(Minghui.org) As mortes de 25 praticantes do Falun Gong devido à perseguição pelo regime comunista chinês foram relatadas em abril de 2023.

Seis das mortes ocorreram entre 2003 e 2020, outras seis em 2022 e as 13 restantes em 2023. Devido à censura estrita de informações na China, as mortes nem sempre podem ser relatadas em tempo hábil, nem todas as informações estão prontamente disponíveis.

Os 25 praticantes, incluindo 16 mulheres, eram provenientes de 11 províncias. Hubei relatou cinco casos, seguidos por quatro casos, em Hebei e Liaoning. Heilongjiang ficou em quarto, com três casos. Hunan e Jilin tiveram dois casos. As cinco províncias restantes, incluindo Jiangsu, Jiangxi, Mongólia Interior, Shandong e Sichuan, tinham um caso cada.

Exceto três praticantes cujas idades eram desconhecidas, os outros praticantes tinham entre 51 e 92 anos quando morreram, incluindo quatro na faixa dos 50 anos, cinco na faixa dos 60 anos, dez na faixa dos 70, dois na faixa dos 80 anos e um na faixa dos 90 anos.

Três praticantes morreram enquanto ainda estavam sob custódia, incluindo um homem de 72 anos e uma mulher de 53 anos, ambos estavam cumprindo um mandato de sete anos de prisão. Uma mulher de 64 anos perdeu a vida seis dias depois de ser presa. Outra mulher de 80 anos morreu alguns dias depois de ser libertada da prisão, quando estava sob liberdade condicional médica.

A perseguição também causou agonia e tristeza indescritíveis às famílias dos praticantes falecidos. Uma menina de seis anos, que perdeu a mãe no ano passado, se tornou órfã depois que seu pai morreu em abril de 2023. A morte de uma mulher de 73 anos foi precedida pela morte de sua filha e de seu marido. Dois casais também estavam entre os praticantes cuja morte foi confirmada em abril de 2023.

A seguir estão vários casos de morte selecionados. A lista completa dos 25 praticantes cujas mortes foram relatadas pode ser obtida  aqui (PDF).

Mortes sob custódia

Mulher de Wuhan morre seis dias após a prisão por praticar o Falun Gong

Hu Yongxiu, uma moradora de 64 anos da cidade de Wuhan, província de Hubei, foi presa fora de um hospital em 30 de março de 2023, enquanto conversava com as pessoas sobre a perseguição ao Falun Gong. Sua família confirmou em 5 de abril que ela morreu naquele dia. Sua estadia em casa era vigiada de perto pela polícia. Devido à censura estrita de informações, os detalhes sobre sua morte não estão disponíveis.

Família suspeita de crime em relação à morte súbita de senhor de 72 anos na Prisão de Jidong (fotos no artigo vinculado)

A família da Sra. Wang Jian ficou devastada quando um guarda na Prisão de Jidong, na província de Hebei, pediu em 3 de abril de 2023 para dizer a eles que o Sr. Wang, que estava cumprindo um mandato de sete anos por praticar o Falun Gong, havia morrido repentinamente.

Porque o Sr. Wang, da cidade de Tangshan, província de Hebei, ainda tinha boa saúde quando fez um exame físico em 2 de março de 2023, e também parecia estar bem e de bom humor quando sua família o visitou em 19 de março, a família suspeita de crime a respeito de sua morte, especialmente dado que a prisão reteve informações sobre sua condição em seus últimos dias.

Segundo a família do Sr. Wang, um guarda da prisão telefonou a eles às 11h58 da manhã de 3 de abril, dizendo que o Sr. Wang havia entrado em coma. O guarda ligou novamente às 12h14 e disse a eles que o Sr. Wang havia sido levado por uma ambulância. Quando chegaram ao Hospital da Área de Desenvolvimento de Nanbao às 13h05, o Sr. Wang já havia sido declarado morto. Sua cabeça estava inclinada, e seus olhos e boca estavam ligeiramente abertos.

Quando a família perguntou ao médico do pronto-socorro o que causou sua morte, ele disse que não tinha certeza e que era impossível para ele determinar ou especular sobre a morte súbita. O guarda disse que foi com a ambulância para a prisão para pegar o Sr. Wang. Ele enfatizou que as pupilas do Sra. Wang estavam dilatadas e seu coração parou de bater quando chegaram à prisão.

