que está sob custódia e pode ser condenada à prisão.

Alguns praticantes sofreram uma década de encarceramento e tortura antes de, novamente, serem alvo por causa da crença no Falun Gong. Após ter sido condenada a 13 anos, uma mulher da cidade de Yinchuan na província de Ningxia, novamente, foi presa. Outro homem da cidade de Hegang na província de Heilongjiang, o qual passou 15 anos na prisão, em meados de dezembro, foi preso em uma blitz policial.

Perseguição financeira

Durante a prisão de 401 praticantes foi extorquido ou confiscado um total de 7.284.097,56 yuans, isso corresponde a uma média de 18.165 yuans por praticante. Em 2020, outros 161 praticantes tiveram as pensões suspensas. Mesmo que a Lei do Trabalho e a Lei do Seguro Social da China, não estipulem que as aposentadorias devam ser suspensas durante o cumprimento da pena, a maioria dos praticantes foi forçada a devolver a quantia que receberam durante a prisão por causa da crença na prática.

A Sra. Wenqing, residente da cidade de Fushun na província de Liaoning, ao retornar ferida para casa após cumprir quatros anos na prisão por causa da crença no Falun Gong, ficou arrasada ao saber que seu pai tinha falecido um ano atrás. Outro golpe que ela sofreu foi quando soube que os seus 27 anos de trabalho não haviam resultado em nenhum benefício para aposentadoria. Atualmente, a ex-professora de música de 52 anos de idade mora com a mãe de 80 anos, enfrentando enormes dificuldades financeiras para sobreviver.

No dia 26 de junho, durante a sua prisão, o Sr. Ren Haifei residente da cidade de Dailan na província de Liaoning, teve 500.000 yuans em dinheiro e 200.000 yuans em equipamentos de informática confiscados. Após ter sido agredido na prisão, o Sr. Rein passou a ter insuficiência cardíaca e renal.

No dia 14 de julho, a Sra. Zhao Xiqing, 85 anos, da cidade de Wuhan na província de Hubei, foi presa em casa. A polícia vasculhou sua residência e confiscou suas economias no valor de 250.000 yuans em espécie. Embora, no dia seguinte, ela tenha sido libertada, a polícia se recusou a devolver o seu dinheiro.

Os idosos são alvo

A perseguição aos praticantes idosos foi especialmente desenfreada em 2020. Apesar da idade avançada, alguns ainda foram espancados e abusados após terem sido presos.

Abuso físico e detenção em regime isolado

No dia 14 de agosto de 2020, na cidade de Pengzhou na província de Sichuan, durante sua prisão a Sra. Chen Guifen de 80 anos, segurou com força contra o peito o Zhuan Falun, o livro principal do Falun Gong, quando ela fez isso a polícia a agarrou pelas mãos e pelos pés arrastando-a até a viatura e a levou para a delegacia. Por volta das 18h00 ela foi liberada. Após duas semanas ela ainda tinha as marcas nas partes do corpo onde foi agarrada pela polícia.

Depois que o Sr. Lei Zhengxia de Chongqing, de 74 anos de idade, foi preso na casa de sua filha na cidade de Xi'an na província de Shaanxi, no dia 4 de setembro de 2020, um policial o empurrou para um canto da sala de interrogatório, deu-lhe um soco no peito, bateu no pescoço com a ponta da mão e bateu sua a cabeça contra a parede. Outro policial tentou golpear as pernas do Sr. Lei com seus joelhos, mas a esposa do Sr. Lei, que foi presa com ele, impediu o policial.

A Sra. Zhao Fenglan, 82 anos, da cidade de Benxi na província de Liaoning, foi presa na sua casa no dia 21 de junho de 2020. Como ela estava tendo dificuldades para andar e falar, a polícia a levou à força. Na delegacia, a polícia a colocou em uma cadeira e a carregou para a sala de interrogatório.

A polícia interrogou a Sra. Zhao das 10h às 16h. Eles alegaram que tentaram procurá-la em casa, mas não conseguiram encontrá-la. Eles a acusaram de violar as condições da fiança em uma detençaõ anterior e a colocaram na lista de procurados. A Sra. Zhao ficou apavorada com o interrogatório e permaneceu muito fraca depois que foi levada para casa mais tarde naquele dia.

No dia 22 de maio, a Sra. Yan Yixue de 90 anos, da cidade de Shihezi na província de Xinjiang, foi presa antes da conferência política do PCC e mantida em detenção isolada até o início de agosto. Quando ela foi liberada, estava franzina e tinha fortes dores nas costas.

No dia 8 de setembro de 2020, a Sra. Zhou Shanhui, uma mulher de 73 anos de idade da cidade de Pengzhou na província de Sichuan, também foi detida em isolamento após sua 13ª prisão por praticar o Falun Gong.

Aposentadoria suspensa

Além dos abusos físicos, outra tática devastadora utilizada para perseguir os praticantes idosos foi a suspensão da aposentadoria.

A Sra. You Xiuying de 76 anos da cidade Xangai, recebeu uma notificação do Escritório da Previdência Social no final de novembro de 2020 para se reportar a eles em de cinco dias com documentos da sua prisão anterior por praticar o Falun Gong. O aviso advertia que sua aposentadoria seria suspensa se ela não chegasse a tempo de verificar sua sentença de um ano de prisão em 2016.

Mesmo sabendo que o prazo de cinco dias era apenas uma desculpa e que as autoridades poderiam suspender sua aposentadoria, quer ela aparecesse ou não, a Sra. You mesmo assim, foi ao escritório da previdência social. Ela disse a eles: "Estou enfrentando uma linha de montagem de uma fábrica de perseguição. Vocês me prenderam e me condenaram ilegalmente e agora vocês irão tirar minha aposentadoria ilegalmente".

