(Minghui.org) Em 2022 foram registradas as mortes de 172 praticantes do Falun Gong como resultado da perseguição por suas crenças religiosas, incluindo 30 mortes (17%) ocorridas entre 2007 e 2020, 41 (24%) em 2021 e 101 (59%) em 2022.
O Falun Gong, também conhecido como Falun Dafa, é uma prática da mente e do corpo baseada nos princípiosVerdade, Compaixão e Tolerância. Desde sua introdução ao público em 1992, inúmeras pessoas têm sido atraídas por seus profundos princípios e benefícios à saúde. Com receio de sua popularidade sempre crescente, o regime comunista chinês lançou uma campanha nacional em julho de 1999, tentando acabar com a prática.
Desde então, centenas de milhares de praticantes foram perseguidos, presos, detidos, aprisionados e torturados. Até 5 de janeiro de 2023, um total de 4.894 mortes foram documentadas pelo Minghui.org. Devido à rigorosa censura de informações na China, é provável que o número real seja muito maior.
Os praticantes do Falun Gong que morreram na perseguição em 2022.
Primeira fileira (da esquerda para a direita): Han Junde, Jiang Guiling, Li Peixian, Gao Xiulan, Zhang Liyan.
Segunda fileira (da esquerda para a direita): Ji Yunzhi, Zhang Guoyu, Zuo Xiuwen, Ji Guizhen, Chen Liqing.
Terceira fileira (da esquerda para a direita): Wu Naiying, Liu Qingfei, Cui Jinshi, Yong Fang, Yang Zhixiong.
Quarta fileira (da esquerda para a direita): Wu Guangcheng, Ji Yingmei, Wang Lianshuang, Liu Feng, Niu Lanyun.
Quinta fileira (da esquerda para a direita): Wang Xueming, Wang Shumei, Zhang Yulan, Wang Guilan, Zhang Siqin.
Os 172 praticantes mortos, eram provenientes de 23 províncias e municípios. A maioria das mortes, 32, ocorreu em Liaoning, em seguida Heilongjiang com 22 mortes e 16 casos em Sichuan. Hebei, Hunan e Hubei registraram respectivamente 14, 10 e 10 mortes. As 17 regiões restantes tiveram entre uma e oito mortes. Muitos dos praticantes mortos eram trabalhadores, incluindo funcionários do governo, engenheiros, professores, jornalistas, professores, contadores e gerentes financeiros.
Os 172 praticantes, incluindo 98 (57%) mulheres, tinham idades entre 39 e 89 anos. Um total de 107 (62%) praticantes tinha mais de 60 anos, incluindo 51 praticantes na faixa dos 70 anos e 19 na faixa dos 80 anos. Uma mulher de 88 anos em Heilongjiang morreu horas depois de ser presa. Um homem de 70 anos morreu no dia seguinte à sua prisão. Dois praticantes, incluindo um homem de 83 anos e uma mulher de 64 anos, morreram logo após receberem drogas tóxicas enquanto estavam sob custódia.
No caso de um residente de Liaoning de 74 anos de idade, a polícia o prendeu no dia 28 de agosto de 2021, alegando levá-lo para tomar a vacina da COVID-19. Quando sua família foi notificada no dia 24 de abril de 2022 de que ele havia morrido, eles perceberam que o idoso ainda estava vivo depois de ser levado para o hospital. Embora o médico tenha tentado ressuscitá-lo, ele morreu momentos depois.
Até mesmo após a morte de um homem de 81 anos, trabalhadores da comunidade local ainda vieram assediá-lo e tentaram confirmar sua morte, verificando seu local de sepultamento.
Um total de 26 praticantes morreram por causa de torturas sofridas sob custódia, incluindo 17 em prisões, oito em centros de detenção e um em uma delegacia. Além das mortes devido as torturas, vários praticantes faleceram após desenvolverem doenças graves sob custódia e terem sua liberdade condicional negada por não renunciarem ao Falun Gong. Outros morreram após décadas de encarceramento.
