(Minghui.org) 15 mortes de praticantes do Falun Gong foram relatadas em janeiro de 2023, elevando o total de mortes confirmadas em 31 de janeiro de 2023 para 4.905 desde o início da perseguição em julho de 1999.
Dez das novas mortes relatadas ocorreram entre julho e dezembro de 2022, enquanto os casos restantes ocorreram em janeiro de 2023. Devido à estrita censura de informações, os casos de perseguição nem sempre podem ser relatados tempestivamente, nem as informações estão prontamente disponíveis.
Os 15 praticantes, incluindo seis mulheres, são provenientes de dez províncias e municípios. Hebei registrou três casos, seguido por Heilongjiang, Jilin e Shandong com três cada. Liaoning, Anhui, Hubei, Hunan, Pequim e Xangai tiveram um caso de morte cada.
Com exceção de um praticante cuja idade era desconhecida, os praticantes falecidos tinham entre 31 e 81 anos, incluindo três na casa dos 80 anos. Quatro morreram sob custódia, incluindo um homem de 31 anos cumprindo pena de 8,5 anos. Uma mulher em Hubei morreu seis dias após ser libertada de uma detenção de seis meses em um centro de lavagem cerebral e um homem na província de Anhui faleceu devido a uma injeção tóxica, dez meses depois de ter sido libertado.
Entre os mortos estava uma mãe de 51 anos, que ficou chocada ao descobrir que estava grávida após uma greve de fome de cinco meses quando foi presa em 2017. Ela sucumbiu ao sofrimento mental e físico e faleceu em julho de 2022, cinco meses antes do quinto aniversário de sua filha.
A seguir estão os detalhes dos 15 casos de morte. A lista dos praticantes pode ser baixada aqui (PDF).
Mortes sob custódia ou logo após a libertação
Homem de 31 anos morre enquanto cumpria 8,5 anos de prisão por praticar o Falun Gong
Os pais do Sr. Jiang Yong foram informados de sua morte em 23 de janeiro de 2023, o segundo dia do Ano Novo Chinês. Ele tinha 31 anos.
O Sr. Jiang, morador da cidade de Changchun, província de Jilin, estava cumprindo uma pena de 8,5 anos por praticar o Falun Gong. Apesar de estar em estado grave por ter feito uma greve de fome prolongada para protestar contra a perseguição, as autoridades se recusaram a libertá-lo sob condicional médica, alegando que ele se recusou a renunciar à sua fé.
Jiang foi preso em 28 de junho de 2021 e condenado a 8,5 anos na prisão de Gongzhuling pela acusação forjada de “subverter o poder do Estado”.
Jiang fez uma greve de fome para protestar contra a perseguição. O Hospital Provincial de Tuberculose de Jilin emitiu uma nota de estado grave para ele em 11 de outubro de 2022. Posteriormente, foi transferido para o Hospital da Polícia da Cidade de Changchun, onde acabou falecendo.
A família de Jiang frequentemente ia ao Departamento de Administração Penitenciária da Província de Jilin e à prisão para solicitar sua libertação sob condicional médica, porém era ignorada ou despistada.
A esposa do Sr. Lai Zhiqiang esperou sete longos anos, ansiosa para reencontrá-lo, porém descobriu em 3 de janeiro de 2023 que ele havia morrido dois meses antes de sua libertação programada por cumprir uma pena injusta por causa de sua fé no Falun Gong.
A esposa do Sr. Lai correu para a Prisão Jidong nº 2, na província de Hebei depois de saber de sua morte e foi informada de que ela teria que pagar 1.000 yuans para ver seu corpo. Embora não esteja claro se ela pagou ou não os 1.000 yuans, ela não teve permissão para ver o corpo dele até o dia seguinte.
De acordo com a esposa do Sr. Lai, seu corpo estava enrolado e seu rosto ferido. Cinco guardas a seguraram para impedi-la de se aproximar ou tocar no corpo dele. Eles se recusaram a devolver seu corpo à família e enganaram sua filha para que assinasse um termo de consentimento para que seu corpo fosse cremado.
O Sr. Lai, da cidade de Tangshan, província de Hebei, foi preso em 31 de março de 2016 e condenado secretamente a sete anos. Sua mãe idosa ficou tão traumatizada que faleceu pouco depois.
