(Minghui.org) Em abril de 2021, foram relatados mais 90 casos de praticantes do Falun Gong condenados por causa de sua fé, incluindo 12 casos que tiveram lugar em 2020, dois casos em janeiro de 2021, dois casos em fevereiro de 2021, 25 casos em março de 2021, e 49 casos em abril de 2021.
O Falun Gong, também conhecido como Falun Dafa, é uma prática espiritual centrada nos princípios: Verdade, Compaixão e Tolerância. Desde que o regime comunista chinês começou a perseguir a prática em julho de 1999, inúmeros praticantes foram presos, encarcerados, torturados, enviados para campos de trabalho forçado, e até mesmo tiveram os seus órgãos extraídos para serem vendidos para cirurgias de transplante de órgãos.
Os praticantes condenados em abril de 2021 são provenientes de 40 cidades de 19 províncias e municípios controlados centralmente. Liaoning (14), Heilongjiang (10) e Sichuan (10) relataram casos de dois dígitos e as restantes regiões registraram casos de um dígito.
As penas dos praticantes variaram entre sete meses e nove anos, com uma média de 3,24 anos. As penas de dois praticantes eram desconhecidos.
Os 90 praticantes condenados tinham entre 33 e 81 anos de idade, sendo 20 com 65 anos ou mais anos. Alguns dos praticantes condenados são técnicos profissionais, incluindo médicos, especialistas em educação, jornalistas, engenheiros e professores. Quarenta e um dos praticantes foram condenados pelos tribunais a pagar multas que variavam entre 1.000 e 30.000 yuans, em um total de 345.000 yuans, com uma média de 8.414 yuans por pessoa.
Abaixo encontram-se resumos dos casos relatados em abril de 2021. A lista completa de praticantes condenados pode ser descarregada aqui (PDF).
Sentenciado repetidamente por manter a sua fé
Depois de cumprir dez anos na prisão, residente de Pequim é condenado novamente a nove anos
Tendo passado dez anos infernais na prisão, um residente de Pequim de 50 anos foi condenado a mais nove anos por causa da sua fé no Falun Gong.
Sr. Shi Shaoping
O Sr. Shi Shaoping, que possui mestrado no Instituto Fotoquímico da Academia Chinesa das Ciências, foi levado da sua casa em Pequim em 18 de novembro de 2019. A polícia ameaçou a sua família e recusou-se a fornecer atualizações sobre o seu caso.
Só em abril de 2021 é que o seu irmão mais novo recebeu a notificação de que o Sr. Shi tinha sido condenado a nove anos de prisão. Ele cumprirá pena na Prisão nº 2 de Pequim, que tem sido principalmente usada para deter prisioneiros do corredor da morte ou condenados a prisão perpétua, assim como os praticantes do Falun Gong.
Antes da sua última sentença, o Sr. Shi foi preso em 2001 e condenado a dez anos de prisão. Os guardas da prisão de Qianjin em Pequim selecionaram prisioneiros violentos para vigiá-lo e torturá-lo, com o propósito de o forçar a desistir do Falun Gong.
Os reclusos frequentemente espancavam e abusavam verbalmente do Sr. Shi. Também restringiram o uso do banheiro durante um mês, período durante o qual não pôde evacuar.
Estes reclusos abriram a janela durante o inverno para o expor ao vento gelado, quando ele só tinha uma fina camada de roupa. Ele tremia e os seus dentes rangiam devido ao frio.
Os reclusos o privaram frequentemente do sono e obrigaram-no a sentar-se em um pequeno banco sem se mexer durante quase 20 horas por dia, durante anos.
Os músculos das suas pernas se atrofiaram como resultado da sessão forçada de se sentar por longa duração. A falta de sono e uma enorme pressão mental também tiveram um impacto em sua saúde.
Presa anteriormente por cinco anos, engenheira é novamente condenada
Em 22 e 23 de setembro de 2020, mais de 30 praticantes do Falun Gong na cidade de Harbin, província de Heilongjiang, foram presos, incluindo a Sra. Liu Bobin.
Depois de passar mais de seis meses sob custódia, a Sra. Liu foi condenada a seis anos de prisão com uma multa de 20 mil yuans pelo Tribunal Distrital de Daoli em 8 de abril de 2021.
Sra. Liu Bobin
A Sra. Liu, 57 anos, foi engenheira sênior na Fábrica de Ferramentas de Medição de Harbin, que é propriedade do Estado. Teve notas máximas no ensino médio e secundário e foi admitida na Universidade de Hunan em 1983. Devido ao estresse de longa data dos estudos, sofreu de neurastenia grave, neurose e dores de cabeça todos os dias.