Vários praticantes mortos, eram homens de idade avançada e se não tivessem sucumbido ao encarceramento de longo prazo e ao sofrimento mental da perseguição, poderiam ter desfrutado de carreiras de sucesso e de uma vida feliz com seus familiares. Entre eles estava um homem que morreu um ano após ter cumprido 19 anos de serviço por interceptar o sinal de TV para transmitir os programas que desmentiam a propaganda de ódio do Partido Comunista Chinês contra o Falun Gong e um professor de matemática que nunca recuperou a consciência após ter sido condenado a dois anos quando ainda estava em coma.
A perseguição também fez com que muitas famílias se desfizessem, depois que vários casais morreram um após o outro, bem como o falecimento de dois pais e seu filho.
A seguir estão alguns casos de morte em 2022. A lista completa dos 172 praticantes falecidos pode ser baixada aqui (PDF).
Horas ou dias das morte após as prisões
Polícia retém certidão de óbito de mulher de 88 anos que morre duas horas após prisão por sua fé
No dia 13 de abril de 2022, uma idosa de 88 anos da cidade de Harbin, província de Heilongjiang, morreu duas horas após sua prisão. A polícia impediu sua família de solicitar uma autópsia independente e reteve a certidão de óbito. Seu corpo está sendo retido em uma casa funerária.
Sra. Cui Jinshi
No dia 13 de abril de 2022, Cui Jinshi estava lendo um livro do Falun Gong em seu apartamento, quando vários oficiais invadiram e a prenderam. Enquanto dois jovens oficiais a seguravam no sofá, outros revistaram sua casa e levaram seus livros da prática, uma foto do fundador do Falun Gong, e uma quantia desconhecida em dinheiro.
A Sra. Cui tentou impedir a polícia de levar seus pertences. Em desespero, ela caiu. Ela não parava de dizer à polícia: "Não me tirem os livros! Não tirem a foto do Mestre!"
Dois policiais arrastaram a idosa de seu apartamento no segundo andar para o andar térreo. De repente, soltaram as mãos, fazendo com que ela caísse no chão.
Às 17h45, o segundo filho da Sra. Cui, o Sr. Piao Hu, recebeu um telefonema da polícia informando que sua mãe havia sido levada para a sala de emergência do hospital. Ele correu para o local. Enquanto a polícia ainda estava ordenando que ele pagasse as despesas médicas da mãe, o médico veio e pronunciou a morte da Sra. Cui. O Sr. Piao foi para a sala de cirurgia e viu seu corpo. Seu rosto estava pálido, sua garganta foi cortada e ela estava usando apenas um sapato.
Quando o Sr. Piao chamou a família por causa da morte da mãe, a polícia ordenou uma funerária local para levar o corpo dela. Embora sua família tenha chegado antes da partida do carro funerário, o motorista se recusou a deixá-los ver de perto o corpo da Sra. Cui. Sua família o seguiu até a casa funerária, somente para ser detida na porta e não ser autorizada a ver o corpo. Somente dois dias depois, no dia 15 de abril, foi permitido que a família visse seu corpo, com o acompanhamento rigoroso da polícia.
Diretor de RH aposentado morre após ser preso por praticar o Falun Gong
O Sr. Li Guoxun, diretor de recursos humanos aposentado na cidade de Zhoukou, província de Henan, morreu um dia após ter sido preso por praticar o Falun Gong. Ele estava com 70 anos de idade.
O Sr. Li foi preso em casa às 11 horas da manhã do dia 18 de julho de 2022. A polícia alegou que ele e sua esposa, Sra. Yu Xiuying, haviam sido denunciados por distribuirem materiais do Falun Gong. Para evitar que o casal "perturbasse a estabilidade social”, antes do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês iniciado em 16 de outubro de 2022, a polícia os levou para a delegacia.