Apesar do recurso da Sra. You, a equipe do escritório da previdência social insistiu que eles deveriam seguir as ordens de seu supervisor e suspenderam seu pagamento.

Embora existam muitos casos de praticantes que tiveram suas aposentadorias suspensas para pagar os fundos que receberam enquanto cumpriam pena, a Sra. You é o segundo caso confirmado nos últimos meses em que a previdência social suspendeu a aposentadoria de uma pessoa simplesmente porque, no passado, ela tinha sido condenada por causa da crença na prática. Outro praticante, o Sr. Yang Hejiang, de 82 anos, da cidade de Suining na província de Sichuan, desde setembro de 2020, teve sua aposentadoria suspensa.

No caso da Sra. Wei Xiuying, embora ela tenha ganho a ação judicial contra seu departamento local de previdência social por ter retido sua aposentadoria, o departamento ainda se recusou a retomar seus pagamentos. Em vez disso, continuaram a assediá-la e a pressioná-la a devolver os mais de 100.000 yuans que ela havia recebido durante sua injusta pena de prisão por ter praticado o Falun Gong. Agora, ela está ainda mais pressionada, depois que o tribunal local tomou o partido do bureau e congelou sua conta bancária a fim de forçá-la a devolver a quantia.

Sra. Wei Xiuying

Impacto da perseguição sobre as famílias

Para muitos dos praticantes idosos, eles e seus cônjuges confiam um no outro para administrar o dia-a-dia. Quando são presos ou molestados por causa da crença na prática, seus familiares enfrentam tremendas dificuldades.

No dia 20 de fevereiro de 2020, a Sra. Chen Lanzhi de 85 anos, da cidade de Jinan na província de Shandong, foi presa após de ter dado a um jovem um folheto sobre o Falun Gong. A polícia saqueou sua casa e confiscou seus livros e outros itens pessoais.

Embora a Sra. Chen tenha sido libertada no mesmo dia, seu marido ficou aterrorizado com a blitz policial e logo ficou doente. Ele ficou enfermo por alguns meses e faleceu por volta de setembro de 2020.

No dia 7 de março de 2020, após ter sido preso, o Sr. Cheng Defu, um veterano de 73 anos de Chongqing, foi repetidamente esbofeteado no rosto e teve dois de seus dentes arrancados e seu braço ferido. A polícia apresentou seu caso ao promotor, que o acusou. No dia 3 de dezembro, dois dias antes de seu encontro com o juiz, a polícia prendeu sua esposa e a ameaçou. Com medo de ser implicada, ela voltou para a cidade onde vivia antes de se casar, deixando o Sr. Cheng por conta própria.

A Sra. Cao Yueling (40 anos) e sua mãe, a Sra. Chen Yan (71 anos), ambas foram condenadas por compartilharem a crença no Falun Gong. Elas foram condenadas à prisão com dois anos de diferença, respectivamente, em 2016 e 2018. No dia 10 de maio de 2020, dezoito meses após o retorno da Sra. Cao para casa, sua mãe foi libertada. Três meses depois, novamente, Cao foi presa no caminho para visitar seus filhos. No dia 21 de setembro, por buscar pela liberdade da filha, a Sra. Chen foi presa novamente. Agora seu marido está sozinho tendo que cuidar de si mesmo.

Mais tragédias familiares e o impacto da perseguição sobre as crianças

Quando o PCC ordenou a perseguição ao Falun Gong em 1999, eles não visavam apenas os cerca de 100 milhões de praticantes, mas também os seus familiares. Nos últimos 22 anos, enquanto muitos dos praticantes foram presos, torturados e aprisionados, suas famílias também passaram por agonias e dores indescritíveis. Mais tarde, alguns deles decidiram deixar os praticantes, alguns viram sua saúde piorar devido à pressão e outros brigaram por justiça e apoiaram seus entes queridos na defesa da crença na prática.

No dia 11 de setembro, após a Sra. Jin Min da cidade de Jilin na província de Jilin, ser presa por falar com um motorista de táxi sobre o Falun Gong. Seu pai, na casa dos 80 anos, andava pela cidade perguntando sobre ela e apenas era enganado por várias pessoas e lhe foi negado visitar a sua filha.

No dia 15 de julho de 2020, por volta das 6h, a polícia invadiu a casa da Sra. Yu Aili e a prendeu. A prisão e a posterior detenção da Sra. Yu causou enormes dificuldades a seu marido, que após sofrer um derrame anos atrás, está enfermo.

A Sra. Yu não foi a única da família a ser alvo por causa da crença na prática. Sua mãe, a Sra. Liang Deqin, quanto sua irmã, Sra. Yu Aiji, foram perseguidas. Em 2015, após ser libertada a Sra. Liang foi ficou tão traumatizada que ao ouvir passos no corredor ou alguém batendo na porta, ela desmaiava.

No dia 21 de janeiro de 2016, a Sra. Yu Aiji foi condenada a três anos de prisão. Após saber da sentença da filha, seu pai sofreu um derrame e acabou falecendo. Somente após uma semana, seu marido pediu o divórcio para evitar a perseguição e tomou posse de todas as suas propriedades. A Sra. Yu sofreu outro golpe quando, não muito depois do seu divórcio, seu empregador a informou que ela havia sido demitida. Ela começou a sofrer de depressão e permanece afastada desde sua libertação. Ela é incapaz de interagir com as pessoas ou trabalhar.

Enquanto os adultos passam dificuldade em lidar com a perseguição, seus filhos também não permanecem ilesos.

Em novembro de 2020, depois que três residentes da cidade de Shihezi na região autônoma de Xinjiang Uyghur, foram presos e levados para um centro de lavagem cerebral, suas famílias e filhos ficaram em apuros.

