(Minghui.org) [Nota do editor] Esta série é uma reimpressão da tradução em português do Epoch Times do livro “Como o espectro do comunismo está governando nosso mundo”, pela equipe editorial de Nove Comentários sobre o Partido Comunista Chinês.
Sumário
Prefácio
Introdução
Capítulo 1: As estratégias do diabo para destruir a humanidade
Capítulo 2: O início do comunismo na Europa
Capítulo 3: Matança no Oriente
Capítulo 4: Exportando a revolução
Capítulo 5: Infiltrando-se no Ocidente
Capítulo 6: A revolta contra Deus
Capítulo 7: A destruição da família
Capítulo 8: Como o comunismo semeia o caos na política
Capítulo 9: A armadilha econômica comunista
Capítulo 10: Usando a lei para o mal
Capítulo 11: Profanando as artes
Capítulo 12: Sabotando a educação
Capítulo 13: Sequestrando os meios de comunicação
Capítulo 14: Cultura popular, uma indulgência decadente
Capítulo 15: As raízes comunistas do terrorismo
Capítulo 16: O comunismo por trás do ambientalismo
Capítulo 17: Globalização: comunismo no seu cerne
Capítulo 18: As ambições globais do Partido Comunista Chinês
Conclusão
O que está incluído nesta parte?
Capítulo 16: O comunismo por trás do ambientalismo
Índice
Introdução
1. As raízes comunistas do ambientalismo
a. As três fases do ambientalismo
b. Ambientalismo e marxismo: as mesmas raízes
c. Marxismo ecológico
d. Socialismo ecológico
e. Política verde: o verde é o novo vermelho
f. Ecoterrorismo
g. Greenpeace: uma história que não é pacífica
2. O mito do consenso sobre as mudanças climáticas
a. Uma breve história do “consenso” na ciência do clima
b. Estabelecimento do dogma na comunidade científica
c. Cientistas divergem sobre o “consenso”
d. Por que os cientistas ambientais insistem nos cenários de catástrofe
3. Ambientalismo: outra forma de comunismo
a. Infiltração política: construindo um governo mundial
b. Culpando o capitalismo
c. Supressão de vozes dissidentes pela mídia
d. Grupos “civis” manipulados para promover a revolução nas ruas
e. Uma nova religião de anti-humanismo
Conclusão: para escapar da crise ambiental, respeite o divino e restabeleça a tradição
Referências bibliográficas
* * *
Introdução
A Terra é o meio ambiente onde a humanidade vive; ela proporciona alimentos, recursos e condições para o desenvolvimento. Ela possibilitou que a humanidade prosperasse por milhares de anos.
A humanidade interage intimamente com o meio ambiente natural. Tanto a cultura tradicional chinesa quanto a cultura ocidental destacam a relação simbiótica benéfica entre o ser humano e a natureza. Como explicou o antigo filósofo chinês Dong Zhongshu em “Luxuriant Dew of the Spring and Autumn Annals” (Anais do exuberante orvalho da primavera e do outono), “Tudo na Terra foi criado para a satisfação do ser humano.” [1] Isso significa que o propósito do Criador era proporcionar condições de vida para a humanidade, e todas as coisas na Terra podem ser usadas pelos seres humanos. Entretanto, as pessoas devem observar os princípios do Céu e da Terra nas suas vidas e usar todos os recursos disponíveis com moderação, agindo de modo proativo para manter e salvaguardar o meio ambiente natural no qual os seres humanos vivem.
A cultura tradicional ocidental afirma que o Criador forneceu o meio ambiente natural para os seres humanos e pediu a eles que cuidassem dele. Por isso, o ser humano deve valorizar e fazer bom uso do meio ambiente natural. De acordo com a filosofia da cultura tradicional chinesa, há um equilíbrio em tudo, assim como um imperativo para evitar danos. A Doutrina do Meio do confucionismo afirma: “É esse mesmo sistema de leis por meio do qual todas as coisas são criadas e se desenvolvem, cada qual em sua ordem e seu sistema, e sem prejudicar umas às outras; e assim as operações da natureza seguem o seu curso sem conflito ou confusão.” [2]
Os antigos chineses valorizavam a proteção do meio ambiente. De acordo com registros históricos da época de Yu, o Grande: “Nos três meses da primavera, as pessoas não levavam machados para a floresta para que a as árvores pudessem crescer. Nos três meses do verão, as pessoas não lançavam as suas redes nos rios para que os peixes pudessem se reproduzir.” [3]
Zengzi, um intelectual confucionista, assim se expressou: “A madeira só podia ser cortada nas estações apropriadas e os animais também só podiam ser abatidos apenas no momento certo.” [4] Isso mostra que a tradicional moderação chinesa estava em todas as coisas e na preocupação com a proteção do meio ambiente.
Após a revolução industrial, a poluição causou sérios danos ecológicos e as sociedades ocidentais passaram a se preocupar com isso. Após a implementação de leis e padrões de proteção ambiental, a poluição foi efetivamente tratada e a situação do meio ambiente melhorou consideravelmente. Nesse processo, houve um grande aumento da conscientização do público sobre a proteção ambiental e foi amplamente reconhecido que a proteção ambiental é uma meta justa.
Devemos fazer aqui uma distinção entre várias ideias: proteção ambiental, movimentos ambientais e ambientalismo. A proteção ambiental, como o nome indica, é a proteção do meio ambiente. Desde o início da civilização humana, as pessoas entenderam a necessidade de proteger o meio ambiente, e isso não teve nada a ver com nenhuma ideologia política específica.
O movimento ambientalista é um movimento social e político sobre questões ambientais. Seu principal objetivo é mudar as políticas ambientais e o pensamento e os hábitos do público por meio de movimentos de massa, influência sobre a mídia e agitação política. O ambientalismo é uma filosofia e ideologia que enfatiza a necessidade de proteger o meio ambiente e a coexistência harmoniosa entre a sociedade humana e o ecossistema. As motivações por trás da proteção ambiental e do ambientalismo não são as mesmas do comunismo, mas os comunistas são peritos em infiltrar e controlar movimentos de massa e manipulá-los em seu benefício. Percebemos, portanto, que desde o início do ambientalismo moderno, os comunistas passaram sistematicamente a cooptar o movimento.
As questões que envolvem o ambientalismo hoje são extremamente complexas: o movimento usou uma retórica sensacionalista e o desejo genuíno das pessoas de proteger o meio ambiente para criar um movimento político global. Muitos participantes são bem-intencionados, têm senso de justiça e se importam verdadeiramente com o futuro da humanidade.
No entanto, o que muitos não percebem é como o comunismo tem usado o ambientalismo para reivindicar um terreno moral elevado para promover a sua própria agenda. E assim, a proteção ambiental tornou-se altamente politizada, extremada e até mesmo se transformou em uma pseudorreligião, embora sem fundamentos morais tradicionais. Tornou-se comum o emprego de propaganda enganosa e a adoção de várias medidas políticas obrigatórias, o que transformou o ambientalismo em uma espécie de comunismo light.
Este artigo se debruça sobre o modo pelo qual o ambientalismo, como ideologia, se relaciona com o comunismo, e como o movimento ambientalista foi infiltrado, manipulado e cooptado para servir aos objetivos do comunismo, bem como o impacto que isso causará se não for controlado.
1. As raízes comunistas do ambientalismo
O comunismo elaborou planos tortuosos em diversas áreas para destruir a humanidade. Originário da Europa, o comunismo lançou revoluções violentas e tomou o poder nas duas grandes potências do Oriente: Rússia e China. O comunismo e a sociedade ocidental entraram em um longo confronto durante a Guerra Fria. Após o colapso da União Soviética e do bloco comunista do Leste Europeu, os comunistas começaram a semear seus fatores nas sociedades ocidentais e orientais na busca de estabelecer um governo global rigidamente controlado.
Para alcançar esse objetivo, o comunismo precisa criar ou usar um “inimigo” que ameace toda a humanidade e intimide a população mundial, levando-a a abrir mão das liberdades individuais e da soberania do Estado. Criar um pânico global sobre catástrofes ambientais e ecológicas iminentes parece ser quase um caminho inevitável para atingir esse objetivo.
a. As três fases do ambientalismo
A formação e o desenvolvimento do movimento ambientalista estão indissoluvelmente ligados ao comunismo. O seu desenvolvimento específico passou por três fases. A primeira fase é o período teórico de gestação, que pode ser contado a partir da publicação do “Manifesto Comunista” de Marx e Engels, em 1848, até o primeiro Dia Mundial da Terra, instituído em 1970.
No início dessa fase, Marx e seus discípulos não consideravam o ambientalismo como o foco do seu discurso teórico, mas o ateísmo marxista e o materialismo eram naturalmente coerentes com a principal tendência do ambientalismo. Marx declarou que o capitalismo é oposto à natureza (isto é, o meio ambiente). Os discípulos de Marx inventaram o termo “ecossistema” e incluíram discretamente o ambientalismo entre determinados temas para suscitar discórdia.
Na última década desta fase, de 1960 a 1970, foram lançados dois best-sellers, “Silent Spring” (Primavera silenciosa), em 1962, e “Population Bomb” (A bomba populacional), em 1968, nos Estados Unidos. O ambientalismo entrou na esfera pública sob o disfarce de “proteção ambiental”.
O evento marcante do início da segunda fase foi o primeiro Dia Mundial da Terra, instituído em 1970, e pouco depois, em 1972, as Nações Unidas realizaram a primeira Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo. Nessa época foram criadas várias organizações, que possuíam várias atribuições. Nos Estados Unidos e na Europa, elas pressionaram os governos com propaganda, protestos e ativismo sob o disfarce de pesquisa científica, legislação, assembleias, entre outros meios.
No nível macro, a contracultura dos anos 60 funcionou quase como um desfile militar de elementos comunistas no Ocidente. Esses elementos subiram ao palco cooptando os direitos civis e os movimentos antiguerra, e rapidamente assumiram outras formas de batalhas anticapitalistas, como o movimento feminista, o movimento homossexual e assim por diante.
Após a década de 1970, quando o movimento contrário à guerra do Vietnã enfraqueceu, as ideias comunistas iniciaram o seu processo de institucionalização chamado “a longa marcha pelas instituições”, além de tomar conta do feminismo e do ambientalismo – e essa é a principal causa do ressurgimento da ideologia ambientalista e da agitação.
Na década de 1970, a bandeira do ambientalismo foi defendida ardorosamente pelos hippies, a espinha dorsal da contracultura. De fato, após o seu fracasso na Guerra Fria, o comunismo se organizou sob a bandeira do ambientalismo com a intenção de introduzir o comunismo global sob outra denominação.
A terceira fase começou na véspera do fim da Guerra Fria. Em 1988, as Nações Unidas estabeleceram o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês); o conceito de aquecimento global começou a entrar no âmbito político. [5] Na véspera do colapso da União Soviética, em 1990, foi realizada em Moscou uma conferência ambiental internacional. No seu discurso, o secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética, Mikhail Gorbachev, defendeu o estabelecimento de um sistema internacional de monitoramento ambiental, assinou um pacto para proteger “zonas ambientais únicas”, expressou apoio aos programas ambientais da ONU e solicitou uma conferência de monitoramento (realizada em junho de 1992 no Brasil). [6]
Quase todos os ambientalistas ocidentais aceitaram essas propostas. Naquela época, para os ambientalistas, o aquecimento global tornou-se o principal inimigo da humanidade. Houve um aumento súbito na utilização de propaganda que usava a proteção ambiental como uma desculpa para políticas duras, e o número e o alcance de leis e regulamentos ambientais cresceu rapidamente.
O ambientalismo tornou-se a principal ferramenta para restringir a liberdade dos cidadãos em todo o mundo, privando as nações da sua soberania, além de limitar e combater as sociedades livres do Ocidente. O resultado foi que, após o fim da Guerra Fria, os antigos comunistas da União Soviética, assim como os comunistas e seus companheiros de viagem no Ocidente, começaram todos a se unir ao movimento de proteção ambiental. O ambientalismo surgiu como uma força no cenário mundial e cada vez mais começou a assumir uma coloração comunista.
b. Ambientalismo e marxismo: as mesmas raízes
No entendimento de adeptos de religiões ortodoxas do Oriente e do Ocidente, os seres humanos foram criados por Deus à sua própria imagem. A vida humana é assim dotada de valor, propósito e dignidade mais elevados do que outras formas de vida na Terra. Da mesma forma, o meio ambiente natural foi criado por Deus. O homem tem a obrigação de cuidar da natureza; embora a natureza exista para o homem e não o contrário.
Aos olhos de ateus e materialistas, no entanto, a vida humana não tem essa qualidade especial. Em um dos seus ensaios, Engels diz: “A vida é o modo de existência dos corpos albuminosos [isto é, proteicos].” [7] De acordo com essa visão, a vida humana não é mais do que um amontoado de proteínas, não diferindo essencialmente dos animais ou das plantas, sendo assim, é lógico que, em nome da proteção da natureza, os seres humanos sejam privados da liberdade e até mesmo de suas vidas.
Em 1862, em um livro de química orgânica, o químico alemão Justus von Liebig, colega de Marx, criticou os fazendeiros britânicos por importarem excrementos de pássaros para usarem como fertilizante. A agricultura britânica se beneficiou com o esterco de aves, um fertilizante eficiente, e os rendimentos das colheitas aumentaram significativamente. Em meados do século 19, os ingleses possuíam amplas fontes de alimentos de alta qualidade. O negócio de excrementos de aves havia beneficiado os empresários em vários países, os fazendeiros britânicos e a população britânica.
Por que Justus von Liebig condenou essa prática? Havia quatro motivos para sua indignação moral, a saber: em primeiro lugar, o processo de coleta dos excrementos de pássaros danificava a natureza; em segundo lugar, os comerciantes exploravam os trabalhadores pagando-lhes salários baixos; em terceiro lugar, a maior produtividade na produção de alimentos estimulava o crescimento populacional, o que, por sua vez, aumentava a demanda por mais alimentos, excedendo o que a natureza pode fornecer; e por último, mais pessoas e animais geravam mais esterco e lixo. [8]
Naquela época, enquanto escrevia “O Capital”, Marx estudou cuidadosamente o trabalho de Justus von Liebig. Ele elogiou esse químico por ele ter “do ponto de vista da ciência natural, abordado o lado negativo, isto é, destrutivo, da agricultura moderna”. [9] Assim como Justus von Liebig, Marx considerava qualquer esforço em criar riqueza usando recursos naturais como um círculo vicioso, concluindo que “a agricultura racional é incompatível com o sistema capitalista”. [10]
Depois de promoverem um golpe na Rússia, Lenin e seu Partido rapidamente promulgaram o “Decreto sobre a terra” e o “Decreto sobre as florestas” para nacionalizar as terras, florestas, água, minerais, animais e plantas e impedir que a população os utilizasse sem autorização. [11]
O meteorologista e escritor americano Brian Sussman escreve no seu livro “Eco-Tyranny: How the Left’s Green Agenda Will Dismantle America” (Ecotirania: como a agenda verde da esquerda irá desmantelar a América) que as ideias de Marx e Lenin são amplamente compatíveis com as dos ambientalistas de hoje. Desse ponto de vista, ninguém tem o direito de lucrar com os recursos naturais: “Seja salvando florestas, baleias, caracóis ou o clima, tudo isso representa uma crença arraigada de que a busca por tal lucro é imoral e, em última análise, destrói o planeta a menos que seja interrompida.” [12]
O movimento ambientalista global envolve grande número de pensadores, políticos, cientistas, ativistas sociais e personalidades da mídia. Não há aqui espaço suficiente para enumerar todos os seus pensamentos, discursos e ações, mas uma figura não pode ser ignorada. Trata-se do fundador do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Maurice Strong. Strong, um canadense, também organizou a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, de 1972, bem como a Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento de 1992. Strong era sobrinho de Anna Louise Strong, uma conhecida jornalista pró-comunismo que se estabeleceu na China. Maurice Strong, que foi profundamente influenciado por sua tia, descreveu a si mesmo como “um socialista na ideologia e um capitalista na metodologia”. [13]
Maurice Strong chegou a ocupar um lugar importante no movimento ambientalista global. “Ele compartilha as visões dos manifestantes ambientalistas mais radicais, mas em vez de enfrentar a polícia nas ruas durante uma conferência global, ele era o secretário-geral do evento, aquele que bate o martelo.” [14]
Os pontos de vista defendidos pela Agência de Meio Ambiente das Nações Unidas, liderada por Strong, são quase idênticos aos do marxismo: “A propriedade privada da terra é o principal instrumento de acumulação de riqueza e, por isso, contribui para a injustiça social. Sendo assim, o controle público do uso da terra é indispensável.” [15] Maurice Strong optou por se estabelecer em Pequim após a aposentadoria e morreu em 2015.