Na noite seguinte, a polícia disse à Sra. Yu que o seu marido estava gravemente doente (embora ele já estivesse morto). Eles a libertaram e ordenaram que ela ficasse em casa.
A Sra. Yu ficou devastada ao saber da morte do Sr. Li quando seu filho disse que a polícia havia ligado e disse a ela que seu pai havia morrido devido a um derrame. Eles disseram que haviam levado o corpo para a funerária local. A polícia mandou cremar o corpo, sem permitir que a Sra. Yu ou seu filho visse o Sr. Li uma última vez.
Mortes sob custódia
No dia 26 de setembro de 2021, o Sr. Shi Jianwei morreu na Prisão nº 1 da Província de Yunnan. Enquanto a prisão alegava que ele morreu de câncer de fígado, sua família suspeita que ele foi torturado até a morte, dados os hematomas nas costas e o nível normal de proteína que provoca tumor. Seu corpo foi cremado contra a vontade de sua família.
Sr. Shi Jianwei
O Sr. Shi, um ex-professor de inglês no condado de Binchuan, província de Yunnan, foi preso no dia 7 de setembro de 2015 e posteriormente condenado a 6,5 anos de Prisão nº1 na Província de Yunnan. A partir de 2019, foi negada ao Sr. Shi qualquer visita dos seus familiares. No dia 25 de agosto de 2021, dois anos depois, sua família recebeu um telefonema da prisão dizendo que o Sr. Shi estava com suspeita de ter câncer no fígado e tinha sido levado para o hospital penitenciário.
Os guardas disseram que o Sr. Shi havia perdido mais de nove quilos nos últimos meses e estava em estado crítico, mas ainda se recusavam a soltá-lo em liberdade condicional médica, a permitir que sua família o visitasse, ou a rever seu histórico médico, citando a pandemia e a recusa do Sr. Shi em renunciar ao Falun Gong.
No dia 26 de setembro, um guarda da prisão ligou para a família do Sr. Shi dizendo que ele estava à beira da morte e que estava sendo ressuscitado. Sua família pediu para visitá-lo, mas novamente, eles não foram autorizados.
Três horas depois, o mesmo guarda informou à família que o Sr. Shi havia falecido e exigiu que eles viessem à prisão para assinar os documentos da cremação.
Quando a família viu o corpo do Sr. Shi na funerária, eles notaram que tinha hematomas nas costas e um acúmulo de líquidos no abdômen. Suspeitando que ele foi torturado, a família se recusou a assinar o documento da cremação e exigiu ver seu prontuário médico.
Uma semana depois, a prisão forneceu três dos resultados dos exames de sangue do Sr. Shi. Nos três testes, os níveis de alfa-fetoproteína, um importante indicador de câncer de fígado, estavam normais.
A família do Sr. Shi pediu uma autópsia, mas os guardas da prisão responderam que teriam que pagar previamente 100.000 yuans para cobrir os custos. Os guardas também disseram que se a família não concordasse com a avaliação sobre a causa da morte, eles poderiam apresentar uma queixa contra a prisão junto à procuradoria, mas isso não mudaria o resultado de forma alguma.
A família do Sr. Shi exigiu levar o prontuário médico e os resultados de exames de sangue com eles, mas os guardas se recusaram a liberar os documentos, alegando que a família só tinha permissão para dar uma olhada nos documentos. Pouco depois, os guardas cremaram o corpo do Sr. Shi contra a vontade de sua família.
Na cidade de Shenyang, província de Liaoning, um homem com câncer de cólon em estágio avançado e câncer no fígado, faleceu dias depois que ser negada a ele a liberdade condicional médica, simplesmente porque ele se recusou a renunciar à sua fé no Falun Gong. Ele tinha 67 anos.
Durante dias, a esposa do Sr. Teng Yuguo não conseguiu dormir e muitas vezes chorava por causa da sua morte. Ela disse que assim que fechava os olhos, via a cena do marido magro e moribundo, ainda acorrentado na cama do hospital fortemente vigiada.