Incapaz de ter um filho, a Sra. Liu experimentou muitos medicamentos ocidentais e chineses e fez todo o tipo de procedimentos. Mas nada funcionou. Foi diagnosticada com infertilidade congênita. Depois disso, ela teve conflitos familiares.
Ela foi apresentada ao Falun Gong em abril de 1995 pelo seu colega de turma. Depois de ter começado a praticar, as suas doenças rapidamente desapareceram e ela recuperou a sua energia. Ficou grávida em maio de 1999, quatro anos depois de ter começado a praticar Falun Gong.
Após o Partido Comunista Chinês ter começado a perseguir o Falun Gong em julho de 1999, a Sra. Liu foi repentinamente rejeitada pelas pessoas que conhecia, apesar de terem testemunhado como ela tinha beneficiado com a prática. Sob o regime autoritário do regime comunista, ninguém está autorizado a fazer nada que seja proibido pelo Partido. Os seus familiares e colegas tentaram forçá-la a deixar de praticar Falun Gong. A pressão, tanto no trabalho como em casa, quase que a sufocou.
A Sra. Liu decidiu contar ao governo as suas próprias experiências e que o Falun Gong oferece benefícios e nenhum dano. Grávida, ela embarcou no trem para Pequim sozinha, e foi presa pouco depois de chegar a Pequim.
Depois de ter sido levada de volta para Harbin, o seu pai, que tinha vivido inúmeros movimentos políticos, tinha lágrimas nos olhos quando lhe implorou que desistisse do Falun Gong. O seu marido também a ameaçou com o divórcio ou o suicídio. Ela optou por defender a verdade e a sua fé.
Um mês após o nascimento do seu filho, a Sra. Liu foi despedida do seu emprego em 10 de abril de 2000. Ela abordou várias agências governamentais para procurar justiça, mas em vão.
A Sra. Liu foi monitorizada e assediada frequentemente depois disso. Foi novamente presa em 25 de outubro de 2009 e posteriormente condenada a cinco anos de prisão.
Quando foi libertada da prisão em janeiro de 2014, o seu marido não conseguiu suportar a pressão e divorciou-se dela. O seu filho também partiu e foi para o estrangeiro com o seu ex-marido. Ela foi proibida de sair do país para ver o seu filho.
Devido à sua recusa em cooperar com a polícia em uma campanha de assédio em 2017, a polícia recusou-se a emitir um documento essencial de que o seu filho necessitava para solicitar a residência permanente no país estrangeiro.
Praticantes perseguidos
Após dois anos de prisão domiciliar, a Sra. Ning Hong, uma antiga jornalista na cidade de Chengdu, província de Sichuan, foi condenada a três anos de prisão domiciliar por causa da sua fé no Falun Gong.
A Sra. Ning, uma ex-repórter de 61 anos da Estação de Rádio Popular da Província de Sichuan, foi detida em 15 de agosto de 2019, depois de ter sido denunciada por ter falado às pessoas sobre o Falun Gong.
A polícia deu-lhe inicialmente 15 dias de detenção. Mas após o centro de detenção local ter negado a sua entrada devido à sua pressão arterial elevada, a polícia libertou-a e colocou-a sob prisão domicilar.
Desde então, a polícia, o comitê residencial e os membros do pessoal de gestão imobiliária continuaram a assediá-la, a cada vez com pelo menos cinco pessoas e por vezes uma dúzia. Os seus livros do Falun Gong foram confiscados e os agentes também fotografaram. Mais tarde, as autoridades forçaram o seu senhorio a rescindir o contrato do aluguel e a expulsá-la.
Em 26 de março de 2021, o juiz e os funcionários foram diretamente à casa da Sra. Ning e a julgaram. Ela foi condenada a três anos e multada em 5 mil yuans.
Antes deste último incidente de perseguição, a Sra. Ning foi detida em 27 de agosto de 2006, por distribuir materiais informativos sobre o Falun Gong. Enquanto ela estava detida no Centro de Detenção do Condado de Pi, a estação de rádio suspendeu o seu salário. O Tribunal Distrital de Wuhou condenou-a a três anos de prisão em 12 de fevereiro de 2007, e ela foi levada para a prisão de Yangmahe em 26 de junho.
Médica aposentada é sentenciada a nove anos por enviar carta sobre sua crença
A Sra. Wang Jianmin, uma médica aposentada de 65 anos da cidade de Laiyang, província de Shandong, foi condenada a uma pena de prisão de nove anos em 26 de março de 2021 por causa da sua fé no Falun Gong.