Às 18h50, um examinador forense chegou. Ele relatou que havia grandes áreas de hematomas profundos em torno dos ouvidos e nas costas do Sr. Wang, bem como algumas contusões nas costas da mão direita. Havia uma marca circular no peito e alguns arranhões nas costas. Quando o médico legista virou seu corpo, um fluido saiu da orelha esquerda dele.

A prisão alegou que o Sr. Wang morreu repentinamente de uma doença, mas sem especificar que doença era. Eles pediram à família que fornecesse provas de baixa renda, pois pretendiam oferecer a eles um subsídio financeiro entre 8.000 e 10.000 yuans.

Para a família, as contusões na cabeça e nas costas do Sr. Wang pareciam incomuns e não causadas por uma doença normal. Eles perguntaram se foram causados por tortura ou outros maus-tratos que a prisão estava tentando esconder.

Nos vídeos de vigilância fornecidos pela prisão, depois que o Sr. Wang desmaiou por volta do meio-dia, as marcas eram devido aos presos tentarem ressuscitar o Sr. Wang na prisão. Nenhum deles usava casacos brancos a princípio, mas depois os colocaram em algum momento. Pareceu à família que os presos não seguiram procedimentos médicos e eram muito descuidados.

O vídeo também mostrou que era uma médica e uma enfermeira que vieram pegar o Sr. Wang na prisão. Porém, quando a família foi ao hospital, um médico veio conversar com eles e disse que era ele o médico que foi à prisão na ambulância para pegar o Sr. Wang.

Mulher de 53 anos morre na prisão enquanto cumpre sete anos

A Sra. Teng Shuli morreu em 10 de janeiro de 2023, enquanto cumpriu um mandato de sete anos por praticar o Falun Gong. Ela tinha 53 anos.

A Sra. Teng foi presa em 12 de outubro de 2020 e sentenciada a sete anos com uma multa de 80.000 yuans em 2 de junho de 2021. Depois que ela foi levada para a Prisão para Mulheres da Província de Heilongjiang em 2021, ela foi forçada a assistir a vídeos de propaganda demonizando o Falun Gong diariamente. Ela também foi privada de sono e forçada a sentar se em um pequeno banquinho por horas prolongadas sem se mover.

O tormento mental e físico afetou a saúde da Sra. Teng. Ela comia muito pouco e ficou emaciada. Ela também desenvolveu um tumor no abdômen, o que causou sangramento grave enquanto defecava.

A Sra. Teng estava tão fraca que vivia acamada. Ela não conseguia se levantar, mesmo quando os guardas vinham inspecionar a cela. Seus colegas de cela temiam que ela morresse a qualquer momento. Mais tarde, ela teve câncer de fígado e retal em estágio avançado.

O marido da Sra. Teng foi impedido de visitá-la, apesar de seus pedidos repetidos. A prisão também negou seu pedido de libertá-la sob liberdade condicional, mesmo quando ela estava à beira da morte.

Tragédias familiares

Menina de seis anos de idade fica órfã devido à perseguição ao Falun Gong

Tendo perdido a mãe em julho de 2022, Lili (pseudônimo), uma menina de seis anos, se tornou órfã quando seu pai também morreu em abril de 2023.

Mesmo antes de nascer, o sofrimento de Lili já havia começado no ventre de sua mãe. Sem saber que estava grávida, a Sra. Zhu Xiumin realizou uma greve de fome de cinco meses para protestar contra a detenção e a tortura arbitrária dela por praticar o Falun Gong. Foi um milagre que sua gravidez perdurou ao longo de suas provações e ela deu à luz à sua bebê Lili em 8 de dezembro de 2017.

Apenas seis dias após o aniversário dela, o pai de Lili, o Sr. Wang Yudong, foi condenado a três anos por causa de sua fé no Falun Gong. Zhu lutou para cuidar de Lili sozinha enquanto esquivava-se do assédio policial.

Quando o Sr. Wang foi libertado em março de 2020, ele lutou por conta da sua limitada mobilidade e comprometimento da fala devido a um derrame que teve na prisão. Com o assédio policial contínuo, a família ainda não podia ficar junta. A Sra. Zhu levou Lili de volta para casa em 2021 para morar com o Sr. Wang, enquanto ela permanecia em fuga.