No dia 13 de outubro de 2020, o Sr. Teng foi preso enquanto colhia abóboras com sua esposa em seu quintal. Ele foi condenado a cinco anos de prisão pelo Tribunal Distrital de Yuhong por volta de fevereiro de 2021. Depois que foi levado para a Prisão de Dongling, a mesma negou que sua família o visitasse e também limitou a quantia em dinheiro que eles poderiam depositar para ele a 100 yuans todos os meses, com a desculpa de que ele não renunciou ao Falun Gong. Quando a comida fornecida pela prisão era muito pobre e escassa, o Sr. Teng não tinha muito dinheiro para comprar comida extra.
No início de novembro de 2022, quando um preso foi libertado, o Sr. Teng pediu a sua ajuda para informar aos seus familiares sobre o desenvolvimento de câncer de cólon e incontinência há cerca de seis meses.
A família correu para a prisão e finalmente foi autorizada a vê-lo, com a presença de quatro guardas. Eles ficaram devastados ao ver o homem magro sentado em uma cadeira de rodas. Suas pernas estavam gravemente inchadas. Ele também estava usando uma fralda.
O guarda disse à família que ou eles podiam mandar o Sr. Teng para a ala de idosos, para que ele não tivesse que fazer o trabalho forçado ou eles podiam levá-lo ao hospital para tratamento.
A família questionou os guardas porque eles estavam sempre dizendo a eles que o Sr. Teng estava bem na prisão, sem mencionar uma palavra sobre sua doença e fazendo com que ele perdesse o melhor momento de tratamento.
Por insistência de sua família, o Sr. Teng foi levado para o Hospital nº4 de Shenyang. O médico o operou, porém descobriu que os tumores haviam invadido seus intestinos e estavam obstruindo os mesmos. Os tumores também se espalharam para o fígado. O médico disse que não havia mais nada que pudesse fazer. Ele estimou que restavam a ele apenas alguns meses de vida.
Até então, o Sr. Teng não conseguia comer e dependia do soro para manter sua vida. Ele estava tão fraco que não tinha sequer forças para se sentar. Seus intestinos não estavam funcionando.
Quando o Sr. Teng estava internado na unidade de terapia intensiva do hospital, os guardas da prisão o observavam 24 horas por dia. Sua filha e sua esposa se revezavam para cuidar dele. A prisão ordenava que a família pagasse suas despesas médicas, que giravam em torno de 3.000 yuans por dia. A família entregou os únicos 6.000 yuans que tinha. Sua esposa, a qual foi operada do pulmão no ano passado e ainda estava se recuperando, tinha dificuldades para pedir dinheiro emprestado por ele.
A família do Sr. Teng solicitou sua liberdade condicional médica. Inicialmente, a prisão o aprovou, mas, mais tarde, retirou a decisão, com a desculpa de que ele se recusava a renunciar ao Falun Gong.
No dia 30 de novembro, o Sr. Teng foi transferido novamente para a prisão, já que sua família não tinha como mantê-lo no hospital. Após um dia da transferência, ele já estava à beira da morte. Como a prisão não queria a sua morte no local, no dia 1º de dezembro, eles chamaram uma ambulância para levarem o Sr. Teng para ser ressuscitado.
Na tarde seguinte, a prisão informou a família do Sr. Teng sobre seu estado. Sua esposa, filhos e outros parentes correram para o hospital fortemente vigiados pela polícia.
O Sr. Teng, que estava sobrevivendo através de aparelhos, mesmo estando consciente, não conseguiu falar. Os guardas proibiram sua família de se aproximar dele. Com o forte protesto da sua esposa, ela acabou sendo autorizada a se aproximar dele, com vários policiais em pé observando bem de perto.
Durante seu último adeus, a esposa do Sr. Teng ficou devastada ao ver que ele ainda estava algemado. Ela gritou para os guardas para remover as algemas, e finalmente eles removeram.