A Sra. Wang foi detida em 4 de setembro de 2020, enquanto depositava cartas com informações sobre a perseguição em uma caixa de correio da Companhia Laiyang Unicom. A polícia tinha-a seguido naquela manhã, em uma tentativa de prendê-la.
A polícia saqueou a sua casa à noite, quando ninguém estava por perto. Os seus três computadores, sete impressoras, um grande número de notas impressas com informações sobre o Falun Gong, e até o seu óleo de amendoim e vinho foram confiscados. (Devido à rigorosa censura da informação na China, muitos praticantes de Falun Gong estão utilizando formas criativas para aumentar a consciêncialização sobre a perseguição, incluindo a impressão de mensagens em notas de banco e o envio de cartas ao público).
Depois da polícia terminar de carregar o carro com os artigos confiscados, desligaram a eletricidade da casa da Sra. Wang e saíram, sem sequer fecharem a porta. Só quando um familiar foi visitá-la mais tarde nessa noite, é que souberam da sua detenção.
A Sra. Wang foi levada para o Centro de Detenção da Cidade de Yantai e colocada em detenção criminal em 5 de setembro. A sua detenção foi aprovada em 12 de outubro de 2020.
O Tribunal Intermediário da cidade de Yantai proferiu uma sentença de nove anos de prisão com uma multa de 20 mil yuans em 26 de março de 2021.
Em 10 de julho de 2020, a Sra. Yan Baoping estava produzindo materiais informativos sobre o Falun Gong em um apartamento alugado, quando um grupo de oficiais invadiu o apartamento e a prendeu. Após quase dez meses de detenção, ela foi recentemente condenada a quatro anos e multada em 20 mil yuans.
Esta é a terceira vez que a Sra. Yan, uma antiga responsável pelo Instituto Eletromecânico de Vocação e Tecnologia Panzhihua na província de Sichuan, foi presa por praticar Falun Gong.
Antes de começar a praticar Falun Gong em 1996, a Sra. Yan Baoping sofreu muitas doenças, desde dores de cabeça constantes a dores nas articulações das mãos que a mantinham acordada durante a noite. Ela também tinha dores na panturrilha antes de ser diagnosticada com hepatite e batimentos cardíacos irregulares. Todos os seus sintomas desapareceram pouco depois de ter começado a praticar Falun Gong.
Cheia de gratidão pelo Falun Gong, voluntariou-se para organizar os exercícios do Falun Gong em grupo nos fins-de-semana. Mais e mais residentes locais se juntaram a eles.
Por manter a sua fé após o início da perseguição em 1999, a Sra. Yan foi despedida e recebeu duas condenações no campo de trabalhoem um total de quase quatro anos. Os seus pais morreram com seis meses de diferença, em dezembro de 2006 e junho de 2007, respectivamente. A sua única filha, a Sra. Yan Hong, recebeu a condenação de um ano de trabalhos forçados em 2002, quando tinha 20 anos. Tanto a mãe como a filha cumpriram tempo juntas no mesmo campo de trabalho forçado.
Exemplos de acusação com provasfabricadas ou que falharam em provar a culpa dos réus
A Sra. Shan Jining, de 54 anos, residente na província de Ningxia, foi presa em 22 de agosto de 2020. Ela foi perseguida por distribuir informação sobre como o regime comunista encobriu a pandemia do coronavírus, utilizando táticas semelhantes às utilizadas na perseguição ao Falun Gong. A polícia apresentou o seu caso à Procuradoria do Distrito de Xixia em 28 de setembro. A Procuradoria acusou-a em 11 de dezembro e encaminhou o seu caso para o Tribunal Distrital de Xixia.
A Sra. Shan foi julgada por videoconferência em 7 de janeiro de 2021. Ela tinha solicitado uma audiência presencial, que o seu advogado apoiou visto que a lei exige que o tribunal procure o consentimento do arguido relativamente ao formato da sua audiência. A juíza Wang Xiaojia recusou o seu pedido.
A Promotora Ren Wei acusou a Sra. Shan da "violação do Artigo 300 da Lei Penal," que estipula que aqueles que utilizam uma organização de culto para minar a aplicação da lei devem ser processados na medida do possível.
O advogado da Sra. Shan refutou a alegação infundada, citando o fato do Congresso do Povo (órgão legislativo da China) nunca promulgou qualquer lei que considerasse o Falun Gong um "culto". O antigo ditador chinês Jiang Zemin, contudo, ordenou ao Supremo Tribunal Popular e à Procuradoria Popular Suprema que emitissem uma interpretação estatutária do Artigo 300 em novembro de 1999, o que exigia que qualquer pessoa que praticasse ou promovesse o Falun Gong fosse processada na medida do possível.