O Sr. Lai foi levado primeiro para a Prisão nº 4 de Jidong em 17 de outubro de 2016 e depois para a Prisão nº 2 de Jidong. Ele sofreu um derrame em 2019 ao ser torturado sob custódia, mas a prisão negou os vários pedidos de sua família para visitá-lo.
Quando a esposa de Lai finalmente teve uma visita autorizada em janeiro de 2020, ela ficou com o coração partido ao ver que os guardas tiveram que carregá-lo. Ele mal conseguia se mexer. Ele não pareceu reconhecê-la e não reagiu quando ela chorou.
De acordo com uma fonte, o Sr. Lai foi mantido na clínica da prisão por quase seis meses e era alimentado à força todos os dias. Os guardas mantinham o tubo de alimentação em seu estômago. Seus lábios ficaram muito secos e rachados. Algumas enfermeiras de vez em quando usavam uma toalha para pingar um pouco de água em sua boca. Muitas vezes ele tinha lágrimas nos olhos quando elas faziam isso. Ele também movia os lábios, mas não conseguia falar.
A família do Sr. Lai solicitou liberdade condicional médica para ele. Contudo, a prisão alegou que eles tinham de esperar que seus superiores tomassem a decisão. Enquanto isso, eles cobravam da família vários milhares de yuans, alegando pagar as contas médicas do Sr. Lai.
A condição do Sr. Lai piorou ainda mais em 2020, e ele contraiu uma infecção pulmonar em agosto de 2020. Ele estava em estado vegetativo e com dificuldade para respirar. Quando a prisão o levou para o hospital, o médico fez uma traqueostomia nele e nada mais. O médico deu a entender que não havia muita esperança para ele se recuperar.
Apesar da condição do Sr. Lai, a prisão sempre o manteve algemado com correntes pesadas. Ele foi trazido de volta à prisão após mais de um mês no hospital, porém ele foi levado de volta ao hospital em 9 de setembro de 2020, antes mesmo de sua traqueia se fechar.
A família do Sr. Lai continuou solicitando liberdade condicional médica para ele. A prisão alegou que o departamento de justiça havia negado o pedido. Quando sua família foi pessoalmente à sede da justiça para apresentar o pedido, eles foram impedidos na porta e não tiveram chance de falar com ninguém.
Mulher de Xangai morre enquanto cumpria pena de quatro anos por praticar o Falun Gong
Uma moradora de Xangai morreu em um centro de detenção em 24 de dezembro de 2022, enquanto cumpria uma pena de quatro anos por causa de sua fé no Falun Gong. A Sra. Jiang Linying tinha quase 70 anos.
Sra. Jiang Linying
O marido da Sra. Jiang recebeu uma ligação do Centro de Detenção do Distrito de Baoshan na tarde de 24 de dezembro e foi informado de que ela estava em estado grave e havia sido levada ao hospital. Quando ele perguntou em que condição ela estava e para qual hospital ela foi levada, a pessoa que ligou disse que a informação era confidencial e negou seu pedido de visitá-la.
Horas depois, outro guarda ligou de um celular (+86-18100051158) e disse que a Sra. Jiang estava com dificuldade para respirar e que o médico havia emitido uma nota de estado grave para ela. O guarda ainda impediu a família de visitá-la e disse que era bom que eles informassem a família sobre o estado dela. A família ficou indignada e exigiu que a prisão fizesse o possível para salvar a vida da Sra. Jiang.
Às 22h29, o mesmo guarda ligou do mesmo número de celular e disse à família que a Sra. Jiang havia falecido. Não está claro se a família teve permissão para vê-la após sua morte.
Além de sua última sentença, a Sra. Jiang, uma trabalhadora da indústria têxtil aposentada, também cumpriu duas penas de prisão de 3,5 e 5 anos, bem como uma pena de trabalho forçado de um ano e três meses.
Enquanto estava encarcerada, a Sra. Jiang foi submetida a tortura, inclusive sendo injetada com drogas para destruir seu sistema nervoso central, brutalmente espancada, forçada a ficar de pé por longos períodos de tempo, forçada a sentar em um banquinho em uma posição por longos períodos de tempo, negado o uso do banheiro, privada de comida ou forçada a comer demais.