A polícia assediou a Sra. Zou Xiaoyu, a filha da Sra. Zhan Ying, a qual também havia sido presa e detida no passado, por compartilhar a crença na prática. A jovem foi espancada e forçada a ficar em pé por longas horas durante sua detenção em um centro de lavagem cerebral. Incapaz de suportar a pressão, ela infligiu danos a si mesma várias vezes. Ela era incapaz de se mover e ficou muda por um período de tempo. Embora, gradualmente, ela tenha se recuperado após ser liberada, ainda ficava muda, tremia involuntariamente e quando se sentia angustiada, tinha fraqueza nas pernas.

Após a prisão do casal, Wang Xiaoying e Bao Feng, o filho foi para a delegacia às 21h para procurar o pai, mas foi impedido. A criança começou a chorar e ficou na delegacia até as 2h00 da manhã. A polícia teve que levá-lo para casa para empacotar as roupas do casal. A criança costumava ter pesadelos com as prisões e sempre acordava chorando.

A Sra. Yu Minghui, uma estilista que atualmente reside no Reino Unido, cresceu testemunhando a perseguição de seus pais. Seu pai, o Sr. Yu Zonghai, um bibliotecário, foi condenado a 15 anos em 2001 por pendurar uma faixa que dizia "Falun Dafa é bom". Sua mãe, a Sra. Wang Meihong, engenheira sênior do Instituto de Exploração Geológica de Heilongjiang, foi condenada a 11 anos de prisão em 2003 e severamente torturada antes de ser presa novamente em 23 de novembro.

Sra. Yu Minghui e sua mãe, Sra. Wang Meihong, antes do início da perseguição em 1999

Enquanto o Sr. Huang Zhufeng, um antigo engenheiro na cidade de Maoming na província de Guangdong, ainda está detido e enfrenta uma acusação por causa da sua fé, as autoridades forçaram seu senhorio a rescindir o contrato de locação da família e ordenaram que sua esposa, a Sra. Xie Yuezhen e seu filho de 15 anos se mudassem em poucos dias. Agora seu filho, um aluno do nono ano, não quer ir mais para a escola.

Em outro incidente, a polícia colocou o neto de dez anos do Sr. Kong Lingpo na viatura e ordenou que ele dissesse a eles como chegar à casa de seu tio (filho mais novo do Sr. Kong). O menino ficou traumatizado com a experiência.

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Abaixo temos mais casos de prisões e assédio.

Casos de assédio na campanha "zerar"

Como punição, corte de energia e água dos praticantes

No dia 30 de agosto de 2020, quatro funcionários da cidade de Jiansanjiang na província de Heilongjiang, invadiram a casa da Sra. Liu Shiyin. Um deles estava gravando tudo em vídeo. Eles ordenaram que ela assinasse as declarações de renúncia ao Falun Gong. Eles foram embora quando ela se recusou a obedecer, mas voltaram dois dias depois para, novamente, pressioná-la. Ela se recusou a abrir a porta. Para puni-la, eles cortaram sua água e energia.

Nos dias 3 e 4 de setembro, novamente, dois policiais voltaram. Eles ameaçaram demitir sua filha do emprego caso ela não assinasse a declaração. Eles também ameaçaram suspender sua aposentadoria. Naquela época, havia um carro estacionado na rua onde ela morava e todos os dias alguém a monitorava o tempo todo.

Jogando as famílias contra os praticantes

As autoridades locais muitas vezes perseguiram a Sra. Ma Guizhen, da cidade de Lingwu na região autônoma de Ningxia Hui. Ela se recusou a assinar uma declaração de garantia e não importava quantas vezes eles tentassem. Eles ameaçaram confiscar suas terras agrícolas e seu apartamento alugado e tirar seu neto da escola. E mesmo assim, ela se recusava. Com isso, as autoridades se dirigiram aos seus familiares fazendo as mesmas ameaças.

No dia 25 de outubro de 2020, com o sustento ameaçado, o filho da Sra. Ma e seu irmão mais novo foram ao seu local de trabalho e tentaram coagi-la a assinar a declaração. Ao recusar, eles a repreenderam e bateram nela. Eles agarraram sua mão, dobraram seus dedos para trás e colocaram sua impressão digital na declaração preparada, quase quebrando seu dedo.

Marido pede divórcio para evitar ser implicado

A partir de novembro de 2020, um secretário local, frequentemente, ligava para a Sra. Zhang Xuanwen, exigindo que ela assinasse as declarações de renúncia. Song Yuliang, vice-secretário do centro de Hepan na cidade de Baiyin na província de Gansu, ameaçou tirar o trabalho da Sra. Zhang como professora. Song também ameaçou suspender o salário de seu marido e tirar o emprego de seus filhos.

Quando a Sra. Zhang disse a Song que praticar o Falun Gong era seu direito constitucional e que ele não deveria caluniar sua crença, Song ligou para o marido da Sra. Zhang ordenando que seu marido a obrigasse a renunciar à prática de qualquer forma ou correria o risco de perder seu emprego.

Então, Song ligou para a filha da Sra. Zhang e pediu informações sobre seu empregador. Ele também conversou com o filho da Sra. Zhang e o aterrorizou. Nos dias seguintes, toda a família pressionou a Sra. Zhang e tentou dissuadi-la da prática.

Temendo ser implicado, o marido da Sra. Zhang se divorciou dela.

Assédio diário

Em setembro de 2020, as autoridades e a polícia assediaram os praticantes na cidade de Cangzhou na província de Hebei, aparecendo em suas casas todos os dias e só iam embora à noite. Às vezes, eles ficavam até depois da meia-noite. O chefe e o secretário local ordenaram que seus subordinados "fossem às casas dos praticantes como se fossem trabalhar todos os dias até que garantissem que não praticariam mais".

