(Minghui.org) O mês de julho de 2021, registrou 69 praticantes do Falun Gong condenados por causa da sua fé, que é perseguida pelo regime comunista chinês desde 1999.
Até o momento, um total de 736 casos de condenação foi relatado em 2021, incluindo 186 em janeiro, 120 em fevereiro, 100 em março, 90 em abril, 96 em maio, 75 em junho e 69 em julho.
Entre os 69 novos casos notificados, sete ocorreram em 2020, 30 ocorreram no primeiro semestre de 2021, 28 casos em julho de 2021, bem como quatro casos ocorridos em 2021 com meses de ocorrência desconhecidos. Essa nova informação também elevou para 451 o total de casos conhecidos de condenações ocorridos em 2021, o que representa 61,3% dos 736 casos notificados. Os restantes 285 casos notificados dividem-se em 278 casos que ocorreram em 2020 (37,7%) e sete casos em 2019 (1%).
O atraso na notificação dos casos foi causado principalmente pela estrita censura de informações da China, o que dificulta para os correspondentes do Minghui coletar e enviar em tempo hábil as informações.
Recentemente os 69 novos casos de sentenças notificadas em julho ocorreram em 21 províncias e municípios. Hebei liderou a lista com dez casos, seguida por Liaoning (9), Heilongjiang (7), Hubei (6) e Jiangsu (5). As outras 16 regiões restantes têm cerca de um a quatro casos apresentados.
Treze (18,8%) dos praticantes condenados tinham mais de 65 anos, sendo um entre 65 a 70 anos, dez com 70 anos e dois em seus 80 anos. Um professor aposentado de 85 anos foi condenado a três anos de prisão.
As multas de 13 praticantes foram entre 3.000 a 100.000 yuanes, com uma soma de 346.000 yuanes e uma média de 26.615 yuanes por pessoa.
A pena de prisão variou entre seis meses a dez anos, com média de 3,5 anos de prisão. Três praticantes na província de Heilongjiang que foram condenados juntos receberam longas condenações e multas pesadas, incluindo um homem que foi condenado a nove anos de prisão e multado em 100.000 yuanes, uma mulher que foi condenada a sete anos de prisão e multada em 80.000 yuanes, e outro homem que foi condenado a quatro anos de prisão além de ser multado em 5.000 yuanes.
Abaixo estão fotografias dos casos relatados em julho de 2021. A lista completa dos praticantes condenados pode ser baixada aqui (PDF).
Sentenças pesadas
Três residentes de Heilongjiang condenados por distribuírem panfletos sobre a sua fé
Em 2 de junho de 2021, três residentes da cidade de Jixi, província de Heilongjiang, foram condenados: O Sr. Bao Wanming, 50 anos, foi condenado a nove anos de prisão e multado em 100.000 yuanes; a Sra. Teng Shuli, 51 anos, foi condenada a sete anos de prisão e multada em 80.000 yuanes; o Sr. Zhou Keming, 53 anos, foi condenado a quatro anos de prisão e multado em 50.000 yuanes.
O Sr. Zhou foi denunciado por distribuir materias informativos sobre o Falun Gong. Depois de monitorá-lo por um período de tempo, a polícia o prendeu no dia 12 de outubro de 2020. A Sra. Teng e o Sr. Bao, que distribuíram materiais com o Sr. Zhou, também foram presos.
Enquanto prendia a Sra. Teng, a polícia se recusou a deixá-la vestir um casaco, embora o tempo estivesse frio em outubro. No Departamento de Polícia do Distrito de Jiguan, os policiais revezaram-se para interrogá-la. Não lhe permitiram que dormisse ou usasse o banheiro, mesmo quando estava menstruada. O valor de 3.000 yuanes que ela tinha na sua carteira também foi confiscado.
No dia 18 de novembro as prisões dos três praticantes foram aprovadas, eles ficaram detidos no Centro de Detenção da Cidade de Jixi.
Em 23 de abril de 2021, os três praticantes foram julgados pelo Tribunal do Condado de Jidong, através de uma videoconferência. Apenas o Sr. Bao foi representado por um advogado, que apresentou uma declaração de inocência em seu nome. Os outros dois praticantes atuaram como seus próprios advogados, também se declararam inocentes. O juiz e o procurador interrompiam constantemente a defesa.