A filha do Sr. Di Yongchi recebeu uma ligação da Prisão nº 1 de Shenyang, na província de Liaoning, em 17 de dezembro de 2022, dizendo que seu pai havia morrido depois que o hospital não conseguiu ressuscitá-lo.
O Sr. Di, um engenheiro de usina de energia aposentado de 69 anos na cidade de Huludao, província de Liaoning, estava cumprindo uma pena de sete anos por praticar o Falun Gong. Sua morte ocorreu faltando apenas um ano e meio para o término de sua pena.
A filha do Sr. Di viu seu corpo no necrotério do hospital. Ela contratou um advogado para buscar justiça para seu pai. Devido à rígida censura de informações do regime chinês, não está claro se o Sr. Di foi submetido a alguma tortura que poderia ter causado sua morte.
Desde que a perseguição começou em 1999, o Sr. Di foi repetidamente preso e assediado por defender sua fé. Ele foi preso no início de 2003 e mantido em um centro de lavagem cerebral por vários meses. Ele foi forçado a assistir a vídeos de propaganda difamando o Falun Gong todos os dias. Os guardas espancaram e o agrediram verbalmente, forçaram-no a ficar em pé por longas horas e o privaram de sono.
Enquanto ele estava detido, sua esposa vivia sob tremendo estresse e sofreu um colapso mental. Muitas vezes ela acordava no meio da noite e gritava: “A polícia está chegando!” Sua saúde piorava a cada dia. Ela faleceu em maio de 2007.
Mulher de Hubei morre dias depois de ser liberada do centro de lavagem cerebral
A Sra. Zong Ming, moradora da cidade de Wuhan, província de Hubei, estava emaciada e tinha dificuldade para falar quando foi libertada após oito meses de detenção no centro de lavagem cerebral por causa de sua fé no Falun Gong. Ela faleceu em 1º de janeiro de 2023, seis dias depois de ser levada de volta para casa por sua família.
A Sra. Zong foi presa em 18 de abril de 2022 e levada para o Centro de Lavagem Cerebral de Etouwan no dia seguinte. Quando os funcionários do centro de lavagem cerebral ordenaram que sua família a buscasse em 26 de dezembro de 2022, ela já estava à beira da morte. Ela era apenas pele e ossos. Seu cabelo estava grisalho e ela tinha dificuldade para falar. Sua família a levou ao hospital no primeiro dia de 2023, mas o médico se recusou a tratá-la. Ela morreu no hospital horas depois.
Desde que o regime comunista chinês começou a perseguir o Falun Gong em 1999, a Agência 610, uma organização extralegal criada especificamente para supervisionar a perseguição, criou centros de lavagem cerebral em todo o país para atingir os praticantes do Falun Gong. Sob o disfarce de um “Centro de Educação Legal” ou “Centro de Cuidados”, os centros de lavagem cerebral funcionam como prisões negras, onde os praticantes do Falun Gong podem ser mantidos sem limites de prazo e são submetidos a todos os tipos de tortura física, manipulação mental e administração involuntária de drogas.
Em Wuhan, capital de Hubei, as autoridades criaram dez novos centros de lavagem cerebral desde 2021 como parte da campanha “Zerar”, que tem como alvo todos os praticantes da lista negra do governo para forçá-los a renunciar ao Falun Gong.
Homem de Anhui recebeu injeção tóxica enquanto estava detido e morre dez meses após ser solto
Um morador da cidade de Hefei, província de Anhui, perdeu a capacidade de falar depois de receber injeções tóxicas, um mês antes de terminar de cumprir pena de prisão por praticar o Falun Gong. O Sr. Peng Yuxin lutou com problemas de saúde desde sua libertação e faleceu dez meses depois, em meados de agosto de 2022. Ele tinha 55 anos.
Peng, um ex-funcionário do Anhui Provincial Statistics Bureau, foi preso em seu bairro em 24 de abril de 2020. Sem mostrar nenhuma identidade ou mandado de busca ou revelar seus nomes, a polícia invadiu sua casa e confiscou seu laptop, duas impressoras, 50 livros do Falun Gong e 500 yuans em dinheiro. Ele foi liberado por volta das 23h.