No dia 22 de setembro de 2020, Bai Hongjian, secretário da vila de Shijia e quatro outras pessoas foram à casa da Sra. Zhang Zhaoying. Bai disse à Sra. Zhang de 78 anos, que as declarações estavam prontas e ela só precisava colocar suas impressões digitais nelas. Ela se recusou e não permitiu que eles a gravassem um vídeo em sua casa. As autoridades chamaram seu filho e ordenaram que ele convencesse a mãe a assinar. Ela não cedeu à pressão.

Depois das 20h00, um dos oficiais agarrou a mão da Sra. Zhang, pressionou seu dedo em uma almofada de tinta e colocou sua impressão digital nos papéis. Então, eles partiram.

Mulher de 80 anos submetida a lavagem cerebral e espancamentos

A Sra. Li Guilan de 80 anos de idade da cidade de Lanzhou na província de Gansu, se aposentou do Instituto de Pesquisa de Controle de Voo da Aeronáutica e Administração Espacial de Lanzhou. A partir de agosto de 2020, as autoridades locais a assediaram constantemente em casa ou ordenaram que outras autoridades comunitárias aparecessem em sua porta. Eles, diariamente, iam à sua casa das 9h00 às 17h00.Eles questionaram e fotografaram todos os seus convidados.

As autoridades quebraram a fechadura da porta da Sra. Li e saquearam sua casa. Eles até foram a Xangai para ameaçar os netos dela na tentativa de forçá-los a falar com a avó para não praticar.

Certa vez, as autoridades levaram a Sra. Li para uma sala vazia e a obrigaram a assistir a vídeos difamando o Falun Gong das 7h30 às 15h00. Eles colocaram o volume o mais alto possível e abriram seus olhos e a forçaram a assistir. Quando ela lutava, eles se revezavam para beliscá-la e lhes darem socos. Ela levou um soco na cabeça e caiu no chão. Eles fizeram uma enfermeira examiná-la e ela estava com pressão alta e problemas cardíacos. Sem tratá-la, eles a levaram às pressas para um templo para fazer uma lavagem cerebral nela.

Uma mulher de Tianjin, após três anos da morte do marido devido a tortura, ainda enfrenta assédio

Desde novembro de 2020, as autoridades em Tianjin têm perseguido a Sra. Meng Xianzhen. Eles continuaram batendo na sua porta ou ligando para ela, ameaçando levá-la de volta à custódia caso ela se recuse a renunciar ao Falun Gong.

Além da campanha "zerar", as autoridades também visaram a Sra. Meng na tentativa de impedi-la de expor a tortura e a morte de seu marido, o Sr. Yang Yuyong, que também praticava o Falun Gong.

No dia 7 de setembro de 2016, tanto o Sr. Yang quanto a Sra. Meng, foram presos e levados para o Centro de Detenção do Distrito de Wuqing. O Sr. Yang fez greve de fome e foi colocado em um equipamento de tortura, o tempo todo estando algemado e acorrentado por correntes pesadas. Os guardas bateram nele com varas de bambu até que suas nádegas sangrassem. Eles também ordenaram que os presidiários batessem nele e o agredissem sexualmente, incluindo beliscar seus órgãos genitais e morder seus mamilos. No dia 11 de julho de 2017, menos de oito meses após sua prisão, o Sr. Yang morreu na prisão. Seu corpo estava preto e roxo e tinha vestígios de varas de bambu sob as unhas dos pés.

Profissional é alvo de perseguição

Uma vez torturado e despedido do emprego, novamente, o ex-cirurgião ortopédico foi preso

No dia 8 de abril de 2020, após suportar seis anos e meio de prisão e tortura, um ex-cirurgião ortopédico foi novamente preso, por divulgar informações sobre o Falun Gong.

Sr. Li Lizhuang

O Dr. Li Lizhuang da cidade de Harbin na província de Heilongjiang, foi alvo de uma prisão de um grupo de 11 pessoas, entre 7 e 8 de abril pelos policiais de Daqing, uma cidade a cerca de 160 quilômetros de Harbin.

O Dr. Li com 47 anos de idade se formou na Universidade Médica de Harbin em 1995 e iniciou o Falun Gong no mesmo ano. Por causa de suas excelentes habilidades profissionais, ele logo se tornou um cirurgião ortopédico no Primeiro Hospital Afiliado da Universidade Médica de Harbin. Ele era conhecido por sempre ir mais longe para ajudar seus pacientes. Um de seus pacientes não tinha dinheiro, mas precisava urgentemente de uma cirurgia. O Dr. Li pagou pelo exame de sangue pré-operatório e pela operação, cerca de 1.000 yuans no total, quando seu salário mensal na época era somente de 300 yuans.

Depois que o regime comunista começou a perseguição ao Falun Gong em 1999, o Dr. Li foi preso várias vezes e teve sua casa saqueada por defender sua crença na prática. Ele cumpriu duas penas em campos de trabalho forçado e uma pena de prisão, totalizando seis anos e meio. Ele sofreu torturas terríveis e abuso sexual na prisão.

Após sua libertação, o Dr. Li ficou arrasado ao saber que o hospital o havia despedido. Incapaz de encontrar trabalho em outro hospital, ele foi passou a vender roupas na rua.

Durante os anos em que o Dr. Li esteve preso, seus pais passaram por um grande estresse. Eles viajavam, todos os meses, para o campo de trabalho ou prisão para visitá-lo. Preocupado que seu filho estivesse sendo torturado, seu pai passou a ter depressão e sua mãe perdeu cerca de 20 quilos em apenas alguns meses. Frequentemente, ela precisava tomar pílulas para dormir. Seu cabelo rapidamente ficou grisalho e ela começou a ter pressão alta. Muitas vezes ela desmaiava.

