(Minghui.org) No primeiro semestre de 2021, 667 praticantes do Falun Gong foram condenados à prisão por causa da sua fé, uma antiga disciplina espiritual que tem sido perseguida pelo regime comunista chinês desde 1999.

Os casos recentemente registrados incluem 7 em 2019, 271 em 2020 e 389 em 2021, o que perfaz um total de 781 casos de condenações confirmadas em 2019 e em 2020 para 893. O atraso na notificação dos casos foi causado principalmente pela censura rigorosa de informação na China, o que torna difícil para os correspondentes do Minghui a coleta e o envio de informações.

Perseguição a nível nacional

Os 667 praticantes que foram sentenciados são provenientes de 154 cidades em 26 províncias e municípios. Henan (70), Liaoning (68), Heilongjiang (65), Jilin (55) e Shangdong (54) são as cinco principais províncias com mais casos. Dezesseis outras regiões registraram casos com números de dois dígitos e as restantes cinco províncias tinham casos com um dígito.

Enquanto várias províncias tais como Liaoning, Heilongjiang, e Jilin têm se mantido líderes em executar as políticas de perseguição do governo nas últimas duas décadas, nos últimos 2 anos, a perseguição tem aumentado na China central, na província de Henan. Em um relatório recente das mortes relatadas no primeiro semestre de 2021, Liaoning, Jilin, Heilongjiang e Henan também foram as quatro principais em termos de mortes confirmadas.

Entre as 70 sentenças proferidas em Henan, 40 delas resultaram de uma detenção em massa de mais de 160 praticantes na cidade de Nanyang em agosto de 2019. Apenas o Tribunal Distrital de Wancheng, foi responsável pela sentença de 26 praticantes com sentenças variando de sete meses a 13 anos (a sentença de um outro praticante é desconhecido). Ainda está sendo investigado qual foi o tribunal que condenou os outros 14 praticantes, que receberam sentenças de dois a nove anos.

Além das prisões em massa em 2019, a polícia em Henan também tem viajado pelo país desde 2019 para prender praticantes por postar informações on-line sobre o Falun Gong, o que resultou na condenação de três praticantes de Chongqing em junho de 2021 e vários outros praticantes de outras províncias que enfrentam processos.

Detenção em grupo

Com mais detenções em grupo nos últimos anos, as sentenças em grupo também estão se tornando cada mais frequentes, geralmente com penas pesadas.

Além das sentenças de 40 praticantes em Nanyang, província de Henan, mencionada acima, outros seis residentes da cidade de Zhoukou, na mesma província, receberam sentenças de três a sete anos por lerem os livros do Falun Gong juntos. A polícia monitorou os praticantes por mais de um mês antes de prendê-los. Todos tiveram as suas casas saqueadas.

Na cidade de Fuyang, província de Anhui, nove praticantes receberam penas entre oito meses a 12 anos e foram multados entre 10 a 30 mil yuans. Antes das audiências, o juiz forçou os advogados dos praticantes a se retirarem e providenciou para que os advogados nomeados pelo tribunal entrassem com as confissões de culpa dos praticantes. Os familiares dos praticantes também não tinham permissão para assistir às sessões pessoalmente, mas tiveram que assistir o vídeo online.

Entre os 14 praticantes que foram condenados de sete a nove anos pelo Tribunal do Condado de Lishu na cidade de Changchun, província de Jilin, sete vieram de uma família extensa. Os juízes anunciaram as sentenças depois de dizer às famílias dos praticantes no dia anterior que eles ainda não haviam decidido as sentenças, embora as penas já tivessem sido predeterminadas pelos superiores, de acordo com uma fonte.

Depois dos juízes se recusarem a fornecer uma cópia impressa das sentenças às famílias dos praticantes, citando uma decisão do seu superior, o centro de detenção também impediu os advogados dos praticantes de visitá-los, quando os advogados tentaram recolher mais informações sobre suas sentenças.

O Comitê de Assuntos Políticos e Jurídicos da cidade de Changchun (uma agência extrajudicial encarregada de perseguir o Falun Gong) emitiu novas ordens para que todos os membros do corpo judicial que lidam com casos do Falun Gong tenham autoridade para negar reuniões com os familiares dos praticantes. Os praticantes que não se declaram culpados não têm permissão para contratar advogados de fora da província. Eles só podem contratar advogados locais. Nenhuma agência governamental está autorizada a receber qualquer pessoa que apele a um caso do Falun Gong. Além disso, os casos do Falun Gong não são tratados de acordo com a lei, mas em vez disso orientados por “políticas governamentais”.

