(Minghui.org) De acordo com informações recolhidas pelo site Minghui.org, em outubro de 2020 pelo menos 433 praticantes de Falun Gong foram presos e 644 assediados por causa da sua fé. 208 (65%) dos praticantes detidos permanecem presos no momento da escrita deste relatório.

Os dados de outubro elevaram o número de casos de prisão e assédio até à data para 5.179 e 5.908, respetivamente.

Entre os 1.077 praticantes presos e assediados, 198 tiveram as suas casas saqueadas. 53 dos detidos e 39 assediados tinham mais de 65 anos, sendo o mais velho de 92 anos. 35 praticantes tiveram um total de 267.840 yuans confiscados pela polícia, variando de 200 yuans a 100.000 yuans cada, com uma média de 7.653 yuans por pessoa.

Tal como em setembro de 2020, Heilongjiang, Hebei, Jilin, Sichuan e Shandong continuaram a ser as cinco principais províncias com mais praticantes presos e assediados em outubro, incluindo 177 em Heilongjiange 153 na província de Hebei.

Na cidade de Hengshui, província de Hebei, as autoridades têm pressionado os praticantes a renunciarem ao Falun Gong. Quando os praticantes se recusaram a renunciar à sua fé, as autoridades começaram a hostilizar os seus familiares visando incitar o antagonismo contra os praticantes.

Foram relatadas várias detenções em grupo nas províncias de Liaoning, Hunan, Heilongjiang e Shandong.

Alguns praticantes foram vítimas de violência policial durante as suas detenções. A Sra. Yang Shufang da cidade de Macheng, província de Hubei, foi detida em 21 de outubro de 2020, depois de uma pessoa da aldeia tê-la denunciado à polícia por ter falado às pessoas sobre o Falun Gong. A caminho da delegacia de Songbu, um agente da polícia a ameaçou: "Vou enterrá-la viva!". A Sra. Yang foi, mais tarde, libertada depois da polícia ter tirado à força as suas impressões digitais, amostra de sangue e a sua fotografia.

Abaixo estão fotografias de algumas das detenções e incidentes de assédio. Devido às restrições de informação na China, o número de praticantes de Falun Gong perseguidos pela sua fé nem sempre pode ser reportado atempadamente, nem toda a informação está prontamente disponível.

Casos de prisões individuais

Mulher de 56 anos é detida a caminho do casamento de uma das filhas

A Sra. Li Yaping de 56 anos, da cidade de Qinhuangdao, província de Hebei, foi detida na rodoviária em 1º de outubro de 2020. Mais tarde, a sua casa foi saqueada e foi detida durante 10 dias.

A Sra. Li, uma respeitada massagista que estabeleceu a sua própria clínica de medicina e massagem chinesa, estava prestes a embarcar no comboio para Pequim antes de se transferir para a província de Anhui para assistir ao casamento da sua filha no dia 4 de outubro. No entanto, ela foi interceptada e presa na rodoviária de Shanhaiguan. A sua filha só soube que foi transferida para o Centro de Detenção de Qinhuangdao a 11 de outubro.

Dois eesidentes idosos são presos e forçados a usar "vigilância de rastreio”

A Sra. Liu Guiqing de 79 anos, e a Sra. Yang Wenshu de 82 anos, do condado de Youyi, cidade de Shuangyashan, província de Heilongjiang, foram seguidas e detidas quando distribuíam materiais informativos sobre o Falun Gong em 16 de outubro de 2020.

A polícia saqueou as suas casas. Oficiais confiscaram da casa da Sra. Liu um computador, uma impressora, papel de impressora, fotos do fundador do Falun Gong, livros do Falun Gong e 200 yuans em notas com informações sobre o Falun Gong impressas neles, enquanto a Sra. Yang tinha o seu computador portátil, uma impressora, fotos do fundador do Falun Gong, livros do Falun Gong e quase 1.000 yuans em notas com informações sobre o Falun Gong impressas também foram levadas.

Ambas as praticantes foram libertadas nessa noite. Contudo, a polícia forçou as praticantes a usar "relógios de localização" e restringiu os seus movimentos dentro do condado de Youyi.

Mulher de Yunnan com cerca de 80 anos é presa novamente por causa de sua fé

A Sra. Gao Qiongxian de 81 anos, da cidade de Kunming, província de Yunnan, foi presa na sua casa em 27 de outubro de 2020. Foi libertada na altura em que foi escrita.