A Sra. Teng relatou os abusos físicos que sofreu sob custódia. O Sr. Bao testemunhou contra a polícia por incluir itens que não lhe pertenciam, como prova de acusação contra ele. E o Sr. Zhou argumentou que nenhuma lei criminaliza o Falun Gong na China, portanto a distribuição de materiais sobre a perseguição foi para aumentar a consciência sobre o assunto e não prejudicou ninguém. Salientou também, que o número de provas das acusações utilizadas contra ele pela polícia, não correspondiam com os itens que confiscaram dele.
O advogado do Sr. Bao acrescentou que a perseguição não tem qualquer base legal. O advogado afirmou ainda que, embora as autoridades acusassem os praticantes de "infringir a aplicação da lei como uma organização de culto", a polícia não forneceu quaisquer provas para dizer que a aplicação da lei foi infringida ou teve outro dano!
O advogado também ressaltou o argumento do seu cliente, que a própria polícia violou o procedimento legal ao saquear arbitrariamente as casas dos praticantes e assim fabricar provas de acusação.
Quando o advogado citou um aviso da Agência Chinesa de Publicações que revogou a proibição dos livros de Falun Gong, o promotor, Liu Chunbo, respondeu que "Não seguimos isso! [ao processar do caso]".
Em resposta ao pedido do advogado para verificar a discrepância no número de provas, o juiz, Xu Zhongqi, ordenou que o advogado revisse os vídeos da invasão a residência no dia seguinte, um sábado em que todas as agências relevantes estavam fechadas.
Visados em uma prisão, seis residentes em Hebei são sentenciados a até 10 anos de prisão.
Entre os treze residentes da cidade de Tangshan, residentes da província de Hebei que foram julgados no Tribunal do Condado de Luannan em 20 de julho de 2021, seis são conhecidos por já terem sidos condenados à prisão.
O Sr. Liu Weili foi condenado a dez anos de prisão, a Sra. Zhang Zhilan foi condenada a sete anos de prisão, o Sr. Zuo Desheng foi condenado a dois anos e seis meses de prisão, o Sr. Wang Baozhu a onze meses de prisão, porém tanto o Sr. Lu Lifa como a Sra. Bi Guanqin foram condenados a seis meses de prisão. Ainda não está claro se os outros sete praticantes ainda aguardam as sentenças.
Os treze praticantes foram presos em uma operação policial em 12 de agosto de 2020, quando mais de 100 policiais foram mobilizados para aterrorizar, prender e torturar mais de 50 praticantes, na tentativa de forçá-los a desistirem da sua fé. Alguns praticantes nas proximidades de Tianjin, um município controlado centralmente, também foram presos. O Sr. Dong Jianquan morreu no dia 25 de outubro, como resultado da enorme pressão violenta.
Proprietário de restaurante bem conceituado foi sentenciado a oito anos por causa da sua fé
O Sr. Yang Jianlu e sua esposa, a Sra. Wang Huijun, da cidade de Zhangjiakou, província de Hebei, foram presos no dia 3 de dezembro de 2019, enquanto falavam com as pessoas sobre o Falun Gong no mercado local. Embora a Sra. Wang tenha sido libertada dois dias depois, o Sr. Yang foi detido no Centro de Detenção de Xuanhua.
A polícia apresentou o caso do Sr. Yang à procuradoria em abril de 2020. Quando o seu advogado chamou o procurador Cheng Xing no dia 7 de maio para perguntar sobre seu caso, Cheng disse que planejava indiciar o Sr. Yang e apresentar o caso ao tribunal dentro de dois ou três dias.
Em 4 de setembro de 2020, o Sr. Yang foi julgado no Tribunal Distrital de Xuanhua. Ele apresentou uma declaração de inocência e exigiu que o juiz reproduzisse os DVDs que lhe foram confiscados. Ele disse que não violou a lei por ter materiais informativos sobre o Falun Gong.
A filha do Sr. Yang também o defendeu no tribunal. Ela disse: “Eu tenho que dizer algo quando meu pai está sendo tratado injustamente”. Disse que na sociedade de hoje com moralidade em rápido declínio, seu pai sempre a ensinou a ser uma pessoa bondosa e correta.
Ela descreveu um incidente em que um motorista deixou uma grande sacola de dinheiro no restaurante de sua família, após ter jantado lá. Seu pai guardou a sacola em um local seguro, e esperou o motorista voltar. Após confirmar que a sacola pertencia ao motorista, o Sr. Yang a devolveu. O motorista ficou muito agradecido. Ele disse que não conseguia se lembrar de onde tinha perdido o dinheiro, portanto não esperava recuperá-lo, porque a maioria das pessoas na China de agora já teriam embolsado o dinheiro, e jamais se preocupariam em tentar encontrar o dono.