Peng foi à delegacia em maio de 2020 para solicitar a devolução de seus itens pessoais, apenas para ser preso e mantido no Centro de Detenção da cidade de Hefei. Mais tarde, ele foi secretamente condenado a 1,5 anos e condenado a cumprir pena no mesmo centro de detenção.
Um mês antes de ser solto, o Sr. Peng foi retirado do centro de detenção seis vezes e injetado com um líquido rosa a cada vez. Quando foi solto em 23 de outubro de 2021, ele havia perdido quase toda a capacidade de falar ou organizar um discurso coerente.
Ele só conseguia ocasionalmente pronunciar algumas palavras. Quando questionado se recebeu injeções tóxicas, ele assentiu. Sua cognição geral também diminuiu significativamente. Ele não conseguia escrever seu endereço. Mas quando outros escreveram vários endereços, ele conseguiu reconhecer seu endereço residencial. Devido à sua situação geral, não está claro se o Sr. Peng sofreu outras torturas enquanto estava sob custódia.
O Sr. Peng lutou com problemas de saúde após sua libertação, especialmente porque ele morava sozinho. Em meados de agosto de 2022, os praticantes do Falun Gong locais de repente ouviram a notícia de sua morte. De acordo com sua irmã, o vizinho do Sr. Peng relatou sua morte à polícia e o relatório da autópsia emitido pelo Departamento de Polícia do Distrito de Shushan afirmava que ele morreu de um derrame.
Falecimento de idosos
Depois de ser preso 18 vezes, condenado a quatro penas em campos de trabalhos forçados por um total de 5 anos e condenado a 3,5 anos de prisão por praticar o Falun Gong, o Sr. Liu Erli, morador da cidade de Loudi, província de Hunan, sucumbiu à perseguição mental, física e financeira e faleceu em 1º de janeiro de 2023. Ele tinha 81 anos.
Um mês antes da morte do Sr. Liu, mais de dez policiais invadiram sua casa e tentaram prendê-lo. Eles cederam ao ver que ele estava completamente incapacitado.
A Sra. Cui Xiuzhen, da cidade de Botou, província de Hebei, foi brutalmente torturada enquanto cumpria uma pena de três anos em um campo de trabalhos forçados por praticar o Falun Gong. Ela foi libertada em 2003 e sofreu problemas de memória, atrofia cerebral, dificuldades de mobilidade e de fala pela década seguinte. Ela ficou completamente incapacitada e incapaz de falar no verão de 2014 e faleceu oito anos depois, em 10 de janeiro de 2023. Ela tinha 80 anos.
Desde o início da perseguição, o Sr. He Zhenheng, morador da cidade de Botou, província de Hebei, foi submetido a repetidas prisões e perseguições por defender sua fé. Ele também foi forçado a fazer trabalho pesado sem remuneração durante duas detenções. O sofrimento físico e mental afetou sua saúde. Ele faleceu em 23 de novembro de 2022 aos 80 anos. Mesmo depois de sua morte, a polícia ainda perseguiu sua família e exigiu ver seu atestado de óbito para verificar se ele realmente havia morrido.
Mortes após duas décadas de prisões e assédio
A Sra. Zhu Xiumin, moradora da cidade de Daqing, província de Heilongjiang, fez uma greve de fome de cinco meses em protesto contra a detenção arbitrária, após a prisão dela e de seu marido em 21 de março de 2017. Como ela ficou extremamente fraca e sofreu forte constipação, foi levada a um hospital para um check-up. Ela ficou chocada ao saber que estava grávida. Foi liberada dois dias depois.
A filha da Sra. Zhu nasceu em 8 de dezembro de 2017. Seis dias depois, seu marido foi condenado a três anos. A Sra. Zhu lutou para cuidar de seu bebê sozinha enquanto evitava o assédio da polícia. Ela finalmente reencontrou o marido quando ele foi solto em março de 2020. Mas a família não passou muito tempo junta, pois a Sra. Zhu sucumbiu a problemas físicos e mentais e faleceu em julho de 2022, cinco meses antes do quinto aniversário de sua filha. Ela tinha 51 anos.