Quando a polícia chegou a casa da Sra. Gao, um agente bateu à porta pela primeira vez, e depois de confirmar que ela estava em casa, saiu e em breve regressou com mais dois agentes. Eles tencionavam trazer a Sra. Gao para a esquadra da polícia para interrogatório, pois ela tinha distribuído panfletos do Falun Gong alguns dias antes. A Sra. Gao recusou-se a ir com eles. Um deles empurrou-a e empurrou-a para dentro do carro da polícia.

Um agente interrogou a Sra. Gao com uma atitude muito rude na esquadra da polícia. A Sra. Gao disse: "Jovem, eu tenho a idade da sua avó. Devia aprender a respeitar as outras pessoas."

O agente mudou um pouco a sua atitude e perguntou como e quando a Sra. Gao começou a praticar o Falun Gong. A Sra. Gao disse-lhe que costumava sofrer de muitas doenças e que aprendeu Falun Gong para melhorar a sua saúde. Recusou-se a admitir qualquer ato ilícito ao distribuir materiais sobre o Falun Gong. O oficial deixou-a ir para casa depois de ter terminado as suas perguntas.

Esta foi a segunda vez em sete meses que a Sra. Gao foi presa por causa da sua fé. Foi anteriormente levada de casa em 23 de março e mantida na delegacia de polícia até 25 de março. A sua família teve de pagar à polícia 1.000 yuans antes de ela ser libertada.

Após dois termos de prisão do Campo de Trabalho e Assédio Constante, mulher de Jilin é presa novamente por causa de sua fé

A Sra. Zhang Guixiang, da cidade Changchun, residente na província de Jilin, foi detida na sua casa em 20 de outubro de 2020 por mais de 10 oficiais, a maioria dos quais à paisana. Eles saquearam o seu lugar e levaram-na para o Centro de Detenção nº 2 da Cidade de Changchun.

As autoridades disseram que ela seria libertada em 10 dias, mas quando a sua família foi buscá-la 10 dias depois, ficaram surpreendidos ao saber que ela tinha sido transferida para o Centro de Detenção nº 4 da Cidade de Changchun e agora visitas da família são proibidas.

A Sra. Zhang de 57 anos, costumava sofrer de muitas doenças físicas, incluindo doença cardíaca, enxaquecas, hiperplasia mamária, inflamação da bainha tendinosa, problemas no pescoço e tensão muscular lombar. Uma colega introduziu-lhe o Falun Gong, e três meses na sua prática, a maior parte das suas condições desapareceram.

Após o início da perseguição, a Sra. Zhang foi presa em 26 de outubro de 2000 por ter ido a Pequim apelar pelo direito de praticar Falun Gong e, mais tarde, recebeu dois anos no Campo de Trabalhos Forçados das Mulheres de Heizuizi. Após ter sido libertada quatro meses mais tarde, soube que o seu empregador a tinha despedido.

Na noite de 21 de julho de 2002, um grupo de oficiais invadiu a casa da Sra. Zhang e prendeu-a. A polícia também pilhou o local e confiscou vários artigos relacionados com o Falun Gong. A sua filha ficou aterrorizada com o assédio da polícia e gritou em lágrimas.

Na delegacia da polícia, a Sra. Zhang foi algemada a uma cadeira de metal e interrogada. Ela desmaiou depois de espancarem-na na cara e  baterem nela com um objeto duro na cabeça. Quando acordou, percebeu que o seu septo nasal tinha sido fraturado, e que o seu rosto e roupa estavam cobertos de sangue.

Após 15 dias de detenção, a Sra. Zhang foi novamente transferida para o Campo de Trabalhos Forçados das Mulheres de Heizuizi. O seu mandato foi prolongado por 50 dias quando recusou o pedido dos guardas para persuadir outros praticantes a desistirem do Falun Gong.

Quando a Sra. Zhang foi libertada em 9 de setembro de 2003, descobriu que o seu marido tinha perdido muito peso e que um quarto do cabelo da sua filha tinha ficado cinzento porque ambos tinham estado sob um tremendo stress durante a sua detenção.