O pior pesadelo do Sr. Wang se tornou realidade quando alguém ligou e contou a ele sobre a morte da Sra. Zhu em julho de 2022. Apesar do fato de ele ter tentado oferecer amor e cuidar de sua filha, ele nunca viveu um dia sem medo e sem pressão Da perseguição desde que ela nasceu, o trauma físico e mental que ele havia sofrido ao longo dos anos estava além do que ele podia suportar. Ele morreu enquanto dormia em 9 de abril de 2023. Não importa quão desesperadamente sua filhinha o chamasse, ele nunca acordou. Tanto ele quanto Zhu tinham 51 anos quando morreram.

Sr. Wang Yudong

Sr. Wang Yudong e sua família

Filha do Sr. Wang

Filha do Sr. Wang logo após nascer

Marido e mulher falecem com três meses de intervalo

Quando o Sr. Gao Zhencai foi libertado em 2 de janeiro de 2023, depois de cumprir um mandato de 3,5 anos por causa de sua fé no Falun Gong, ele estava emaciado, quase cego e inválido. Sua esposa, a Sra. Xu Suqin, não estava em casa para recebê-lo, pois havia falecido um mês antes, devido à angústia mental por causa da perseguição.

O Sr. Gao morreu em menos de dois meses em 26 de fevereiro. Quando tinha 71 anos.

Xu e Gao eram residentes da cidade de Tangshan, província de Hebei. Xu costumava sofrer de psoríase grave. Ela tentou vários tratamentos, mas sem sucesso. Em 2009, ela começou a praticar o Falun Gong e logo se recuperou. Gao ficou impressionado com os benefícios à saúde do Falun Gong. Ele também iniciou a prática em outubro de 2013, quando estava com dores nas costas, que não melhoravam mesmo após um mês de hospitalização. Além de recuperar sua saúde, ele também mudou seu temperamento irritadiço para um atencioso e ansioso para ajudar.

O Sr. Gao foi preso em casa em 3 de julho de 2019. O Tribunal Distrital do Lubei o condenou a 3,5 anos na Prisão de Jidong em 11 de novembro de 2020.

Após a prisão de Gao, Xu frequentou a delegacia para esclarecer os fatos sobre o Falun Gong e buscar sua libertação. A polícia prometeu libertá-lo em um mês se ele cooperasse com eles e forneça as informações que desejavam. Mas, em vez de vê-lo libertado, Xu recebeu seu mandado de prisão.

A filha do casal também foi à delegacia para procurar justiça para o pai. A polícia ameaçou prendê-la e à sua mãe. Ela foi mantida na delegacia e interrogada por um dia.

Depois disso, os funcionários da polícia e do comitê residencial assediaram constantemente a Sra. Xu e ordenaram que ela assinasse declarações de garantia para renunciar ao Falun Gong. Quando ela se recusou a cumprir, a polícia tentou forçar sua filha, que não pratica o Falun Gong, a assinar em seu nome.

Além do assédio, as autoridades também instigaram os vizinhos de Xu a vigiá-la. Às vezes eles a seguiam quando ela saiu. Quando seus amigos vieram visitá-la e trazer comida para ela, seus vizinhos vinham para sua casa e ameaçavam proibir seus amigos de vir.

Devido ao sofrimento mental, a Sra. Xu começou a sofrer febre persistente e edema sistêmico. Ela gradualmente perdeu a capacidade de cuidar de si mesma e faleceu em meados de novembro de 2022.

Mortes de outro casal no início de 2023

Desde que o Partido Comunista Chinês começou a perseguir o Falun Gong em julho de 1999, um casal na cidade de Wuhan, a província de Hubei, havia sido repetidamente perseguida por defender sua fé. Eles foram presos mais de dez vezes no total e detidos em centros de detenção e de lavagem cerebral. O marido cumpriu oito anos de prisão e teve sua aposentadoria suspensa anos depois. Ele e sua esposa faleceram um após o outro no início de 2023. Eles deixam um filho que tem uma deficiência mental e é incapaz de cuidar de si mesmo.

Perseguição do marido

Antes de Liu Shuisheng iniciar sua prática do Falun Gong em abril de 1996, ele estava acamado por anos devido à hérnia de disco lombar, osteoartrite e artrite reumatóide grave. Depois de apenas seis meses praticando o Falun Gong, ele ficou de pé e havia se tornado saudável.

Como permaneceu firme no Falun Gong após o início da perseguição, foi preso quatro vezes e detido nos centros de lavagem cerebral. Sua casa foi saqueada três vezes.