Tribunais especializados em condenar praticantes do Falun Gong

Dos 667 casos, 424 (64%) sentenças foram proferidas por 170 tribunais, incluindo tribunais distritais, municipais, tribunais dos condados e de cidades. Na maioria das cidades, os casos foram tratados por apenas um ou dois tribunais. Nos últimos anos, isso ocorreu como resultado da consolidação dos casos de Falun Gong em um ou em alguns tribunais e procuradorias em uma só região para agilizar o processo de acusação. Os exemplos incluem o Tribunal Distrital de Chaoyang na cidade de Changchun, província de Jilin, e o Tribunal Distrital de Ranghulu na cidade de Daqing, província de Heilongjiang, ambos designados para tratar com casos de Falun Gong.

Tal consolidação e expedição contribuíram para mais sentenças desde o início da pandemia. Em 2020, com muitos praticantes expondo como o Partido Comunista Chinês encobriu a pandemia usando táticas semelhantes à perseguição ao Falun Gong, alguns praticantes foram presos e rapidamente condenados, muitas vezes sem o conhecimento das suas famílias e advogados.

As autoridades também usaram a pandemia como desculpa para impedir que as famílias dos praticantes e os advogados os visitassem, tanto nos centros de detenção durante a fase de acusação, como depois dos praticantes já terem sido condenados e encarcerados.

Violação de procedimentos legais

De prisões arbitrárias a detenções não comunicadas, de provas fabricadas a sentenças secretas, a polícia, os promotores e os juízes violaram a lei em cada etapa do processo de acusação.

Depois que a Sra. Meng Suying, da cidade de Shenyang, província de Liaoning, teve a sua entrada negada pelo centro de detenção local devido a uma febre e pressão arterial alta após a sua prisão em outubro de 2020, a polícia colocou garrafas de água congelada sob as suas axilas, forçando-a a ficar de pé ao ar livre no frio gélido, e forçou-a a tomar medicamentos para a pressão arterial. Apesar dos sintomas persistentes, a polícia forçou o centro de detenção a aceitá-la. Após uma audiência virtual em março de 2021, a Sra. Meng foi condenada a quatro anos em junho.

Cinco residentes de Chongqing presos em 2018 e julgados secretamente em 2019, foram mantidos incomunicáveis por quase três anos antes de serem condenados a penas que variam de 5,5 a 9 anos, em junho de 2021. Os dois filhos pequenos de um praticante e da sua esposa, que não trabalha, foram deixados em uma situação terrível durante a sua detenção.

Dra. Chen Shuqin, do condado de Longde, província de Ningxia, desapareceu em meados de junho de 2020. Embora a sua família tenha descoberto mais tarde que ela tinha sido presa, eles não tiveram permissão para visitá-la no centro de detenção. Eles confirmaram, em junho de 2021, que ela foi condenada a 4,5 anos de prisão, mas ainda não se sabe os detalhes do seu caso.

No final de maio de 2021, quando a família do Sr. Liu Wei foi ao centro de detenção para visitá-lo, eles foram informados de que ele tinha sido condenado a quatro anos. Esta foi a primeira vez que a sua família recebeu uma atualização sobre o seu caso após a prisão do ex-funcionário da Fábrica de Maquinarias de Grãos e Óleo na cidade de Hanzhong, província de Shaanxi, em setembro de 2019.

Depois de insistir em contratar um advogado para representá-la, a Sra. Duan Lianying, da cidade de Chifeng, na Mongólia Interior, foi arrastada pelo juiz da sala do tribunal para um carro, onde foi julgada e sentenciada.

A Sra. Chen Jingjie, de 65 anos, da cidade de Anda, província de Heilongjiang, foi condenada antes que o seu advogado pudesse visitá-la. Depois de saber sobre a sentença, a advogada ligou para a procuradoria e perguntou ao promotor por que não o informaram sobre o julgamento. Eles responderam que não sabiam que a Sra. Chen tinha um advogado, embora ele já tivesse analisado o documento do caso e apresentado sua procuração um mês antes.