A polícia e o pessoal do comité residencial ainda assediaram constantemente a Sra. Zhang e pediram-lhe que assinasse declarações de garantia renunciando ao Falun Gong. A sua família estava sempre aterrorizada quando a polícia batia à porta. Foi obrigada a deslocar-se seis vezes entre 2003 e 2007 para evitar a polícia.

Mulher é presa meses antes da libertação do marido por causa de sua fé em comum

A Sra. Li Xiufang, na cidade de Meizhou, residente na província de Guangdong, foi detida em casa a 19 de outubro de 2020 pela sua fé no Falun Gong. A polícia saqueou a sua casa e confiscou os seus artigos relacionados com o Falun Gong – items relacionados e a fotografia do fundador do Falun Gong.

A sua última detenção ocorreu apenas alguns meses antes do fim da prisão de cinco anos do seu marido pela sua fé partilhada no Falun Gong.

Nas últimas duas décadas, a Sra. Li, o seu marido, o Sr. Zhu Xiansheng e a sua filha Sra. Zhu Surong foram, repetidamente presos e detidos.

Tanto a Sra. Li como o Sr. Zhu foram detidos duas vezes juntos, em 2008 e 2015, respetivamente. Embora a Sra. Li tenha sido libertada em ambas as ocasiões, o Sr. Zhu foi condenado a 5,5 anos na prisão de Meizhou, após a sua prisão de 2008, e depois a 5 anos na prisão de Sihui, após a prisão de 2015.

A sua libertação está prevista para 14 de dezembro de 2020.

Bibliotecário de Hubei é levado para o centro de lavagem cerebral após sétima detenção por causa de sua fé

O Sr. Zhang Huaping, da cidade de Wuhan, residente da província de Hubei, foi levado para o Centro de Lavagem Cerebral da Província de Hubei porque se recusou a renunciar à sua fé no Falun Gong.

Quando voltou ao trabalho após uma semana de feriado nacional (1 a 8 de outubro de 2020), o Sr. Zhang, bibliotecário da Universidade de Tecnologia de Hubei, foi abordado pela polícia e pela administração escolar. Eles ordenaram-lhe que desistisse da sua fé no Falun Gong, e ameaçaram despedi-lo ou levá-lo a um centro local de lavagem cerebral. Como o Sr. Zhang se recusou a cumprir, foi detido em 16 de outubro de 2020. A sua família levou dias a descobrir que tinha sido levado para o Centro de Lavagem Cerebral da Província de Hubei.

As autoridades afirmaram que a prisão do Sr. Zhang fazia parte da sua campanha nacional "zerar", que foi lançada no início deste ano como um esforço coordenado para forçar todos os praticantes do Falun Gong da lista negra do governo a desistirem da sua crença.

Antes da última detenção, o Sr. Zhang foi sujeito a múltiplas detenções e prisões por manter a sua fé.

Homem de 66 anos é preso pela segunda vez em seis meses devido a sua fé

Em 13 de outubro de 2020, o Sr. Teng Yuguo de 66 anos, na cidade de Shenyang, residente na província de Liaoning, estava colhendo abóboras com a sua esposa no seu jardim quando um grupo de polícias invadiu sua casa e o prendeu.

Com a sua esposa chorando ao lado, a polícia espancou o Sr. Teng e causou um sangramento no seu rosto. Então eles algemaram-no e acorrentaram-no.

A polícia levou-o para o carro da polícia e levou-o para longe. Após quatro dias de detenção no Centro de Detenção de Dadong, ele foi enviado para o Centro de Detenção de Sujiatun, nos arredores da cidade. As autoridades proibiram o seu advogado de visitá-lo, utilizando a desculpa da pandemia do coronavírus. A sua família está agora muito preocupada com ele.

A esposa do Sr. Teng ficou tão traumatizada que ainda está assustada e tem dificuldades em se expressar.

A última detenção do Sr. Teng ocorreu há menos de um mês depois de ter estado escondido seis meses ele regressou a casa para evitar ser preso. Ele havia sido anteriormente preso pelos mesmos agentes da esquadra de Minzhu numa prisão em grupo de uma dúzia de praticantes do Falun Gong, em 23 de abril de 2020. A polícia saqueou a sua casa e confiscou o seu computador, impressora e outros bens pessoais no valor de mais de 5.000 yuans. O seu veículo particular e 12.000 yuans em dinheiro também foram apreendidos. Embora a polícia tenha devolvido o seu carro, recusaram-se a devolver todo o resto.