Às 23h51 do dia 2 de dezembro, o Sr. Teng faleceu, sob rigorosa vigilância. Os guardas ainda não permitiram que sua família se aproximasse do seu corpo ou o vestissem. Em vez disso, eles contrataram uma empresa para cuidar da maquiagem dele. Também sob forte vigilância, o corpo do Sr. Teng foi levado para uma funerária e cremado no dia 4 de dezembro.
Homem de 74 anos morre enquanto estava detido por praticar o Falun Gong
No dia 24 de abril de 2022, às 20h25, a família do Sr. Liu Qingfei recebeu um telefonema do centro de internação local e foi informada de que o residente da cidade de Shenyang, província de Liaoning, de 74 anos, teve um mal súbito repentino, e apesar dos esforços para ressuscitá-lo no hospital, ele morreu.
Quando a família correu para o hospital, os olhos e a boca do Sr. Liu estavam abertos. Seus olhos ainda estavam brilhantes e não pareciam os olhos de uma pessoa morta. Sua família tocou seu corpo e percebeu que ele ainda estava quente. Eles perguntaram, discretamente, aos guardas do centro de internação: "Por que o médico parou de tentar ressuscitá-lo quando ele ainda está vivo?"
Os guardas alegaram que o Sr. Liu sofreu um mal súbito repentino às 18h39. Eles chamaram o hospital e a ambulância chegou 20 minutos depois. O Sr. Liu foi declarado morto às 19h08. Não está claro se ele estava no hospital às 19h08. Também não está claro quem o declarou morto e por que os guardas do centro de internação esperaram até as 20h25 para informar sua família.
Por insistência da família, o médico novamente tentou ressuscitar o Sr. Liu, mas ele morreu momentos depois.
No dia 28 de agosto de 2021, o Sr. Liu foi preso em sua casa. A polícia invadiu o local alegando que estava lá para aplicar a vacina da COVID-19 nele. Ele foi interrogado enquanto estava sob custódia e sofreu um ataque cardíaco no segundo dia de sua prisão. Ele estava aguardando o julgamento pelo Tribunal Distrital de Liaozhong quando ele morreu.
Mulher morre sob custódia oito dias após ser presa e lhe ter sido negada assistência médica
Zhang Siqin, uma mulher de 69 anos na cidade de Dalian, província de Liaoning, morreu no Centro de Detenção de Yaojia no dia 26 de janeiro de 2022, oito dias após ter sido presa por praticar Falun Gong.
Sra. Zhang Siqin.
No dia 12 de novembro de 2019, a Sra. Zhang foi presa pela primeira vez enquanto distribuía calendários com informações sobre o Falun Gong perto de um mercado agrícola. No dia 10 de dezembro de 2019, ela foi libertada devido a uma enfermidade. No dia 14 de outubro de 2020, o Tribunal Distrital de Jinzhou aprovou sua prisão e a condenou a dois anos com uma multa de 5.000 yuans em 27 de agosto de 2021.
No dia 19 de janeiro de 2022, a Sra. Zhang foi levada de volta sob custódia para cumprir sua pena de prisão. Ela estava aterrorizada e teve muita náusea. Mesmo que o médico tenha desaconselhado sua detenção devido a sua enfermidade, a polícia insistiu que ela estava bem e a levou para o Centro de Detenção de Yaojia.
Na primeira noite no centro de internação, a Sra. Zhang não pôde andar sozinha ou dormir. Os guardas se recusaram a fornecer a ela qualquer alimento. Na manhã seguinte, ela estava tão fraca que não conseguiu se vestir e teve que contar com a ajuda da colega de quarto.
Nos dias seguintes, a Sra. Zhang não conseguia engolir comida e vomitava tudo o que comia. A comida que os guardas forneciam era apenas mingau e pãezinhos cozidos no vapor. Ela estava muito fraca para ficar em pé sozinha.