Em outra ocasião, o Sr. Yang fez o serviço de bufê para um casamento. Ele selecionou os melhores ingredientes, além de dar um desconto generoso. Quando a família veio pagar, alguns dias após o casamento, eles reclamaram que um convidado teve diarreia após regressar para casa, com isso exigiram que o Sr. Yang ainda descontasse mais 900 yuanes do preço. O Sr. Yang não discutiu e cobrou menos 900 yuanes. Seus empregados disseram que ficaram impressionados com sua tolerância, visto que a maioria dos outros donos de restaurantes discutiria e brigaria com o cliente.
O advogado também leu uma declaração assinada por 415 moradores locais em apoio ao Sr. Yang.
Os aldeões disseram: "Somos da Rua Banpo. Estamos todos chocados ao saber sobre a prissão do Sr. Yang Jianlu. As pessoas das aldeias próximas sabem que ele pratica Falun Gong e é uma boa pessoa! Quem precisa de ajuda, ele está sempre disposto a dar uma mão. Não sabemos muito sobre os princípios do Falun Gong, mas sabemos que ele não fez nada de errado em ser uma boa pessoa. Ele está detido há quase oito meses. Por favor, o soltem! Deixem a sua família se reunir!”
A audiência começou às 9h15 da manhã, sendo que às 11h o juiz suspendeu por um intervalo de dez minutos. Por volta das 13h30min, o juiz a suspendeu uma segunda vez, o procurador saiu repentinamente sem dar um motivo, então o juiz teve que encerrar a audiência.
Em 16 de março de 2021, o juiz condenou o Sr. Yang a oito anos de prisão, com uma multa de 10.000 yuanes. Ele recorreu ao Tribunal Intermediário da Cidade de Zhangjiakou, que manteve a sentença anterior, isso no dia 19 de julho, sem ter uma audiência. Ele foi levado para a prisão no mesmo dia.
Visado em uma detenção em grupo, residente em Sichuan é condenado secretamente a nove anos de prisão
Em 10 de julho de 2019, o Sr. Shen Xuewen, da cidade de Meishan, província de Sichuan, foi preso com mais de 40 praticantes na cidade de Chengdu, durante uma operação policial a cerca de 50 km de Meishan. Sua família percebeu que seus 30.000 yuanes em dinheiro, seu computador e impressora tinham desaparecidos de sua casa.
A família do Sr. Shen soube recentemente que ele foi condenado a nove anos de prisão em maio de 2021, pois tinha sido levado para a prisão de Jiazhou. As autoridades os mantiveram sem informações durante todo o processo de acusação.
Esta não foi a primeira vez que o Sr. Shen foi perseguido por causa da sua fé. Ele foi preso anteriormente no dia 12 de janeiro de 2007, quando passava pela casa de outro praticante, o Sr. Luo Libin, sem saber que a polícia estava invadindo a casa do Sr. Luo. Confiscaram o laptop, o mp3 e os materiais informativos sobre o Falun Gong da casa do Sr. Shen.
Em 7 de setembro de 2020, ele foi detido novamente, e interrogado durante a noite. Nessa época, ele ficou detido durante três dias e depois foi liberado.
Idosos não são poupados
Senhora de 85 anos condenada por causa da sua fé a três anos de prisão
Em 2 de julho de 2021, a Sra. Han Guiyun, uma professora aposentada de 85 anos, soube que foi condenada a três anos de prisão e multada em 10.000 yuanes, por "violar a aplicação da lei com uma organização de culto," esse é o argumento padrão utilizado pelo Partido Comunista Chinês, para criminalizar os praticantes do Falun Gong.
No dia 31 de maio de 2019, a Sra. Han, residente da cidade de Yingkou, província de Liaoning, foi detida em um parque, após ser denunciada por falar com outras pessoas sobre o Falun Gong. A polícia vasculhou sua casa sem seu conhecimento. Depois ela ficou detida na Delegacia local durante o dia todo, chamaram o seu filho para levá-la para casa, por volta da 1h da manhã. Em 18 de junho de 2019, a Sra. Han foi novamente levada para a Delegacia, lá exigiram que ela assinasse seu documento de liberação sob fiança.
Posteriormente, a polícia apresentou seu caso à Procuradoria Distrital de Zhanqian, que a indiciou e transferiu seu caso para o Tribunal Distrital de Zhanqian.