Natalie Grant Wraga, uma especialista em assuntos da União Soviética, já falecida, realizou um estudo aprofundado sobre a questão e escreveu: “A proteção do meio ambiente pode ser usada como pretexto para adotar uma série de medidas destinadas a minar a base industrial das nações desenvolvidas. Pode também servir para gerar mal-estar, deteriorando o seu padrão de vida e implantando valores comunistas.” [16] De fato, o ambientalismo não se originou apenas do antigo bloco comunista. Ele também está relacionado ao objetivo geral do comunismo de minar a causa da liberdade em todo o mundo.
c. Marxismo ecológico
Na transição entre os séculos 19 e 20, os cientistas britânicos Ray Lankester e Arthur Tansley desenvolveram a ideia de ecologia e de ecossistema. Ambos eram socialistas fabianos, uma vertente do marxismo. Lankester era zoólogo e, quando ainda era relativamente jovem, tornou-se amigo de Marx já no final da vida. Nessa época, Lankester frequentou a sua casa e foi uma das poucas pessoas a comparecer ao seu funeral. Certa vez, Lankester escreveu para Marx dizendo que estava estudando “O Capital” “com o maior prazer e lucro”. [17]
Tansley foi a figura mais importante na área da ecologia e da botânica durante esse período na Inglaterra, e como o primeiro presidente da Sociedade Ecológica Britânica, inventou o termo “ecossistema”. Durante os seus estudos na Universidade de Londres, Tansley foi profundamente influenciado por Lankester. [18]
O elo entre as ideias ecológicas e o marxismo parece emergir nessa conexão entre Lankester, Tansley e o marxismo, embora, é claro, ecologia e ambientalismo não sejam a mesma coisa. A ecologia aborda a relação entre os seres vivos e o meio ambiente, enquanto o ambientalismo ocupa-se de desastres ecológicos. A ecologia, no entanto, está intimamente relacionada ao ambientalismo, pois fornece a base teórica para a definição de desastres ecológicos. O marxismo ecológico, derivado da ecologia, é um novo desdobramento dessas ideias.
O marxismo teológico adiciona o conceito de crise ecológica aos argumentos marxistas sobre a crise econômica do capitalismo. Ele busca expandir o suposto conflito entre a burguesia e o proletariado, adicionando um conflito inerente entre a produção e o meio ambiente. Essa é a teoria da dupla crise ou duplo conflito. Na teoria marxista, o conflito básico do capitalismo se dá entre as forças produtivas e as relações de produção, que é chamado de conflito primário. O conflito secundário acontece entre o ambiente de produção (ecossistema) e as forças produtivas e as relações de produção em conjunto. Segundo essa teoria, o conflito primário leva à crise econômica, enquanto o conflito secundário leva à crise ecológica. [19]
O desenvolvimento do capitalismo ao longo de um século provou que o marxismo estava errado após a previsão fracassada de que o capitalismo entraria em colapso devido à crise econômica. Pelo contrário, o capitalismo continua a prosperar. A noção de crise ecológica tornou-se uma ferramenta do comunismo quando os intelectuais de esquerda constataram que o marxismo poderia ser uma base teórica para o ambientalismo, radicalizando o movimento e a visão de mundo ambientalistas.
d. Socialismo ecológico
Como o próprio nome sugere, o socialismo ecológico é uma ideologia que combina ecologia e socialismo. Os críticos a chamam de “melancia” – verde por fora e vermelha por dentro – por acrescentar as demandas socialistas típicas, como “justiça social”, à questão da preocupação com a ecologia, em uma aparente tentativa de promover a ideologia socialista por novos meios.
Uma boa ilustração do socialismo ecológico é encontrada em “An Ecosocialist Manifesto” (Um manifesto ecossocialista), publicado por Joel Kovel e Michael Lowy em 2001. Kovel não teve sucesso na sua campanha para se tornar o candidato presidencial dos EUA pelo Partido Verde. Lowy é um membro da Quarta Internacional Trotskista. Seu manifesto afirma que o capitalismo é incapaz de solucionar a crise ecológica e será substituído pelo socialismo ecológico. Eles não consideram o socialismo ecológico como um ramo do socialismo, mas sim como o novo nome do socialismo na nova era. [20]
Em 2002, Kovel publicou um livro intitulado “The Enemy of Nature: The End of Capitalism or the End of the World?” (O inimigo da natureza: o fim do capitalismo ou o fim do mundo?). O livro detalha a teoria do socialismo ecológico, critica duramente o capitalismo e sugere a necessidade de mudar a situação atual com novas direções radicais. [21]
e. Política verde: o verde é o novo vermelho
Quando o ambientalismo entra na política, nasce a política verde ou a ecopolítica. O Partido Verde estabelecido em muitos países ao redor do mundo é resultado da política verde, que geralmente vai além da proteção ambiental, envolvendo-se em justiça social, feminismo, ativismo antiguerra e pacifismo. A Global Greens, por exemplo, é uma organização internacional associada ao Partido Verde, e sua carta de 2001 é amplamente influenciada pela ideologia marxista, com forte ênfase em uma suposta igualdade entre o ser humano e os animais. [22]
O ambientalismo é geralmente impulsionado pelo socialismo e pelo comunismo. Após a queda dos regimes comunistas na Rússia e na Europa Oriental, muitos ex-membros do partido comunista e as forças comunistas remanescentes se uniram ou estabeleceram partidos verdes, o que deu origem à ideologia esquerdista do Partido Verde, daí o termo Esquerda Verde.
Após a queda do Partido Comunista Soviético, Gorbachev, o ex-líder da União Soviética, tentou mas não conseguiu entrar novamente na política. Ele então se tornou um ambientalista e estabeleceu a Cruz Verde Internacional. Obviamente, Gorbachev tendia a introduzir fatores comunistas nas suas atividades ambientais, e frequentemente promovia o estabelecimento de um governo mundial para deter a crise ambiental. [23]
Muitos partidos comunistas no Ocidente estão diretamente envolvidos em movimentos de proteção ambiental. Jack Mundey, um dos fundadores do movimento Green Ban da Austrália, é membro do Partido Comunista Australiano. Sua esposa é a presidente nacional do Partido Comunista Australiano. [24]
f. Ecoterrorismo
Devido às suas influências esquerdistas, o ambientalismo foi relativamente radical desde o início. Há muitos ramos radicais, como Ecologia Profunda, Ecofeminismo, Ecologia Social, Biorregionalismo, dentre outros. Alguns desses ramos são extremamente radicais. Os mais conhecidos incluem grupos como o Earth First! (A Terra Primeiro!) e a Frente de Libertação da Terra. Eles promovem ações diretas (como o uso de explosivos e incêndios criminosos), conhecidas como ecoterrorismo, para interromper atividades que consideram prejudiciais ao meio ambiente.
O Earth First! foi criado em 1979 e seu slogan é “Não transigir jamais quando se trata de defender a Mãe Terra!” O grupo emprega ações diretas contra os seus principais alvos: exploração madeireira, construção de barragens e outros projetos. Uma das táticas conhecidas do grupo é chamada de tree sitting (que consiste em subir em, sentar-se sob ou amarrar-se a árvores para evitar que sejam cortadas por madeireiras). Essas operações do Earth First! atraíram muitos novos membros, incluindo esquerdistas, anarquistas e outros que tentavam se rebelar contra a sociedade.
Em 1992, alguns dos membros mais radicais do grupo criaram uma facção denominada Frente de Libertação da Terra e usaram incêndios como tática. No final de 2000, nove mansões de luxo em Long Island, Nova York, foram reduzidas a cinzas da noite para o dia. A principal justificativa era de que essas mansões foram construídas em uma floresta natural. Após os incêndios criminosos, a Frente de Libertação da Terra publicou o slogan “Se você construir algo, nós vamos queimá-lo!”
Em 2005, o Departamento Federal de Investigação (FBI) anunciou que a Frente de Libertação da Terra era a maior ameaça terrorista nos Estados Unidos, suspeita de estar envolvida em mais de 1200 incidentes criminais, causando dezenas de milhões de dólares em danos materiais. [25] Suas ações já foram muito além do protesto político normal ou das diferenças de pontos de vista. A ideologia comunista se aproveita do ódio para transformar ambientalistas em ecoterroristas, que não diferem muito de outros tipos de terrorista.
g. Greenpeace: uma história que não é pacífica
O Greenpeace foi fundado em 1971 e é a maior organização ambiental do mundo, com escritórios em quarenta países e receita de mais de 350 milhões de dólares. O Greenpeace é também uma das organizações ambientalistas mais radicais.
O cofundador do Greenpeace, Paul Watson, que deixou a organização em 1977, disse: “O segredo do sucesso de David McTaggart é o segredo do sucesso do Greenpeace: não importa o que é verdade, só importa o que as pessoas acreditam que seja verdade… Você é o que a mídia define que você seja. [O Greenpeace] tornou-se um mito e uma máquina geradora de mitos.” [26]
Patrick Moore, outro cofundador do Greenpeace, estava comprometido com a proteção ambiental. Ele se desligou mais tarde da organização porque descobriu que ela havia “dado uma guinada radical para a esquerda”. [27] O Greenpeace se transformou em uma organização extremista com uma agenda política que incluía hostilidade a todo o tipo de produção industrial e que se baseava muito mais em questões políticas do que na ciência. [28]
A estratégia empregada por organizações ambientais radicais, como o Greenpeace, é usar todos os meios necessários para alcançar seus objetivos. Nesse aspecto, o ambientalismo radical assemelha-se muito ao comunismo. Em 2007, seis membros do Greenpeace invadiram uma usina de carvão britânica para promover tumulto. Eles foram processados por causar danos materiais no valor de aproximadamente 30 mil libras esterlinas. Eles admitiram a tentativa de fechar a usina, mas alegaram que estavam fazendo isso para evitar danos ainda maiores (uma crise ambiental devido aos gases do efeito estufa). O tribunal chegou ao veredicto que inocentou as ações.
Antes desse episódio, o Greenpeace já colecionava diversas vitórias nos tribunais, por ações danosas em usinas nucleares, empresas automotivas e fábricas de produção de jatos de combate. [29] A fronteira entre as táticas legítimas e ilegítimas é simplesmente eliminada com base nessa lógica.
O marxismo-leninismo tradicional vale-se da promessa de uma eventual utopia para legitimar o assassinato, o incêndio criminoso e o roubo. Da mesma forma, sob a bandeira do ambientalismo, os comunistas alertam para as crises ambientais, a fim de legitimar táticas violentas e ilegais.
No exemplo acima, os membros do Greenpeace conseguiram persuadir o júri a aceitar seus motivos criminosos como legítimos, demonstrando que um grande grupo de pessoas na sociedade pode ser levado a aceitar argumentos falaciosos e infundados. Tudo isso faz parte do abandono dos valores universais e é um sinal do declínio moral da sociedade.
2. O mito do consenso sobre as mudanças climáticas
A mudança climática é um tema polêmico na sociedade de hoje. Há um forte debate público sobre essa questão, que suscita diferentes opiniões na mídia, junto à população em geral, e na política. O argumento mais comum é que a emissão de gases de efeito estufa por seres humanos é a causa do aquecimento global que levará a desastres climáticos perigosos. Seus defensores afirmam que se chegou a essa conclusão por meio de consenso científico ou que ela possui base científica. Para alguns ambientalistas, as pessoas que rejeitam essa conclusão não são consideradas apenas como opositoras da ciência mas também da humanidade.
Os membros do Greenpeace que danificaram a usina de carvão, conforme mencionado acima, foram absolvidos dos seus crimes porque um famoso especialista, que promoveu o “consenso”, testemunhou em favor deles, alegando que a quantidade de gases de efeito estufa emitidos pela usina a cada dia levaria à extinção de até quatrocentas espécies, além de causar outros danos.
Terá a comunidade científica chegado realmente a um consenso? Richard Lindzen, professor de meteorologia aposentado do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, escreveu um artigo no qual expressa a sua opinião de que a ciência do clima não foi, de fato, consolidada. [30]
Steven Koonin, ex-subsecretário de ciência do Departamento de Energia dos EUA e professor da Universidade de Nova York, escreveu no seu artigo “A ciência do clima não está consolidada”: “Estamos muito longe de ter o conhecimento necessário para implementar uma boa política climática.” [31] Em outro ensaio, Koonin fez uma advertência aos leitores: “A população não tem consciência dos grandes debates no âmbito da ciência do clima. Em uma recente reunião nacional, observei que mais de 100 pesquisadores ativos do governo e de universidades contestavam uns aos outros tentando separar o impacto da ação humana da variabilidade natural do clima. Não estavam em questão nuances, mas aspectos fundamentais de nossa compreensão [acerca do clima], como a aparente, e inesperada, desaceleração do aumento do nível dos mares no mundo nas últimas duas décadas.” [32]
A temperatura da superfície da Terra, de modo geral, tem aumentado desde 1880, e o dióxido de carbono e a emissão pelos seres humanos de outros gases de efeito estufa na atmosfera têm o efeito de aquecimento na Terra. Não há divergências entre os cientistas sobre essas questões básicas. No entanto, as questões mais importantes, aquelas mais debatidas pelos cientistas, são: O aquecimento é causado principalmente pela atividade humana ou por fatores naturais? Qual será a temperatura máxima do mundo até o final do século 21? A humanidade pode prever como o clima vai mudar no futuro? O aquecimento causará um desastre?
Por outro lado, a comunidade científica parece ter chegado a um consenso ou ter definido a ciência da mudança climática até certo ponto, pois as vozes daqueles que se opõem ao assim chamado consenso raramente aparecem na mídia ou nos periódicos acadêmicos.
O físico Michael Griffin, ex-administrador da NASA, disse em entrevista à Rádio Pública Nacional (NPR) em 2007:
“Não tenho dúvidas de que há uma tendência de aquecimento global. Não estou certo de que se deva dizer que se trata de um problema a ser combatido. Assumir que é um problema é assumir que a condição climática da Terra hoje é ideal, que temos o melhor clima que poderíamos ter ou que já tivemos e que precisamos tomar medidas para garantir que isso não mude.”
“Antes de qualquer coisa, eu não acho que os seres humanos tenham condições de assegurar que o clima não mudará, como milhões de anos de história têm mostrado, e em segundo lugar, eu perguntaria que seres humanos – onde e quando – deveriam ter o privilégio de decidir que esse clima que temos aqui hoje, neste exato momento, é o melhor clima para todos os outros seres humanos. Eu acho que é uma posição bastante arrogante para as pessoas tomarem.” [33]
Embora Griffin estivesse tentando expressar a humildade que as pessoas deveriam ter em relação à ciência, ele sofreu críticas severas da mídia e de alguns cientistas do clima, que inclusive consideraram as suas observações ignorantes. No dia seguinte, sob imensa pressão, ele foi forçado a se desculpar. [34]
Alguns meses mais tarde, em outra entrevista, Griffin comentou: “Pessoalmente, acho que as pessoas fizeram afirmações exageradas durante o debate sobre a mudança climática, a ponto de parecer quase algo não legítimo considerá-la uma questão técnica. Ela quase adquiriu um status religioso, o que acho deplorável.” A opinião de Griffin sobre o “consenso científico” mostra que o chamado consenso em relação à mudança climática não fazia parte do processo científico. Ele observou que o progresso científico resulta do debate: “Você desenvolve as suas teorias, publica os seus dados, elabora o seu conceito e outros o derrubam ou tentam fazer isso. O consenso científico evolui dessa maneira.” [35] O uso de todos os modos e meios possíveis para sufocar o debate científico viola o espírito da ciência.
Devido à sua reputação estelar e à sua proeminência em sua área de atuação, o professor Lennart Bengtsson, membro da Sociedade Real Britânica de Meteorologia e ex-diretor do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo (ECMWF), juntou-se à Global Warming Policy Foundation (GWPF), um think-tank que desafia as teorias do aquecimento global. Por causa disso, ele sofreu intenso escrutínio e pressão por parte dos seus colegas no mundo inteiro. Duas semanas depois, Bengtsson foi forçado a renunciar.
Na sua carta de renúncia, Bengtsson escreveu: “Nos últimos dias, fui submetido a uma enorme pressão de grupos do mundo inteiro, a qual se tornou praticamente insuportável para mim. Se isso continuar, não serei capaz de conduzir meu trabalho normalmente e vou até mesmo começar a me preocupar com a minha saúde e segurança… Alguns colegas estão retirando o seu apoio, outros estão se retirando da autoria conjunta de documentos, e assim por diante. Eu jamais imaginaria algo semelhante [à época do senador McCarthy] em uma comunidade tão pacífica como a da meteorologia. Aparentemente, o setor passou por uma grande transformação nos últimos anos.” [36]
A observação de Bengtsson estava correta: essa “transformação nos últimos anos” foi resultado da ideologia comunista e das táticas de luta que se apoderaram da meteorologia.