Antes da audiência do Sr. Lin Maocheng em 4 de fevereiro de 2021, o juiz tentou pressionar o seu advogado para não mencionar a falta de base legal para a perseguição ao Falun Gong durante o processo. Após uma segunda audiência em 10 de março, o juiz sentenciou o homem da cidade de Dalian, da província de Liaoning, a cinco anos com uma multa de 30 mil yuans em 27 de maio. O juiz também se recusou a fornecer uma cópia da sentença ao advogado do Sr. Lin e disse para ele mesmo procurar on-line.

A família de um gerente de hotel da cidade de Zhumadian, província de Henan, soube por uma fonte interna que a sentença de sete anos de prisão concedida à Sra. Yan Weibin, de 55 anos, foi determinada pelo governo do regime central comunista. Na campanha de assédio "Zerar", um esforço concentrado para forçar todos os praticantes do Falun Gong na lista negra do governo a renunciar ao Falun Gong, as autoridades tentaram intimidar outros praticantes sentenciando a Sra. Yan a uma pena pesada.

O juiz revelou na audiência de 14 de outubro de 2020 que estava recebendo muitos telefonemas de praticantes do Falun Gong do estrangeiro, que o aconselhavam a não condenar a Sra. Yan. Ele gravou uma das ligações e a reproduziu durante a audiência. Ele perguntou à Sra. Yan por que ele estava recebendo tais ligações e a culpou por “ameaçá-lo”.

Demografia dos praticantes condenados

Entre os 667 praticantes, 234 (35%) tinham idades entre 26 e 88 anos, com uma idade média de 62 anos. Dezesseis dos praticantes tinham 80 anos ou mais anos. Cinquenta e sete estavam na casa dos 70 anos, e 76 na casa dos 60 anos.

Alguns dos praticantes idosos foram condenados com sentenças especialmente longas, incluindo um homem de 82 anos condenado a dez anos, um homem de 81 anos condenado a nove anos, um homem de 80 anos condenado a oito anos e meio, uma mulher de 72 anos condenada a nove anos, e outra mulher na casa dos 70 também foi condenada a nove anos.

Os praticantes condenados vêm de todas as classes sociais e incluem professores, médicos, advogados, engenheiros, enfermeiras, contabilistas e gerentes financeiros. Por causa da perseguição, alguns perderam os empregos ou foram forçados a divorciar-se.

Um exemplo é o do Sr. Han Xu, que trabalhou no departamento comercial da Corporação de Importação e Exportação de Tapetes da Província de Gansu e também foi tradutor para o Comércio Exterior e Cooperação Econômica da província. Após o início da perseguição ao Falun Gong, ele foi preso várias vezes e condenado a dez anos de prisão. Ele foi espancado várias vezes, algemado com os braços atrás das costas por longas horas, recebeu choques de bastões elétricos e ficou preso em solitária por seis anos. O Sr. Han foi preso novamente em maio de 2019 por distribuir materiais do Falun Gong e condenado a três anos em fevereiro de 2021.

A Sra. Fu Xiaoli, diretora financeira de uma empresa estrangeira na cidade de Shenzhen, província de Guangdong, foi presa em casa, em fevereiro de 2020 e condenada a dois anos, em abril de 2021. Por se recusar a renunciar à sua fé, a Sra. Fu, tinha sido anteriormente demitida da posição de professora na Universidade de Zhengzhou na província de Henan e posteriormente foi demitida de uma empresa em Pequim. O seu marido divorciou-se dela e levou todas as suas economias.

Outro praticante de Shenzhen, Sr. Tang Haihai, trabalhava no Liceu de Shenzhen, uma escola de alto nível na província de Guangdong. Como os seus estudantes tinham excelentes desempenhos acadêmicos sob a sua tutela, ele foi promovido para o cargo de vice-diretor do departamento de educação de Shenzhen em 2003.

Contudo, quando as autoridades descobriram que ele praticava Falun Gong, foi afastado desse posto e nomeado como reitor associado do Instituto de Comunicação de Shenzhen. Em poucos anos, as notas dos exames de entrada dos alunos da sua antiga escola caíram para o último lugar de todas as cidades da província, então o departamento de educação voltou a contratar o Sr. Tang. Após o Sr. Tang se ter aposentado, ele deu frequentemente seminários gratuitos nas escolas em Shenzhen sobre como melhorar a qualidade da educação.

O Sr. Tang foi preso com a sua mulher, a Sra. Sun Xuexin, em março de 2020, logo depois de voltarem de uma visita a um parente nos Estados Unidos. Após um ano de detenção, o Sr. Tang foi condenado a um ano e dois meses de prisão e a Sra. Sun a três anos.