Em Pequim, uma artista viúva é presa antes do aniversário da perseguição

Após perder seu marido devido à perseguição do Falun Gong, uma artista em Pequim, que havia sido preso duas vezes, novamente, foi presa no dia 19 de julho de 2020, por causa da sua fé no Falun Gong.

A prisão da Sra. Xu Na ocorreu apenas um dia antes do 21º aniversário da perseguição do regime comunista chinês ao Falun Gong. No dia 20 de julho de 2020, a polícia saqueou sua casa e confiscou todos os seus dispositivos digitais e câmeras. Seu pai idoso está agora sozinho em casa e ainda não foi informado onde a Sra. Xu está sendo detida.

Sra. Xu Na

Nascida no ano de 1968 em uma família de artistas, a própria Xu é uma artista premiada. Seu marido, Yu Zhou, um ex-aluno da prestigiosa Universidade de Pequim, era músico e proficiente em várias línguas.

Depois que o regime comunista ordenou a perseguição ao Falun Gong, a Sra. Xu foi presa em julho de 2001 por fornecer abrigo a praticantes de fora da cidade que vieram a Pequim para apelar pela sua crença. Ela foi condenada a cinco anos de prisão em novembro de 2001 e cumpriu pena na Prisão Feminina de Pequim, onde foi colocada em isolamento, privada de sono, sem permissão para tomar banho e sem visitas familiares.

No dia 26 de janeiro de 2008, a Sra. Xu e o Sr. Yu foram presos no caminho de casa após uma apresentação. No dia 6 de fevereiro, 11 dias depois, o Sr. Yu morreu sob custódia, aos 42 anos de idade. No dia 25 de novembro de 2008, a Sra. Xu foi condenada a três anos de prisão.

Ex-engenheiro de design de radar detido pela polícia após ser libertado da prisão

O Sr. Ma Zhenyu ainda era monitorado após cumprir três anos de prisão por enviar informações sobre o Falun Dafa aos líderes do PCC. No dia 19 de setembro de 2020, o Sr. Ma, um ex-engenheiro do Ministério da Indústria da Informação da China, foi libertado da prisão de Suzhou na província de Jiangsu e levado de volta para sua cidade natal em Nanjing, na mesma província. Ele agora mora em uma residência cedida pela polícia e sob intensa vigilância.

Sr. Ma

A polícia intimidou a família do Sr. Ma, incluindo sua mãe, que está na casa dos 80 anos, e disse a eles para não entrarem em contato com sua esposa. Eles também intimidaram os praticantes locais do Falun Dafa e ordenaram que não entrassem em contato ou visitassem o Sr. Ma, ameaçando prendê-los caso o fizessem.

A esposa do Sr. Ma, Sra. Zhang Yuhua, ex-chefe do departamento da Universidade Russa Nanjing Normal, agora mora nos EUA. Ela se encontrou com o presidente Trump na Casa Branca em julho de 2019 e contou a ele como o PCC perseguiu seu marido. Devido aos seus esforços ativos para aumentar a conscientização sobre a perseguição ao Sr. Ma, as autoridades na China estão tentando impedi-la de contatá-lo.

Sra. Zhang Yuhua se encontra com o Presidente Trump no dia 17 de julho de 2019

Negada uma moradia a um ex-engenheiro e com isso ele é forçado a se mudar

Depois que o Sr. Xu Yongqing, um engenheiro elétrico de Xangai, foi dispensado do mandado de prisão de dois anos no dia 28 de novembro de 2019, ele foi demitido de seu emprego. Incapaz de pagar o aluguel do seu apartamento, o qual aumentou três vezes desde janeiro, ele se mudou no final de abril.

Sr. Xu Yongqing

Não demorou muito para que a polícia que o estava perseguindo encontrasse seu novo endereço. No dia 31 de julho, o Sr. Xu notou um carro branco do lado de fora de sua nova casa alugada e os dois ocupantes estavam olhando para ele. No dia 4 de agosto, cinco dias depois, seu senhorio lhe pediu que se mudasse dentro de uma semana, alegando que o comitê da aldeia tinha um novo plano de desenvolvimento para sua casa. Seu senhorio continuou pressionando Xu para se mudar e prometeu compensá-lo para cobrir as despesas com a mudança.

Não querendo que a polícia soubesse de seus planos, o Sr. Xu pediu a um de seus amigos que o ajudasse a encontrar um novo lugar para morar. Pouco depois de revelar seu novo endereço ao senhorio, que se revelou um policial aposentado, seu amigo foi assediado pela polícia e ameaçou não ajudar o Sr. Xu com a moradia. Semanas depois, outros policiais perseguiram o ex-engenheiro.

No dia 1º de outubro, quando o Sr. Xu voltou para sua cidade natal na província de Zhejiang para visitar sua mãe durante o Festival do Meio Outono, embora ele tivesse pago integralmente o aluguel de outubro, seu senhorio transferiu todos os seus pertences para o armazém da aldeia.

Dois anos antes de se aposentar um policial é dispensado por causa da sua fé

O Sr. Zha Zhuolin, um policial de 57 anos da cidade de Yuzhou na província de Henan, no dia 19 de agosto de 2020, foi demitido do seu emprego por praticar o Falun Gong. Ele se aposentaria em dois anos.

O Sr. Zha quando tinha 19 anos, entrou para o exército, servindo o mesmo durante 17 anos. Ele ganhou muitos prêmios antes de se tornar policial em 1999. Ele trabalhou muito e solucionou muitos casos difíceis envolvendo tráfico de drogas, assassinatos e roubos.