Na realidade, o alegado consenso científico a respeito das mudanças climáticas transformou a teoria da mudança climática em dogma. A mudança climática é também um princípio crucial do ambientalismo de hoje – sacrossanto e inviolável. Os cientistas, a mídia e os ativistas ambientais que aceitam esse princípio trabalham juntos para espalhar o medo de uma catástrofe iminente. Essa doutrina é uma importante ferramenta utilizada pelo movimento ambientalista para amedrontar a população, a fim de que ela se alinhe com uma agenda política. No processo de estabelecimento e solidificação dessa doutrina, percebem-se todas as técnicas da luta política de estilo comunista, incluindo o engodo, a intimidação pública, os discursos públicos e o conflito aberto.
a. Uma breve história do “consenso” na ciência do clima
Em 1988, foi estabelecido o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Uma de suas importantes missões foi avaliar a cada cinco anos os avanços na pesquisa científica e divulgar uma declaração oficial sobre a mudança climática. A ideia era estabelecer um consenso científico sobre as questões climáticas e fornecer a base científica para a formulação de políticas. [37] O relatório do IPCC geralmente inclui uma lista de milhares de primeiros autores, coautores e revisores. Por isso, as conclusões dos relatórios do IPCC são frequentemente descritas como o consenso de milhares dos melhores cientistas do mundo.
Em 1992, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) declarou que seu objetivo era alcançar a estabilização das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera em um nível que preveniria a interferência antrópica perigosa no sistema climático. Cabe observar que na época já se acreditava que as mudanças climáticas eram causadas por seres humanos e eram perigosas. Mais tarde, o IPCC foi encarregado de identificar o impacto causado pelo ser humano no clima e os impactos ambientais e socioeconômicos perigosos das mudanças climáticas. [38]
Quando a UNFCCC pressupõe que as pessoas são responsáveis pelas mudanças climáticas perigosas, ela restringe o campo de atuação a ser analisado pelo IPCC. Além disso, se a mudança climática não fosse perigosa ou não fosse causada exclusivamente pela indústria, a elaboração de políticas não seria necessária e não haveria motivo para a existência do IPCC. Esses conflitos de interesse também restringiram o foco da investigação do IPCC. [39]
Relatórios do IPCC eliminaram as declarações de incerteza
Pouco antes do IPCC lançar seu Segundo Relatório de Avaliação em 1995, o Dr. Frederick Seitz, um físico de renome mundial, ex-presidente da Academia Nacional de Ciências e reitor da Universidade Rockefeller de Nova York, obteve uma cópia do relatório. Mais tarde, Seitz descobriu que o conteúdo do relatório fora amplamente alterado após passar por uma revisão científica e antes de ser enviado para impressão. Todas as incertezas sobre o impacto das atividades humanas sobre as mudanças climáticas tinham sido eliminadas.
Num artigo seu no Wall Street Journal, Seitz declarou: “Nos meus mais de 60 anos como membro da comunidade científica americana… nunca testemunhei uma corrupção mais perturbadora do processo de revisão por pares do que os eventos que levaram a este relatório do IPCC.” [40]
Dentre as declarações excluídas constam: [41]
- “Nenhum dos estudos citados acima mostrou evidências claras de que podemos atribuir as mudanças [climáticas] observadas à causa específica do aumento dos gases de efeito estufa.”
- “Até o momento, nenhum estudo atribuiu categoricamente a totalidade ou parte [das mudanças climáticas observadas até o momento] às causas antropogênicas [produzidas pelo ser humano].”
- “Quaisquer alegações de detecção de mudanças climáticas significativas provavelmente permanecerão controversas até que as incertezas na variabilidade natural total do sistema climático sejam reduzidas.”
Embora o IPCC tenha alegado posteriormente que todas as modificações foram aprovadas pelos autores, as alterações revelam como o relatório do IPCC foi influenciado pela política. O relatório de avaliação não contém pesquisas originais, consistindo principalmente de um resumo das pesquisas existentes. Como as pesquisas existentes contêm vários pontos de vista diferentes, a fim de “chegar a um consenso”, como se propôs a fazer, o IPCC simplesmente excluiu as visões opostas.
Em abril de 2000, o Terceiro Relatório de Avaliação do IPCC disse no seu esboço: “Tem havido uma influência humana discernível no clima global.” A versão publicada em outubro do mesmo ano diz: “É provável que concentrações crescentes de gases de efeito estufa antropogênicos tenham contribuído significativamente para o aquecimento observado nos últimos 50 anos.” Na conclusão oficial final, a declaração foi ainda mais forte: “A maior parte do aquecimento observado nos últimos 50 anos deve ter sido causada pelo aumento das concentrações de gases de efeito estufa.”
Quando o porta-voz do Programa Ambiental da ONU, Tim Higham, foi questionado sobre a base científica das mudanças retóricas, sua resposta foi honesta: “Não havia uma nova ciência, mas os cientistas queriam apresentar uma mensagem clara e forte aos formuladores de políticas.” [42]
Em outras palavras, a UNFCCC incumbiu o IPCC de uma tarefa, deixando clara a resposta que eles desejavam. O IPCC, então, fez o que lhe foi requerido.
O relatório do IPCC exagerou o “consenso sobre desastres”
Paul Reiter, professor do Instituto Pasteur, na França, é um dos principais especialistas em malária e outras doenças transmitidas por insetos. Ele discordou do relatório do IPCC e teve de ameaçar que entraria com uma ação contra o IPCC para ter seu nome removido da lista dos dois mil cientistas que afirmaram ter endossado o relatório. Ele disse que o IPCC “faz parecer que todos os principais cientistas estão de acordo, mas isso não é verdade”. [43]
No seu depoimento ao Senado dos Estados Unidos em 25 de abril de 2006, Reiter disse: “Um aspecto irritante do debate é que essa ‘ciência’ espúria é endossada no fórum público por influentes painéis de ‘especialistas’. Eu me refiro particularmente ao Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). A cada cinco anos, esta organização da ONU publica um ‘consenso dos principais cientistas do mundo’ sobre todos os aspectos ligados a mudanças climáticas. Independentemente de quão questionável seja o processo pelo qual esses cientistas são selecionados, esse consenso é político, não científico.” [44]
Ambientalistas têm difundido a noção de que haverá um enorme surto de doenças transmitidas por insetos, como a malária, com a elevação das temperaturas, o que também é o principal argumento do IPCC. Como a mídia Bloomberg declarou em 27 de novembro de 2007, “O aquecimento global colocará milhões de pessoas a mais em risco de contrair malária e dengue, de acordo com um relatório das Nações Unidas que pede uma revisão urgente dos perigos à saúde impostos pelas mudanças climáticas.” Porém, Reiter não reconhece essa correlação simplista entre o aquecimento e a disseminação de doenças infecciosas.
Ele destacou que a malária não se limita a áreas tropicais. Na década de 1920, houve um surto maciço de malária na antiga União Soviética e outro na cidade de Arcanjo (Arkhangelsk) perto do Círculo Ártico, onde houve 30 mil casos de malária que resultaram em 10 mil mortes. [46] De acordo com um artigo de 2011 na revista Nature, os cientistas descobriram que, diferentemente do que se acreditava antes, a transmissão da malária por mosquitos diminui com a elevação das temperaturas. [47] Isso confirma a opinião de Reiter.
A saída de outro cientista do IPCC também mostra que o Painel usou o alegado “consenso sobre desastres” como parte de sua cultura operacional. Christopher Landsea, pesquisador de furacões da Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA e um dos principais autores do Quarto Relatório de Avaliação do IPCC, retirou-se do IPCC em janeiro de 2005. Em uma carta aberta, Landsea fez a seguinte declaração: “Eu pessoalmente não posso, de boa-fé, continuar contribuindo para um processo que eu percebo como sendo motivado por agendas preconcebidas e sem base científica.” Ele instou o IPCC a confirmar que o relatório se basearia em ciência e não em sensacionalismo. [48]
Landsea não concorda com o principal autor do relatório do IPCC sobre a relação entre furacões e mudanças climáticas. O principal autor do IPCC (que não é um especialista em pesquisa sobre furacões) ressaltou que o aquecimento climático causaria furacões mais intensos, sem dados factuais sólidos para sustentar essa afirmação. Landsea apontou que estudos anteriores mostraram que os registros históricos não puderam verificar essa correlação. Teoricamente, mesmo que haja uma correlação, ela é insignificante e desprezível.
David Deming, geólogo e geofísico da Universidade de Oklahoma, obteve os dados históricos de 150 anos sobre temperaturas na América do Norte, por meio do estudo de amostras de núcleos de gelo, e publicou um artigo de pesquisa na revista Science. Defensores do consenso então consideraram Deming como um expoente do consenso. Em uma audiência no Senado dos EUA, Deming disse que um autor principal do IPCC lhe enviou um e-mail dizendo: “Temos que nos livrar do período quente medieval.” [49] O período quente medieval refere-se ao aquecimento climático da região do Atlântico Norte entre 950 e 1150 d.C. Apagar esse período na curva histórica da mudança climática reforçaria a afirmação de que o aquecimento de hoje é sem precedentes.
Há muitos incidentes como esses. No seu livro “Red Hot Lies: How Global Warming Alarmists Use Threats, Fraud, and Deception to Keep You Misinformed” (Mentiras vermelhas: como os alarmistas do aquecimento global usam ameaças, fraudes e engodos para manter você desinformado), Christopher C. Horner, pesquisador americano sênior do Competitive Enterprise Institute, listou muitos dos autores originais do IPCC que se opõem às conclusões do Painel e suas operações politizadas. [50] Eles levantaram questões razoáveis apoiadas em dados e desafiaram o chamado consenso do IPCC. No entanto, no atual ambiente acadêmico e midiático, suas vozes foram marginalizadas.
b. Estabelecimento do dogma na comunidade científica
O estabelecimento e a consolidação do suposto consenso sobre a mudança climática é um passo importante no uso do ambientalismo para manipular o público, ampliar o sentimento de desastre e distorcer os valores humanos. Se o processo for concluído, será estabelecido um supergoverno global, isto é, o comunismo. Embora esse consenso tenha se verificado principalmente na comunidade científica, ele foi favorecido pela atuação conjunta da mídia, do governo e das instituições acadêmicas.
Independentemente da reputação acadêmica de um cientista, tão logo ele expresse publicamente dúvidas sobre o dogma do consenso, ele imediatamente enfrentará uma tremenda pressão dos seus colegas e das instituições acadêmicas, que o forçarão a se retratar. Pessoas que viveram em sociedades totalitárias comunistas tiveram experiências semelhantes, e a única diferença é que elas questionaram o dogma do partido comunista.
David Bellamy é um conhecido ativista ambiental britânico e presidente da Royal Society of Wildlife Trusts. Contudo, quando ele declarou publicamente que não acreditava no dogma consensual da teoria do aquecimento global, a agência divulgou uma declaração expressando insatisfação. [51] Bellamy foi afastado do seu cargo de presidente, e os ambientalistas que anteriormente o respeitavam começaram a suspeitar que ele estava fora do seu juízo normal ou estava recebendo dinheiro das grandes empresas de óleo e gás. [52]
Henk Tennekes, ex-diretor da Sociedade Real Meteorológica Holandesa, foi demitido por não apoiar o dogma do consenso sobre mudanças climáticas. Da mesma forma, o funcionário da Organização Meteorológica Mundial, Aksel Winn-Nielsen, foi desacreditado por autoridades do IPCC ao ser descrito como um “instrumento da indústria”. Após questionarem a teoria do aquecimento climático antropogênico, os pesquisadores italianos Alfonso Sutera e Antonios não conseguiram obter financiamento para pesquisa. [53]
No seu livro “Climate of Extremes: Global Warming Science They Don’t Want You to Know” (Clima de extremos: a ciência do aquecimento global que não querem que você conheça), Patrick J. Michaels, ex-presidente da Associação Americana de Climatologistas e climatologista da Universidade da Virgínia, listou numerosos exemplos de ambientalistas que reprimiram dissidentes científicos, a fim de obter o seu alegado consenso. Por ter insistido que as alterações climáticas não causariam um desastre, essa postura otimista não era compatível com o dogma do consenso, e porque um dia o governador lhe disse que não poderia falar sobre o aquecimento global como climatologista estadual, Michaels finalmente decidiu renunciar.
Outro climatologista do estado do Oregon, George Taylor, da Universidade Estadual do Oregon, enfrentou o mesmo problema e acabou sendo forçado a se demitir. O Dr. David Legates, ex-diretor do Centro de Estudos Climáticos da Universidade de Delaware, é um climatologista do estado de Delaware. Ele também foi informado pelo governador que não poderia falar em público como um climatologista estadual sobre a questão do aquecimento global. O climatologista assistente do estado de Washington, Mark Albright, foi demitido porque enviou um e-mail a um jornalista e a cidadãos do estado sobre os registros completos da queda de neve nas montanhas Cascade, em vez de selecionar registros parciais (que parecem indicar aquecimento), apesar de ter sido avisado pelo seu chefe. [54]
O foco do debate aqui é a área de especialização dos climatologistas – ciência climática, e não questões de política de governo. Nos países comunistas, a interferência política escancarada na ciência é comum. Nos países ocidentais, as políticas ambientalistas estão sendo usadas para interferir na liberdade acadêmica.
Pesquisas acadêmicas que lançam dúvidas sobre o dogma de consenso são raramente encontradas entre as publicações acadêmicas. Esse fenômeno teve início na década de 1990. Num documentário de 1990 do Canal 4 (Reino Unido), “The Greenhouse Conspiracy”, Michaels disse que se o ponto de vista de uma pessoa é politicamente inaceitável, então haverá problemas. Seu artigo foi rejeitado por mais de um periódico acadêmico. Quando ele perguntou a um editor de periódicos o motivo, a resposta foi que seu trabalho deveria passar por um padrão de avaliação mais elevado do que os outros.
De acordo com o relatório do IPCC de 1990, o entendimento na época era de que a extensão do aquecimento global era compatível com as mudanças naturais no clima. Por isso, embora o ponto de vista de Michaels fosse diferente do de muitos outros, não podia ser considerado como particularmente herético. Porém, o objetivo de estabelecer um falso consenso já havia sido estabelecido, e todos tinham que expressar sua aquiescência.
A disputa pelo financiamento do governo contribuiu enormemente para a formação e consolidação do suposto consenso. A hipótese de que os seres humanos produziram o aquecimento global e causaram desastres direcionou as pesquisas sobre mudanças climáticas para a posição de dar pareceres sobre a formulação de políticas. Por isso, pesquisas que apoiam essa hipótese recebem naturalmente um aporte substancial de financiamento, e seus autores publicam um grande número de artigos acadêmicos. Por outro lado, o consenso imposto impede que os cientistas explorem e pesquisem outras possibilidades.