Durante o seu julgamento no Tribunal Distrital de Zhanqian em 10 de março de 2021, a Sra. Han advogou em sua própria defesa. Ela argumentou que não há nenhuma lei na China que diga que a prática do Falun Gong é um crime, e que a Agência de Publicações Chinesas revogou a proibição de publicar literatura sobre o Falun Gong em 2011.
Quando a polícia levou a Sra. Han para um exame físico após a audiência, por ter a pressão arterial elevada, ela passou mal e vomitou. Por isso o Centro de Detenção local se recusou a aceitá-la, sendo novamente liberada.
Em 12 de março, um agente da polícia e duas pessoas do Comitê Residencial assediaram a Sra. Han. Eles disseram que se ela concordasse em assinar uma declaração prometendo não praticar mais o Falun Gong, dariam uma sentença leve e ainda voltaria a receber 60% de sua pensão. E se recusasse a cumprir, ameaçaram que suspenderiam sua pensão. A Sra. Han disse que não assinaria a declaração e eles foram embora. Ainda não há informações sobre a suspensão de sua pensão pelas autoridades.
A polícia fez outra tentativa para prender a Sra. Han no final de abril. E novamente teve sua prissão negada pelo Centro de Detenção devido à sua hipertensão, uma condição com que tem lutado desde o ano passado devido ao assédio constante por parte da polícia.
Mas, em 3 de junho, o juiz Wang Feng condenou a Sra. Han, e deu a sentença em 2 de julho. As "provas" utilizadas contra ela incluíam o fato que ela praticava o Falun Gong desde 1996 e que possuía materiais do Falun Gong em sua casa. O juiz ordenou que ela pagasse a multa em dez dias, logo que recebesse a sentença. Ele também emitirá um aviso separado sobre quando ela começará a cumprir pena.
Engenheira sênior aposentada foi condenada a cinco anos de prisão
Em 29 de setembro de 2019, a Sra. Li Zhanjin de 73 anos, uma engenheira sênior aposentada da Companhia Qingniao, afiliada à Universidade de Pequim, foi presa. Policiais invadiram sua casa e confiscaram seus livros e o computador do Falun Gong, com todo o incidente gravado em vídeo.
Enquanto esteve detida no Centro de Detenção do Distrito de Haidian, as autoridades não permitiram que sua família a visitasse ou telefonasse, apenas aceitaram roupas e dinheiro que sua família mandou.
Em 31 de maio de 2021, a Sra. Li foi condenada a cinco anos de prisão pelo Tribunal Distrital de Haidian. Ela recorreu para o Tribunal Intermediário nº 1 da cidade de Pequim e agora aguarda o resultado.
Antes da sua última sentença, a Sra. Li esteve presa várias vezes por praticar o Falun Gong. Cumpriu um ano e meio de trabalho forçado e três anos de prisão.
Idosa de 76 anos condenada a dois anos de prisão por praticar Falun Gong
A Sra. Xu Zhenying, de 76 anos da cidade de Shenyang, residente da província de Liaoning, foi denunciada em fevereiro de 2020 por um caixa de supermercado por usar cédulas impressas com informações sobre o Falun Gong. Devido à rigorosa censura de informação na China, os praticantes do Falun Gong estão usando formas criativas para divulgarem informações sobre a perseguição à sua fé, incluindo a impressão de mensagens em cédulas de dinheiro.
Em 17 de fevereiro de 2020, a polícia prendeu a Sra. Xu. Seu marido, que não pratica o Falun Gong, e seus dois filhos, Chen Xin e Chen Fei, também foram presos. Seu marido foi liberado horas depois. Como o Centro de Detenção local se recusou a aceitar a Sra. Xu e seus dois filhos devido à pandemia, foram liberados dois dias depois, para cumprirem seis meses em prisão domiciliar.
A Sra. Xu foi indiciada e seu caso foi transferido para o Tribunal Distrital de Huanggu. Ela foi convocada para o tribunal em agosto de 2020 para responder a algumas perguntas, porém se escondeu para evitar ser condenada. Portanto, no dia 26 de fevereiro de 2021, foi novamente detida enquanto visitava outro praticante, a Sra. Jiang Shumei.
Policiais invadiram a casa da Sra. Jiang e confiscaram seu computador, impressora e os livros do Falun Gong. Tanto ela como a Sra. Xu foram detidas no Centro de Detenção da Cidade de Shenyang.