Devido a anos de trabalho árduo, ele desenvolveu muitas doenças, incluindo hipertensão, enxaqueca, problemas no ombro e hérnia de disco. Quando sua rinite estava ruim, ele não conseguia dormir. Ele costumava ficar exausto por ficar em pé para interrogar os suspeitos. Ele procurou muitas formas de tratamento, mas nenhuma delas adiantou muito.

Sem nenhuma esperança à vista, ele decidiu praticar o Falun Gong em 2013. Para sua surpresa, todos os seus sintomas logo desapareceram e ele voltou a ter boa saúde.

O Sr. Zha se esforçou para viver de acordo com os princípios do Falun Gong, ou seja, Verdade, Compaixão e Tolerância. Ele parou de aceitar subornos e de se colocar acima dos outros. Ao investigar uma briga envolvendo um bêbado, a pessoa o ofendeu e quase bateu nele. Alguns dos colegas de Zha perderam a paciência e estavam prestes a prender o bêbado. Mas o Sr. Zha permaneceu calmo e pacificamente resolveu o problema. Aqueles que testemunharam o incidente ficaram impressionados com seu comportamento, já que muitos policiais na China são conhecidos por serem violentos e corruptos.

Em 2015, dois anos após o Sr. Zha assumir o Falun Gong, ele entrou com uma queixa criminal contra Jiang Zemin, o ex-chefe do regime comunista chinês que ordenou a perseguição ao Falun Gong em 1999.

Por causa da sua queixa, ele recebeu uma advertência e nunca mais recebeu um bônus, que até 2020, teria totalizado mais de 100.000 yuans. Ele também foi obrigado a escrever uma declaração para renunciar ao Falun Gong, mas se recusou a cumprir.

Seu supervisor, frequentemente, falava com ele e ameaçava o Sr. Zha com a perda dos empregos tanto dele como de sua esposa para tentar persuadi-lo a abandonar a prática do Falun Gong. O supervisor, uma vez lhe disse: "Você é um policial. Você é diferente [do público em geral]. A primeira regra para um oficial de polícia é ser leal ao Partido".

Como o Sr. Zha insistiu que não desistiria do Falun Gong, ele foi demitido do seu trabalho.

Prisões arbitrárias e violência policial

Médica de Heilongjiang espancada até a morte (foto gráfica no artigo vinculado)

A Sra. Wang Shukun, uma médica de 66 anos da cidade de Haining na província de Heilongjiang, morreu no dia 2 de julho de 2020, poucos dias depois que a polícia a espancou por horas no hospital onde ela trabalhava.

A Sra. Wang foi chamada ao hospital após meses de internação por causa do coronavírus. Ela pensou que estava sendo chamada de volta ao trabalho, mas na verdade era procurada pela polícia. A polícia tentou forçá-la a escrever declarações renunciando ao Falun Gong e a reconhecer que seu marido também era praticante do Falun Gong, quando ele nunca foi. Quando a Sra. Wang se recusou a assinar as declarações, os policiais bateram nela por horas até que ela implorou que parassem e a deixassem ir para casa.

A Sra. Wang estava com uma dor aguda na perna e teve que subir as escadas para chegar no seu apartamento. Seu marido notou que ela tinha hematomas por toda parte do corpo, suas rótulas estavam quebradas e ela estava encharcada de suor.

Na tarde do dia 1º de julho, a Sra. Wang sofreu um derrame. Ela estava com muita tontura e com vontade de vomitar. Ela faleceu por volta das 4:25 da manhã do dia 2 de julho. Seu corpo foi cremado no dia 4 de julho.

Mulher da cidade de Jiamusi é presa após a polícia invadir sua casa

Ao voltar para casa depois de algumas horas ausente, a Sra. Wu Yuying moradora dacidade de Jiamusi na província de Heilongjiang, não conseguia abrir a porta da sua casa. Nesse momento alguns policias vieram por trás dela e abriram a porta. Ao entrar na sua casa ela percebeu que a mesma tinha sido invadida durante a sua ausência.

Um policial pegou um papel e colocou na frente da Sra. Wu, alegando que era um mandato de busca. Antes que a Sra. Wu tivesse chance de lê-lo, o policial o colocou de volta no lugar e novamente revistou sua casa. Seus livros do Falun Gong, fotos do fundador da prática, um computador, uma impressora, quatro celulares, alguns cartões de memória e reprodutores de mídia foram confiscados. A mulher de 69 anos estava tão assustada que seu coração batia forte e suas mãos tremiam.

Após sua última prisão, a Sra. Wu foi levada primeiro à Delegacia de Polícia de Songlin, depois a um hospital para um exame médico e depois de volta à delegacia de polícia. A polícia tentou enganá-la para que ela assinasse seu nome em um pedaço de papel em branco, mas ela percebeu a intenção deles e o rasgou.

Mais tarde, a polícia chamou sua família até à delegacia e lhes disse que ela ficaria detida por dez dias. Eles também, com seu celular, ligaram para sua filha, a qual estava trabalhando fora da cidade e reclamaram das suas queixas para protestar contra a perseguição.

Depois que a polícia recebeu o relatório do exame médico da Sra. Wu, eles a levaram para o centro de detenção local, que se recusou a aceitá-la porque ela não havia passado no exame.

A Sra. Wu foi levada de volta para a delegacia de polícia e posteriormente liberada. Antes dela sair, a polícia lhe deu chaves novas para a sua casa. Eles disseram que tiveram que substituir a fechadura porque a danificaram quando estavam tentando abrir a porta.