O Dr. William Gray, um renomado professor, foi um pioneiro da pesquisa americana sobre furacões. Após criticar o dogma do consenso sobre a teoria climática, suas solicitações de financiamento para pesquisa foram sucessivamente rejeitadas. A razão alegada foi que a pesquisa proposta não abordava tema de interesse do IPCC. [55]
Em março de 2008, muitos cientistas que questionaram o dogma do consenso sobre questões climáticas realizaram um evento acadêmico privado em Nova York. Eles disseram que tiveram de enfrentar vários obstáculos para publicar os resultados das suas pesquisas em periódicos acadêmicos. O meteorologista Joseph D’Aleo, ex-presidente do Comitê de Previsão e Análise do Clima da Sociedade Americana de Meteorologia, disse que alguns dos seus colegas não ousaram comparecer à reunião por medo de serem demitidos. Ele acreditava que “muito provavelmente, há uma maioria silenciosa” de cientistas nas áreas de climatologia, meteorologia e ciências afins que não apoiam a posição de “consenso”. [56]
A professora Judith Curry, ex-reitora da Faculdade de Ciências Atmosféricas e da Terra do Instituto de Tecnologia da Geórgia, afirmou em um depoimento no Senado em 2015 que um cientista empregado pela NASA lhe fez o seguinte relato: “Eu estava numa pequena reunião de cientistas da NASA e fui informado pelo nosso diretor-geral que o chefe da NASA lhe havia dito que não devíamos tentar publicar documentos contrários às atuais reivindicações relacionadas ao aquecimento global, porque ele (o chefe da NASA) teria muito trabalho depois para desfazer uma publicidade negativa.” [57]
No seu depoimento, Curry ainda fez a seguinte observação: “Um cientista do clima que faz declarações sobre incerteza ou dúvida no debate climático é classificado como um negador ou um ‘comerciante da dúvida’, cujos motivos são considerados ideológicos ou motivados pelo financiamento da indústria de combustíveis fósseis. Minha própria experiência em discutir publicamente preocupações sobre como a incerteza é caracterizada pelo IPCC fez com que eu fosse rotulada como um ‘herege do clima’ que se voltou contra seus colegas. … Há uma enorme pressão para os cientistas do clima se alinharem com o chamado consenso. Essa pressão parte não apenas de políticos, mas também de agências de financiamento federais, universidades e entidades de classe, e dos próprios cientistas que são ativistas e defensores da agenda verde. Fortes interesses monetários e de autoridade e preocupação com a reputacão reforçam esse consenso.” [58]
A Dra. Curry é membra da Sociedade Americana de Meteorologia e do Comitê de Pesquisa Climática do Conselho Nacional de Pesquisa. Apesar do seu sucesso acadêmico, ela optou por se aposentar mais cedo porque não estava disposta a viver sob essa pressão. Por ter desafiado o “consenso” do IPCC nos últimos anos, ela foi, entre outras coisas, estigmatizada como sendo “contrária à ciência” e uma “negadora” pela mídia, por outros cientistas e por um senador. Um membro do Congresso inclusive enviou uma carta ao decano do Instituto de Tecnologia da Geórgia para questionar os motivos de Curry. [59] Ela disse que outra razão para a aposentadoria precoce era que ela sentia que não podia dizer aos estudantes e pesquisadores de pós-doutorado como “navegar na LOUCURA do campo da ciência climática”. [60]
Roger Pielke Jr., professor da Universidade do Colorado, trabalhou com Curry em questões de mudança climática. Ele estava originalmente no Instituto Cooperativo de Pesquisa em Ciências Ambientais (CIRES) da universidade. Embora ele tenha concordado com a maioria das conclusões do “consenso” do IPCC, ele foi submetido a pressões semelhantes, porque afirmou que os dados obtidos não sustentam a ideia de que eventos climáticos extremos como furacões, tornados e secas são influenciados pelas mudanças climáticas. Ele acabou se mudando para o Centro de Governança Desportiva da Universidade do Colorado. [61]
O Dr. Pielke disse que a experiência de Curry mostra que “ter uma posição estável não é uma garantia de liberdade acadêmica”. [62] Não é de admirar que Joanne Simpson, membra da Academia Americana de Engenharia e uma excelente ex-cientista atmosférica da NASA, tenha declarado, após sua aposentadoria, seu ceticismo quanto ao consenso: “Como não sou mais filiada a nenhuma organização, nem recebo finnciamento, posso falar com franqueza.” Ela disse: “Como cientista, continuo cética.” [63]
c. Cientistas divergem sobre o “consenso”
Como foi mencionado anteriormente, os cientistas têm opiniões diferentes sobre a influência exercida pela atividade humana nas mudanças climáticas, assim como sobre as consequências futuras das mudanças climáticas. Existem muitas razões para essa ampla variedade de opiniões. Primeiro, a mudança climática é um assunto amplo e complexo, envolvendo muitos campos como astronomia, meteorologia, ecologia, fotoquímica, espectroscopia, oceanografia, e muito mais. O clima envolve muitos subsistemas interativos, como a atmosfera terrestre, a hidrosfera, a biosfera e a litosfera. Existem muitos processos físicos, químicos e biológicos que ainda estão longe de serem bem compreendidos.
No que se refere à história geológica, a Terra nunca parou de sofrer alterações climáticas, inclusive houve episódios frequentes de aquecimento global. Há mais de três mil anos, durante a dinastia Shang da China, a Planície Central (parte da planície norte da China) já foi uma paisagem subtropical. As pessoas caçavam elefantes, como foi registrado várias vezes na escrita dos ossos oraculares do período. Estima-se que a temperatura média anual fosse cerca de 2ºC acima da temperatura atual. Na dinastia Tang (626–907), houve outro período de aquecimento. Frutas cítricas puderam ser cultivadas no palácio imperial de Chang’an, no Noroeste da China. [64] No Ocidente, os europeus construíram requintadas catedrais durante um período de aquecimento medieval que durou de 950 a 1250. [65]
De acordo com os registros geológicos, o hemisfério norte experimentou um aquecimento acelerado há aproximadamente 11.270 anos, quando a temperatura média subiu rapidamente cerca de 4ºC em poucos anos. Outro famoso aquecimento ocorreu perto do final do período Dryas recente, há aproximadamente de 11.550 anos, quando a temperatura subiu cerca de 10ºC, durando um período de décadas. [66] As causas dessas mudanças climáticas ainda são objeto de debate entre os cientistas.
Naturalmente, se não formos capazes de explicar as razões das mudanças climáticas do passado, também teremos dificuldade em explicar as causas das mudanças climáticas nos dias de hoje. As causas históricas das mudanças climáticas do passado ainda podem estar em ação. Muitos cientistas acreditam que devemos tratar a questão com humildade e estar dispostos a admitir os limites do nosso conhecimento.
O renomado cientista Dr. Freeman Dyson, membro da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos e da Royal Society, acredita que a ciência moderna não entende as mudanças climáticas:
“A mais questionável dessas crenças é a noção de que a ciência da mudança climática está claramente estabelecida e compreendida. A maior de todas as mudanças climáticas tem sido as eras glaciais, que cobriram metade da América do Norte e da Europa com camadas de gelo de um quilômetro de espessura. As idades do gelo aconteceram várias vezes no passado, e outra está prestes a começar. Uma nova era do gelo seria um desastre muito maior do que qualquer coisa que tememos que possa ser causada pelo aquecimento climático. Existem muitas teorias sobre as eras glaciais, mas nenhuma compreensão real. Enquanto não entendermos as eras do gelo, não entenderemos as mudanças climáticas.” [67]
Devido à complexidade das questões climáticas, é impossível realizar experimentos e verificar teorias sob condições controladas de laboratório. Os cientistas que fazem pesquisas em climatologia contam atualmente com modelos climáticos por meios computadorizados.
A principal evidência fornecida pelo relatório do IPCC para concluir que os seres humanos são a principal causa do aquecimento global vem das simulações da mudança climática. A especulação sobre o quanto a temperatura aumentará no final do século 21 também é o resultado dessas simulações. As consequências catastróficas previstas como resultado da mudança climática também são baseadas em especulações usando os modelos computadorizados.
Contudo, esses modelos têm as suas próprias limitações, e muitos cientistas têm reservas sobre sua confiabilidade. A professora Judith Curry acredita que fatores naturais não explicados na modelagem da mudança climática desempenham um papel importante. [68] Em um artigo publicado no Boletim da Sociedade Americana de Meteorologia, ela escreveu que o IPCC ignorou em grande parte a incerteza nos cálculos de modelo. [69]
Seja por falta de compreensão dos principais processos da mudança climática, seja por falta de equipamentos de informática mais avançados, alguns dos fatos não podem ser representados realisticamente em modelos climáticos. Os pesquisadores adotam a parametrização, que simplifica o modelo usando dados incompletos, para processos como a formação de nuvens (incluindo sua interação com o vapor d’água), os processos de precipitação, as interações entre as nuvens e a radiação solar, os processos químicos e físicos dos aerossóis (o líquido ou partículas sólidas pequenas na atmosfera) e coisas do tipo. [70] Tudo isso introduz um grau significativo de incerteza no modelo.
O vapor d’água é o gás de efeito estufa mais abundante e importante na atmosfera, mas como varia muito de acordo com o período e a localização, a incerteza correspondente também é grande. [71] Em diferentes altitudes, o efeito estufa do vapor d’água varia, e o erro de medição, por satélites, da distribuição vertical do vapor d’água pode ser entre 15% e 40%. [72]
As nuvens mais baixas têm um forte efeito sobre o resfriamento causado pela luz solar refletida, enquanto que as nuvens cirros semitransparentes, que ficam em altitudes elevadas, têm um efeito de aquecimento. Alguns aerossóis, como os aerossóis vulcânicos, bloqueiam a luz solar e induzem o resfriamento, enquanto outros, como as partículas de fuligem, absorvem a radiação e produzem aquecimento. Por sua vez, os aerossóis tendem a semear nuvens, causando resfriamento indireto. A distribuição espacial e geográfica de aerossóis e nuvens e as propriedades ópticas também variam muito em todo o planeta. Outros fatores também afetam as mudanças no albedo (refletividade solar da Terra), como o crescimento e a morte da vegetação terrestre.
Seja devido à falta de suficientes dados observáveis ou à insuficiente compreensão dos cientistas, esses processos importantes levam a um grande grau de liberdade (isto é, de arbitrariedade) na parametrização de modelos climáticos, o que aumenta enormemente a sua incerteza. Essas incertezas alimentam boa parte do ceticismo em torno da validade dos modelos. Por exemplo, os gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, conferem à Terra uma força radiativa direta de cerca de 2,5 watts por metro quadrado, [73] enquanto a Terra recebe cerca de 1366 watts [74] de energia solar radiante por metro quadrado. Os dois milésimos de albedo alterados pela incerteza na modelagem de nuvem ou atividade de aerossol são suficientes para exceder o alegado papel dos gases de efeito estufa.
Willie Soon, um cientista da Universidade de Harvard, e outros acreditam que os modelos climáticos não são adequados para especulações sobre futuras mudanças climáticas. [75] O físico de Princeton, Freeman Dyson, chamou a parametrização no modelo de um “fator de correção”, porque esses parâmetros podem ser ajustados artificialmente. Ele acha que podemos aprender com o modelo, mas não podemos usá-lo para fazer previsões: “Então, você tem uma fórmula. … Mas se você a usa para um clima diferente, em que há o dobro de dióxido de carbono, não há garantia de que a fórmula dará certo. Não há como testá-la.” [76] O Dr. Dyson também criticou o IPCC por ignorar em grande parte o papel do Sol no sistema climático. Ele acredita que o Sol, não o homem, é o principal determinante da mudança climática.
A partir de 2002, o cientista israelense Nir J. Shaviv escreveu uma série de artigos argumentando que, com base na correlação entre a extensão da cobertura de nuvens observada pelos satélites e a quantidade de radiação cósmica, as eras glaciais da Terra estavam relacionadas aos raios cósmicos. Ele concluiu que esses raios causaram as mudanças climáticas. Ele também afirmou que as mudanças na radiação solar desempenharam o mesmo papel (se não maior) que as atividades humanas no aumento da temperatura média global no século 20. Ele acredita que os gases de efeito estufa produzidos pelo homem desempenham um papel menor no aquecimento global do que geralmente se acredita. [77]
Existem mudanças internas no próprio clima que ainda não foram totalmente compreendidas e por isso desafiam a representação correta nos modelos climáticos digitais. Os atuais modelos climáticos não conseguem descrever o fenômeno El Niño corretamente e muito menos prevê-lo. [78] Desde as temperaturas mais altas ocorridas no Holoceno entre sete mil e nove mil anos atrás, a temperatura global caiu entre 0,5ºC e 1ºC, mas os cálculos do modelo mostram que ela aumentou entre 0,5 e 1ºC nos últimos 11 mil anos. O fato de o conteúdo de CO2 ter aumentado nos últimos seis mil a sete mil anos mostra que o modelo é sensível apenas aos efeitos de aquecimento dos gases de efeito estufa. [79] Em geral, entre os vários fatores que afetam as mudanças climáticas, os modelos podem refletir apenas os efeitos do aquecimento causado pelo gás de efeito estufa, enquanto o resfriamento causado por outros fatores não é refletido com precisão.
Além disso, o aumento observado na temperatura entre 1998 e 2013 foi quase estagnado. Hans von Storch, cientista alemão do clima e professor da Universidade de Hamburgo, disse em 2013: “Estamos enfrentando um quebra-cabeça. As recentes emissões de CO2 cresceram mais acentuadamente do que temíamos. Assim, de acordo com a maioria dos modelos climáticos, nós deveríamos ter observado aumentos nas temperaturas de cerca de 0,25ºC (0,45ºF) nos últimos 10 anos. Isso não aconteceu. Na verdade, o aumento nos últimos 15 anos foi de apenas 0,06ºC (0,11ºF), um valor muito próximo de zero.” Para Storch, isso significa que o modelo provavelmente superestimou o papel do dióxido de carbono ou subestimou o impacto das mudanças naturais sobre o clima. [80]
Os cientistas também analisam de modos diferentes os processos internos do sistema climático. O Dr. Richard Lindzen, membro da Academia Americana de Ciências e mencionado anteriormente, acredita que existe um mecanismo de autorregulação no sistema climático que diminui enormemente os efeitos de aquecimento dos gases de efeito estufa. No seu artigo de 2001, ele escreveu que, com base em observações, as nuvens cirros em altitudes elevadas nas regiões tropicais (que permitem a passagem da luz solar, mas bloqueiam os raios infravermelhos emitidos da superfície e têm efeito estufa) são inversamente correlacionadas à temperatura da superfície do mar, ou seja, quando a temperatura aumenta, a cobertura de nuvens diminui. Isso permite que a superfície da Terra dissipe o calor para o espaço exterior, livre da radiação infravermelha. Esse mecanismo de autorregulação é comparado à pupila do olho humano (que se ajusta de acordo com a exposição à luz) e compensa muito o efeito estufa. [81] A teoria de Lindzen ainda é tema de discussão.
O ex-cientista da NASA Roy Spencer, da Universidade do Alabama, fez uma síntese das observações de satélites e apresentou visões diferentes sobre o papel da cobertura de nuvens. Ele destacou que o modelo climático existente trata a formação e a dissipação de nuvens observadas como uma função das mudanças de temperatura, mas a situação real é exatamente o oposto. É a mudança no volume das nuvens que causa mudanças de temperatura, o que leva à conclusão de que o efeito do aquecimento dos gases de efeito estufa é muito menor do que o previsto pelo modelo climático existente. [82]
Os cientistas têm visões diferentes sobre como os dados meteorológicos observados são interpretados e sobre a confiabilidade dos dados. O Dr. John Christy, diretor do Centro de Pesquisas em Sistemas de Ciências da Terra da Universidade do Alabama, é um dos principais autores do IPCC. Ele analisou a perturbação dos reservatórios de gás da superfície terrestre urbana (camadas atmosféricas limites) perto do observatório meteorológico resultante da expansão urbana e do desenvolvimento da superfície terrestre (como atividades agrícolas). Acredita-se que o aumento da atividade humana tenha sido responsável pelo aumento da temperatura da superfície registrada.
Nos últimos cem anos de registros que mostram o aumento da temperatura da superfície terrestre, a temperatura noturna mais baixa aumenta mais rapidamente do que a temperatura diurna mais elevada. Christy acredita que a expansão da atividade humana no solo, em vez do aumento dos gases de efeito estufa, pode explicar esse fenômeno. [83]
Há também controvérsias entre os cientistas sobre os efeitos de um clima mais quente. Por exemplo, David Russel Legates, diretor do Centro de Estudos Climáticos da Universidade de Delaware, declarou em 2014 no Senado dos EUA: “Minha conclusão geral é que as secas nos Estados Unidos são mais frequentes e mais intensas nos períodos mais frios. Assim, o registro histórico não garante que o aquecimento global possa impactar negativamente as atividades agrícolas.” [84]
O Dr. William Happer, ex-vice-reitor da Universidade de Princeton, declarou no Senado americano que o atual nível de CO2 está em tendência de baixa histórica e que níveis mais elevados beneficiarão plantações e colheitas agrícolas, um fato ignorado pelo IPCC. O Dr. Happer foi o fundador do modelo climático quando chefiou o Escritório de Pesquisa Energética do Departamento de Energia nos anos de 1990. Ele acredita que o aumento da temperatura previsto pelos modelos climáticos existentes é muito maior do que o observado porque o modelo superestima a volatilidade do sistema climático. [85]
d. Por que os cientistas ambientais insistem nos cenários de catástrofe
Um importante cientista do IPCC disse certa vez o seguinte: “Se quisermos uma boa política ambiental no futuro, teremos que ter antes um desastre ambiental. É como segurança no transporte público; as pessoas só agem depois que um desastre acontece.” [86] Embora mais tarde ele tenha explicado que não estava defendendo práticas ilícitas, sua mensagem era clara: o desastre é o principal motivador da ação e da formulação de políticas.
Associar o aquecimento global a condições climáticas extremas tornou-se um método popular de exagerar a gravidade dos problemas climáticos. Hipóteses científicas que se alinham com essa tendência muito comum também têm sido frequentes. No início de 2014, a América do Norte passou por um inverno extremamente frio.
Uma teoria sobre as causas desse inverno rigoroso foi que o aquecimento global causou o derretimento do Polo Norte, que por sua vez alterou as correntes de ar. Como resultado, a massa de ar frio extremo do Polo Norte deslocou-se para o Sul, resultando num clima frio mais frequente em direção ao Sul. Essa hipótese contraintuitiva foi apoiada pela mídia e pelos ambientalistas: de acordo com eles, até mesmo o frio extremo é causado pelo aquecimento global. De fato, os registros meteorológicos de longo prazo mostram que as ocorrências de clima frio extremo na América do Norte têm diminuído, e não o contrário.