Antes da última prisão da Sra. Zhu em 2017, ela foi presa mais seis vezes e sofreu torturas bárbaras durante uma sentença de sete anos de prisão.
O bebê recém-nascido da Sra. Zhu
Mulher de Jilin morre após suportar sete anos de prisão e quatro anos de aposentadoria suspensa
Uma mulher da cidade de Songyuan, província de Jilin, faleceu em 8 de outubro de 2022, quatro anos depois de terminar de cumprir três anos de prisão e ter sua aposentadoria suspensa. A Sra. Meng Yan tinha 74 anos. Além da última sentença de três anos, ela também cumpriu duas penas em campos de trabalho, totalizando quatro anos.
A sra. Meng, uma proprietária de depósito, começou a praticar o Falun Gong em março de 1999. Nos primeiros anos da perseguição, ela foi repetidamente presa e condenada a duas penas no Campo de Trabalhos Forçados de Heizuizi.
Devido à enorme pressão mental, a Sra. Meng foi forçada a renunciar ao Falun Gong contra sua vontade durante sua primeira pena no campo de trabalhos forçados. Ela também desenvolveu pressão alta, sofria de tonturas constantes e tinha dificuldade para andar. Mais tarde, ela se arrependeu de ter renunciado ao Falun Gong e anunciou que estava anulando sua declaração de garantia. Os guardas a espancaram e chutaram em retaliação.
Depois de confirmar que ela realmente sofria de um problema de saúde, os guardas a forçaram a tomar drogas desconhecidas. Sua pena foi estendida por dez dias, pois ela se recusava a escrever relatórios de pensamento exigidos pelo guarda.
A Sra. Meng foi presa novamente em 11 de julho de 2008, na festa de aniversário de sua cunhada. Ela sofreu uma lesão grave na perna durante a prisão. Ela não conseguia dormir no centro de detenção. Sem informar sua família, a polícia a levou para o Campo de Trabalhos Forçados de Heizuizi pela segunda vez em 31 de julho daquele ano.
Vários oficiais da Equipe de Segurança Nacional do Condado de Qian'an foram à casa da Sra. Meng em 19 de agosto de 2015, com uma cópia da queixa criminal que ela apresentou contra Jiang Zemin. Como ela se recusou a abrir a porta, a polícia quebrou a fechadura e invadiu. Eles confiscaram um computador, um telefone celular, uma impressora, 20 caixas de papel para impressão, uma caixa de tinta de impressora, um gravador, um MP3 player, livros do Falun Gong e outros itens variados. Seu neto, um estudante do ensino médio, ficou apavorado e seu rosto empalideceu.
A Sra. Meng tentou explicar que processar Jiang era seu direito legal como cidadã e que praticar o Falun Gong era totalmente legal, mas os oficiais a ignoraram. Eles a levaram para o Departamento de Polícia do Condado de Qian'an e depois para o Centro de Detenção da Cidade de Songyuan, onde ela ficou detida por onze meses e meio.
A Sra. Meng foi acusada de “usar um culto para sabotar a aplicação da lei” e sentenciada a três anos de prisão. Seu recurso foi negado e ela foi transferida para a Prisão Feminina de Changchun em agosto de 2016.
Encenação da tortura: Sentar em um banquinho
Todos os praticantes do Falun Gong na prisão que se recusaram a desistir de sua prática foram forçados a sentar em pequenas cadeiras de plástico por longos períodos todos os dias, que rotineiramente duravam das 5h30 às 22h. A Sra. Meng ficou extremamente magra e suas nádegas começaram a infeccionar.
Os guardas declararam que a Sra. Meng tinha hipertensão e ordenaram que ela tomasse comprimidos. Quando a Sra. Meng recusou, eles tentaram misturar os comprimidos em sua comida e bebida, mas sem sucesso. Eles injetaram nela uma droga desconhecida no hospital da prisão. A Sra. Meng foi forçada a ler livros que caluniavam o Falun Gong e seu fundador, e as autoridades também tentaram coagi-la a renunciar à prática do Falun Gong.