A Sra. Xu foi julgada pelo Tribunal Distrital de Huanggu através de uma audiência virtual em 20 de maio de 2021. Ela foi recentemente condenada a dois anos de prisão. Apresentou um recurso ao Tribunal Intermediário da Cidade de Shenyang em junho.
A Sra. Jiang, de 65 anos, também foi indiciada e aguarda julgamento pelo Tribunal Distrital de Huanggu.
Idosa de 77 anos condenada a cinco anos de prisão
Em 12 de maio de 2021, enquanto a Sra. Sun Yanzhi, de 77 anos, da cidade de Fushun, província de Liaoning, esperava por um ônibus, um carro sem placa parou à sua frente. Cinco policiais desceram do carro e a prenderam, a levaram diretamente para o Centro de Detenção de Nangou.
Quando a família da Sra. Sun foi ao centro de detenção para investigar o seu caso, descobriram mais tarde que o juiz Tian Hao a tinha condenado secretamente a cinco anos de prisão, alguns dias após sua detenção. Porém, o Tribunal de Dongzhou negou que nunca tinha realizado uma audiência com a Sra. Sun. No dia 28 de junho a Sra. Sun foi levada para a Prisão Feminina da Província de Liaoning.
A detenção da Sra. Sun ocorreu sete meses depois que ela faltou a uma audiência marcada para 20 de outubro de 2020, por causa da sua fé no Falun Gong. Ela se recusou a comparecer no tribunal, porque nenhuma lei jamais criminalizou o Falun Gong na China e ela não deveria ser processada por causa da sua fé.
A Sra. Sun foi anteriormente detida em 9 de janeiro de 2020, por distribuir materiais informativos sobre o Falun Gong. Embora tenha sido liberada naquela noite, policiais voltaram no dia 4 de fevereiro para revistar a sua casa. Tentaram confiscar seus livros sobre o Falun Gong, mas cederam quando ela protestou. Em vez disso, os agentes levaram suas revistas sobre o Falun Gong.
Em 10 de junho a Sra. Sun foi convocada para a Delegacia de Polícia local. Ela instou aos oficiais a não seguirem o regime comunista na perseguição do Falun Gong. Os policiais se recusaram a ouvi-lá, e ainda assim levaram seu caso à procuradoria.
Em outubro de 2020, após ter faltado à audiência marcada para esse dia, a Sra. Sun viveu longe de sua casa para evitar o assédio policial. Porém, logo que retornou para sua casa foi presa e condenada.
Idosa é condenada a seis anos de prisão por distribuir panfletos
A Sra. Pan Yunxia, moradora da cidade Huainan, na província de Anhui, de quase 70 anos, foi detida em 27 de maio de 2020. Logo, depois de falar com um homem de 40 anos, e ter dado um panfleto sobre como o regime comunista chinês encobriu a pandemia e como o Falun Gong tem sido eficaz em ajudar as pessoas a se recuperarem da doença.
Mais de 20 agentes a paisana a cercaram, empurraram-na para o chão e depois a arrastaram para o carro da polícia. Ela ficou detida na Delegacia de Shannan durante mais de 12 horas. Durante esse tempo a polícia vasculhou sua casa, confiscou seus livros de Falun Gong e uma foto do fundador do Falun Gong. Ela foi então liberada sob fiança.
Em março de 2021, a polícia abordou a Sra. Pan duas vezes, fazendo mais perguntas sobre onde obteve o panfleto. Eles retornaram novamente no dia 25 de maio para confirmar se os livros e a foto do fundador do Falun Gong eram dela. Ela foi então intimada pela Procuradoria do Condado de Fengtai, que a indiciou em 10 de Junho.
Em 17 de julho de 2021, a Sra. Pan foi julgada no Tribunal do Condado de Fengtai. Seu advogado apresentou uma declaração de inocência em seu nome. Durante o processo, o juiz mostrou uma fotografia dela em um hospital, como prova para a acusação. A Sra. Pan perguntou como isso poderia ser usado como prova contra ela.
Sua família soube recentemente que ela tinha sido condenada a seis anos de prisão.
Perseguidas por falarem sobre sua fé
Quatro residentes de Chongqing condenadas na província de Henan
Entre julho e outubro de 2020 três praticantes do Falun Gong de Chongqing foram detidas pela polícia da cidade de Zhoukou, província de Henan. Por volta de julho de 2021, foram condenadas a prisão de três a cinco anos por um tribunal em Zhoukou. Uma quarta praticante de Chongqing também foi condenada à prisão em Zhoukou, embora os detalhes da sua condenação permaneçam obscuros.