Sentenças, multas e extorsão

Com exceção de 30 praticantes cujos penas são desconhecidas, 33 praticantes que receberam liberdade condicional e não tiveram que cumprir pena, e dois que foram apenas multados, mas não receberam penas de prisão, os outros 602 (90%) praticantes foram condenados a penas de prisão, que variaram de quatro meses a 14 anos, com uma média de três anos e meio.

Um total de 248 (37%) praticantes foram extorquidos pela polícia ou multados pelo tribunal em valores que variam de 500 a 200 mil yuans, com uma média de 13.909 yuans por pessoa.

Alguns dos praticantes têm sido repetidamente perseguidos ao longo das últimas duas décadas.

A Sra. Zhao Shuzhi, de 63 anos, da cidade de Hulunbeir, na Mongólia Interior, foi condenada a três anos depois de ter sido detida pela nona vez por praticar o Falun Gong.

Tendo passado dez anos infernais na prisão e suportando espancamentos selvagens, privação de sono, congelamento e uso restrito do banheiro que resultou em atrofia muscular das suas pernas, o Sr. Shi Shaoping, um residente de Pequim de 50 anos, foi condenado a mais nove anos. A sua família foi mantida sem informações sobre ele após a sua prisão em novembro de 2019. Só em abril de 2021, é que o seu irmão mais novo recebeu a notificação de que o Sr. Shi tinha sido condenado a nove anos na Prisão nº 2 de Pequim, que é usada principalmente para prender prisioneiros no corredor da morte ou condenados à prisão perpétua, bem como praticantes de Falun Gong.

Sr. Shi Shaoping

O Sr. Ji Zhongming, da cidade de Chifeng, da Mongólia Interior, que foi condenado a quatro anos em junho de 2021, foi preso em dezembro de 2019, depois de se mudar com frequência por mais de dez anos para evitar ser perseguido. Para encontrar o Sr. Ji, a polícia arranjou um agente especial para fingir ser um praticante do Falun Gong e juntar-se a um grupo de estudo local, onde obteve informações sobre o Sr. Ji. Quando o prenderam, um agente gritou: "Andamos à sua procura há tantos anos!"

Perseguida apesar da condição médica

Alguns praticantes desenvolveram sintomas de saúde precária logo após serem presos devido às condições deploráveis e à tortura sob custódia, mas a prisão recusou os seus pedidos de liberdade condicional médica, com a desculpa de que eles não tinham renunciado ao Falun Gong.

Quando a Sra. Zhang Ruijun, apareceu em uma videoconferência em sua audiência de condenação, em 23 de junho de 2021, um mês depois de ter sido levada de volta à custódia, a sua família começou a chorar ao vê-la. A mulher, na casa dos 50 anos, da cidade de Zibo, província de Shandong, parecia abatida e as suas reações eram muito lentas. Até caminhar era difícil para ela. A sua família disse que não conseguia imaginar a tortura que ela suportou no mês passado e que estão muito preocupados com ela, especialmente porque agora ela tem 3,5 anos para cumprir.

A Sra. Chen Yubo, da cidade de Ningbo, província de Zhejiang, estava com sangramento em uma mama e foi diagnosticada com câncer de mama após a sua prisão em abril de 2019. Embora a polícia a tenha libertado sob fiança em julho de 2019, eles ordenaram que ela se apresentasse todos os dias. Depois de suportar quase dois anos de intensa vigilância, a Sra. Chen foi levada sob custódia, em 13 de maio de 2021 e duas semanas depois, foi condenada a oito meses.

A Sra. Zhang Junling, de 62 anos, da cidade de Huichun, província de Jilin, foi presa em fevereiro de 2019 e condenada a um ano. Com pressão alta, problemas cardíacos, inchaço e dor ao redor da área onde ela tinha feito uma mastectomia há alguns anos, ela teve ordem para cumprir pena em casa. Como a polícia continuou a ir à sua casa para assediá-la, a sua saúde continuou a piorar. A polícia levou-a de novo sob custódia, em 9 de junho de 2021, e ordenou que ela cumprisse uma nova pena de prisão de 1,5 anos. Como ela não pode mais usar a sua perna artificial (que foi amputada após um acidente de trem em 1981), ela teve que usar uma cadeira de rodas para se movimentar no centro de detenção.