Polícia tortura e fere duas idosas após elas se recusarem a renunciar sua crença no Falun Gong

Duas mulheres da cidade de Baoding na província de Hebei, foram presas no dia 3 de dezembro de 2020 por distribuir informações sobre o Falun Gong. A polícia interrogou a Sra. Yin Shufen de 61 anos e a Sra. Tian Yanhong de 56 anos, sem a presença de um advogado. Quando as praticantes se recusaram a responder às perguntas, o oficial Li gritou: "Jogue-as nas celas"!

Antes de realizarem os exames de sangue e do coração, as duas praticantes foram testadas para Covid-19 em um hospital. Como se recusaram a cooperar durante os testes, Li ordenou que os policiais fossem rígidos com elas. Seguindo suas instruções, a polícia segurou as mulheres e as jogou em macas para serem transportadas para diferentes salas de exames.

Nas palavras do oficial Li: "Não vamos espancá-las e causar ferimentos externos. Basta jogá-las nas macas dessa forma e não causará nenhum ferimento visível." Quando um médico pediu à polícia para ir mais devagar enquanto empurrava as macas sobre a soleira de uma porta, eles responderam: "Quanto mais acidentada a viagem, melhor! Elas não têm medo de passeios acidentados!"

Li também pediu a um residente médico para tirar o sangue da Sra. Yin. Ele e seus oficiais seguraram seus braços e cobriram seu rosto com sua camisa. Eles disseram ao médico para tirar mais sangue dela e para não estancar o sangramento.

O médico perfurou o braço da Sra. Tian três vezes para tirar seu sangue. Após dias, seu braço ainda estava machucado. Quando o policial a jogou na maca, ela ficou tonta e quase desmaiou.

Retornando do hospital, os policiais arrastaram as mulheres para fora do carro, até um porão e as colocaram em cadeiras de metal. Elas foram algemadas às cadeiras e torturadas. Como resultado da tortura, a Sra. Yin começou a vomitar incontrolavelmente e a Sra. Tian não conseguia parar com os espasmos em seus braços. Acusando-as de reagir, um oficial arrastou a Sra. Tian pela blusa e a jogou na entrada do porão. Sua blusa estava levantada até a cabeça, deixando-a desnuda e deitada no chão frio, até que um oficial da vila apareceu e a ajudou se levantar.

Mais tarde, quando as praticantes pediram para usar o banheiro, os policiais as arrastaram para um pátio e as forçaram a fazer suas necessidades na frente de seis policiais.

No dia 6 de dezembro, após três dias de detenção, a Sra. Tian começou a ter espasmos e a vomitar sangue. A Sra. Yin também vomitou sangue. Naquela tarde, a polícia chamou seus familiares para buscá-las no centro de detenção.

Uma mulher é espancada e tem seu rosto escaneado após a prisão

No dia 20 de agosto de 2020, a Sra. Li Yuqiong da cidade de Suining na província de Sichuan, foi vista por um oficial à paisana distribuindo folhetos sobre o Falun Gong. Os policiais da Delegacia de Polícia de Zhenjiangsi a prenderam.

Eles a interrogaram na delegacia de polícia e confiscaram seus folhetos e o seu dinheiro. Como a Sra. Li se recusou a responder as perguntas, os policiais tentaram usar a tecnologia de reconhecimento facial para descobrir sua identidade. Eles a atacaram e seguraram a cabeça dela enquanto ela lutava antes que finalmente pudessem escanear seu rosto. Depois que a polícia conseguiu as informações e o seu endereço, eles convocaram seu marido até a delegacia de polícia e o interrogaram e o fotografaram.

Na mesma tarde, cinco oficiais saquearam sua casa e confiscaram mais de 30 livros do Falun Gong, um MP3 player e algumas cédulas de dinheiro com informações sobre a prática escritas nelas, essa é uma maneira criativa dos praticantes para contornarem a censura da informação na China e aumentar a conscientização sobre a perseguição a prática.

Às 22h00 ela foi levada pela polícia a um hospital para fazer exame médico e para colherem seu sangue. Ela ficou detida no centro de detenção da cidade por dez dias e foi solta no dia 30 de agosto de 2020.

Um morador de Hebei fica em estado grave uma semana após sua prisão

No dia 14 de julho de 2020, o Sr. Ding Yuming, a Sra. He Yurong e a Sra. Ren, do condado de Huailai na província de Hebei, quando estavam caminhando, foram presos e levados direto para um centro de lavagem cerebral. A Sra. He e a Sra. Ren foram libertadas logo depois, mas o Sr. Ding permaneceu sob custódia.

O pessoal do centro de lavagem cerebral revistou o Sr. Ding e confiscou seus 100 yuans em dinheiro, suas chaves e seu celular. Durante cinco dia, não lhe deram nenhuma roupa de cama, o mataram de fome e se recusaram a deixá-lo tomar um banho. Quando ele se recusou a assistir os vídeos de propaganda que difamavam o Falun Gong, os funcionários com seus sapatos bateram no corpo e na cabeça do Sr. Ding.

O Sr. Ding foi colocado na solitária porque quando o diretor do centro de lavagem cerebral veio fazer uma visita ele gritou: "Falun Dafa é bom". A equipe do local ameaçou matá-lo caso ele "causasse mais problemas para eles". Sua filha não estava autorizada a visitá-lo.

Após repetidos abusos, o Sr. Ding ficou gravemente doente e foi hospitalizado no dia 22 de julho. Não está claro onde ele está sendo detido.

Perseguida repetidamente

Uma vez encarcerada por 13 anos, a mulher de Ningxia novamente foi presa por causa da sua crença no Falun Gong

A Sra. Shan Jining da cidade de Yinchuan na província de Ningxia, foi presa no dia 22 de agosto de 2020 e realizou uma greve de fome durante seis dias no Centro de Detenção de Yinchuan para protestar contra a perseguição. Sua família caiu em lágrimas ao saber da sua situação, especialmente sua mãe perto dos 80 anos.