Em 2014, cinco importantes meteorologistas publicaram uma carta conjunta na revista Science para ilustrar esse fato. Eles afirmaram que no início dos anos de 1960, no final dos anos de 1970 (especialmente 1977) e 1983, quando a camada de gelo no Polo Norte era muito mais espessa e larga do que agora, houve muito mais frio do que em 2014. Nos últimos cinquenta a cem anos, o que é certo é que as ocorrências de clima extremamente frio diminuíram. [87]
John Wallace, professor de ciência atmosférica, fez a seguinte declaração: “Estabelecer uma ligação entre eventos climáticos extremos e mudanças climáticas não é tão fácil quanto parece. O poder da inferência estatística é limitado pelo tamanho da amostra. … Mesmo quando a relação é estatisticamente significativa, como no caso das ondas de calor, quanto mais extremo for o evento, menor será a contribuição relativa do aquecimento global para a anomalia observada. … As limitações impostas pelo tamanho da amostra não seriam uma questão tão séria se os mecanismos que associam eventos climáticos extremos à mudança climática fossem bem compreendidos, mas, infelizmente, eles não são.” [88]
Em novembro de 2017, Steve Koonin, ex-subsecretário de ciência do Departamento de Energia dos EUA, publicou um artigo no Wall Street Journal intitulado “Um novo relatório enganoso sobre o clima”. Ele criticou o Relatório Especial de Ciência do Clima dos EUA por reforçar a mentalidade de desastre com a sua deturpação do aumento do nível do mar. [89]
O Relatório Especial sobre Ciência do Clima afirmou que, desde 1993, o nível do mar vem aumentando a uma taxa duas vezes maior do que a registrada no restante do século 20. Porém, o relatório ignorou o fato de que a recente velocidade de crescimento foi comparável à do início do século 20, quando a atividade humana teve pouco impacto sobre o meio ambiente. Trata-se de engodo por omissão. O resumo executivo do relatório afirma que, desde meados da década de 1960, as ondas de calor nos Estados Unidos se tornaram mais frequentes. No entanto, dados inseridos no relatório mostraram que a frequência das ondas de calor atuais não era maior que a dos anos de 1900.
Táticas de intimidação semelhantes também foram detectadas no Relatório de Avaliação Nacional de Mudanças Climáticas de 2014 do governo dos EUA, que enfatizou o aumento da intensidade dos furacões após 1980, mas ignorou registros arquivados de longos períodos de tempo. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) declarou recentemente que não encontrou evidências de qualquer impacto da atividade humana sobre a intensidade dos furacões. [90]
De fato, as ondas de calor ocorreram com mais frequência na década de 1930, e não no século 21. O índice de ondas de calor da Agência de Proteção Ambiental dos EUA mostra que quatro anos da década de 1930 tiveram um índice anual de ondas de calor de 0,45, enquanto o ano mais quente do século 21 até agora teve um índice de cerca de 0,3. [91] Emissões de gases de efeito estufa na década de 1930 representaram apenas 10% da observadas no século 21. [92]
O professor Mike Hulme, diretor do Centro Tyndall de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas do Reino Unido, disse: “Nos últimos anos, foi construído um novo fenômeno ambiental neste país, o fenômeno da ‘mudança climática catastrófica’. Aparentemente, a mera ‘mudança climática’ não foi suficiente; agora deve ser ‘catastrófica’ para merecer atenção. … Por que não são apenas os ativistas, mas também os políticos e os cientistas, que estão misturando abertamente a linguagem do medo, do terror e do desastre com a realidade física observável da mudança climática, ignorando deliberadamente o cuidado que deve cercar as previsões da ciência?” [93]
O falecido Stephen H. Schneider foi um defensor do “consenso” sobre a teoria do clima e o principal coordenador do Grupo de Trabalho II do Terceiro Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Ao abordar as preocupações de Hulme, ele admitiu: “Precisamos obter um amplo apoio para atrair a atenção do público. Para isso, claro, é preciso obter ampla cobertura da mídia. Então, temos que apresentar cenários assustadores, fazer declarações simplistas e dramáticas, e reduzir as menções a quaisquer dúvidas que possamos ter.” Ele acreditava que os cientistas deveriam escolher entre “serem efetivos e serem honestos”, embora tenha afirmado que desejava ser ambas as coisas. [94]
A crise climática foi muito exagerada. Por trás disso estão as forças sinistras que pretendem não apenas preparar o caminho para um governo global, mas também destruir a ética da pesquisa na comunidade científica. A climatologia é um tema novo, com apenas algumas décadas de história. No entanto, as hipóteses que cercam o aquecimento global foram prematuramente tomadas como fatos. A mídia tem mantido o aquecimento global nas manchetes para encobrir as imprecisões da ciência subjacente. Os governos despejam recursos na pesquisa da hipótese do aquecimento global, ao mesmo tempo em que marginalizam outras descobertas. No processo de estabelecer o “consenso” e reforçá-lo, expõem-se a natureza de luta e ódio do comunismo.
Enquanto os cientistas constroem o “consenso”, a mídia e os políticos rotulam o “consenso” sobre a mudança climática catastrófica como “cientificamente comprovado” e o propagam mundialmente como uma doutrina irrefutável. As reflexões sobre o assunto foram amplamente unificadas e acabaram plantando noções distorcidas sobre o bem e o mal nas mentes das pessoas.
A já mencionada vista grossa em relação aos crimes de ecoterrorismo cometidos pelo Greenpeace na Grã-Bretanha foi baseada exatamente no suposto consenso de que os gases de efeito estufa estão causando uma catástrofe climática. A multiplicidade de regulamentações e políticas baseadas nessa doutrina é capaz de lançar o mundo no caos. Destruir o velho mundo por qualquer que seja o meio é uma estratégia básica do comunismo. Essas medidas destinam-se a pavimentar o caminho para uma falsa solução, um governo global, para uma crise fabricada com o propósito ostensivo de salvar a Terra e a humanidade.
3. Ambientalismo: outra forma de comunismo
Nas últimas décadas, com as forças comunistas batendo em retirada, e com a exposição dos problemas políticos e econômicos dos regimes comunistas, o comunismo valeu-se do ambientalismo para promover sua agenda.
a. Infiltração política: construindo um governo mundial
Um importante método usado pelo comunismo para estabelecer o controle é usar o governo para privar as pessoas de suas propriedades e liberdade e para expandir infinitamente o poder do Estado. É muito difícil colocar esse método em prática no mundo ocidental democrático. O ambientalismo, no entanto, oferece ao comunismo uma arma mágica. As pessoas são privadas dos seus direitos em nome da “proteção ambiental”.
Primeiro, as ideologias ambientalistas são usadas para redistribuir a riqueza. Tradicionalmente, os Estados comunistas realocam a riqueza por meio da revolução. Ao longo dos anos, no entanto, essa abordagem tornou-se cada vez mais difícil. Por isso, os ambientalistas adotaram estratégias indiretas, forçando as pessoas a abandonarem discretamente a sua liberdade e propriedade em nome da prevenção da tragédia ambiental. O grupo Amigos da Terra afirma: “Uma resposta às mudanças climáticas deve ter no seu cerne uma redistribuição de riqueza e recursos.” [95] Mayer Hillman, um dos principais pensadores ecológicos, disse que “o racionamento é a única maneira de impedir a mudança climática descontrolada”. E “[o racionamento de carbono] tem de ser imposto às pessoas, quer elas gostem ou não”, porque “a democracia é uma meta menos importante do que proteger o planeta da morte de tudo o que nele vive”. [96]
Na “batalha” contra as mudanças climáticas, a Grã-Bretanha foi o primeiro país a propagar o conceito de cupons individuais de créditos de carbono. Um cientista britânico considerou isso como “a introdução de uma segunda moeda, com todos tendo a mesma mesada – redistribuição de riqueza por meio da obrigação de comprar créditos de carbono de alguém menos abastado”. [97]
Quem viveu na União Soviética ou na China comunista pode facilmente entender esse tipo de racionamento de carbono como outro método para construir um sistema totalitário. Na China, cupons de comida já foram usados para comprar itens essenciais, como óleo de cozinha, cereais e tecidos. Por meio do racionamento de alimentos, a riqueza foi, por um lado, redistribuída; por outro lado, o governo central assumiu o controle supremo sobre a riqueza e a liberdade.
As ideologias ambientalistas também são usadas para reduzir a liberdade individual. Nos países do Ocidente, que se orgulham de possuir uma tradição de liberdade pessoal, é extremamente difícil que as pessoas desistam automaticamente dos seus direitos e aceitem limitações na vida privada. Para forçar as pessoas a abrirem mão da sua liberdade e direitos, uma catástrofe ambiental imaginária tornou-se um meio conveniente. “Aquecimento global” e “últimos dias na Terra” se tornaram os melhores slogans dos ambientalistas. O grupo Carbon Sense Coalition, sediado na Austrália, ofereceu a seguinte compilação de propostas para forçar as pessoas a modificarem o seu comportamento em nome da solução do problema do aquecimento global:
- Proibir lâmpadas incandescentes
- Proibir o uso de água engarrafada
- Proibir carros particulares em algumas áreas
- Proibir TVs de plasma
- Proibir novos aeroportos
- Proibir ampliações de aeroportos existentes
- Proibir o modo standby em aparelhos
- Proibir a geração de energia por carvão
- Proibir sistemas elétricos de água quente
- Proibir o uso de carros para fins de férias
- Proibir fins de semana de três dias
- Cobrar impostos sobre bebês
- Cobrar impostos sobre carros grandes
- Cobrar impostos sobre áreas de estacionamento de supermercados
- Cobrar impostos sobre o lixo
- Cobrar impostos sobre a aquisição de uma segunda residência
- Cobrar impostos sobre a compra de um segundo carro
- Cobrar impostos sobre voos de avião durante os feriados
- Cobrar impostos sobre eletricidade para subsidiar a energia solar
- Cobrar impostos sobre exposições de carros grandes
- Cobrar impostos ecológicos sobre carros que entram nas cidades
- Exigir licenças especiais para conduzir o carro além dos limites da cidade
- Limitar as escolhas de aparelhos eletrodomésticos
- Emitir créditos de carbono para todas as pessoas
- Impor padrões sobre eficiência de combustível
- Investigar como a produção de metano pelos alces da Noruega pode ser reduzida
- Remover as linhas brancas nas estradas para forçar os motoristas a dirigirem de modo mais cauteloso [98]
Em terceiro lugar, o ambientalismo pode e é usado para expandir o tamanho e a autoridade do governo já hipertrofiado. Vários países ocidentais não só têm enormes agências de proteção ambiental, mas também usam o meio ambiente como uma desculpa para estabelecer novas agências governamentais e expandir a autoridade das agências existentes. Todas as agências têm a tendência burocrática de autopreservação e expansão, e os órgãos ambientais não são exceção. Eles abusam do poder em suas mãos para espalhar a lenda da catástrofe ambiental para a população em geral, a fim de obter mais financiamento e garantir seus cargos dentro da estrutura do governo. Por fim, quem paga a conta são os contribuintes.
A cidade de San Francisco criou o cargo de “chefe do clima da cidade”, com um salário anual de 160 mil dólares. No bairro mais pobre de Londres (Tower Hamlets) há 58 funcionários públicos em cargos relacionados às mudanças climáticas. [99] A lógica é a mesma das universidades e empresas terem cargos obrigatórios de funcionários da “diversidade”.
O ambientalismo pode ser usado para sugerir que a democracia está ultrapassada e forçar o estabelecimento de um governo totalitário multinacional ou mesmo global. Ambientalistas afirmam que a democracia não pode lidar com a crise ambiental que se aproxima. Em vez disso, para superar os desafios futuros, precisamos adotar formas de governo totalitárias ou autoritárias, ou pelo menos alguns aspectos disso. [100]
A autora Janet Biehl resumiu bem esse tipo de mentalidade dizendo que “é necessária uma ‘ecoditadura’”, [101] pelo motivo óbvio de que nenhuma sociedade livre faria a si mesma o que a agenda verde exige.
Paul Ehrlich, um dos fundadores do ambientalismo, escreveu no livro “Como ser um sobrevivente: um plano para salvar a espaçonave Terra”: “1. O controle populacional deve ser introduzido tanto nos países superdesenvolvidos quanto nos países subdesenvolvidos; 2. Os países superdesenvolvidos devem ser de-desenvolvidos; 3. Os países subdesenvolvidos devem ser semidesenvolvidos; 4. Devem ser estabelecidos procedimentos para monitorar e regular o sistema mundial em um esforço contínuo para manter um equilíbrio ótimo entre a população, os recursos e o meio ambiente.” [102]
Na prática, exceto no caso de um governo totalitário global, nenhum governo ou organização poderia acumular tanta autoridade. De fato, isso equivale a usar o ambientalismo para defender um governo totalitário global.
Em última análise, o programa ambientalista sugere que o sistema comunista é superior e glorifica o totalitarismo comunista. Considerando que o crescimento da população resulta em um maior consumo de recursos, mais emissões de carbono e mais resíduos, os ambientalistas defendem o controle populacional ou até mesmo a redução da população. Isso levou muitos ambientalistas ocidentais a promoverem o controle populacional como implementado pelo Partido Comunista Chinês (PCC).
De acordo com uma matéria da Reuters, graças à política do filho único, o regime do Partido Comunista Chinês conseguiu limitar a população chinesa a 1,3 bilhão. Sem essa política, a população chinesa teria atingido 1,6 bilhão. O autor da matéria observou que a política do PCC teve o efeito colateral de contribuir para a redução das emissões globais de carbono. Porém, o relatório ignorou a supressão das centenas de milhões de jovens vidas e o grande sofrimento das famílias afetadas.
Um dos principais problemas do meio ambiente é a poluição, incluindo a do ar e da água. O modelo econômico do Partido Comunista Chinês consome uma enorme quantidade de energia, tornando a China o maior poluidor do mundo, com a pior poluição do ar nas cidades grandes e uma severa poluição da água. A maior parte dos rios da China não possui mais água potável. Tempestades de poeira da China sopram pelo mar em direção à Coreia do Sul e Japão, chegando a cruzar o Oceano Pacífico e atingir a costa oeste americana.
Ambientalistas genuínos deveriam, logicamente, ter a China comunista como o principal alvo das suas críticas. Porém, curiosamente, muitos deles elogiam o Partido Comunista Chinês, e até mesmo o consideram a esperança de uma proteção ambiental. O site de notícias do Partido Comunista dos EUA, People’s World, fez numerosas reportagens sobre notícias ambientais. O tema principal das suas reportagens é a afirmação de que as políticas ambientais do governo Trump irão destruir o país e até mesmo o mundo, ao passo que o PCC seria a forca da salvação. [103]
Václav Klaus, o ex-presidente da República Tcheca e economista, escreveu no livro “Blue Planet in Green Shackles: What Is Endangered: Climate or Freedom?” (O planeta azul em grilhões verdes: o que está em perigo: o clima ou a liberdade?): “O ambientalismo é um movimento que pretende mudar radicalmente o mundo, independentemente das consequências (como o custo de vidas humanas e enormes restrições à liberdade individual). Ele pretende mudar a humanidade, o comportamento humano, a estrutura da sociedade, o sistema de valores – simplesmente tudo!” [104]
Klaus acredita que a atitude dos ambientalistas em relação à natureza é análoga à abordagem marxista da economia: “O objetivo em ambos os casos é substituir a evolução livre e espontânea do mundo (e da humanidade) pelos supostos ideais, centrais ou – usando expressões do mundo de hoje – um planejamento global do desenvolvimento mundial. Assim como no caso do comunismo, essa abordagem é utópica e levaria a resultados completamente diferentes dos pretendidos. Assim como outras utopias, esta nunca poderá se materializar, e os esforços para que isso se concretize só podem ser realizados por meio de restrições à liberdade, e por meio dos ditames de uma pequena minoria elitista sobre a esmagadora maioria.” [105]
“Essa ideologia supostamente defende a Terra e a natureza, e por meio dos slogans usados para divulgar sua proteção – da mesma forma que os antigos marxistas – quer substituir a evolução livre e espontânea da humanidade por uma espécie de planejamento central (agora global) de todo o mundo.” [106]
Por essas razões, Klaus se opõe fortemente às tentativas de uso da causa da proteção ambiental para a construção de um governo nacional ou global para subjugar a população em geral.
b. Culpando o capitalismo
Um dos objetivos do comunismo é acabar com o capitalismo. O ambientalismo trata o capitalismo como o inimigo natural do meio ambiente, por isso compartilha um inimigo comum com o comunismo. Após sofrer reveses nos movimentos dos trabalhadores nos países ocidentais desenvolvidos, o comunismo mudou de atitude e se apropriou da causa ambientalista. O ativismo normal em prol da proteção ambiental transformou-se em um ativismo destinado a derrotar o capitalismo.