A Sra. Han Weifang, de 75 anos e a Sra. Yuan Rong, de 66 anos, foram condenadas a cinco anos de prisão. A Sra. Wang Daiqing, de quase 50 anos, foi condenada a três anos de prisão.
A condenação das três praticantes começou quando a polícia de Zhoukou viajou 700 km até Chongqing e prendeu a quarta praticante, a Sra. Yu Xiurong, em 31 de dezembro de 2019.
Foi relatado que a Sra. Yu foi investigada porque publicou informações sobre o Falun Gong no Sina Weibo, um popular site chinês de microblogging.
Foram presas também mais algumas praticantes suspeitas pela polícia de aumentar a conscientização sobre o Falun Gong online ou expor a perseguição no site Minghui.org, incluindo a Sra. Han e a Sra. Wang, que foram presas em 1º de julho de 2020, e a Sra. Yuan, que foi preso em 24 de outubro de 2020.
As praticantes foram levadas para província de Henan, onde ficaran detidas no Centro de Detenção da Cidade de Zhoukou. Quando os advogados da Sra. Han e da Sra. Wang apresentaram seus pareceres jurídicos, que exigiam a liberdade das praticantes, a poíicia os intimidou, falando que eles suspeitavam que os advogados fossem adeptos do Falun Gong.
Mais tarde, a polícia apresentou os casos das praticantes à Procuradoria Distrital de Chuanhui, que as indiciou e transferiu esse caso para o Tribunal Distrital de Chuanhui.
A Sra. Han, a Sra. Wang e a Sra. Yuan compareceram em dois tribunais, em 14 de janeiro e 29 de abril de 2021, e foram condenadas em junho. Foi noticiado que a Sra. Yu também foi condenada, mas os detalhes sobre seu julgamento e pena de prisão permanecem obscuros até esse presente momento.
Residente de Shandong é sentenciada a três anos de prisão
A Sra. Xue Lianxia não retornou para sua casa após ter sido convocada pelo tribunal na tarde de 21 de junho de 2021. Sua família soube que ela havia sido condenada a três anos de prisão por praticar o Falun Gong.
Em 6 de novembro de 2020 a Sra. Xue, residente da cidade de Qingdao, província de Shandong, foi denunciada por distribuir materiais informativos sobre o Falun Gong em uma área residencial. Policiais da Delegacia de Dazhushan a prenderam no dia 11 de novembro. Ela foi liberada sob fiança no dia seguinte, logo após sua filha pagar 5.000 yuanes de fiança.
A Sra. Xue recebeu uma ligação da Procuradoria do Distrito de Huangdao em 14 de maio de 2021, onde foi informada que a Delegacia de Dazhushan tinha apresentado seu caso. Três dias depois, o mesmo procurador telefonou novamente e a convocou para comparecer em seu escritório.
Na hora marcada do dia 18 de maio a Sra. Xue foi à procuradoria. Entretanto a recepcionista não permitiu que ela entrasse no escritório, mas a conduziu para a garagem, onde improvisou uma mesa e pediu que assinasse uma pilha de documentos. A Sra. Xue se recusou a obedecer, dizendo que não tinha violado nenhuma lei. Então um supervisor da procuradoria veio e ordenou que ela assinasse os documentos.
Quando a Sra. Xue tentou esclarecer aos oficiais que não consta na lei nada que criminaliza o Falun Gong na China, eles disseram-lhe: "Não nos fale sobre essas coisas! Será a mesma coisa, quer você os assine ou não! Se você os assinar, sua prisão pode ser reduzida em dois anos." Eles perguntaram novamente se ela assinaria os documentos, mas a Sra. Xue disse novamente que não. Então eles saíram e a Sra. Xue retornou para casa.
Na manhã seguinte, quatro agentes, incluindo a polícia e membros do Comitê Residencial, foram à casa da Sra. Xue e tentaram persuadi-la a assinar os documentos. Ela continuou a explicar os fatos sobre o Falun Gong e todos saíram 10 minutos depois.
No dia 9 de junho, a Sra. Xue foi intimada para o Tribunal Distrital de Huangdao. O promotor também estava presente e a ordenou para que assinasse novamente os documentos do seu caso. A Sra. Xue ainda se recusou a cumprir. O promotor ficou muito zangado, e pediu para ela retornar no dia seguinte. Ele disse também que foi marcada uma audiência judicial para 21 de junho.