O Tribunal Distrital de Dongxihu condenou Liu a oito anos em dezembro de 2003 por imprimir materiais informativos sobre o Falun Gong em sua residência temporária. Na Prisão de Fanjiatai, ele foi forçado a puxar ervas daninhas, carregar tijolos, limpar o lixo industrial e fazer artesanato de bordados. À noite, ele foi forçado a assistir às notícias cheias de propaganda da mídia estatal. As câmeras de vigilância estavam por toda parte na prisão e as atividades diárias dos praticantes foram vigiadas.

Na noite de 9 de março de 2011, um dia antes da libertação programada de Liu, ele foi levado ao Centro de Lavagem Cerebral de Erdaopeng. Como ele ainda se recusou a renunciar ao Falun Gong após 20 dias, ele foi transferido para o Centro de Lavagem Cerebral da Província de Hubei em 29 de março. Devido ao espancamento e à administração de medicamentos na prisão e no centro de lavagem cerebral, seu cabelo ficou completamente grisalho quando ele finalmente foi libertado para voltar para casa. Seus dentes também estavam soltos e ele tinha dificuldade em caminhar ou fazer qualquer coisa.

Em março de 2010, enquanto ainda estava na prisão, seu ex-local de trabalho, a Fábrica de Equipamentos de Segurança Pública 812, processou sua aposentadoria e ele estava recebendo um pagamento mensal de 3.500 anos desde então. Mas, em julho de 2019, o Departamento de Seguro Social do Distrito de Jianghan, responsável por emitir todos os pagamentos de aposentadoria após uma reforma recente, interrompeu repentinamente sua aposentadoria.

O Departamento de Segurança Social alegou que Liu não tinha direito a nenhum pagamento de aposentadoria porque havia sido condenado antes, embora nenhuma lei trabalhista chinesa tenha essa estipulação. Eles também exigiram que Liu devolvesse a aposentadoria mais de 300.000 yuans que recebeu nos últimos dez anos. Não está claro se ele devolveu.

Perseguição da esposa

A Sra. Hu Mingxiu costumava trabalhar para a Companhia Farmacêutica Wuhan Renfu. Depois de testemunhar a recuperação milagrosa do marido por praticar o Falun Gong, ela também iniciou a prática.

Hu foi a Pequim para apelar pelo direito de praticar o Falun Gong em outubro de 1999 e foi preso. Depois que ela foi levada de volta a Wuhan, foi mantida em uma gaiola de metal com vários outros praticantes. Eles ficaram no chão por um dia, sem receber comida nem água. Nos 15 dias seguintes, ela passou o dia na delegacia escrevendo relatórios de pensamento e foi levada para uma clínica comunitária à noite.

A polícia bateu à sua porta por volta das 2h da manhã, em março de 2000, e a enganou para ir com eles para a delegacia. Sem fornecer qualquer motivo, eles lhe deram um mês de detenção, seguidos de dois meses no Centro de Lavagem Cerebral de Erdaopeng.

Hu e Liu foram presos no mesmo dia no início de 2001 e foram levados para o Centro de Lavagem Cerebral de Erdaopeng. Seus livros do Falun Gong, fitas de palestras e a foto do fundador do Falun Gong foram confiscados. A mãe de Hu ficou traumatizada devido às suas prisões e detenção. Ela adoeceu e faleceu em agosto daquele ano.

Depois que Liu foi forçado a morar longe de casa em julho de 2002, Hu solicitou a aposentadoria antecipada e ficou em casa para cuidar de seu filho.

Em 2 de abril de 2003, um mês após a última prisão de Liu, Hu também foi presa em casa. Ela foi mantida no Centro de Lavagem Cerebral de Erdaopeng por 23 dias, onde foi privada de sono e forçada a ouvir programas de áudio que caluniavam o Falun Gong. Os guardas também ordenaram que ela xingasse as pessoas e fornecessem informações sobre outros praticantes.

Quando Liu e Hu foram detidos, seu filho foi levado ao hospital.

Depois que Liu foi condenado, Hu frequentou a prisão, mas seu pedido de visita nunca foi concedido, porque ela também praticava o Falun Gong.