Depois de ter sido libertada em 2018, a Segurança Social local suspendeu a sua aposentadoria. Sua saúde continuou a piorar e ela acabou falecendo em 8 de outubro de 2022.
O câncer de cólon da Sra. Wang Yufang desapareceu depois que ela começou a praticar o Falun Gong em dezembro de 1998, por isso, era profundamente grata a essa antiga prática de autoaperfeiçoamento da mente e do corpo.
A Sra. Wang, moradora da cidade de Jiamusi, província de Heilongjiang, foi assediada várias vezes e presa seis vezes por defender sua fé. Certa vez, ela perdeu a memória depois de ser injetada com drogas tóxicas em um centro de detenção. A constante perseguição afetou sua saúde. Ela faleceu em 28 de setembro de 2022. Ela tinha 59 anos.
Wang disse na queixa criminal que apresentou em 2015 contra Jiang Zemin, o ex-chefe do regime comunista que ordenou a perseguição: “Por causa da perseguição, todo o meu cabelo ficou grisalho quando eu tinha apenas 40 anos. A perseguição não só me trouxe enormes danos físicos e mentais, mas também deixou minha família vivendo em profunda angústia. Enquanto eu estava na detenção, minha mãe se preocupava tanto comigo que sua saúde piorou e ela foi hospitalizada. Minha filha cresceu com medo e constantemente preocupada com a possibilidade de eu ser presa novamente.”
Sra. Wang Yufang
Homem de Shandong morre dois anos depois de cumprir 13 anos
Quando o Sr. Yu Chunqiang terminou de cumprir uma sentença de 13 anos de prisão em 20 de setembro de 2020, o morador da cidade de Laiyang, província de Shandong, havia sido atormentado por várias condições médicas devido às torturas que sofreu na prisão. O constante assédio policial depois que ele voltou para casa fez com que ele continuasse vivendo com medo e angústia. Incapaz de se recuperar, ele faleceu dois anos depois, em 1º de novembro de 2022. Ele tinha 66 anos.
O Sr. Yu começou a praticar o Falun Gong em 1999, mesmo ano em que a perseguição iniciou. Em 4 de julho de 2006, um grupo da Agência 610 invadiu sua casa e prendeu sua esposa e a Sra. Zhao Ruixiang, outra praticante que os estava visitando. As duas mulheres foram brutalmente espancadas na delegacia. A esposa do Sr. Yu foi posteriormente condenada a 1,5 anos de trabalhos forçados e a Sra. Zhao foi condenada a 12 anos.
Para evitar ser alvo, o Sr. Yu vivia longe de casa para se esconder da polícia. Quando ele voltou para casa em 21 de setembro de 2007 para ajudar na colheita de amendoim, seis policiais invadiram e saquearam sua casa, e o levaram para o Centro de Detenção da cidade de Laiyang.
O Sr. Yu foi secretamente condenado a 13 anos em 2008. Ele sofreu tortura bárbara na 11ª ala da Prisão da Província de Shandong. Certa vez, ele teve um derrame e também desenvolveu diabetes e pressão alta.
A polícia continuou a assediar o Sr. Yu depois que ele foi libertado em 20 de setembro de 2020. Ele acabou falecendo em 1º de novembro de 2022.
Três dias depois que o Sr. Qin Jing começou a praticar o Falun Gong, o morador de Pequim que ficou incapacitado devido à gota estava de pé novamente. Ele voltou ao trabalho e retomou uma vida normal.
Depois que a perseguição começou, o Sr. Qin trabalhou duro para aumentar a conscientização sobre a perseguição. Ele foi preso em outubro de 2010 por colocar pôsteres do Falun Gong, e submetido a tortura implacável enquanto cumpria uma pena de dois anos em um campo de trabalhos forçados.
Por apresentar uma queixa criminal em 2015 contra Jiang Zemin, o ex-chefe do regime comunista que ordenou a perseguição, o Sr. Qin enfrentou assédio constante, especialmente em feriados importantes ou aniversários relacionados ao Falun Gong. Ele nunca se recuperou das complicações decorrentes da tortura que sofreu durante o período no campo de trabalho, e o assédio constante piorou sua saúde. Ele faleceu em 22 de dezembro de 2022. Ele tinha 64 anos.