A Sra. Xue não retornou ao tribunal no dia seguinte, nem apareceu no dia 21 de junho para a audiência.
Em 21 de junho, por volta do meio-dia, um funcionário do tribunal telefonou e gritou com ela: "Porque não veio ao tribunal pela manhã? Pedimos várias vezes para assinar os documentos e você ainda não os assinou! O que você quer? Estou dizendo que você tem que vir aqui às 2h da tarde e procurar o juiz Yin ou o juiz Ou. Se não vier, vamos prendê-la!"
A Sra. Xue foi ao tribunal à tarde e foi detida por agentes da Delegacia de Polícia de Dazhushan. Depois de se recusar a assinar seu mandado de prisão, sua filha assinou por ela.
A família da Sra. Xue disse que só soube, através de uma fonte que ela foi condenada a três anos de prisão. A polícia a conduziu para um exame físico somente no dia 24 de junho, e ela foi colocada em quarentena durante 14 dias. Não está claro se ela foi levada para a prisão, depois de terminada a quarentena.
Sentença secreta e visita negada
Alvo de prisão em grupo, praticante de Heilongjiang é condenada à prisão
Em 11 de dezembro de 2020, a Sra. Liu Yuqiu, da cidade de Hegang, residente na província de Heilongjiang, foi presa quando ela e seu marido estavam fazendo bolinhos em casa. Primeiro os policiais desligaram o interruptor de energia do corredor de seu apartamento, e quando seu marido, Sr. Xu You, saiu para verificar a situação, o jogaram no chão e o algemaram, e rapidamente invadiram o apartamento deles.
Um policial acenou com um pedaço de papel na frente da Sra. Liu e alegou que se tratava de um mandado de busca. Quando ela estendeu a mão para pegar o papel, o policial também a imobilizou no chão e a algemou.
Os policiais revistaram sua residência e confiscaram os livros do Falun Gong da Sra. Liu, três DVD, sua identidade, 2.220 yuanes em dinheiro, e os seus cartões do banco. A polícia também procurou debaixo da cama e dentro dos sapatos no armário.
Como o Sr. Xu não pratica o Falun Gong, ele foi liberado às 21h. Ele ainda estava aterrorizado ao relatar a provação alguns dias depois.
A Sra. Liu foi detida pela primeira vez no Centro de Detenção da cidade de Hegang e posteriormente condenada a 3,5 anos na Prisão Feminina da província de Heilongjiang. Os detalhes de sua sentença permanecem obscuros no momento da redação do presente relatório.
A prisão da Sra. Liu fez parte de uma campanha de perseguição em massa na cidade de Hegang. Mais de 80 praticantes foram presos entre 11 e 13 de dezembro de 2020.
As prisões foram organizadas por Zhang Fusheng, um oficial do Escritório de Segurança Interna da cidade de Hegang, e realizadas por Delegacias de policiais em toda a cidade. Ocorreu em 12 de dezembro, a maioria das detenções. Alguns praticantes tiveram suas casas saqueadas e seus livros do Falun Gong, fotos do fundador do Falun Gong, computadores, impressoras e materiais de escritório usados para imprimir materiais do Falun Gong em casa foram confiscados.
Residente de Xangai é preso secretamente, negada a visita do advogado
Um residente de Xangai teve a visita de um advogado negada, desde que foi detido por praticar Falun Gong há quase um ano. Sua família confirmou recentemente que ele foi condenado a um ano e dois meses de prisão. Eles ainda estão tentando obter justiça para ele.
O Sr. Zhang Nanping foi detido no trabalho no dia 20 de julho de 2020, por agentes da Delegacia de Luhui. Policiais vasculharam sua casa e confiscaram o computador, impressora, e seus livros do Falun Gong. Em 22 de julho, ele foi colocado em detenção criminal.
O Sr. Zhang ainda está detido desde então no Centro de Detenção do distrito de Minhang. Sua prisão foi acatada em 24 de agosto.
Ao saber da prisão do Sr. Zhang, sua família viajou de sua cidade natal, na província de Jiangxi, para Xangai, tentando contratar um advogado de Xangai para ele. Depois que o advogado local com quem conversaram disse que ele não poderia visitar Zhang no centro de detenção, sua família contratou outro advogado da província de Hebei que se dispôs a visitá-lo.