Hu foi presa novamente na noite de 26 de maio de 2008. Os membros da equipe do Comitê Residencial a ameaçaram para não sair para promover o Falun Gong, já que as Olimpíadas de Pequim iriam ser realizadas dentro de três meses. Ela foi levada ao Centro de Lavagem Cerebral de Erdaopeng e mantida lá até 7 de junho. Seu filho foi enviado para um asilo durante esse período.

Perseguição de idosos

Mulher de 80 anos em estado crítico enquanto estava presa, morre dias depois de ser libertada sob condicional médica

A Sra. Li Guibin, residente na cidade de Qinhuangdao, província de Hebei, foi condenada a quatro anos aos 76 anos de idade por praticar o Falun Gong. Em meados de abril de 2023, dois anos depois de haver sido levada para a Prisão Feminina da Província de Hebei, seu filho foi informado pela prisão de que ela estava morrendo. Ele correu para a prisão e a levou para um hospital em Shijiazhuang (onde fica a prisão) depois que a prisão concordou em libertá-la sob condicional médica.

Após dois dias de tratamento, a Sra. Li foi levada de volta para casa (cerca de 370 milhas de Shijiazhuang) e internada em um hospital local. Ela morreu pouco depois, em 16 de abril. Ela tinha 80 anos. Segundo alguém que viu seu corpo, ela era apenas pele e osso após dois anos de prisão.

A Sra. Li foi presa em 27 de abril de 2018 enquanto estudava os ensinamentos do Falun Gong com três outros praticantes do Falun Gong. Como ela não passou no exame físico exigido para a detenção, a polícia a libertou e a colocou em prisão domiciliar. Ela foi presa novamente mais duas vezes, em 20 de agosto e novamente em 27 de dezembro de 2018. Em todas as vezes, foi interrogada e liberada. Como se recusou a assinar os formulários do interrogatório, a polícia assinou a papelada contra sua vontade.

Devido ao assédio constante, a Sra. Li desenvolveu sintomas de um derrame. Ela não conseguia falar e teve dificuldade para andar por um período de tempo.

O Tribunal do Condado de Changli condenou a Sra. Li a quatro anos de prisão com multa de 10.000 yuans. Ela foi detida novamente no Centro de Detenção de Qinhuangdao em 18 de novembro de 2020 e transferida para a prisão em maio de 2021.

Depois de perder a filha e o marido, mulher de 73 anos também morre devido à perseguição ao Falun Gong

Após as trágicas mortes da filha e do marido anos atrás, a Sra. Xiang Huaixiang, uma funcionária de banco aposentada na cidade de Chenzhou, província de Hunan, também morreu em 2 de abril de 2023, devido à perseguição ao Falun Gong. Ela tinha 73 anos.

Sra. Xiang Huaixiang

A única filha da Sra. Xiang, a Sra. Chen Lijuan, foi presa em 2000 enquanto praticava os exercícios do Falun Gong na Praça da Paz Celestial em Pequim. Ela tinha cerca de 20 anos na época e ainda era uma estudante universitária. A polícia foi a Pequim e a levou de volta a Chenzhou. Ela tornou-se mentalmente perturbada devido à tortura sob custódia. Ela foi libertada sob fiança e enviada para um hospital psiquiátrico em julho de 2000. No entanto, sua condição piorou e ela morreu em novembro de 2004.

Após a terceira e última prisão da Sra. Xiang em 19 de julho de 2010, seu marido, o Sr. Chen Zhiqiang, compareceu ao Tribunal Distrital de Suxian para exigir sua libertação, porém foi intimidado pelos funcionários do tribunal. Devido ao sofrimento mental, ele desenvolveu câncer de fígado. Ele solicitou várias vezes a liberação da Sra. Xiang para cuidar dele, mas sempre sua solicitação foi negada. O Sr. Chen morreu mais tarde em casa sozinho. Seu corpo só foi descoberto depois que começou a apodrecer e a decomposição cheirava mal, e seus vizinhos perceberam.

A Sra. Xiang compareceu ao Tribunal Distrital de Suxian quatro vezes entre 5 de novembro de 2010 e 7 de abril de 2011 e foi condenada a sete anos na Prisão Feminina da Província de Hunan.

Quando foi libertada em 18 de julho de 2017, ficou arrasada ao descobrir que sua aposentadoria havia sido suspensa desde setembro de 2014. Ela apelou várias vezes ao seu ex-empregador e ao departamento provincial de previdência social, mas sem sucesso.