Sra. Zhang Junling

Outra mulher, a Sra. Sun Jiping, foi condenada a cumprir uma pena de cinco anos, embora o seu grave distúrbio sanguíneo tenha piorado enquanto ela estava sob custódia. A mulher da cidade de Jinzhou, província de Liaoning, de 68 anos, perdeu a consciência e foi hospitalizada para uma transfusão de sangue. A sua hemoglobina caiu rapidamente para 5g / dL, muito abaixo do nível normal entre 12,0 e 15,5 g / dL, o que também a levou a desenvolver um edema sistêmico.

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Abaixo estão os casos destacados que foram relatados no primeiro semestre de 2021. A lista completa de praticantes condenados pode ser baixada aqui (PDF).

Idosos sentenciados

Idoso de 82 anos é sentenciado a 10 anos

Depois de ser preso e libertado várias vezes, o Sr. Li Dengchen, um professor aposentado de 82 anos da cidade de Shenzhou, província de Hebei, foi condenado a 10 anos em janeiro de 2021.

O Sr. Li foi preso, pela primeira vez em casa, no dia 22 de outubro de 2018. A polícia invadiu a sua residência e confiscou objetos valiosos no valor de 150 mil yuans. Devido à pressão alta, o Centro de Detenção da cidade de Shenzhou recusou a entrada do Sr. Li e ele foi libertado.

O Sr. Li voltou à delegacia local no dia seguinte e exigiu a devolução de sua propriedade confiscada, mas sem sucesso.

Dias depois, o Sr. Li percebeu que alguém saltou a sua cerca e entrou em sua casa enquanto ele estava fora. Ele suspeitou que fosse a polícia tentando encontrar mais itens relacionados ao Falun Gong na sua casa. Ele decidiu morar longe de casa para evitar mais perseguições.

Apenas um mês depois, em 23 de novembro, o Sr. Li foi preso novamente e levado para o Centro de Detenção da cidade de Shenzhou. Antes da sua segunda prisão, a polícia extorquiu 1.700 yuans da sua família pela suposta “taxa de exame físico”.

O Sr. Li desenvolveu uma condição médica crítica nos pulmões e foi tratado em uma unidade de terapia intensiva em 2019. Ele foi libertado sob fiança a 26 de abril. Nessa época, ele emagreceu, ficou incontinente e incapaz de cuidar de si mesmo. As suas pernas também estavam inchadas.

Depois de retomar a prática do Falun Gong em casa, o Sr. Li recuperou gradualmente. No entanto, as autoridades não pararam de segui-lo.

No final de julho de 2020, o Sr. Li recebeu uma notificação para comparecer em tribunal. Por um mês, ele foi novamente viver longe de casa, para se esconder da polícia.

Em janeiro de 2021, ele foi preso mais uma vez e recebeu uma sentença de dez anos. Ele agora foi levado para a prisão de Baoding para cumprir pena.

Médica aposentada de 80 anos é agredida durante prisão e condenada a 3,5 anos

A Sra. Ma Kunfang, uma médica aposentada de 80 anos do condado de Liaoyang, província de Liaoning, foi presa em casa na manhã de 6 de novembro de 2020 por dois policiais à paisana do Departamento de Polícia do condado de Liaoyang. Enquanto os policiais faziam buscas em sua casa, mais 20 policiais à paisana apareceram. Nenhum deles mostrou a sua identidade policial.

A Sra. Ma pediu aos policiais para não participarem na perseguição, mas eles recusaram-se a ouvir. Eles imobilizaram-na no chão, algemaram os seus braços atrás das costas e passaram três horas vasculhando a sua casa. Os seus livros do Falun Gong, materiais informativos, foto do fundador do Falun Gong, DVDs de palestras do Falun Gong, leitores multimédia e vários milhares de yuans em dinheiro foram confiscados.

A Sra. Ma foi posteriormente levada ao departamento de polícia do condado para interrogatório. A polícia a manteve em um quarto escuro e a amarrou a uma cadeira de metal com as mãos e os pés algemados. A Sra. Ma se recusou a responder a quaisquer perguntas.

Cinco horas depois, quando a Sra. Ma foi libertada da cadeira, os seus pulsos estavam inchados e machucados. Ela tinha dores nas costas e nas pernas. As suas pernas estavam dormentes e ela não conseguia andar sozinha. Com a ajuda da sua família, ela voltou para casa sob fiança naquela noite.

A Sra. Ma foi levada para o Centro de Detenção de Liaoyang no dia seguinte. Devido à pressão alta, ela teve a sua entrada recusada e também teve alta.