Quando a Sra. Zhang foi admitida no centro de internação, os guardas tiraram sua dentadura. Ela pediu várias vezes para colocá-la de volta, mas os guardas se recusaram a devolvê-las, o que tornou ainda mais difícil para ela comer.
Apesar dos seus problemas de saúde, os guardas não levaram a Sra. Zhang para consultar um médico e, em vez disso, deram alguns medicamentos desconhecidos a ela, o que fez com que sua situação piorasse ainda mais.
No dia 25 de janeiro, o sexto dia de sua detenção, a Sra. Zhang começou a tremer incontrolavelmente e não conseguia se sentar sozinha. Sua colega de quarto informou os guardas, que insistiram em dar uma droga desconhecida a ela, novamente sem avaliação médica. Quando a Sra. Zhang foi incapaz de tomar a droga, os guardas ordenaram que cinco detentas a segurassem e a alimentassem à força com a droga. Ela ficou inválida e depois perdeu a força para se sentar.
Às 2h20 do dia 26 de janeiro, novamente, a Sra. Zhang, começou a tremer incontrolavelmente. Todas as detentas da cela estavam acordadas, mas os guardas ainda as ignoravam. Às 9h, ela foi retirada em uma cadeira de rodas, mas apenas dez minutos depois, a Sra. Zhang foi trazida de volta. Os guardas continuaram a administrar à força a droga desconhecida.
A Sra. Zhang começou a ter febre por volta da meia-noite. Por volta das 2h40, ela estava em estado crítico. Os guardas ainda se recusaram a levá-la para um hospital e ordenaram que as outras detentas da cela continuassem a monitorá-la.
Pela manhã, a Sra. Zhang já não conseguia se sentar mesmo com a ajuda da sua companheira de cela. Embora as detentas tenham relatado sua situação às 7h07 da manhã, até as 7h25 o médico não tinha aparecido.
Às 7h30 da manhã, a Sra. Zhang havia parado de respirar e não tinha pulso. O médico tentou ressuscitá-la, mas ela não reagiu. O médico chamou os guardas às 7h34 da manhã, mas eles não atenderam até que o médico ligou pela terceira vez. A Sra. Zhang foi declarada morta às 7h35 da manhã e removida da cela.
“Se eu morrer, será o resultado da tortura”
No dia 21 de março de 2022, sete semanas após ter sido presa no Dia de Ano Novo Chinês (1º de fevereiro), a Sra. Ji Yunzhi, residente do município de Lindong, Bairin, cidade de Chiefeng, Mongólia Interior, e mãe de Simon Zhang, residente nos Estados Unidos, morreu no Hospital Bairin. Ela tinha 66 anos.
A Sra. Ji Yunzhi com seu filho Simon Zhang
Durante a detenção, ela foi brutalmente espancada pelos guardas e pelas detentas, até chegar à beira da morte. "Se eu morrer, será o resultado de tortura", disse certa vez a Sra. Ji a suas companheiras de cela.
No dia 1º de fevereiro de 2022, a Sra. Ji foi presa em casa. Apesar do fato de que ela estava passando por convulsões e estava vomitando, a polícia a mandou sentar no chão frio de azulejos por muito tempo, zombando dela dizendo que ela estava fingindo seus sintomas.
A Sra. Ji, fez greve de fome no Centro de Detenção Bairin e foi alimentada à força através de um tubo nasal. O médico do centro de detenção a esbofeteou muitas vezes.
Na manhã de 20 de março de 2022, o marido da Sra. Ji recebeu uma ligação da polícia de Bairin notificando-o para ir ao hospital. Ao chegar lá, foi informado que os médicos haviam começado a reanimar a Sra. Ji, mas o prognóstico não era bom. Foi feito um plano para transferi-la do Hospital Bairin para o Hospital da Cidade de Chifeng. Porém, um especialista do hospital da cidade, que veio a Bairin para examinar a Sra. Ji, disse que era tarde demais e que não havia necessidade de transferi-la. Seu marido solicitou repetidamente sua libertação, mas o oficial responsável (Xu Jianfeng) se recusou a fazê-lo, dizendo que precisava da aprovação de seus superiores.