O Sr. Teng foi libertado por volta das 2h da manhã de 27 de abril, depois de ter sido negada a admissão no centro de detenção devido à uma febre. A polícia, contudo, continuou a voltar para assediá-lo, obrigando-o a viver longe de casa e a esconder-se.

Preocupada com ele, a sua família pediu a um amigo com ligações com o departamento de polícia que reunisse mais informações sobre o seu caso. Souberam que a polícia já tinha arquivado o seu caso e que era seguro para ele regressar à casa. Reuniu-se com a sua família, para ser detido novamente semanas mais tarde.

Mulher de Gansu está desaparecida há duas semanas

A Sra. Ma Jun, de 72 anos, da cidade de Lanzhou, província de Gansu, está desaparecida desde 26 de outubro de 2020. A sua família suspeita que ela tenha sido presa por causa de sua fé no Falun Gong.

Em 9 de outubro de 2020, a Sra. Ma falou com uma pessoa na rua e deu-lhe um calendário com informações sobre o Falun Gong. Depois de outro transeunte tê-la visto, ele pegou o calendário da pessoa anterior e informou a Sra. Ma. Ele também seguiu a Sra. Ma e tentou agarrá-la quando ela atravessou a rua.

A Sra. Ma correu para um banheiro público e escondeu-se lá dentro. O homem que a denunciou, três agentes da delegacia de Yanxilu que tinham acabado de chegar, e um zelador do banheiro, todos do sexo masculino, esperaram lá fora durante duas horas. Como a Sra. Ma ainda se recusava a sair, o zelador entrou e arrastou-a para fora. Foi então levada para a Delegacia de Polícia de Yanxilu.

A polícia denunciou a Sra. Ma ao Gabinete de Segurança Interna e pediu-lhes que viessem tratar do seu caso. Os agentes do Gabinete de Segurança Interna só apareceram às 20 horas. Enviaram a Sra. Ma de volta para casa à noite e confiscaram os seus livros do Falun Gong que estavam no armário ao lado do seu sofá.

Em 10 de outubro, três membros do comitê residencial foram à casa da Sra. Ma e ordenaram que se apresentasse à polícia em 12 de outubro. Quando foi à delegacia de polícia, o agente de serviço perguntou-lhe onde obtinha os materiais para distribuição, se tinha mais em casa e se tinha um computador. O agente também pediu à Sra. Ma que deixasse de contatar outros praticantes locais do Falun Gong.

Durante a semana seguinte, o pessoal do comitê residencial regressou várias vezes para assediar a Sra. Ma.

Na tarde de 23 de outubro, a Sra. Ma escreveu uma carta ao pessoal do comitê residencial e preparou-se para entregá-la pessoalmente.

Quando a sua família a visitou no dia 25 de outubro, ninguém abriu a porta. Na semana seguinte, eles voltaram algumas vezes e a Sra. Ma ainda não estava em casa. Em 31 de outubro, finalmente abriram a porta e viram que a porta dos seus armários perto da sua cama e outro armário que ela usava para colocar os livros do Falun Gong estavam vazios. A caixa sobre a mesa onde ela costumava guardar a sua cópia do Zhuan Falun, o livro principal do Falun Gong, estava vazia. A fotografia do fundador do Falun Gong e computador também desapareceram. A área entre a porta da frente e a sala de estava muito desarrumada e tinha muita sujeira no chão. Parecia que muitas pessoas tinham ficado ali. O chão da sua sala de estar estava relativamente limpo e não parecia ter tido tantos pisoteios.

A família da Sra. Ma visitou vários centros de detenção locais e ainda não encontrou o seu paradeiro no momento de escrita deste relatório.

Antes das últimas detenções da Sra. Ma, ela foi encarcerada em centros de detenção, centros de lavagem cerebral e prisões durante um total de 14 anos e meio por se recusar a renunciar à sua fé no Falun Gong.

Mulher de 77 anos é presa duas vezes em dois meses; enfrenta acusações por causa de sua fé

A Sra. Wang Yuqing, de 77 anos, da cidade de Anshun, província de Guizhou, enfrenta uma ação judicial depois de ter sido detida pela segunda vez em dois meses por causa de sua fé no Falun Gong.