Posteriormente, a polícia submeteu o caso da Sra. Ma à Procuradoria da cidade de Dengta. Ela foi julgada pelo Tribunal da Cidade de Dengta, em 29 de março de 2021 e foi condenada a 3,5 anos de prisão.

Procedimentos legais violados

Residente de Chongqing apela pela segunda vez de sentença ilegal por causa da sua fé noFalun Gong

Quando o Sr. Liu Zhimin de Chongqing, entrou com um recurso para contestar uma sentença de prisão ilegal, o guarda Hu Changrong, do Centro de Detenção do Distrito de Chongshou, negou o seu recurso e recusou-se a enviá-lo por ele. O Sr. Liu protestou e Hu finalmente enviou-o pelo correio depois de demorar meses.

Em 29 de maio de 2021, o Tribunal Intermediário nº 1 de Chongqing ligou para a esposa do Sr. Liu, a Sra. Zhang Li, para ver se o Sr. Liu tinha um advogado para representá-lo. A Sra. Zhang contratou o mesmo advogado que representou o Sr. Liu no julgamento inicial para representá-lo em seu recurso.

O Sr. Liu foi preso em 7 de janeiro de 2020, quando ele e o Sr. Yang Dingchan ajudavam o Sr. Wu Shenghua, de 79 anos, a escrever dísticos de caligrafia e a oferecê-los de graça antes do Ano Novo Chinês.

A polícia disse que um homem chamado Zuo Hechang denunciou o trio por distribuir materiais sobre o Falun Gong. Posteriormente, foi confirmado que o sobrinho de Zuo, Zuo Shiyong, tinha recebido um folheto do Falun Gong de outro praticante. Quando Zuo Hechang viu o folheto, ele denunciou o Sr. Liu, o Sr. Yang e o Sr. Wu, embora eles nada soubessem sobre o folheto.

Enquanto o Sr. Yang e o Sr. Wu foram libertados no dia seguinte, o Sr. Liu foi mantido sob custódia. A polícia acusou-o de ser um “infrator reincidente” porque ele tinha sido condenado no passado por praticar Falun Gong. A polícia também acusou o Sr. Liu de distribuir os materiais de Falun Gong que os residentes locais receberam de outros praticantes.

A polícia acusou o Sr. Liu, o Sr. Yang e o Sr. Wu de promover o Falun Gong porque um dos dísticos dizia: "Fa (o Caminho) traz a brisa da primavera rejuvenescendo todos os cenários, a bondade espalha-se como o sol quente harmonizando todas as famílias", tinha a palavra “Fa” nela.

Houve outras discrepâncias no relato de Zuo Hechang. Zuo disse primeiro que viu seu sobrinho voltar para casa com um dístico e um livreto do Falun Gong, sem ver a pessoa que distribuiu o livreto ou receber o livreto pessoalmente. Ele então se contradisse dizendo que o Sr. Liu lhe deu o livreto. Zuo também afirmou que seis pessoas, incluindo duas mulheres, escreveram os dísticos de caligrafia, quando eram apenas o Sr. Liu, o Sr. Yang e o Sr. Wu os escrevendo.

Durante a audiência do Sr. Liu no Tribunal Distrital de Jiangbei em 15 de outubro, o juiz Huang Ya negou repetidamente o pedido do advogado do Sr. Liu, para que a família Zuo comparecesse no tribunal para aceitar o interrogatório. O juiz também interrompeu o Sr. Liu quando ele estava falando sobre como o Falun Gong ensina as pessoas a serem boas e que nenhuma lei na China considera a prática do Falun Gong um crime.

Após a audiência, a filha do Sr. Liu apresentou três relatos de testemunhas ao tribunal, testemunhando que o Sr. Liu e os outros dois praticantes apenas distribuíram dísticos de caligrafia, e não quaisquer materiais do Falun Gong.

O juiz condenou o Sr. Liu a dois anos e oito meses em dezembro de 2020.

A última sentença do Sr. Liu veio menos de três anos após cumprir uma pena de 2,5 anos. Ele foi preso em 17 de setembro de 2015, por apresentar uma queixa-crime em maio de 2015 contra Jiang Zemin, o ex-chefe do regime comunista chinês que ordenou a perseguição ao Falun Gong. Sem evidências suficientes para acusar o Sr. Liu, a polícia rasgou o livreto do Falun Gong em pedaços encontrados na sua casa e contou cada pedaço como um item separado de prova.