Em 29 de setembro, quando o advogado viajou 1100 km para Xangai, os guardas do Centro de Detenção impediram sua visita ao Sr. Zhang, alegando que todos os praticantes do Falun Gong têm a visita negada, se os seus casos ainda estiverem sob investigação. O advogado telefonou para a polícia para saber mais sobre o caso, mas ninguém atendeu ao telefone.
No dia 15 de outubro, o advogado foi novamente ao Centro de Detenção, porém os guardas ainda rejeitaram o seu pedido de visita. O advogado apresentou queixa ao procurador responsável pelo Centro de Detenção, mas foi ignorada.
O advogado ligou para polícia no dia 17 de outubro, mas novamente ninguém atendeu ao telefone. Ele também apresentou queixa junto ao Gabinete de Recursos da cidade de Xangai, da Procuradoria da Cidade de Xangai, e de várias outras agências, mas ainda sem sucesso.
Recentemente confirmado pela família do Sr. Zhang que ele foi condenado a 14 meses de prisão pelo Tribunal Distrital de Fengxian. Mais detalhes sobre a sentença permanecem desconhecidos até o presente momento dessa redação.
Praticante de Heilongjiang secretamente condenada a quatro anos de prisão
Em maio de 2021, a Sra. Li Chunhuan, de 59 anos, da cidade de Jiamusi, província de Heilongjiang, foi transferida para uma prisão local, para cumprir uma pena de quatro anos de prisão por causa da sua fé no Falun Gong.
A Sra. Li foi presa por doze policiais na noite de 25 de janeiro de 2016. Sua casa também foi invadida por eles, que confiscaram sua impressora, duas caixas de papel de ofício, cartuchos de tinta, DVDs em branco e uma foto do fundador do Falun Gong.
Policiais a interrogaram durante a noite na Delegacia de Polícia de Changqing e a levaram para o Centro de Detenção da cidade de Jiamusi no dia seguinte. Devido à pressão alta, ela teve a prissão negada pelo Centro de Detenção e libertada no mesmo dia.
A polícia a assediou novamente em 9 de março de 2017, ameaçando prendê-la se não assinasse uma declaração de renúncia ao Falun Gong.
Em 8 de novembro de 2019, policiais prenderam ela e seu marido, Sr. Liu Xiangyi, após monitorarem o dia a dia dela. As duas residências da Sra. Li foram saqueadas pela polícia, e confiscarm seus livros do Falun Gong e materiais relacionados.
Depois que o casal foi interrogado na Divisão de Segurança Interna de Jiaoqu, a polícia levou a Sra. Li para o Centro de Detenção da cidade de Jiamusi. Eles tentaram forçar o Sr. Liu a fornecer informações falsas contra a Sra. Li, mas ele se recusou a obedecer. Com a ajuda de um amigo, ele foi liberado.
Em dezembro de 2020, a Sra. Li foi julgada e condenada a quatro anos de prisão pelo Tribunal Distrital de Xiangyang. As autoridades mantiveram seus familiares sem informações sobre a audiência. A família nunca recebeu uma cópia da sua sentença.
Como os familiares foram proibidos de visitá-la desde o ano passado, não sabiam que ela tinha sido transferida para a Prisão Feminina da província de Heilongjiang no dia 20 de maio de 2021, até receberem uma ligação da prisão, pedindo que fizessem um depósito em dinheiro para ela. Mas, a prisão também negou a visita, citando a pandemia.
Assim como a Sra. Li, outra praticante da cidade de Jiamusi, a Sra. Xie Wei, também foi sigilosamente condenada a seis anos de prisão pelo Tribunal Distrital de Xiangyang. Em 27 de julho de 2019, a Sra. Xie foi alvo de uma inspeção policial. Um promotor a visitou no Centro de Detenção em meados de junho de 2020 e entregou uma cópia de sua condenação. Ele também informou que estava marcada uma audiência para o início de agosto.
Entre 31 de julho e 4 de agosto de 2020, o advogado da Sra. Xie continuou telefonando para o juiz Song Tao para obter informações sobre essa audiência. O juiz se recusou a atender suas ligações, nem aceitou sua procuração e nem mesmo permitiu que revisse o documento desse caso. Até o momento, o advogado da Sra. Xie ainda não conhece os detalhes desse processo judicial. Ele também não teve a permissão para que os familiares dela a visitasse, assim como foi negada sua visita pela Prisão Feminina da Província de Heilongjiang.
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Categoria: Casos de perseguição