A Sra. Wang foi presa em setembro de 2020 depois de ter sido filmada em um ônibus por ter falado com as pessoas e ter dado informações sobre o Falun Gong a elas. Embora tenha sido libertada sob fiança pouco tempo depois, a polícia prendeu-a novamente em 28 de outubro de 2020. A Procuradoria do Distrito de Xixiu aprovou a sua prisão no mesmo dia e acusou-a de "minar a aplicação da lei com uma organização de culto", um pretexto padrão utilizado pelas autoridades chinesas para incriminar e prender os praticantes do Falun Gong.

A Sra. Wang está atualmente detida no Centro de Detenção nº 2 da Cidade de Anshun. Ela foi admitida apesar de ter um problema cardíaco e uma hérnia de disco lombar, bem como de ter dificuldade em andar. O centro de detenção não permitiu que a sua família a visitasse e enviasse roupa e bens de primeira necessidade. A sua família está agora preocupada com ela.

Antes da sua última detenção, a Sra. Wang foi detida várias vezes e condenada a três anos de prisão em 2013. Estava tão traumatizada com a tortura física e mental sob custódia que facilmente fica aterrorizada e treme.

Prisões de grupo

Cidade de Benxi, província de Liaoning: Sete praticantes de Falun Gong são presos num dia

Sete praticantes do Falun Gong na cidade de Benxi, província de Liaoning, foram presos em 15 de outubro de 2020.

O Sr. Wu Chengjun e a sua esposa, Sra. Xiao Na, foram presos por volta das 7h da manhã por mais de 20 oficiais e funcionários da comunidade. Os oficiais saquearam a casa do casal e confiscaram mais de 20 livros do Falun Gong, várias impressoras, um computador e materiais do Falun Gong.

Os outros praticantes que foram presos foram a Sra. Wang Baozhi, a Sra. Li Xiaoxia, a Sra. Zhang Guirong, a Sra. Liu Yiling e o Sr. Li Pengfei.

O computador e outros objetos pessoais da Sra. Wang foram confiscados.

A Sra. Li foi presa por agentes que chegaram em quatro viaturas da polícia. Muitos dos seus pertences pessoais também foram confiscados.

Cidade de Changsha, província de Hunan: 17 praticantes do Falun Gong e um membro da família são presos e dois são assediados

17 residentes da cidade de Changsha, província de Hunan, foram presos em 27 e 28 de outubro de 2020 por causa da sua fé no Falun Gong. O sobrinho de um praticante, que não pratica o Falun Gong, também foi detido. Dois praticantes, de 74 anos e 86 anos, foram também molestados no mesmo dia.

Foi reportado que a polícia em Changsha havia vigiado os praticantes durante um ano com grande vigilância de dados. A polícia de Changsha consultou o Ministério da Segurança Pública de Hunan e estabeleceu uma lista de nomes de praticantes para as detenções orquestradas.

Por volta das 22h30, mais de 20 agentes que haviam estado à espera lá fora invadiram a casa do Sr. Li Zhigang, quando um praticante abriu a porta depois de terem terminado de estudar juntos os ensinamentos do Falun Gong. Todos os oficiais estavam à paisana, exceto um em uniforme de polícia. A Sra. Cao Zhimin exigiu ver as suas identidades e disse que era ilegal invadirem uma residência privada. Os agentes não mostraram as suas identidades, mas apenas disseram que eram do Departamento de Polícia de Liuyang.

A Sra. Cao e o seu marido, Sr. Chen Yang, gritaram "Falun Dafa é bom" para protestar contra a perseguição. Os agentes empurraram-nos imediatamente para o chão, algemaram os braços atrás das costas e puseram capuzes pretos sobre as suas cabeças.

A polícia também prendeu o resto dos praticantes na casa do Sr. Li, incluindo o Sr. Cao Zhifang e a sua esposa Sra. Yang Fang, bem como a Sra. Long Langqiong, a Sra. Yu Hui e a Sra. Wen Jing.

O Sr. Li foi algemado e preso no sofá da sala de estar e a sua mãe foi mantida no seu próprio quarto. Os restantes oficiais revistaram a sua casa e confiscaram muitos dos seus pertences, incluindo livros do Falun Gong, computador, pen-drives e dinheiro.