Inicialmente, a doutrina comunista descrevia uma utopia, “um paraíso na Terra”, a fim de incitar as pessoas pobres a se revoltarem e derrubarem o sistema social existente. Sob a fachada do ambientalismo, o comunismo adotou uma abordagem semelhante, mas a visão que ele descreve e utiliza é exatamente o oposto: no lugar da utopia maravilhosa dos trabalhadores é descrita uma distopia assustadora, a visão de um “inferno na Terra”. De acordo com esse cenário, daqui a cem anos, a própria sobrevivência da humanidade estará em risco devido ao aquecimento global, a deslizamentos de terra, tsunamis, secas, inundações e ondas de calor.
Os alvos desse movimento não são os pobres, mas sim os ricos, que devem abandonar seus estilos de vida atuais. Porém, é necessária a intervenção do governo para forçar as pessoas a desistirem de suas vidas de conforto e comodismo. Para isso, um governo obviamente não é suficiente. Então, é preciso uma ONU fortalecida ou algum outro tipo de governo global. Se o movimento for incapaz de decolar, a visão de uma iminente crise ecológica poderá ser ampliada, aumentando o pânico e o medo necessários para influenciar a população e os governos a aceitarem a implementação forçada das políticas ambientais e, ao fazê-lo, alcançar o objetivo de destruir o capitalismo e impor o comunismo.
Segundo as doutrinas originais do comunismo, depois de adquirir o poder, o primeiro passo é despojar o opulento da sua riqueza com o suposto propósito de redistribuí-la aos pobres. Na realidade, os pobres continuarão pobres e toda a riqueza acabará nas mãos de uma elite corrupta que detém o poder. O segundo passo implica o estabelecimento de uma economia controlada pelo Estado e a abolição da propriedade privada, mas isso destrói a economia nacional e impõe a todos uma vida de dificuldades e privações.
Examinemos os objetivos do ambientalismo. Primeiramente, ele pede que os países ricos ofereçam ajuda aos países mais pobres, isto é, que redistribuam a riqueza em escala global. Na realidade, os países pobres continuarão pobres, pois o dinheiro destinado ao desenvolvimento geralmente acaba nas mãos dos funcionários corruptos desses países.
Em segundo lugar, o ambientalismo defende a hipertrofia do governo bem como a substituição de mecanismos de mercado pelo controle sobre a econômia, usando todo tipo de políticas ambientais draconianas para impedir o funcionamento normal do capitalismo, forçando as empresas a fecharem ou se transferirem para o exterior, acentuando assim o assolamento da economia do país. Por meio desses métodos focados no mercado, o movimento ambientalista procura incapacitar o capitalismo. Nesse sentido, o ambientalismo compartilha uma semelhança distintiva com as doutrinas do comunismo clássico. Para dizer claramente, o ambientalismo é apenas o comunismo com outro nome e pode causar grandes estragos ao mundo.
O foco do ambientalismo é espalhar o medo de desastres futuros e manter a população e os governos reféns desse medo. No entanto, dentre os que promovem ativamente este pânico do dia do juízo final, muitos vivem estilos de vida luxuosos, gastando muita energia e produzindo grandes emissões de carbono. Obviamente, eles não acreditam que o desastre seja iminente.
Para promover um estado mental de pânico, valendo-se especialmente do “inimigo comum” do “aquecimento global” a fim de unir forças diferentes em oposição ao capitalismo, os ambientalistas precisaram enfatizar e exagerar a natureza da suposta crise.
O modo mais simples de conseguir isso é incutindo um medo generalizado quanto ao uso das fontes mais baratas de energia, isto é, os combustíveis fósseis – carvão, petróleo e gás natural – e também a energia nuclear. Os ambientalistas conseguiram assustar as pessoas com o medo da energia nuclear décadas atrás, e agora estão tentando fazer com que elas tenham medo de usar combustíveis fósseis, alegando que causarão um aquecimento global catastrófico.
Regulamentações ambientais draconianas tornaram-se ferramentas importantes de combate ao capitalismo, especialmente às economias capitalistas, e tornaram-se conhecidas como destruidoras de empregos. Programas de estímulo verde, programas de energia limpa, novos regulamentos para usinas elétricas, regulamentos mais rígidos sobre veículos, o Acordo de Paris, e assim por diante, todos são promovidos em nome de prevenir o aquecimento global.
Na realidade, porém, a ciência do clima não concluiu que o aquecimento global é causado pela atividade humana, ou que o aquecimento global definitivamente levará ao desastre. Se as causas naturais estão por trás da mudança climática, todas essas políticas governamentais servem apenas para impedir o desenvolvimento econômico, ao mesmo tempo em que não trazem nenhum benefício para a humanidade.
Sob a influência do ambientalismo, as pessoas elevam cegamente os padrões de regulamentação das emissões de veículos e proíbem várias substâncias e produtos químicos sem nenhuma base científica. Isso implica, naturalmente, custos mais altos de fabricação e menos lucros, seguidos por um aumento do desemprego e da terceirização para os países em desenvolvimento, onde os custos de produção são mais baixos. Mesmo os defensores da proteção ambiental têm que admitir que a meta de aumentar a eficiência do combustível de todos os carros para 54,5 milhas por galão até 2025 reduziria a magnitude do aquecimento global em 0,02ºC até 2100. [107] Isso seria insignificante para a redução do aquecimento global. Várias restrições de eficácia duvidosa custaram os empregos de milhões de trabalhadores e representaram um duro golpe para as indústrias manufatureiras, os institutos de pesquisa, a inovação energética e a competitividade internacional nos países ocidentais.
As áreas e indústrias originadas da necessidade de proteção ambiental são basicamente impulsionadas por subsídios do governo; elas não são regidas pela demanda do mercado. Produzir em massa certos itens antes de pesquisas sérias é algo absurdo. Esses empreendimentos “verdes” dificilmente conseguem manter seus negócios à tona, muito menos estimular o mercado de trabalho. Com a globalização, muitas empresas se mudam para o exterior, causando prejuízos nos seus países de origem.
Os proponentes da proteção ambiental promovem entusiasticamente a energia verde, a expansão da geração de energia solar e eólica. Infelizmente a poluição relacionada à geração de energia verde é subestimada ou simplesmente ocultada. No processo de produção de painéis solares, é criado um subproduto altamente tóxico e mortal, o tetracloreto de silício. Uma matéria do Washington Post cita Ren Bingyan, um professor da Faculdade de Ciências de Materiais da Universidade Industrial de Hebei: “O solo onde você o despeja ou enterra se tornará infértil. Nem grama, nem árvores crescerão no local. … É como dinamite, é venenoso e poluente. Os seres humanos nunca poderão tocá-lo.” [108]
A produção de painéis solares consome uma enorme quantidade de energia convencional, incluindo carvão e petróleo. É justo dizer que a energia verde nesses casos não está deixando a Terra ficar verde, mas sim poluída.
Segundo o Acordo de Paris, até 2025, os países desenvolvidos terão de disponibilizar 100 bilhões de dólares por ano para ajudar os países em desenvolvimento a melhorarem a sua estrutura energética e tecnologia industrial. Os EUA, isoladamente, precisarão desembolsar 75% do financiamento total entre os mais de cem países signatários. Ao mesmo tempo, até o ano de 2025, os EUA serão obrigados a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa entre 26% e 28% menos que os níveis de 2005. Isso significa que todos os anos, os EUA deverão cortar 1,6 bilhão de toneladas de emissões.
Quanto à China, país que superou os Estados Unidos como maior poluidor do mundo, o Acordo de Paris permitiu que ela atinja um pico nas emissões de dióxido de carbono até 2030. [109]
Em um comunicado sobre o Acordo Climático de Paris, o presidente Trump disse: “O cumprimento dos termos do Acordo de Paris e as onerosas restrições de energia que ele impõe aos EUA podem custar ao país a perda de 2,7 milhões de empregos até 2025, segundo a firma de consultoria econômica NERA.”
“Segundo esse mesmo estudo, até 2040, o cumprimento dos compromissos assumidos pelo governo anterior reduziria a produção para os seguintes setores: papel, queda de 12%; cimento, redução de 23%; ferro e aço, 38%; carvão… redução de 86%; gás natural, 31%. O custo para a economia neste momento seria de aproximadamente 3 trilhões de dólares em redução do PIB e 6,5 milhões em empregos no setor industrial, ao passo que as famílias teriam a sua renda diminuída em 7 mil dólares, e em muitos casos, uma situação muito pior do que essa.” [110]
Com a ascensão do movimento ambientalista, os países comunistas ganharam uma folga na sua luta contra o Ocidente. Regulamentos e acordos irracionais sufocam as indústrias, as economias e a tecnologia nos países capitalistas ocidentais. Isso prejudicou os papéis de polícia mundial e de bastião do Ocidente na luta contra o comunismo desempenhados pelos EUA.
Não negamos a necessidade de proteção ao meio ambiente. No entanto, o objetivo da proteção ambiental deve ser o de servir à humanidade, que é a forma mais elevada de vida. A necessidade de proteger o meio ambiente deve ser compatibilizada com as necessidades da humanidade. A proteção ambiental como um fim em si mesmo é desmedida e acarreta sacrifícios à humanidade, além de ser facilmente cooptada pelo comunismo. O ambientalismo de hoje não se preocupa com o equilíbrio ou harmonia e se tornou uma ideologia extremista. Sem dúvida, muitos ambientalistas são bem-intencionados. Porém, na sua tentativa de mobilizar e concentrar os recursos do Estado em prol da sua causa, eles estão se alinhando com o comunismo.
c. Supressão de vozes dissidentes pela mídia
Em junho de 2008, o programa Good Morning America (GMA) da ABC exibiu um episódio especial sobre um futuro imaginário com previsões a respeito do impacto do aquecimento global sobre a Terra e a humanidade durante o próximo século. No programa, um “especialista” afirmou que, em 2015, o nível do mar subiria rapidamente, fazendo com que Nova York fosse inundada pelo mar. Um entrevistado disse que, a essa altura, haveria “um incêndio espalhando-se por centenas de quilômetros”, um galão de leite custaria 12,90 dólares e um galão de gasolina, 9 dólares. Os pontos de vista apresentados no programa foram tão exagerados que os apresentadores questionaram se tudo isso era realmente possível.
Na verdade, essa não é a questão principal que a mídia deveria considerar. O ambientalismo usa a “conscientização sobre a crise” para atrair a atenção da população, mas a conscientização sobre a crise e a incerteza são dois conceitos diferentes. Como podem as coisas ainda não confirmadas pela ciência justificarem uma sensação de crise? Portanto, o ambientalismo usa a bandeira da proteção do futuro da humanidade para reprimir vozes diferentes e chegar a um consenso público sob o pretexto de obter um consenso científico.
O economista dinamarquês Bjørn Lomborg escreveu no seu livro “The Skeptical Environmentalist: Measuring the Real State of the World” (O ambientalista cético: verificando a situação real do mundo) que o aquecimento climático foi causado pela atividade humana. No entanto, ele acreditava que a adaptabilidade humana e o avanço tecnológico evitariam a ocorrência de desastres. Como isso não estava de acordo com o dogma ambientalista das mudanças climáticas provocadas pelo homem, Lomborg foi criticado por profissionais de várias áreas.
O presidente do Painel de Mudanças Climáticas da ONU comparou Lomborg a Hitler. O Comitê Dinamarquês sobre Desonestidade Científica anunciou, após uma investigação, que Lomborg havia cometido “desonestidade científica” (mas investigações posteriores do governo provaram que Lomborg era inocente). Seus oponentes tentaram usar a decisão do Comitê de Desonestidade Científica para revogar sua posição como diretor do Instituto Dinamarquês de Avaliação Ambiental. Na estação de trem, ninguém queria ficar na mesma plataforma que Lomborg. Um ambientalista jogou uma torta nele. [111]
No seu livro “The Great Global Warming Blunder: How Mother Nature Fooled the World’s Top Climate Scientists” (O grande erro do aquecimento global: como a mãe natureza enganou os principais cientistas climáticos do mundo), o Dr. Roy Spencer, um climatologista e ex-especialista em satélites da NASA, listou 14 técnicas de propaganda usadas por ambientalistas, incluindo pânico, apelo à autoridade, mentalidade de manada, garantias de vitória, ataques pessoais, sensacionalismo e propagação de boatos. [112]
Em 2006, o jornalista britânico Brendan O’Neill escreveu “A Climate of Censorship” (Um clima de censura), um artigo que descreve a supressão de opiniões e uma retórica de ridicularização contra pessoas de muitos países, caso elas ousem duvidar da teoria das mudanças climáticas. [113] Um diplomata britânico, por exemplo, disse em um discurso público que aqueles que duvidam das mudanças climáticas devem ser tratados pela mídia da mesma forma que os terroristas, e que não lhes deve ser oferecida uma plataforma para se expressarem.
O’Neill explica que os céticos sobre a teoria das mudanças climáticas têm sido rotulados de “negadores”. Isso inclui vários grupos de pessoas, desde aqueles que reconhecem a existência do aquecimento climático, mas acham que somos capazes de lidar com isso, até aqueles que negam terminantemente que o aquecimento global seja um fenômeno científico. O poder desse rótulo é considerável. Charles Jones, professor de inglês aposentado da Universidade de Edimburgo, disse que o rótulo de “negador” tem por objetivo colocar os céticos no mesmo nível de depravação moral que os negadores do Holocausto. De acordo com O’Neill, algumas pessoas até alegam que os céticos da teoria das mudanças climáticas são cúmplices de um futuro holocausto ecológico e poderão enfrentar julgamentos como o de Nuremberg no futuro.
Um renomado escritor ambientalista fez a seguinte declaração: “Devemos realizar julgamentos de crimes de guerra com os gits (os céticos sobre a teoria do aquecimento) -, como se fosse uma versão climática do julgamento de Nuremberg.” Um autor comentou: “Eu só ouvi esse tipo de condenação de pensamento ou discurso em países autoritários. … Demonizar um grupo de pessoas e descrever seu discurso como tóxico e perigoso está apenas a um passo da adoção de níveis mais rigorosos de censura.” [114] Essa análise está correta. Restringir o direito de pensar é uma das maneiras pelas quais o comunismo afasta as pessoas de um conceito de bem e mal baseado em valores universais.
Um professor de astronomia de Harvard publicou um artigo em que aborda o papel do Sol nas mudanças climáticas com base em registros históricos de temperaturas no passado da Terra. Por causa disso, ele desafou o dogma de que os seres humanos são os culpados pelas mudanças climáticas. Um site ambientalista disse que o referido professor tinha feito quase o mesmo que perpetrar “assassinatos em massa” e que os outros dissidentes eram “criminosos”. [115]
Há tantos exemplos como esses que é impossível quantificá-los. Um alto funcionário de uma grande organização ambientalista advertiu que a mídia deveria pensar duas vezes antes de veicular os pontos de vista dos céticos quanto às mudanças climáticas porque “permitir que essa informação errônea se espalhe causaria danos”. [116]
O ministro do exterior britânico disse em um discurso que, da mesma forma como terroristas não podem aparecer na mídia, os céticos do aquecimento global não devem ter o direito de divulgar suas ideias. [117] Colunistas da Austrália estão cogitando processar os negadores das mudanças climáticas sob acusações de “crimes contra a humanidade”. Em uma cúpula da qual participaram importantes políticos da Austrália, incluindo o primeiro-ministro, foi apresentada uma proposta para privar os infratores da sua cidadania. Propôs-se, entre outras coisas, reexaminar os cidadãos australianos e conceder novamente a cidadania apenas para aqueles que demonstrassem ser “amigáveis em relação ao meio ambiente e ao clima”. [118]
Alguns tentaram até mesmo usar a legislação para eliminar as vozes dos oponentes da hipótese do aquecimento climático. Em 2015, vinte acadêmicos enviaram uma carta ao presidente dos EUA e ao procurador-geral solicitando que a Lei sobre Organizações Corruptas e Influenciadas pela Extorsão (RICO, na sigla em inglês) fosse usada para investigar empresas e organizações com visões fora do padrão sobre as mudanças climáticas. Isso equivale a tentar usar a lei para inibir a liberdade de expressão. [119]
Em 2016, os procuradores-gerais de vários estados americanos formaram uma coalizão para investigar se os setores tradicionais de energia forneciam aos investidores e à população informações falsas sobre “o impacto da mudança climática” e, em caso afirmativo, processá-los. Conforme foi apurado pela Heritage Foundation, essas alegações e investigações com relação àqueles que detêm opiniões diferentes violam a Primeira Emenda da Constituição dos EUA e restringem o debate sobre importantes políticas públicas. [120]
d. Grupos “civis” manipulados para promover a revolução nas ruas
Os movimentos de massa são uma das estratégias do comunismo para disseminar sua influência entre as nações e no mundo. Muitas organizações ambientalistas mobilizam um grande número de pessoas para promover campanhas de proteção ambiental. Eles fizeram lobby e cooptaram instituições governamentais e organizações da ONU para formularem e imporem regulamentações e acordos implausíveis. Eles também criaram incidentes violentos para silenciar a população em geral.