Durante a sua audiência no Tribunal Distrital de Changshou em março de 2016, a polícia prendeu quase 20 praticantes locais do Falun Gong que compareceram à audiência em apoio ao Sr. Liu. Até mesmo alguns pedestres também foram presos por engano como praticantes do Falun Gong.

Residente de Jilin é secretamente sentenciado a prisão

Desde que a pandemia do coronavírus começou na China, várias histórias foram publicadas no Minghui.org sobre pessoas que se recuperaram totalmente após recitar as frases auspiciosas "Falun Dafa é bom, Verdade, Compaixão e Tolerância são boas".

Inspirado por tais histórias, o Sr. Sun Zhiwen, na casa dos 30 anos, do condado de Yongji, província de Jilin, colocou cartazes pela cidade sobre o Falun Gong e os seus benefícios para a saúde. Ele foi visto pela polícia através de câmeras de vigilância e preso em 4 de fevereiro de 2020..

Cartaz colocado pelo Sr. Sun com a mensagem sobre as duas frases auspiciosas.

Embora o Sr. Sun tenha sido libertado naquela noite, ele foi novamente preso em 22 de abril. Quando a sua família perguntou sobre o seu caso no Tribunal do Condado de Yongji, eles foram informados de que o juiz não informava os membros da família em casos do Falun Gong sobre as suas audiências. A sua família também soube por informadores que havia um departamento especial no tribunal que tratava os casos do Falun Gong e que os procedimentos legais não eram seguidos.

Após o Festival da Lua em setembro de 2020, a família do Sr. Sun foi ao Centro de Detenção da cidade de Jilin para entregar-lhe roupas, e descobriu que ele não estava lá. Os guardas recusaram-se a revelar onde ele estava.

Suspeitando que ele tinha sido condenado, os pais do Sr. Sun, que também praticam Falun Gong, foram a todas as prisões da província para procurá-lo.

Por volta do Ano Novo chinês de 2021 em fevereiro, Zhang Bo, o chefe da Agência 610 do condado de Yongji, perseguiu os pais do Sr. Sun e disse que se eles assinassem declarações para renunciar ao Falun Gong, teriam permissão para ver o seu filho. Zhang disse-lhes que o Sr. Sun havia sido condenado a quatro anos e meio, mas recusou-se a dizer onde estava encarcerado.

Investigando mais, os pais do Sr. Sun confirmaram mais tarde que ele foi de fato condenado a quatro anos e meio e estava na na prisão de Gongzhuling. Mas as autoridades ainda continuam a recusar-se a deixar a sua família visitá-lo.

Perseguido Repetidamente

Após sete anos de prisão, residente de Heilongjiang é secretamente condenado a mais nove anos

O Sr. Niu Jiahui, da cidade de Harbin, província de Heilongjiang, foi preso no dia 24 de setembro de 2019, na casa da sua irmã. Um polícia prendeu-o com um estrangulamento e quase o sufocou. A sua irmã tentou detê-los, mas foi espancada.

A polícia também foi à casa do Sr. Niu e confiscou os seus livros do Falun Gong, materiais informativos e uma impressora. Levaram os itens confiscados dentro de dois carros.

A polícia manteve a família do Sr. Niu sem informações sobre sua situação após a sua prisão. Na noite de 28 de outubro de 2020, a sua família foi chamada e informada de que ele iria comparecer em tribunal, na tarde seguinte. Mas eles não foram informados sobre a localização, ou sobre se estavam autorizados a comparecer. Eles confirmaram, em junho de 2021, que o Sr. Niu foi secretamente condenado a nove anos.

Esta não é a primeira vez que o Sr. Niu, um ex-funcionário da Agência Ferroviária de Harbin, foi perseguido por causa da sua fé. Ele foi condenado pela primeira vez a cinco anos, no dia 21 de novembro de 2002, por alugar um apartamento para imprimir materiais do Falun Gong.

Três anos depois da sua libertação, em maio de 2010, o Sr. Niu casou-se com outra praticante do Falun Gong, a Sra. Zeng Shuling, que ficou incapacitada após ser torturada em campos de trabalho forçado. O Sr. Niu ganhava a vida a vendendo material de escritório e consertando impressoras. Ele também assumiu a maioria das tarefas domésticas devido à deficiência da Sra. Zeng.