Sr. Qin Jing
Homem de Shandong morre após cumprir duas penas em campos de trabalhos forçados e assédio constante
O Sr. Shen Lianghua, morador da cidade de Liaocheng, província de Shandong, faleceu em 16 de novembro de 2022 após passar por dois campos de trabalhos forçados e assédio constante por causa de sua fé. Mesmo 28 dias após seu falecimento, o secretário da aldeia ainda vinha perseguir sua família.
O Sr. Shen foi preso pela primeira vez em julho de 2001 enquanto trabalhava na fazenda. Sua esposa, a Sra. Zhao Yueyun, também foi presa horas depois e o casal foi mantido em um centro de lavagem cerebral local. Seus dois filhos ficaram sem cuidados durante a detenção. O Sr. Shen foi libertado após 20 dias. Não está claro por quanto tempo a Sra. Zhao foi detida.
O Sr. Shen foi a Pequim apelar pelo direito de praticar o Falun Gong no final de 2001. Ele foi espancado pela polícia na Praça da Paz Celestial. Ele foi mantido no Centro de Detenção do Condado de Guan por dez dias depois de ser levado de volta para Shandong.
O Sr. Shen foi levado para o Campo de Trabalhos Forçados de Wangcun em fevereiro de 2002. Os guardas o privaram de sono e designaram detentos para vigiá-lo 24 horas por dia. Sempre que Shen fechava os olhos, os internos usavam penas para cutucar suas pálpebras ou narinas. Isso durou mais de um mês, mas Shen não cedeu. Os guardas então o colocaram em confinamento solitário, tiraram seus sapatos, jogaram água no chão e deram-lhe choques com bastões elétricos por uma semana.
Depois de não conseguir fazê-lo ceder, os guardas abriram seus braços e o algemaram no nível superior de um beliche, um método de tortura conhecido como “Algemado a uma Cruz”. Todo o seu peso caiu sobre os pulsos.
A polícia continuou a assediar o Sr. Shen depois que ele foi solto em setembro de 2004. Na noite de 25 de fevereiro de 2008, sete policiais invadiram sua casa. Eles o seguraram no chão e o espancaram. Um policial o atingiu com força com uma lanterna e dois de seus dentes da frente caíram. Eles o levaram para um centro de detenção e depois para o Campo de Trabalhos Forçados de Wangcun sem notificar sua família.
Depois que o Sr. Shen foi enviado para o campo de trabalhos forçados, sua esposa teve de cuidar sozinha da família e de seus dois filhos pequenos. Mas os agentes da Agênia 610 continuaram a assediá-los. Como resultado, a Sra. Zhao foi forçada a ficar longe de casa.
Quando a pena de trabalho forçado do Sr. Shen expirou em 28 de maio de 2009, a polícia estendeu sua pena por um mês. Quando sua filha veio solicitar sua libertação, os oficiais do campo de trabalho não permitiram que ela o visitasse. Ela então pediu aos oficiais que repassassem algumas roupas para ele, mas eles se recusaram a fazer isso.
A Sra. Zhao voltou para casa em 15 de junho de 2011. Horas depois, três policiais à paisana chegaram em um carro sem placa e invadiram sua casa. Eles confiscaram dois computadores, uma impressora e outros pertences pessoais. O Sr. Shen estava colhendo trigo no campo e a Sra. Zhao estava sozinha em casa. Os agentes a prenderam e a levaram para o Centro de Detenção de Liaocheng.
A polícia tentou prender o Sr. Shen mais duas vezes, em 21 de agosto de 2012 e 3 de agosto de 2015, mas ele não estava em casa quando eles chegaram.
A polícia voltou em 5 de agosto de 2015 e prendeu a Sra. Zhao. Depois que ela conseguiu escapar da delegacia, ela e o Sr. Shen foram forçados a viver fora de casa por meses, deixando os filhos sozinhos em casa.
Pouco depois de a Sra. Zhao voltar para casa, a polícia escalou a cerca de seu vizinho em 22 de abril de 2016 e invadiu novamente, forçando a Sra. Zhao a se esconder outra vez. Mais tarde, ela foi presa e condenada à Prisão Feminina da Província de Shandong.
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