Como afirmou um expoente do esquerdismo radical, Saul Alinsky, é necessário esconder os verdadeiros propósitos de um movimento e mobilizar as pessoas em grande escala para apoiar objetivos locais, temporários, plausíveis ou benignos. Quando as pessoas se acostumam com essas formas relativamente moderadas de ativismo, é relativamente fácil fazê-las atuar em favor de objetivos mais radicais. “Lembre-se: tão logo você organize as pessoas em torno de algo comumente aceito como é o combate à poluição, então um povo organizado estará em movimento. A partir daí, basta um pequeno e natural passo até a poluição política, a poluição do Pentágono”, disse Alinsky. [121]
No primeiro Dia Mundial da Terra, em 1970, mais de 20 milhões de americanos participaram de protestos de rua com o tema do Dia da Terra. O controle populacional foi o método escolhido para lidar com a degradação ambiental. Naquela época, muitas organizações de esquerda nos Estados Unidos decidiram ir até onde as pessoas estavam. Elas participaram do movimento ambientalista e defenderam o socialismo como um meio de limitar o crescimento populacional.
Vários grupos de esquerda usam o ambientalismo como uma embalagem ideológica para promover ações de rua que pregam a revolução. Por exemplo, se os Estados Unidos têm um “movimento climático do povo”, você pode inferir que é um produto de partidos comunistas. As organizações envolvidas são o Partido Comunista dos EUA, o Socialismo em Ação, o Partido Comunista Revolucionário Maoísta, a Sociedade Ecológica, os Trabalhadores Socialistas, o Socialismo Alternativo, o Socialismo Democrático Americano, o Socialismo Livre, dentre outros. Eles organizaram o People’s Climate Rally e a People’s Climate Parade. Alguns slogans dessas manifestações foram “Reforma institucional, não à mudança climática”, “O capitalismo está matando os Estados Unidos”, “O capitalismo está destruindo o meio ambiente”, “O capitalismo está destruindo o planeta” e “Lutando por um futuro socialista”. 122]
Esses grupos, que formaram um mar de bandeiras vermelhas, marcharam em muitas grandes cidades dos Estados Unidos, incluindo a capital de Washington, D.C. [123] Com mais e mais elementos comunistas e socialistas juntando-se ao e fortalecendo o ambientalismo, a “paz verde” fez uma transição completa para revolução vermelha.
e. Uma nova religião de anti-humanismo
Além de se apropriar do ambientalismo para usá-lo como um movimento político, as influências comunistas o transformaram em um culto anti-humanista.
Michael Crichton, autor de “Jurassic Park”, disse certa vez que o ambientalismo é atualmente uma das religiões mais poderosas no mundo ocidental. Ele acredita que o ambientalismo possui as características típicas de uma religião: “Há um Éden original, um paraíso, um estado de graça e unidade com a natureza, depois esse estado de graça há uma queda para um estado de poluição causado pelo fato de o ser humano se alimentar dos frutos da árvore do conhecimento do bem e do mal, e como resultado de nossas ações, todos teremos de enfrentar um julgamento final. Somos todos pecadores da energia, condenados a morrer, a menos que busquemos a salvação, que agora é chamada de sustentabilidade. Sustentabilidade é a salvação na igreja do meio ambiente.” [124]
Crichton acredita que todos os credos do ambientalismo são uma questão de fé. “Trata-se de saber se você será pecador ou será salvo. Se estará do lado da salvação, ou do lado da desgraça. Se você vai ser um de nós, ou um deles.” [125]
Essa visão foi reconhecida por vários estudiosos. William Cronon, um influente historiador ambiental dos Estados Unidos, acredita que o ambientalismo é uma nova religião porque propõe um conjunto complexo de requisitos éticos para julgar o comportamento humano. [126]
O prestigiado cientista e mecanicista quântico Freeman Dyson, citado anteriormente, disse em um artigo de 2008 na New York Book Review que “a religião secular mundial” do ambientalismo “substituiu o socialismo como a principal religião secular”. Essa religião sustenta que “despejar no planeta os resíduos da nossa vida luxuosa é um pecado, e que o caminho da justiça é viver da forma mais frugal possível”. A ética dessa nova religião, elaborada por ele, está sendo ensinada a crianças em pré-escolas, escolas e universidades no mundo inteiro. [127]
Muitos ambientalistas quiseram expressar sua opinião sobre esse assunto. Rajendra Pachauri, ex-chefe do IPCC que renunciou após um escândalo de assédio sexual, disse na sua carta de demissão que o ambientalismo é a sua religião. [128]
À medida que o ambientalismo se torna mais ideológico e religioso por natureza, ele também se torna mais intolerante com os diferentes pontos de vista. O ex-presidente tcheco Klaus acredita que o movimento ambientalista é agora mais motivado pela ideologia do que pela ciência. É uma quaserreligião destinada a destruir a sociedade existente. Essa nova religião, assim como o comunismo, descreve uma maravilhosa imagem utópica, isto é, o uso da sabedoria humana para planejar o ambiente natural e resgatar o mundo. Essa “salvação” é baseada na oposição à civilização existente. Por exemplo, o presidente do Conselho Consultivo da Universidade das Nações Unidas para a Paz e arquiteto do Protocolo de Kyoto comentou: “A única esperança para o planeta não é que as civilizações industrializadas entrem em colapso?” [129]
Klaus resumiu assim a sua visão: “Se levarmos a sério o raciocínio dos ambientalistas, descobriremos que a ideologia deles é anti-humana.” Ele concordou com o biólogo Ivan Brezina que o ambientalismo não é uma resposta racional e científica à crise ecológica, resumindo-se a uma negação geral da civilização. [130]
O ambientalismo fomenta o ódio, atacando pessoas de opiniões diferentes, tudo em nome da proteção do meio ambiente. Há um evidente anti-humanismo radical nesse ódio e nesse extremismo. O crítico político canadense Mark Steyn disse que, para os ambientalistas, “Nós somos a poluição, e a esterilização é a solução. A melhor maneira de legar um ambiente mais sustentável aos nossos filhos é não ter nenhum [filho].” Ele cita o exemplo de Toni Vernelli, uma britânica que fez um aborto e foi esterilizada porque acreditava que ter filhos é ruim para o meio ambiente. [131]
De acordo com esse pensamento, o ser humano é o principal responsável pela destruição da natureza. Ele estabelece que o meio ambiente natural é uma prioridade suprema, muito além da posição sagrada dos seres humanos, controlando a fertilidade humana e privando as pessoas do seu direito à existência. Essa visão não é diferente do comunismo e é anti-humana no seu cerne. Essa nova religião substitui a crença tradicional de que o homem é o dono da Terra. Essa combinação de religiosidade, totalitarismo, unidade coercitiva de ideias e revolução anticapitalista não é capaz de garantir a proteção da natureza pelos seres humanos. Ao contrário, ela destruirá a civilização atual, as liberdades e a ordem existentes, e promoverá pânico e caos sem precedentes, levando a humanidade para um caminho errado. Este é o verdadeiro desígnio das influências comunistas por trás do ambientalismo.
Conclusão: para escapar da crise ambiental, respeite o Divino e restabeleça a tradição
Deus criou a humanidade e a bela e próspera Terra. Este é um ambiente no qual os seres humanos vivem e se multiplicam. As pessoas têm o direito de usar os recursos da natureza e, ao mesmo tempo, têm a obrigação de preservar os recursos naturais e cuidar do meio ambiente. Por milhares de anos, os seres humanos deram ouvidos aos avisos deixados pelos deuses nos tempos antigos e viveram em harmonia com a natureza.
Os problemas ambientais detectados nestes novos tempos são, em última instância, o resultado da deterioração do coração humano. Essa decadência moral foi ainda mais amplificada pelo poder da ciência e da tecnologia. O ambiente natural poluído é apenas uma manifestação externa da poluição moral interna da humanidade. Para purificar o ambiente, é preciso começar pela purificação do coração.
A ascensão da consciência ambiental decorre do instinto humano de autopreservação. Embora isso seja natural e compreensível, também se tornou uma brecha para ser explorada pelo espectro comunista. O comunismo se mobilizou para criar pânico em grande escala, defender um conjunto distorcido de valores, privar as pessoas da sua liberdade, hipertrofiar o governo e até mesmo impor um governo mundial. Adotar essa forma alternativa de comunismo para salvar o meio ambiente pode levar à escravidão da humanidade e contribuir para a sua destruição.
Um programa político compulsório não é a resposta para os problemas ambientais que enfrentamos, nem a confiança na tecnologia moderna é uma saída. Para resolver a crise, precisamos ter uma compreensão mais profunda do universo e da natureza, bem como da relação entre o ser humano e a natureza, enquanto se preserva a moralidade. A humanidade precisa restaurar suas tradições, cultivar a moralidade e voltar a trilhar o caminho estabelecido pelos deuses. Se as pessoas fizerem isso, serão naturalmente agraciadas com a sabedoria e a bênção divinas. A bela natureza será inteiramente recuperada, e o brilho e a prosperidade do Céu e da Terra acompanharão o ser humano para sempre.
Referências bibliográficas:
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[2] Confucius, The Universal Order or Conduct of Life, a Confucian Catechism, “Being a Translation of One of the Four Confucian Books, Hitherto Known as the Doctrine of the Mean” (The Shanghai Mercury, Limited, 1906), p. 68. https://bit.ly/2T74Dsb
[3] Lost Book of Zhou. Da Jujie 《逸周書大聚解》, https://ctext.org/lost-book-of-zhou/da-ju/zh [em chinês]
[4] The Classic of Rights. Zhai Yi.《禮記祭儀》, https://ctext.org/text.pl?node=61379&if=gb&show=parallel [em chinês]
[5] Rupert Darwall, The Age of Global Warming: A History (London: Quartet Books Limited, 2013), Capítulo 1.
[6] Wes Vernon, “The Marxist Roots of the Global Warming Scare”, Renew America, 16 de junho de 2008, https://web.archive.org/web/20100724052619/http://www.renewamerica.com:80/columns/vernon/080616
[7] Frederick Engels, “Notes and Fragments”, in Dialectics of Nature (1883) [acessado em 28 de dezembro de 2018], https://www.marxists.org/archive/marx/works/1883/don/ch07g.htm
[8] Brian Sussman, Eco-Tyranny: How the Left’s Green Agenda Will Dismantle America (Washington, D.C.: WND Books, 2012), pp. 8–9.
[9] Ibid., p. 10.
[10] Ibid., p. 11.
[11] Ibid., pp. 14–15.
[12] Ibid., p. 11.
[13] Grace Baumgarten, Cannot Be Silenced (WestBow Press, 2016), http://j.mp/2HgHJ0q
[14] Wes Vernon, “The Marxist Roots of the Global Warming Scare”, Renew America, 16 de junho de 2008, https://web.archive.org/web/20100724052619/http://www.renewamerica.com:80/columns/vernon/080616
[15] Sussman, Eco-Tyranny, p. 35.
[16] Vernon, “The Marxist Roots”.
[17] Lewis S. Feuer, “The Friendship of Edwin Ray Lankester and Karl Marx: The Last Episode in Marx’s Intellectual Evolution”, Journal of the History of Ideas, Vol. 40, No. 4, pp. 633–648.
[18] John Bellamy Foster, “Marx’s Ecology in Historical Perspective”, International Socialism Journal 96, inverno de 2002, http://pubs.socialistreviewindex.org.uk/isj96/foster.htm
[19] James O’Connor, “Capitalism, Nature, Socialism: A Theoretical Introduction”, Capitalism, Nature, Socialism, Vol. 1, No. 1, 1988, pp. 11–38, http://www.vedegylet.hu/okopolitika/O%27Connor%20-%20Capitalism,%20Nature,%20Socialim.pdf
[20] Joel Kovel & Michael Löwy, The First Ecosocialist Manifesto, setembro de 2001, http://green.left.sweb.cz/frame/Manifesto.html
[21] Joel Kovel, The Enemy of Nature: The End of Capitalism or the End of the World? (London: Zed Books, 2002), https://www.greanvillepost.com/special/Kovel,%20Enemy%20of%20Nature%20(2007).pdf
[22] Kevin Andrews, “The Ideological Drive Behind the Greens”, ABC News, 11 de novembro de 2010, http://www.abc.net.au/news/2010-11-12/the_ideological_drive_behind_the_greens/41010
[23] Mikhail Gorbachev, “We Have a Real Emergency”, The New York Times, 9 de dezembro de 2009, http://www.nytimes.com/2009/12/10/opinion/10iht-edgorbachev.html; “What Role for the G-20?” The New York Times, 27 de abril de 2009, http://www.nytimes.com/2009/04/28/opinion/28iht-edgorbachev.html
[24] “Jack Mundey”, Sydney’s Aldermen, http://www.sydneyaldermen.com.au/alderman/jack-mundey/
[25] Noel Moand, “A Spark That Ignited a Flame: The Evolution of the Earth Liberation Front”, in Igniting a Revolution: Voices in Defense of the Earth, eds. Steven Best & Anthony J. Nocella, II (Oakland, Calif.: AK Press, 2006), p. 47, https://libcom.org/files/Best%20S%20and%20Nocella,%20III%20(Eds.)%20-%20Igniting%20a%20Revolution%20-%20Voices%20in%20Defense%20of%20the%20Earth.pdf
[26] Leslie Spencer, Jan Bollwerk & Richard C. Morais, “The Not So Peaceful World of Greenpeace”, Forbes, novembro de 1991, https://www.heartland.org/_template-assets/documents/publications/the_not_so_peaceful_world_of_greenpeace.pdf
[27] Ted Thornhill, “Humans Are NOT to Blame for Global Warming, Says Greenpeace Co-founder, as He Insists There Is ‘No Scientific Proof’ Climate Change Is Manmade”, Daily Mail, 27 de fevereiro de 2014, http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2569215/Humans-not-blame-global-warming-says-Greenpeace-founder-Patrick-Moore.html
[28] Patrick Moore, “Why I Left Greenpeace”, The Wall Street Journal, 22 de abril de 2008, https://www.wsj.com/articles/SB120882720657033391
[29] John Vidal, “Not Guilty: The Greenpeace Activists Who Used Climate Change as a Legal Defence”, The Guardian, 10 de setembro de 2008, https://www.theguardian.com/environment/2008/sep/11/activists.kingsnorthclimatecamp
[30] Richard Lindzen, “The Climate Science Isn’t Settled”, The Wall Street Journal, 30 de novembro de 2009, https://www.wsj.com/articles/SB10001424052748703939404574567423917025400
[31] Steven E. Koonin, “Climate Science Is Not Settled”, The Wall Street Journal, 19 de setembro de 2014, https://www.wsj.com/articles/climate-science-is-not-settled-1411143565
[32] Steven Koonin, “A ‘Red Team’ Exercise Would Strengthen Climate Science”, The Wall Street Journal, 20 de abril de 2017, https://www.wsj.com/articles/a-red-team-exercise-would-strengthen-climate-science-1492728579
[33] “NASA Administrator Not Sure Global Warming a Problem”, Space Daily, 30 de maio de 2007, http://www.spacedaily.com/reports/NASA_Administrator_Michael_Griffin_Not_Sure_Global_Warming_A_Problem_999.html
[34] Alicia Chang, “NASA Chief Regrets Remarks on Global Warming”, NBC News, 5 de junho de 2007, http://www.nbcnews.com/id/19058588/ns/us_news-environment/t/nasa-chief-regrets-remarks-global-warming/
[35] Rebecca Wright, Sandra Johnson & Steven J. Dick, eds., NASA at 50: Interviews with NASA’s Senior Leadership (Washington, D.C.: National Aeronautics and Space Administration, 2009), p. 18, https://www.nasa.gov/pdf/716218main_nasa_at_50-ebook.pdf
[36] “Lennart Bengtsson Resigns: GWPF Voices Shock and Concern at the Extent of Intolerance Within the Climate Science Community”, The Global Warming Policy Foundation, 5 de maio de 2014, http://www.thegwpf.org/lennart-bengtsson-resigns-gwpf-voices-shock-and-concern-at-the-extent-of-intolerance-within-the-climate-science-community/
[37] Judith A. Curry & P.J. Webster, “Climate Change: No Consensus on Consensus”, CAB Reviews, Vol. 8, No. 001, 2013, pp. 1–9, https://curryja.files.wordpress.com/2012/10/consensus-paper-revised-final.doc
[38] Judith A. Curry, “Statement to the Committee on Science, Space and Technology of the United States House of Representatives”, Hearing on Climate Science: Assumptions, Policy Implications and the Scientific Method, 29 de março de 2017, https://docs.house.gov/meetings/SY/SY00/20170329/105796/HHRG-115-SY00-Wstate-CurryJ-20170329.pdf
[39] Ibid.