No dia seguinte, a família foi notificada do falecimento da Sra. Ji. Eles pediram para vê-la pela última vez nas instalações do hospital, mas a polícia os deteve. Pela janela, sua família viu que seu esôfago havia sido cortado. Havia também sangue no rosto e no ombro dela. Muitos policiais estavam parados no corredor. Eles tiraram a família da Sra. Ji daquele andar do prédio e bloquearam o elevador até aquele andar para que ninguém pudesse acessar a área.
No dia seguinte, a família foi notificada do falecimento da Sra. Ji. Eles pediram para vê-la pela última vez na sala do hospital, mas a polícia os deteve. Pela janela, sua família viu que seu esôfago havia sido cortado. Havia também sangue no rosto e no ombro dela. Muitos policiais estavam parados no corredor. Eles tiraram a família da Sra. Ji daquele andar do prédio e bloquearam o elevador até aquele andar para que ninguém pudesse acessar a área.
Depois que sua família saiu do andar, a polícia chamou o crematório Bairin, que logo enviou um veículo para recolher o corpo da Sra. Ji. Quando sua família ao crematório, o investigador forense não permitiu a entrada deles. Eles imploraram à polícia e eventualmente, foram autorizados a entrar um de cada vez e dar uma olhada rápida no corpo da Sra. Ji. Mais de 40 policiais haviam sido enviados para guardar o corpo.
No dia 14 de abril de 2022, a Prisão Jidong nº 5, na província de Hebei, notificou a família do Sr. Han Junde, residente na cidade Baoding, província de Hebei, tinha falecido às 10h35 da manhã daquele dia.
Sr. Han Junde
O Sr. Han, morreu menos de três anos depois de ter sido internado na prisão para cumprir uma pena de 8,5 anos por fazer artesanato em cabaça esculpido com: “Verdade, Compaixão e Tolerância”.
Uma cabaça com: “Verdade, Compaixão e Tolerância é bom. Falun Dafa é bom”, escrito no topo
Depois que o Sr. Han foi levado para a prisão, os guardas repetidamente ordenaram que ele se declarasse culpado e renunciasse ao Falun Gong. Como ele se recusou a obedecer, eles retiraram seus direitos de ver, ligar ou escrever para sua família.
Mais tarde, a família do Sr. Han soube que ele estava com uma anemia grave devido ao abuso na prisão. Tinha ficado cego de um olho e teve que ser levado em uma cadeira de rodas na prisão. A família solicitou sua liberdade condicional médica, mas o Departamento de Justiça do Distrito de Jingxiu negou o pedido, mesmo depois que o médico determinou que ele se qualificava a essa condicional.
O Sr. Han, foi hospitalizado por volta do início de 2022 depois de ter ficado gravemente doente. Ele estava usando um tubo de drenagem após ter tido alta. No dia 5 de abril de 2022, novamente, ele foi levado ao hospital. Ele não conseguia respirar por conta própria e foi colocado em um respirador. Ele faleceu nove dias depois.
Mulher injustamente condenada morre dias depois de ter sido negada a liberdade condicional médica
Liu Hongxia, uma praticante do Falun Gong de 47 anos de idade, apesar de sua condição crítica, teve a liberdade condicional médica negada e assim ela acabou morrendo no dia 8 de novembro de 2022.
A Sra. Liu, da cidade de Dalian, província de Liaoning, foi presa no dia 28 de outubro de 2021, por pregar cartazes sobre o Falun Gong. No dia 14 de fevereiro de 2022, ela iniciou uma greve de fome em protesto contra a perseguição.
No dia 28 de fevereiro de 2022, quando seu advogado foi visitá-la, disseram a ela que havia sido transferida para o Hospital Xinhua, que está associado ao Centro de Detenção da Cidade de Dalian e às prisões locais.