Esta não é a primeira vez que a Sra. Shan é alvo por causa da sua crença na prática. Ela foi condenada a três anos de trabalho forçado em 1999, mais três anos em 2004, condenada à prisão por quatro anos em 2009 e três anos em 2015.

Seu marido, Sr. Wang Desheng, foi condenado a quatro anos de prisão em 1999 e a oito anos em 2005. Ele ainda está cumprindo uma sentença de 13 anos durante a última prisão da Sra. Shan.

Uma vez preso por 15 anos, o homem de Heilongjiang, novamente foi preso

Nos últimos 21 anos, o Sr. Jiang Yunjing da cidade de Hegang na província de Heilongjiang, ficou preso durante 15 anos e novamente em uma blitz policial em meados de dezembro de 2020, foi preso.

Ao saquear a caso do Sr. Jiang, a polícia encontrou uma antena parabólica. Depois o levaram para o hospital para um check-up e colheram uma amostra do seu sangue. Ele está detido no Centro de Detenção da Cidade de Hegang e novamente a polícia ameaçou condená-lo à prisão.

Antes da sua última prisão, o Sr. Jiang de 52 anos, recebeu dois anos de trabalhos forçados e foi condenado a 13 anos de prisão por manter sua crença no Falun Gong. Seu pai sofreu um derrame por causa da ansiedade e do medo da perseguição e morreu em 2001.

O Sr. Jiang tinha 35 anos de idade e seu filho tinha apenas sete quando foi condenado à prisão em 2003. Sua prisão causou à sua família uma dor infinita. Ele passou os melhores anos de sua vida na prisão e seu filho cresceu sem os cuidados do pai.

Detenções de grupos

Uma família grande na província de Yunnan é presa duas vezes em sete dias por praticar o Falun Gong

Quase 30 policiais invadiram a casa do Sr. Zhang Xingyu, de 74 anos, por volta das 7h do dia 29 de setembro de 2020, na cidade de Kunming, província de Yunnan, e prenderam ele e nove de seus familiares, incluindo suas netas com idade de dois e cinco anos.

As 10 pessoas foram levadas para duas delegacias de polícia e interrogadas durante a noite. Elas foram soltas por volta das 22h do dia seguinte, após pagarem à polícia uma fiança de 3.000 yuans.

A polícia também saqueou as casas do Sr. Zhang e de seus filhos e confiscou seus livros e as fotos do fundador do Falun Gong. Nenhum mandado de busca ou outros documentos legais foram mostrados durante as batidas.

Além do Sr. Zhang, os outros nove presos foram: o Sr. Zhang Furong, seu filho mais velho, Sr. Zhang Fujia seu terceiro filho, Sr. Zhang Fubing seu quarto filho, Sr. Zhang Fucheng seu sexto filho e sua esposa Sra. Li Xiancui, Sr. Zhang Fugong seu sétimo filho, Sr. Wang Chaoping, seu genro e suas duas netas, Wang Tingru de cinco anos e Zhang Nongci de dois anos.

As prisões aconteceram poucos dias antes do Festival do Meio Outono, em 1º de outubro, feriado tradicional para reuniões familiares. A família permaneceu muito quieta e desanimada durante a temporada de férias.

O terceiro filho de Zhang, Zhang Fujia, ficou muito traumatizado com a prisão e se tornou retraído e temeroso depois de voltar para casa.

Antes que a família se recuperasse, a polícia voltou na manhã do dia 5 de outubro e prendeu todos, exceto a nora e as netas do Sr. Zhang. Essas sete pessoas foram levadas para um centro de lavagem cerebral e forçadas a assistirem a vídeos da propaganda que caluniavam o Falun Gong, incluindo a farsa da autoimolação de Tiananmen. Eles foram libertados tarde da noite e voltaram para casa por volta da meia-noite.

Cidade de Harbin na província de Heilongjiang: 27 praticantes do Falun Gong e 3 familiares são presos em dois dias

Em uma blitz policial coordenada na cidade de Harbin na província de Heilongjiang, 25 praticantes do Falun Gong e três de seus familiares foram presos no dia 22 de setembro de 2020, no dia seguinte mais dois praticantes foram presos. Outros oito praticantes foram perseguidos poucos dias após as prisões.

Foi relatado que Hao Weifu, o diretor adjunto do PLAC de Heilongjiang, ordenou as prisões. A polícia prendeu os praticantes de acordo com uma lista de nomes. Eles também receberam uma quantia desconhecida como bônus por prenderem cada praticante. A maioria dos praticantes que permanecem sob custódia estão detidos no Centro de Detenção nº 4 de Harbin.

Nos últimos anos, a polícia de Harbin realizou várias prisões de grupo de praticantes locais, incluindo 20 praticantes no dia 9 de outubro de 2017, 72 praticantes no dia 9 de novembro de 2018, 17 praticantes no dia 11 de setembro de 2019 e 11 praticantes entre os dias 7 e 8 de abril de 2020.

No início de 2019, o Departamento de Segurança Pública Provincial de Heilongjiang estabeleceu um centro de comando em Harbin para perseguir o Falun Gong. O objetivo do centro era monitorar e coletar informações sobre como os praticantes do Falun Gong divulgam informações sobre sua crença na prática.

Yang Bo, chefe da Divisão de Segurança Doméstica da província de Heilongjiang é o responsável pelo centro. É relatado que ele recrutou mais de 100 funcionários e recebeu financiamento do governo central, próximo ao valor de 10 milhões de yuans.

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