[40] Frederick Seitz, “Major Deception on Global Warming”, The Wall Street Journal, 12 de junho de 1996, https://www.wsj.com/articles/SB834512411338954000
[41] Ibid.
[42] Larry Bell, “The New York Times’ Global Warming Hysteria Ignores 17 Years of Flat Global Temperatures”, Forbes, 21 de agosto de 2013, https://www.forbes.com/sites/larrybell/2013/08/21/the-new-york-times-global-warming-hysteria-ignores-17-years-of-flat-global-temperatures/
[43] Christopher C. Horner, Red Hot Lies: How Global Warming Alarmists Use Threats, Fraud, and Deception to Keep You Misinformed (New York: Simon and Schuster, 2008), p. 319, http://lust-for-life.org/Lust-For-Life/_Textual/ChristopherCHorner_RedHotLies-HowGlobalWaemingAlarmistsUseThreatsFraudAndDeceutToKeepYouMisinformed_2008_416pp/ChristopherCHorner_RedHotLies-HowGlobalWaemingAlarmistsUseThreatsFraudAndDeceutToKeepYouMisinformed_2008_416pp.pdf; citação atribuída a Brendan O’Neill, “Apocalypse My Arse”, Spiked Online, 9 de março de 2007, https://www.spiked-online.com/2007/03/09/apocalypse-my-arse/ [acessado em 19 de janeiro de 2019].
[44] Paul Reiter, “Malaria in the Debate on Climate Change and Mosquito-Borne Disease”, Hearing Before the Subcommittee on Global Climate Change and Impacts of the Committee on Commerce, Science, and Transportation, United States Senate, 25 de abril de 2006, https://www.commerce.senate.gov/pdf/reiter-042606.pdf
[45] Ibid.
[46] Ibid.
[47] Zoë Corbyn, “Global Warming Wilts Malaria”, Nature, 21 de dezembro de 2011, https://www.nature.com/news/global-warming-wilts-malaria-1.9695
[48] James Tylor, “Climate Scientist Quits IPCC, Blasts Politicized ‘Preconceived Agendas’”, The Heartland Institute, 1º de abril de 2005, https://www.heartland.org/news-opinion/news/climate-scientist-quits-ipcc-blasts-politicized-preconceived-agendas?source=policybot
[49] Horner, Red Hot Lies, p. 108; David Deming, “Statement to the U.S. Senate Committee on Environment and Public Works”, Full Committee Hearing on Climate Change and the Media, 6 de dezembro de 2006, http://y2u.be/u1rj00BoItw
[50] Horner, Red Hot Lies, p. 329.
[51] Jonathan Leake, “Wildlife Groups Axe Bellamy as Global Warming ‘Heretic’”, Times Online, 15 de maio de 2005, https://web.archive.org/web/20080906161240/http://www.timesonline.co.uk/tol/news/uk/article522744.ece
[52] Christopher C. Horner, Red Hot Lies, pp. 110–111.
[53] Ibid.
[54] Patrick J. Michaels & Robert C. Balling Jr., Climate of Extremes: Global Warming Science They Don’t Want You to Know (Washington, D.C.: Cato Institute, 2009), pp. x–xiii.
[55] Horner, Red Hot Lies, p. 73.
[56] “Climate Skeptics Reveal ‘Horror Stories’ of Scientific Suppression”, U.S. Senate Committee on Environment and Public Works Press Releases, 6 de março de 2008, https://www.epw.senate.gov/public/index.cfm/press-releases-all?ID=865dbe39-802a-23ad-4949-ee9098538277
[57] Judith A. Curry, “Statement to the Subcommittee on Space, Science and Competitiveness of the United States Senate”, Hearing on “Data or Dogma? Promoting Open Inquiry in the Debate over the Magnitude of Human Impact on Climate Change”, 8 de dezembro de 2015, https://curryja.files.wordpress.com/2015/12/curry-senate-testimony-2015.pdf
[58] Ibid.
[59] Ibid.
[60] Scott Waldman, “Judith Curry Retires, Citing ‘Craziness’ of Climate Science”, E&E News, 4 de janeiro de 2017, https://www.eenews.net/stories/1060047798
[61] Rich Lowry, “A Shameful Climate Witch Hunt”, National Review Online, 27 de fevereiro de 2015, https://www.nationalreview.com/2015/02/shameful-climate-witch-hunt-rich-lowry/
[62] Waldman, “Judith Curry Retires, Citing ‘Craziness’ of Climate Science”, E&E News.
[63] “U. S. Senate Minority Report: More Than 650 International Scientists Dissent Over Man-Made Global Warming Claims. Scientists Continue to Debunk ‘Consensus’ in 2008”, U.S. Senate Environment and Public Works Committee Minority Staff Report (Inhofe), 11 de dezembro de 2008, https://www.epw.senate.gov/public/_cache/files/8/3/83947f5d-d84a-4a84-ad5d-6e2d71db52d9/01AFD79733D77F24A71FEF9DAFCCB056.senateminorityreport2.pdf
[64] Zhu Kezhen, Preliminary Research on Climate Change Throughout Five Thousand Years of Chinese History (Kaoguxuebao, 1ª edição, 1972), pp. 168–189. [em chinês]
[65] Martin Durkin, The Great Global Warming Swindle (documentário), Channel 4 (U.K.), 8 de março de 2007, http://y2u.be/oYhCQv5tNsQ
[66] Takuro Kobashi et al., “4 ± 1.5° C Abrupt Warming 11,270 Years Ago Identified From Trapped Air in Greenland Ice”, Earth and Planetary Science Letters, Vol. 268, 2008, pp. 397–407, http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.393.474&rep=rep1&type=pdf
[67] Freeman Dyson, “Misunderstandings, Questionable Beliefs Mar Paris Climate Talks”, The Boston Globe, 3 de dezembro de 2015, https://www.bostonglobe.com/opinion/2015/12/03/freeman-dyson-misunderstandings-questionable-beliefs-mar-paris-climate-talks/vG3oBrbmcZlv2m22DTNjMP/story.html
[68] Scott Waldman, “Judith Curry Retires, Citing ‘Craziness’ of Climate Science”, E&E News, 4 de janeiro de 2017, https://www.eenews.net/stories/1060047798
[69] J.A. Curry & P.J. Webster, “Climate Science and the Uncertainty Monster”, Bulletin of American Meteorology Society, Vol. 92, No. 12, pp. 1667–1682, https://www.google.com/url?q=https://www.ipcc.ch/report/sixth-assessment-report-working-group-i/&sa=D&ust=1548963679247000&usg=AFQjCNFxEYxHXT-38XQNgcrWpv6Tj2b_fg
[70] IPCC, “Working Group I: The Physical Science Basis”, IPCC Fourth Assessment Report: Climate Change 2007, https://www.ipcc.ch/publications_and_data/ar4/wg1/en/ch8s8-2-1-3.html
[71] Ibid.
[72] Mark W. Shephard et al., “Comparison of Tropospheric Emission Spectrometer Nadir Water Vapor Retrievals with in situ measurements”, Journal of Geophysical Research, Vol. 113, No. D15S24, doi:10.1029/2007JD008822, https://tesweb.jpl.nasa.gov/uploadedfiles/2007JD008822.pdf
[73] “Climate Change”, APS Physics, American Physical Society [web page], https://www.aps.org/policy/reports/popa-reports/energy/climate.cfm
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[75] Willie Soon et al., “Modeling Climatic Effects of Anthropogenic Carbon Dioxide Emissions: Unknowns and Uncertainties”, Climate Research, Vol. 18, 2001, pp. 259–275, https://www.cfa.harvard.edu/~wsoon/myownPapers-d/CRpaperACTUALNov01.pdf
[76] Michael Lemonick, “Freeman Dyson Takes on the Climate Establishment”, Yale Environment 360, 4 de junho de 2009, https://e360.yale.edu/features/freeman_dyson_takes_on_the_climate_establishment
[77] Nir J. Shaviv, “Celestial Driver of Phanerozoic Climate?” Geological Society of America Today, Vol. 13, No. 7, pp. 4–10, julho de 2003, https://www.geosociety.org/gsatoday/archive/13/7/pdf/i1052-5173-13-7-4.pdf
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[81] Richard S. Lindzen et al., “Does the Earth Have an Adaptive Infrared Iris?” Bulletin of the American Meteorological Society, Vol. 82, 2001, pp. 417–432, https://doi.org/10.1175/1520-0477(2001)082%3C0417:DTEHAA%3E2.3.CO;2
[82] Roy Spencer & William D. Braswell, “Potential Biases in Feedback Diagnosis from Observational Data: A Simple Model Demonstration”, Journal of Climate, Vol. 21, No. 21, 1º de novembro de 2008, pp. 5624–5628, http://www.ask-force.org/web/Global-Warming/Spencer-Potential-Biases-Feedback-Diagnosis-2008.pdf
[83] John R. Christy, Written Report to Senate Commerce, Science and Transportation Committee, 14 de novembro de 2007, https://www.nsstc.uah.edu/users/john.christy/christy/ChristyJR_CST_071114_written.pdf
[84] David Russell Legates, “Statement to the Environment and Public Works Committee of the United States Senate”, U.S. Senate, 3 de julho de 2014, https://www.epw.senate.gov/public/_cache/files/a/a/aa8f25be-f093-47b1-bb26-1eb4c4a23de2/01AFD79733D77F24A71FEF9DAFCCB056.6314witnesstestimonylegates.pdf
[85] William Happer, “Data or Dogma? Promoting Open Inquiry in the Debate Over the Magnitude of Human Impact on Earth’s Climate”, Hearing of the U.S. Senate Subcommittee on Space, Science and Competitiveness (U.S. Senate Committee on Commerce, Science and Transportation), 8 de dezembro de 2015, https://www.commerce.senate.gov/public/_cache/files/c8c53b68-253b-4234-a7cb-e4355a6edfa2/FA9830F15064FED0A5B28BA737D9985D.dr.-william-happer-testimony.pdf
[86] Sir John Houghton, “Moral Outlook: Earthquake, Wind and Fire”, Sunday Telegraph, 9 de outubro de 1995.
[87] Jason Samenow, “Scientists: Don’t Make ‘Extreme Cold’ Centerpiece of Global Warming Argument”, The Washington Post, 20 de fevereiro de 2014, https://www.washingtonpost.com/news/capital-weather-gang/wp/2014/02/20/scientists-dont-make-extreme-cold-centerpiece-of-global-warming-discussions/
[88] John Michael Wallace, “The Misplaced Emphasis on Extreme Weather in Environmental Threat Communication”, The Washington Post, 14 de março de 2014, https://www.washingtonpost.com/news/capital-weather-gang/wp/2014/03/14/the-misplaced-emphasis-on-extreme-weather-in-environmental-threat-communication/
[89] Steven E. Koonin, “A Deceptive New Report on Climate”, The Wall Street Journal, 2 de novembro de 2017, https://www.wsj.com/articles/a-deceptive-new-report-on-climate-1509660882
[90] Ibid.
[91] “Climate Change Indicators: High and Low Temperatures”, United States Environmental Protection Agency, https://www.epa.gov/climate-indicators/climate-change-indicators-high-and-low-temperatures
[92] Judith A. Curry, “Statement to the Subcommittee on Space, Science and Competitiveness of the United States Senate”, Hearing on “Data or Dogma? Promoting Open Inquiry in the Debate Over the Magnitude of Human Impact on Climate Change”, 8 de dezembro de 2015, https://curryja.files.wordpress.com/2015/12/curry-senate-testimony-2015.pdf
[93] Mike Hulme, “Chaotic World of Climate Truth”, BBC News, 4 de novembro de 2006, http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/6115644.stm
[94] Roy W. Spencer, Climate Confusion: How Global Warming Leads to Bad Science, Pandering Politicians and Misguided Policies that Hurt the Poor (New York: Encounter Books, 2008), Capítulo 5.
[95] Christopher C. Horner, Red Hot Lies: How Global Warming Alarmists Use Threats, Fraud, and Deception to Keep You Misinformed (Washington. D.C.: Regnery Publishing, 2008), p. 214.
[96] Horner, Red Hot Lies, p. 215.
[97] Horner, Red Hot Lies, p. 211.
[98] Horner, Red Hot Lies, pp. 212–213.
[99] Horner, Red Hot Lies, p. 227.
[100] David Shearman & Joseph Wayne Smith, The Climate Change Challenge and the Failure of Democracy (Westport, Conn.: Praeger, 2007).
[101] Horner, Red Hot Lies, pp. 219–220.
[102] Paul Ehrlich, citado em Václav Klaus, Blue Planet in Green Shackles: What Is Endangered: Climate or Freedom? (Washington, D.C.: Competitive Enterprise Institute, 2008), p. 14.
[103] John Bachtell, “China Builds an ‘Ecological Civilization’ While the World Burns”, People’s World, 21 de agosto de 2018, https://www.peoplesworld.org/article/china-builds-an-ecological-civilization-while-the-world-burns/
[104] Klaus, Blue Planet in Green Shackles, p. 4.
[105] Klaus, Blue Planet in Green Shackles, pp. 7–8.
[106] Klaus, Blue Planet in Green Shackles, p. 100.
[107] John Fund, “Rollback Obama’s CAFE Power Grab, Give Car Consumers Freedom”, National Review, 23 de maio de 2018, https://www.nationalreview.com/corner/fuel-standards-cafe-epa-rolls-back/
[108] Ariana Eunjung Cha, “Solar Energy Firms Leave Waste Behind in China”, The Washington Post, 9 de março de 2008, http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2008/03/08/AR2008030802595.html?referrer=emailarticle&noredirect=on
[109] The Paris Agreement on Climate Change, Natural Resources Defense Council (NRDC), dezembro de 2015, IB: 15-11-Y, https://www.nrdc.org/sites/default/files/paris-climate-agreement-IB.pdf
[110] Donald J. Trump, “Statement by President Trump on the Paris Climate Accord”, The White House, 1º de junho de 2017, https://www.whitehouse.gov/briefings-statements/statement-president-trump-paris-climate-accord/
[111] Horner, Red Hot Lies, p. 117.
[112] Roy W. Spencer, The Great Global Warming Blunder: How Mother Nature Fooled the World’s Top Climate Scientists (New York: Encounter Books, 2010), p. 31.
[113] Brendan O’Neill, “A Climate of Censorship”, The Guardian, 22 de novembro de 2006, https://www.theguardian.com/commentisfree/2006/nov/22/aclimateofcensorship
[114] O’Neill, “A Climate of Censorship”.
[115] Ibid.
[116] O’Neill, “A Climate of Censorship”.
[117] Ibid.
[118] Horner, Red Hot Lies, p. 107.
[119] Hans von Spakovsky & Nicolas Loris, “The Climate Change Inquisition: An Abuse of Power that Offends the First Amendment and Threatens Informed Debate”, The Heritage Foundation, 24 de outubro de 2016, https://www.heritage.org/report/the-climate-change-inquisition-abuse-power-offends-the-first-amendment-and-threatens
[120] Ibid.
[121] Saul Alinsky, “Tactics”, in Rules for Radicals: A Practical Primer for Realistic Radicals (New York: Vintage Books, 1971), https://chisineu.files.wordpress.com/2014/02/saul-alinsky-rules-for-radicals-1989.pdf
[122] “Climate Movement Drops Mask, Admits Communist Agenda”, PJ Media, 23 de setembro de 2014, https://pjmedia.com/zombie/2014/9/23/climate-movement-drops-mask-admits-communist-agenda/
[123] “People’s Climate March: Thousands Rally to Denounce Trump’s Environmental Agenda”, The Guardian, 29 de abril de 2017, https://www.theguardian.com/us-news/2017/apr/30/peoples-climate-march-thousands-rally-to-denounce-trumps-environmental-agenda
[124] Michael Crichton, “Crichton: Environmentalism Is a Religion”, Hawaii Free Press, 22 de abril de 2018, http://www.hawaiifreepress.com/ArticlesMain/tabid/56/ID/2818/Crichton-Environmentalism-is-a-religion.aspx
[125] Ibid.
[126] Robert H. Nelson, “New Religion of Environmentalism”, Independent Institute, 22 de abril de 2010, http://www.independent.org/news/article.asp?id=5081
[127] Joel Garreau, “Environmentalism as Religion”, The New Atlantis, verão de 2010, https://www.thenewatlantis.com/docLib/20100914_TNA28Garreau.pdf
[128] Damian Carrington, “IPCC Chair Rajendra Pachauri Resigns”, The Guardian, 24 de fevereiro de 2015, https://www.theguardian.com/environment/2015/feb/24/ipcc-chair-rajendra-pachauri-resigns
[129] Michael Whitcraft, “A Lot of Hot Air: A Review of Václav Klaus’ Recent Book: Blue Planet in Green Shackles”, Free Republic, 13 de junho de 2008, http://www.freerepublic.com/focus/f-news/2030948/posts
[130] Ibid.
[131] Horner, Red Hot Lies, p. 228.
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