Quando os oficiais estavam prestes a levar o Sr. Li e a sua mãe, vieram visitá-los a irmã do Sr. Li e o seu marido, que não praticam o Falun Gong. A polícia disse que estavam a levar o Sr. Li e a sua mãe para o Departamento de Polícia do Distrito de Furong e não especificou o que iria acontecer depois disso. Como a mãe do Sr. Li é de idade avançada, ela recusou-se firmemente a ir com a polícia. Eles cederam e não a prenderam.

Enquanto a irmã do Sr. Li e o marido estavam na casa do Sr. Li, a polícia também foi à casa do casal e prendeu o seu filho Lu Junguang, um estudante universitário, depois de ele ter dito à polícia que tinha utilizado software anticensura para obter acesso à internet fora da China. No dia seguinte, a polícia informou os pais de Lu que que ele ficaria em prisão domiciliar. Quando o pai de Lu foi à delegacia da polícia e assinou o seu aviso de prisão domiciliar, a polícia não o libertou como prometido, mas enviou Lu para o Centro de Detenção de Liuyang.

Outros praticantes que foram detidos em 27 de outubro incluem a Sra. Xu Lihua, a Sra. Gong Xianghui e o seu marido Sr. Lu Congying, a Sra. Zhang Lingge, a Sra. Zhang Furong, a Sra. Li Donghui, a Sra. Yuan Jing e a Sra. Liu Yanping. Outra praticante, a Sra. Zhu Cuihua, foi presa e teve a sua casa saqueada em 28 de outubro.

Mais dois praticantes, Xia Jingze de 74 anos e Li Zhonghua de 86 anos foram molestados nesse mesmo dia.

Nove praticantes do Falun Gong e um membro da família na província de Heilongjiang são presos

Nove praticantes do Falun Gong na cidade de Jiamusi, província de Heilongjiang, foram detidos numa casa privada em 14 de outubro de 2020. O marido de uma praticante também foi detido.

As praticantes são a Sra. Liu Lijie e a sua mãe de 78 anos, a Sra. Yu Xiulan, a Sra. Cui Shengyun, a Sra. Zhang Shuhua, a Sra. Cai Rong, a Sra. Dan Yuqin, a Sra. Qin Yuzhen, a Sra. Li Xiurong e a Sra. Dong Shuxian de 92 anos. O marido da Sra. Liu, o Sr. Wang Xu, que estava sentado no seu carro e usava seu telefone, também foi preso. Todas as casas dos praticantes foram posteriormente saqueadas.

A detenção foi uma cooperação conjunta entre várias delegacias e departamentos de polícia. A polícia tinha esperado na escadaria do edifício durante várias horas antes de invadir a casa onde os praticantes se encontravam.

A Sra. Dong e a Sra. Yu foram libertadas sob fiança no dia seguinte. Com exceção da Sra. Cai que foi colocada em detenção administrativa durante dez dias, o resto dos praticantes e o Sr. Wang foram colocados em detenção criminal.

No momento da escrita deste relatório, as Sras. Dan, Liu, Qin e Cui foram libertadas sob fiança, enquanto as Sras. Zhang, Li, Wang e Cai foram detidas no Centro de Detenção da Cidade de Jiamusi.

No mínimo nove residentes de Shandong foram forçados a pagar uma fiança de 10.000 yuans cada

Oficiais do Departamento Distrital de Polícia de Dongchangfu na Cidade de Liaocheng, província de Shandong, invadiram a casa da Sra. Hua Lipin por volta das 21 horas do dia 16 de outubro de 2020.

Prenderam a Sra. Hua Liqin, o seu marido, a Sra. Chen Jun, a Sra. Sun Xiu'e, a Sra. Li Guihua, o Sr. Zhang Liang e outro praticante com o apelido Xu (sexo desconhecido). Eles saquearam as casas de vários praticantes, incluindo três outros praticantes e confiscaram livros e materiais impressos do Falun Dafa.

A polícia tirou as impressões digitais dos praticantes e forçou cada um deles a pagar uma fiança de 10.000 yuans. A Sra. Chen Jun recusou-se a tirar as suas impressões digitais ou a pagar a fiança. Alguns praticantes foram libertados nessa noite, enquanto outros foram libertados no dia seguinte.