Seu empregador exigiu ainda que ela devolvesse os mais de 90.000 yuans de benefícios de aposentadoria que recebeu entre setembro de 2010 e setembro de 2014. Como ela não tinha dinheiro para atender à demanda, seu empregador deduziu dinheiro de sua conta de aposentadoria desde agosto de 2017 (um mês após ela haver sido libertada). Eles disseram que dariam a ela um subsídio para cobrir as despesas mínimas de vida depois de recuperar o valor total de 90.000 yuans em nove anos, mas não restaurariam seus benefícios de aposentadoria. O sofrimento mental e financeiro acabou tirando sua vida e ela faleceu em 2 de abril de 2023.

Mulher de 78 anos é libertada da prisão em estado crítico e morre três meses depois

A Sra. Fu Fazhi foi libertada à beira da morte em outubro de 2022, um mês antes de sua pena de prisão de quatro anos por praticar o Falun Gong estar prestes a acabar. Ela faleceu três meses depois, em janeiro de 2023. Ela tinha 78 anos.

A Sra. Fu, da cidade de Chengdu, província de Sichuan, foi presa em 22 de novembro de 2018 e posteriormente condenada a quatro anos pelo Tribunal Distrital de Xindu. Ela ainda estava muito saudável e cheia de energia quando foi levada para a Prisão Feminina da Província de Sichuan. Não está claro que tortura ela sofreu, que acabou tirando sua vida.

Esta não foi a única vez que a Sra. Fu foi condenada por causa de sua fé. Ela já havia sido presa na noite de 10 de março de 2009. Como ela se recusou a renunciar ao Falun Gong, as autoridades levaram seus três filhos ao centro de detenção e os forçaram a se ajoelhar na frente dela, chorando e implorando que ela escrevesse a declaração de renúncia Falun Gong. Ela se recusou a ceder, apesar da pressão.

A Sra. Fu foi condenada a três anos, quatro meses depois. Ela apelou no Tribunal Intermediário da Cidade de Chengdu, mas o juiz realizou uma audiência secreta e anunciou que manteria seu veredicto original.

Mulher mais velha morre de derrame induzido por sentença de prisão e assédio policial contínuo

A Sra. Zhang Guiyun foi repetidamente assediada depois de cumprir um ano de prisão por praticar o Falun Gong. O sofrimento mental fez com que ela sofresse vários derrames. Ela faleceu em 16 de janeiro de 2023. Ela tinha 73 anos.

Sra. Zhang Guiyun

A Sra. Zhang, natural da cidade de Qiqihar, província de Heilongjiang, foi presa três vezes entre 1999 e 2000. Ela foi condenada a um campo de trabalho forçado, mas foi libertada 14 dias depois devido a seu estado de saúde.

A Sra. Zhang foi presa novamente em 2001 e detida por duas semanas. Depois que ela foi libertada, as autoridades providenciaram quatro pessoas para vigiá-la 24 horas por dia em dois turnos por mais duas semanas. Nos meses seguintes, a polícia continuou perseguindo a família e tentou forçar o senhorio a despejá-los. Eles também proíbem outras pessoas de alugar propriedades para eles.

Para evitar o assédio, a Sra. Zhang mudou-se para a cidade de Anshan, província de Liaoning. Ela e o marido estavam com problemas financeiros depois que o ex-empregador do marido parou de pagar a aposentadoria devido ao fraco desempenho financeiro. Consumido pela ansiedade, seu marido faleceu em 2004. A Sra. Zhang voltou a Qiqihar para solicitar um subsídio de baixa renda, mas nenhum benefício foi negado.

A polícia começou a assediar a Sra. Zhang e vigiar suas atividades diárias desde agosto de 2018. Ela foi julgada no Tribunal Distrital de Lishan em 28 de maio e 24 de junho de 2019 e posteriormente condenada a um ano. A polícia continuou a assediá-la depois que ela foi libertada. Devido ao sofrimento mental, ela sofreu um derrame em 27 de janeiro de 2021 e teve vários outros derrames depois. Incapaz de pagar qualquer intervenção médica, ela faleceu em 16 de janeiro de 2023.

Relatórios relacionados:

Relatadas 25 mortes de praticantes do Falun Gong devido à perseguição em março de 2023

15 mortes de praticantes do Falun Gong devido à perseguição foram relatadas em janeiro de 2023

Relatório relacionado em inglês:

19 Falun Gong Practitioner Deaths Due to Persecution Reported in February 2023