Uma nova interpretação estatutária que substituiu a versão de 1999 entrou em vigor em 1º de fevereiro de 2017. A nova interpretação não fez qualquer menção ao Falun Gong e enfatizou que qualquer acusação contra alguém envolvido num culto deve ser baseada em bases legais sólidas. Uma vez que nenhuma lei na China rotula o Falun Gong de culto, a acusação contra a Sra. Shan carecia de base legal.
O advogado perguntou à Sra. Shan se ela tinha aderido a alguma organização, como alegado na acusação. Ela respondeu que o Falun Gong não exige filiação ou a manutenção de uma lista de membros e que qualquer pessoa é livre de ir e vir. Ela disse que distribuiu materiais informativos sobre o Falun Gong puramente por causa da sua fé no Falun Gong, e não porque houvesse qualquer organização Falun Gong que a tivesse instruído nesse sentido.
A Promotora Ren alegou que a distribuição e posse da Sra. Shan de materiais do Falun Gong tinha prejudicado a aplicação da lei. O seu advogado disse que a única prova de acusação apresentada na videoconferência, uma fotografia mostrando uma capa de revista com a leitura da "Edição Especial sobre a Pandemia", não conseguiu provar que a sua cliente tinha prejudicado a aplicação da lei. Acrescentou que a fotografia em si não podia provar que a revista era a mesma que foi distribuída pela Sra. Shan.
O advogado também apontou que o promotor Wei não especificou qual lei a Sra. Shan supostamente prejudicou ou que dano ela causou.
A Sra. Shan também testemunhou em sua própria defesa. Ela disse que pratica o Falun Gong para ser uma pessoa melhor e melhorar a sua saúde. Ela estava preocupada com o fato das pessoas serem enganadas pelo regime comunista e, portanto, não poderem tomar boas decisões para se protegerem durante a pandemia, por isso sentiu-se obrigada a dizer a verdade às pessoas, mesmo estando ela própria se colocando em perigo. Ela disse que não tinha prejudicado nenhum indivíduo ou sociedade em geral, muito menos prejudicado a aplicação de qualquer lei, ao distribuir informação.
A Promotora Ren citou uma seção da interpretação estatutária do Supremo Tribunal que considera que qualquer pessoa culpada de um delito passado e que atualmente se dedica a atividades de culto é considerada como tendo prejudicado a aplicação da lei. Ela acusou a Sra. Shan de ser uma delinquente reincidente. Antes da última detenção da Sra. Shan, ela foi presa em um total de 8 anos por causa da sua fé: Foi-lhe dada uma sentença de dois anos de trabalhos forçados em 2000 e três anos de trabalhos forçados em 2004, condenada a três anos de prisão para ser cumprida com cinco anos de liberdade condicional em 2010, e condenada novamente à prisão por três anos em 2016.
O advogado da Sra. Shan refutou novamente as alegações infundadas da promotora. Argumentou que as detenções da sua cliente no passado eram ilegais, uma vez que ela não violou nenhuma lei ao praticar a sua fé. Além disso, ela não se envolveu em qualquer atividade ilegal por simplesmente distribuir materiais informativos antes da sua última detenção.
A Sra. Shan exortou o juiz e a promotora para seguir a sua consciência e não a política da perseguição. A juíza interrompeu-a frequentemente.
A Sra. Shan foi condenada a uma pena de prisão de quatro anos e a uma multa de 20 mil yuans em 25 de fevereiro de 2021.
Duas mulheres são condenadas a cinco anos através de evidências fabricadas
A Sra. Wang Cuiying, uma funcionária do governo aposentada de 58 anos na cidade de Heze, província de Shandong, foi detida em 7 de março de 2019, enquanto distribuía materiais informativos sobre o Falun Gong. Outra praticante, a Sra. Zhao Aizhen, foi presa na mesma noite. Embora não se conhecessem, a polícia combinou os seus casos e submeteu-os em conjunto à procuradoria.
As duas praticantes foram julgadas pelo Tribunal do Condado de Juancheng em 15 de janeiro de 2020. O promotor enumerou mais de 1.200 peças de prova contra elas, mas apenas exibiu algumas fotos desfocadas das "provas", sem mostrar os artigos reais.
Antes da audiência, a polícia convocou as famílias das praticantes para interrogatório e enganou-os para assinar os registros de interrogatório sem lhes permitir ver o que estava escrito. Mais tarde, os familiares descobriram que os registros do interrogatório não foi o que eles disseram à polícia, mas que, em vez disso, era um conteúdo forjado e incriminatório de seus entes queridos.