Casos de assédio

Engenheiro de design de radar aposentado é detido pela polícia após ser libertado da prisão

O Sr. Ma Zhenyu ainda foi vigiado após ter terminado de servir durante três anos para enviar informações sobre o Falun Dafa aos líderes do Partido Comunista Chinês (PCC). O Sr. Ma, um engenheiro aposentado do Ministério da Indústria da Informação da China, foi libertado da Prisão de Suzhou, na província de Jiangsu, em 19 de setembro de 2020 e enviado de volta para a sua cidade natal em Nanjing, na mesma província. Vive atualmente numa residência atribuída pela polícia e sob vigilância intensiva.

Sr. Ma Zhenyu.

A polícia intimidou a família do Sr. Ma, incluindo a sua mãe, que está em seus 80 anos e disse-lhes para não contatarem a sua esposa. Também intimidaram os praticantes locais do Falun Dafa e ordenaram que não contatassem ou visitassem o Sr. Ma, ameaçando-os de prisão se o fizessem.

A esposa do Sr. Ma, a Sra. Zhang Yuhua, ex-presidente do Departamento da Universidade Normal Russa de Nanjing, reside agora nos EUA. Ela encontrou-se com o presidente Trump na Casa Branca em julho de 2019 e contou-lhe como o PCC perseguiu o seu marido. Dados os seus esforços ativos para aumentar a conscientização sobre a perseguição contra o Sr. Ma, as autoridades na China tentaram impedi-la de contatá-lo.

Zhang Yuhua reúne-se com o presidente Trump em 17 de julho de 2019

Tentativa das autoridades de Heilongjiang de forçar os praticantes do Falun Gong a renunciarem à sua fé

Desde agosto de 2020, as autoridades de Jiansanjiang, província de Heilongjiang, têm assediado os praticantes do Falun Gong como parte da campanha "zerar".

A Sra. Jiang Xinbo mudou-se temporariamente para a província de Shandong no ano passado para ficar com a sua filha, que se formou na universidade e aí tinha conseguido um emprego. Em 3 de outubro, o marido e irmão da Sra. Jiang, instruídos por funcionários da Fazenda Qianjin do PCC, viajaram 3.200 km para Shandong para exortar a Sra. Jiang a assinar as declarações de garantia. Depois da recusa da Sra. Jiang, os funcionários suspenderam o emprego do seu marido na Escola Agrícola de Qianjing. Enviaram também uma carta ao local de trabalho da filha da Sra. Jiang, ameaçando despedi-la do seu emprego.

A Sra. Jiang foi condenada duas vezes à prisão, por um total de sete anos, por causa da sua fé no Falun Gong; e duas vezes foi levada para centros de lavagem cerebral.

Outra praticante, a Sra. Pan Shurong, vive com a sua filha e o seu genro. Em 10 de outubro, dois funcionários do local de trabalho da sua filha visitaram-na e exigiram que ela assinasse as declarações de garantia. Quando a Sra. Pan recusou, eles ameaçaram: "Tanto a sua filha como o seu genro têm bons empregos. Se não assinarem as declarações, eles podem perder os seus empregos". Toda a família da Sra. Pan tem estado muito estressada com a perseguição.

Idosa de Sichuan é assediada por conta de sua fé

A Sra. Xu Kairong, com seus 70 anos, da cidade de Shifang, província de Sichuan, foi assediada em casa em 26 de outubro de 2020, quando trabalhava no cultivo de cogumelos orelha-de-pau. O assédio da Sra. Xu também faz parte da "campanha zerar".

A polícia disse primeiro que veio verificar como ela estava. Depois, um agente avisou-a para não "andar por aí".

Sabendo que ele se referia a ela sair para falar com as pessoas sobre o Falun Gong, a Sra. Xu respondeu: "Eu tenho os meus próprios pés, então por que não posso andar por aí?". Ela continuou a dizer que o departamento de publicações chinesas tinha revogado a proibição dos livros sobre o Falun Gong em 2011 e que não havia nada de errado com a sua divulgação de informações sobre a prática.

Ela exortou a polícia a não participar na perseguição ao Falun Gong, uma vez que seriam responsabilizados pelos seus atos. Quando os agentes expressaram descrença no seu comentário, a Sra. Xu pediu-lhes que escrevessem os seus nomes para que pudesse procurar justiça contra eles no futuro. Os oficiais recusaram-se a revelar as suas identidades e repetiram que estavam lá apenas para uma verificação de bem-estar. Partiram então.

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