A polícia invadiu a casa do casal no início da manhã de 31 de dezembro de 2011, quando eles ainda estavam na cama. Um polícia agarrou o cabelo da Sra. Zeng, puxou-a para fora da cama e a arrastou-a pelo chão. Quando o Sr. Niu tentou detê-los, a polícia cercou-o e espancou-o.

O casal foi preso e submetido a dois anos de trabalhos forçados. O Sr. Niu foi levado para o Campo de Trabalho Forçado de Suihua em 8 de fevereiro de 2012, e a Sra. Zeng para o Campo de Trabalho Forçado de Qianjin. Uma vez, os guardas torturaram-na, deixando-a em um chiqueiro por um longo período de tempo.

A polícia foi à casa do Sr. Niu, em outubro de 2017, e tentou assediá-lo, alegando que estava lá para renovar o seu registro de residência. Como o Sr. Niu não estava lá, a polícia disse ao vizinho para mandá-lo ir à delegacia.

Suspeitando que a polícia estava tentando prendê-lo, o Sr. Niu pediu à irmã que fosse em seu nome. Embora a polícia tenha inicialmente renovado o seu registro de residência, logo o anulou, alegando que o Sr. Niu tinha que ir pessoalmente ao escritório e ser fotografado.

A polícia descobriu mais tarde através da mãe do Sr. Niu que ele tinha uma banca de comida de rua, vendendo batatas-doce assadas. Eles encontraram-no em 31 de outubro, e exigiram o seu número de telefone.

A polícia assediou novamente o Sr. Niu em sua banca de comida, em 19 de abril de 2018, e recolheu uma amostra do tecido dele para o seu DNA. Naquela época, o Sr. Niu lutava com a saúde precária causada pela tortura que sofreu sob custódia, incluindo uma rutura do peritoneu (um revestimento fino na cavidade abdominal que conecta e sustenta os órgãos internos), prolapso rectal e psoríase.

Engenheira sênior é condenada novamente a quatro anos após cumprir onze anos de prisão

O desejo da Sra. Yu Minghui de se reunir com os seus pais foi novamente destruído, quando a sua mãe de 63 anos foi condenada a quatro anos de prisão por praticar Falun Gong.

Desde que o regime comunista chinês começou a perseguir o Falun Gong em 1999, a família da Sra. Yu na cidade de Mudanjiang, província de Heilongjiang, constituída por três pessoas, passou menos de dois anos juntas. O seu pai foi preso em 2001 e condenado a 15 anos e a sua esposa foi presa em 2003 e condenada a 11 anos.

Quando adolescente, a Sra. Yu lutou para crescer sozinha. Depois de ser admitida na Cambridge School of Visual & Performing Arts em 2010 para estudar design de moda, mudou-se para o Reino Unido e desde então não conseguiu regressar à China.

Quando seu pai foi libertado em 2016, dois anos depois da sua mãe ter regressado à sua casa vazia, eles solicitaram passaportes para viajar ao Reino Unido para visitar a Sra. Yu. A polícia recusou-os e disse-lhes que não havia maneira de alguma de conseguirem passaportes.

A mãe da Sra. Yu, a Sra. Wang Meihong, uma geóloga, foi novamente presa no dia 31 de março de 2020, por falar com pessoas sobre o Falun Gong. Após um ano de detenção, ela foi condenada a quatro anos de prisão por volta do início de maio de 2021 e foi para a Prisão Feminina de Heilongjiang.

Sra. Yu Minghui e a sua mãe Sra. Wang Meihong

Em abril de 2021, enquanto participava de um evento no Reino Unido apelando ao fim da perseguição, a Sra. Yu disse: “Não sei quando minha mãe será libertada. Eu vim aqui hoje, para protestar contra o Partido Comunista Chinês (PCC), porque a minha mãe não cometeu um crime por praticar Falun Dafa. Os meus pais estão agora na casa dos 60 anos. Eles estão presos por mais de uma década. As suas vidas são extremamente difíceis”.

"Estou muito preocupada. Espero que eles possam libertar imediatamente a minha mãe e devolver-lhe a liberdade. Parem de a importunar. Não é errado acreditar na Verdade, Compaixão e Tolerância.”

A Sra. Yu Minghui está em frente a pintura "Lágrimas de uma órfã" na Exposição Internacional de Arte Verdade, Compaixão e Tolerância em junho de 2013, segurando um postal para aumentar a consciencialização sobre a perseguição aos seus pais.

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