O tribunal agendou uma segunda audiência para 5 de fevereiro de 2021. Mas um dia antes da audiência, o tribunal informou as famílias das praticantes que a audiência tinha sido cancelada devido a um mau funcionamento do equipamento de videoconferência.
As famílias das praticantes continuaram telefonando para perguntar sobre a nova data da audiência. Apenas dois dias antes da segunda audiência em 12 de março, o juiz presidente, Fan Hong, informou-os sobre o assunto. Quando lhe perguntaram porque não informou as famílias mais cedo, Fan respondeu que não tinham a responsabilidade de o fazer.
O procurador apresentou mais de 1.000 peças de prova, incluindo livros e materiais informativos sobre o Falun Gong, durante a audiência de 12 de março. Afirmou que os materiais foram produzidos pela Sra. Zhao, a pedido da Sra. Wang. Ele disse que tem a confissão da Sra. Zhao para apoiar a acusação, mas a Sra. Zhao negou ter feito tal confissão.
Ela disse que tem presbiopia e que estava muito escuro na sala de interrogatório. A polícia não a deixou ler cuidadosamente o registro do interrogatório antes de a forçar a assiná-lo.
A Sra. Wang enfatizou que não conhecia a Sra. Zhao antes da sua prisão e que a polícia e o promotor estavam trabalhando juntos para incriminá-las.
A família da Sra. Wang ligou para o tribunal em 28 de março e foi-lhe dito que tinha sido condenada a cinco anos com uma multa de 20 mil yuans. A juíza Fan recusou-se a fornecer uma cópia da sua sentença ou qualquer outro detalhe, e apenas revelou que a sentença foi emitido em 18 de março. A Sra. Wang recorreu ao Tribunal Intermediário da Cidade de Heze.
O juiz também condenou a Sra. Zhao a quatro anos e meio de prisão e uma multa de 15 mil yuans no dia 18 de março.
Os advogados dos praticantes do Falun Gong não têm permissão para mencionar o Falun Gong durante o julgamento por causa da sua fé
O Sr. Xie Wanmeng, residente da cidade de Shenzhen, província de Guangdong, foi preso em seu apartamento no dia 28 de maio de 2019. Os seus dois hóspedes, o Sr. Wu Rui (também natural de Shenzhen) e a Sra. Li Ruihua (residente em Pequim), também foram presos. A polícia saqueou o local e confiscou os 1 mil yuans do Sr. Xie em dinheiro e outros bens pessoais.
O Sr. Xie foi perseguido porque tinha sido gravado por câmeras de vigilância fixando informações sobre o Falun Gong. A polícia localizou a sua residência através do monitoramento.
Os três praticantes compareceram ao Tribunal de Yantian em 29 de outubro de 2020. Sempre que os praticantes e os seus advogados abordaram o tema do Falun Gong, incluindo a falta de base legal para a perseguição, o juiz Duan Hui os interrompeu.
O advogado do Sr. Xie disse que a Constituição chinesa e uma resolução aprovada pelas Nações Unidas protegem a sua liberdade de crença. O Juiz Duan disse-lhe: "Não está autorizado a falar sobre a Constituição. Este caso é sobre o direito penal. Também não pode falar sobre a resolução das Nações Unidas. Estamos na China, e só seguimos a lei chinesa." Quando o advogado do Sr. Xie continuou a falar, o juiz ameaçou retirá-lo da sala de audiências.
O juiz anunciou a sentença em 1º de abril de 2021. O Sr. Xie foi condenado a 3,5 anos de prisão e a uma multa (montante desconhecido). O Sr. Wu e a Sra. Li foram ambos condenados a dois anos de prisão e multados em 3 mil yuans.
Advogado de Hunan é sentenciado secretamente
O Sr. Meng Kai, advogado na cidade de Changsha, província de Hunan, foi preso por volta das 5 horas da manhã do dia 28 de outubro de 2020, quando estava saindo da cidade para uma audiência. A polícia levou-o para casa por volta das 4 horas da tarde e saqueou sua casa.
Quando a sua família foi à delegacia de polícia ao saber da sua detenção, um agente disse: "Apenas com base na sua atitude [de não se declarar culpado], vamos dar-lhe dez anos de prisão".
A polícia emitiu um mandado de captura para o Sr. Meng no dia seguinte e transferiu-o para o Centro de Detenção nº 1 da cidade de Changsha. Nos cinco meses seguintes, a sua família contratou dois advogados para o visitarem, mas nenhum deles foi autorizado a vê-lo no Centro de Detenção.
Quando a sua família foi ao centro de detenção no final de março de 2021 para lhe fazer um depósito, o sistemade informações indicou que ele já não estava lá.
A sua família foi então à delegacia de polícia para perguntar onde ele estava, mas todos os agentes disseram que não sabiam nada sobre ele. Suspeitando que ele pudesse ter sido condenado, a sua família foi para a prisão de Changsha. Um guarda disse: "Não podemos dizer-lhe nada sem a aprovação dos nossos supervisores."
Sua família então perguntou se eles poderiam fazer um depósito para ele e enviar-lhe algumas roupas. Então o guarda respondeu: “Você não precisa enviar nada a ele. Temos tudo aqui. Depois que ele estudar [passar pela lavagem cerebral] aqui por um mês e meio, você será informado para qual prisão ele será designado. Vá para casa e aguarde o aviso. ”
Antes da sua última pena de prisão, em 2001, o Sr. Meng foi condenado a sete anos de prisão após ter sido denunciado por transportar 2 mil folhetos do Falun Gong de Changsha para a cidade de Yueyang, onde vivia.
O Sr. Meng mudou-se para Changsha para um trabalho depois de ter sido libertado, no entanto a polícia continuou a assediar a ele e à sua família.
Residente de Heilongjiang é condenada a mais seis anos com base em evidências fabricadas
A Sra. Yao Shuxia, da cidade de Hailin, residente na província de Heilongjiang, desapareceu subitamente em 29 de outubro de 2020. Os seus livros do Falun Gong também desapareceram de casa. Depois de perguntar ao redor, a sua família confirmou no dia seguinte que ela tinha sido detida depois de ter sido denunciada por colocar adesivos com informações sobre o Falun Gong.
A Sra. Yao compareceu no Tribunal da Cidade de Hailin em 30 de março de 2021. O tribunal esperou até ao dia da audiência para informar a sua família sobre o assunto. Ela não foi representada por um advogado.
A Sra. Yao testemunhou durante a audiência que, após ter sido presa, a polícia levou-a a um poste de serviços públicos, forçou-a a colocar as mãos em cima, e depois tirou-lhe fotografias. Apresentaram as fotografias como prova de acusação, alegando que foram tiradas enquanto a Sra. Yao estava colocando os adesivos.
A Sra. Yao disse que além de encenar as fotografias, a polícia também encontrou várias pessoas como testemunhas "que alegadamente a tinham visto colocar adesivos" e tirou fotografias encenadas das mesmas a fim de incriminá-la.
Quando a filha da Sra. Yao foi a tribunal para perguntar do seu caso em 8 de abril, o juiz presidente, Jiang Xinkun, disse-lhe que tinha condenado a Sra. Yao a seis anos e três meses de prisão.
Idosos não são poupados
A Sra. Hao Tingzhen, uma residente de Pequim de 81 anos, foi detida em 13 de janeiro de 2019, depois da polícia a ter visto colocando adesivos com informações sobre o Falun Gong.
No dia seguinte, depois de ter sido negada a entrada à Sra. Hao pelo Centro de Detenção de Lugouqiao devido à sua saúde, a polícia libertou-a sob fiança durante um ano. Durante esse período, a polícia e os membros do comitê residencial vigiaram-na diariamente e frequentemente a assediaram.
Em maio de 2019, a Sra. Hao apresentou um pedido ao comitê residencial para se retirar do Partido Comunista Chinês. As autoridades rejeitaram o seu pedido e ordenaram-lhe que pagasse as suas quotas de membro do Partido.
A polícia fez outra tentativa em outubro de 2020 para deter a Sra. Hao, mas cedeu depois de ela ter reprovado novamente no exame físico.
Em novembro de 2020, a Sra. Hao foi condenada a um ano e multada em 1000 yuans pelo Tribunal de Fengtai em Pequim. A juíza também decidiu que ela seria expulsa do Partido Comunista Chinês.
Devido à sua alta pressão sanguínea, o Centro de Detenção de Lugouqiao negou novamente a sua entrada.
Depois que o tribunal ordenou que a Sra. Hao cumprisse pena fora da prisão, o oficial de justiça a levou ao gabinete de justiça em 17 de março de 2021 e instalou um aplicativo de rastreamento em seu celular. Ela foi ordenada a escanear seu telefone três vezes por dia, ligar para eles uma vez por dia e apresentar um relatório ao gabinete de justiça uma vez por mês. A Sra. Hao disse que não obedeceria e exigiu que as autoridades parassem imediatamente de persegui-la e que sua sentença de prisão fosse cancelada.
Por distribuir materiais informativos sobre a sua fé no Falun Gong a uma funcionária da aldeia, uma mulher de 73 anos na cidade de Shifang, província de Sichuan, foi condenada a um ano de prisão.
A Sra. Zhu Chaobing foi presa em 23 de março de 2020, depois de ter sido denunciada pelo secretário da aldeia por tentar "promover" o Falun Gong para ele.
A polícia saqueou a casa da Sra. Zhu e confiscou mais de 40 livros e materiais informativos do Falun Gong. Ela foi libertada após 15 dias de detenção. A polícia instalou uma câmera de vigilância na porta da sua casa e disse que ela não tinha autorização para sair à vontade.
Em outubro de 2020, as autoridades suspenderam a sua pensão sem darem qualquer explicação.
A polícia e os funcionários da aldeia assediaram a Sra. Zhu em 5 de novembro de 2020, e ordenaram-lhe que renunciasse ao Falun Gong. Ameaçaram o filho e a nora da Sra. Zhu que se ela se recusasse a renunciar ao Falun Gong, os seus próprios filhos não seriam autorizados a ir para a faculdade ou a conseguir um emprego. A Sra. Zhu recusou-se a cumprir e tentou esclarecer a verdade sobre o Falun Gong aos funcionários, mas eles recusaram-se a ouvir.
A Sra. Zhu foi novamente denunciada em 10 de novembro por ter falado com as pessoas sobre o Falun Gong. Os polícias vieram em dois carros e confiscaram-lhe três livros do Falun Gong, dois calendários de mesa com informações sobre o Falun Gong, e outros materiais. Assediaram-na mais uma vez em dezembro de 2020.
Em 6 de janeiro de 2021, a Sra. Zhu foi informada pelo Tribunal Municipal de Shifang que foi libertada sob fiança durante um ano e que lhe foi permitido contratar um advogado.
A Sra. Zhu foi levada a julgamento em 16 de abril e foi condenada a um ano de prisão preventiva. Foi levada de novo sob custódia logo após o julgamento.
Outros casos de sentença
Levada para casa em uma maca, idosa de Pequim é sentenciada a prisão dias depois
Dez dias depois de a Sra. Wang Chaoying ter sido levada para casa em uma ambulância, um tribunal local enviou pessoas à sua casa para anunciar que a residente de Pequim de 67 anos tinha sido condenada a 2,5 anos e multada em 5 mil yuans.
Sra. Wang sendo levada de volta para casa da detenção em 20 de abril de 2021.
Sob a direção de um agente da polícia, três membros do pessoal do Tribunal Distrital de Yanqing estiveram no pátio da frente e leram a sentença. A família da Sra. Wang saiu e interrogou os agentes sobre a razão pela qual ainda a tinham condenado quando ela tinha emagrecido e estava em péssimas condições de saúde após seis meses de detenção.
O pessoal do tribunal jogou a sentença para o lado e voltou correndo para o carro da polícia. A família da Sra. Wang perguntou ao agente da polícia: "Ela já está assim por causa da tortura. Você nem sequer a olhou e ainda assim a condenou." Você quer apenas que ela morra [devido à perseguição]?" O agente da polícia respondeu que ele estava apenas seguindo ordens do seu supervisor, antes de também correr de volta para o carro.
A Sra. Wang foi detida em um local de atração turística em 6 de outubro de 2020, depois de ter sido denunciada por distribuir materiais informativos sobre o Falun Gong, uma disciplina espiritual que tem sido perseguida pelo regime comunista chinês desde 1999.
Fez uma greve de fome para protestar contra a perseguição no Centro de Detenção de Changping e foi hospitalizada três vezes.
Apesar da sua condição, a Sra. Wang ainda foi levada a julgamento no centro de detenção no início de abril de 2021. Ela foi algemada à cadeira e teve de se apoiar nela para não cair. Ela permaneceu em silêncio durante toda a audiência.
Por causa do seu estado de deterioração, os guardas levaram-na novamente para o hospital da polícia. O médico recusou-se a tratá-la e instou o juiz Zhang Wenbin a libertá-la. Só então o juiz concordou em que ela fosse libertada em 20 de abril.
De acordo com a sua família, ela tinha cerca de 63,50 kg quando foi presa. Agora ela pesa menos de 36,28 kg.
Não está claro se o juiz lhe permitiria cumprir pena em casa ou ordenaria à polícia que a levasse de novo sob custódia.
Três residentes da cidade de Jiamusi, província de Heilongjiang, a Sra. Xu Yanping de 60 anos, a Sra. Zuo Ying de 56 anos e a Sra. Li Suxiande de 71 anos, foram presas em 1º de julho de 2020 depois de terem sido denunciadas por distribuir informações sobre o Falun Gong em uma aldeia. A polícia saqueou as suas casas, confiscou os seus livros e computadores sobre o Falun Gong.
A polícia ameaçou o marido da Sra. Xu: "Ela foi presa em 1º de julho, aniversário do Partido Comunista Chinês. É também um dia importante para o Partido Comunista aprovar a lei de segurança em Hong Kong. Agora nós a colocamos em detenção criminal e planejamos dar a ela uma pena de prisão, pelo menos três anos!.
Depois de interrogar as praticantes na delegacia local, a polícia levou-as para o Centro de Detenção da Cidade de Jiamusi. Foi-lhe negada a entrada devido à sua pressão arterial elevada e foi libertada sob fiança em 2 de julho. A polícia colocou-a em prisão domiciliar em 7 de agosto.
Depois de as três praticantes terem sido acusadas pela Procuradoria do Distrito de Xiangyang em 12 de novembro, a família da Sra. Xu e a própria Sra. Li contrataram advogados para as representar.
O Tribunal Distrital de Xiangyang realizou uma audiência das praticantes em 18 de março de 2021. As três declararam-se inocentes. Os advogados da Sra. Xu e da Sra. Li também defenderam a sua inocência.
O juiz Song Tao anunciou as sentenças no final do julgamento. A Sra. Li foi condenada a dois anos e três meses de prisão. Como foi libertada sob fiança, o sua sentença de prisão deveria começar em 31 de março de 2021 e terminar em 30 de junho de 2023. A Sra. Xu e a Sra. Zuo foram condenadas a 22 meses e 20 meses, respectivamente. Todas elas foram também multadas em 5 mil yuans cada.
Residente de Liaoning de 64 anos, com problemas de saúde, é condenada a prisão
A Sra. Pan Xueming, residente de 64 anos da cidade de Dalian, província de Liaoning, foi presa em casa durante uma detenção em grupo em 10 de julho de 2019. A polícia alegou que as detenções foram feitas a fim de "manter a estabilidade social" antes do 70º aniversário do domínio do regime comunista chinês. Pelo menos mais 34 praticantes foram presos nesse mesmo dia. A maioria deles tinha sido monitorados pela polícia antes das detenções.
A Sra. Pan foi detida no Centro de Detenção de Yaojia. Após o surto da pandemia no início de 2020, as autoridades impediram sua família de enviar roupas ou de fazer depósitos em dinheiro para ela. O encarceramento, as más condições de vida e os interrogatórios da polícia fizeram com que a Sra. Pan desenvolvesse uma condição pulmonar e uma tosse crônica.
O Tribunal Distrital de Gaoxinyuan condenou-a a três anos de prisão em abril de 2021. Depois de a prisão ter recusado a sua entrada devido ao seu estado de saúde, ela ainda está detida no Centro de Detenção de Yaojia no momento em que foi escrito este artigo.
O Sr. Dong Weixing, professor no condado de Yitong, província de Jilin, foi preso no trabalho no dia 10 de outubro de 2020. A polícia apresentou a queixa criminal que ele apresentou contra Jiang Zemin em 2015 como prova contra ele. (Jiang, o antigo chefe do Partido Comunista Chinês, ordenou a perseguição do Falun Gong em 1999).
Como parte da campanha de assédio "Zerar", destinada a forçar todos os praticantes de Falun Gong da lista negra do governo a renunciar à sua fé, as autoridades encontraram o Sr. Dong no centro de detenção em dezembro de 2020 e tentaram pressioná-lo a assinar uma declaração preparada denunciando o Falun Gong. Mas ele recusou-se a obedecer.
O Sr. Dong foi julgado no Tribunal do Condado de Yitong em 19 de março de 2021. O juiz condenou-o a 1,5 ano de prisão no início de abril.
A última prisão do Sr. Dong deixou a sua filha em uma situação terrível. Ao crescer, testemunhando as repetidas detenções e assédio ao seu pai, a filha do Sr. Dong, a Sra. Dong Ke, sofre de depressão grave e foi hospitalizada várias vezes. O seu estado agravou-se após a mãe ter sido forçada a divorciar-se do pai devido a pressões sociais.
A jovem, em seus 20 anos, luta para cuidar de si mesma sem o pai. Em janeiro de 2021, ela tomou acidentalmente uma overdose dos tranquilizantes que tomava diariamente e esteve em coma durante vários dias. Os seus dentes ficaram negros. Agora a jovem enfrenta uma perspectiva ainda mais terrível depois do seu pai ter sido condenado à prisão.
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