No hospital, a Sra. Liu foi amarrada a uma cama, alimentada à força, e recebeu injeções a força com drogas desconhecidas. Proibiram-na de receber qualquer visita, inclusive a de seu advogado e família.
O juiz Guo Danhua, do Tribunal Distrital de Ganjingzi, julgou Liu virtualmente, e a sentenciou a quatro anos no dia 13 de julho, seis dias depois de ela ter sido levada de volta ao centro de detenção. Ninguém da sua família foi autorizado a comparecer à audiência. O pedido de seu advogado para adiar o processo também foi negado. A Sra. Liu estava tão fraca e magra, que não conseguia nem se sentar e caiu da cadeira durante todo o processo.
Quando seu advogado, finalmente, recebeu permissão para visitá-la após o julgamento, ela não conseguia se lembrar da sua internação, mas sabia que foi alimentada à força e recebeu uma injeção. Seu advogado apelou por ela, mas o tribunal superior decidiu em outubro manter o veredicto original.
A Sra. Liu foi novamente internada no Hospital Xinhua no final de agosto e foi transferida para uma unidade de terapia intensiva no final de outubro. Os médicos emitiram um aviso de estado crítico para ela. No dia 25 de outubro, sua família pediu liberdade condicional médica para ela, mas o tribunal e o centro de internação negaram.
A Sra. Liu estava extremamente fraca quando sua família foi autorizada a visitá-la em 29 de outubro. No dia 4 de novembro ela começou a sangrar pela boca e pelo nariz. Pensando que ela morreria em poucos dias, o médico pediu que sua família trouxesse seu filho para vê-la pela última vez. A visita foi monitorada por um policial. A Sra. Liu faleceu na manhã do dia 8 de novembro.
Idosos praticantes sucumbiram à perseguição
Idoso de 89 anos morre após ser vítima de assédio
O Sr. Liu Yongcun, da cidade de Shulan, província de Jilin, foi denunciado por falar com as pessoas sobre o Falun Gong e distribuir calendários com informações sobre a prática no inverno de 2020. A polícia saqueou sua casa e o forçou a assinar uma declaração de garantia para renunciar ao Falun Gong. Profundamente apavorado, ele sofreu um derrame e ficou transtornado desde então.
No dia 12 de maio de 2021, novamente, a polícia voltou para saquear sua casa. Muitos de seus pertences pessoais foram roubados. A polícia tentou prendê-lo, mas se arrependeu ao ver sua condição física.
Lutando com a saúde em declínio, o Sr. Liu faleceu em 10 de setembro de 2021. Ele tinha 89 anos.
Engenheira aposentada morre após ficar cega por causa de drogas e sofrer fraturas nas pernas
No dia 1º de janeiro de 2022, a Sra. Wang Liuzhen faleceu, encerrando décadas de perseguição sofrida por causa de sua fé no Falun Gong. Ela estava na casa dos 80 anos.
A Sra. Wang era uma engenheira metalúrgica aposentada da fábrica Chang'an No. 2 em Chongqing. Depois que o regime comunista ordenou a perseguição em 1999, ela recebeu dois mandatos no campo de trabalho e foi internada três vezes em um hospital psiquiátrico. Ela foi alimentada e recebeu a força injeções com drogas tóxicas, o que danificou seus órgãos internos e fez com que ela ficasse cega.
O comitê residencial e a Agência 610 de Jiangbei, forçaram seu marido a se divorciar dela, ameaçando suspender sua aposentadoria se ele não se divorciasse. Seus filhos também foram forçados a assinar acordos para não visitar a mãe ou perderiam o emprego.
Para monitorar a Sra. Wang, as autoridades construíram uma guarita fora de sua casa e a monitoravam 24 horas por dia por mais de dez anos. As pessoas que a monitoravam a espancavam e ofendiam verbalmente, em um determinado momento, quebraram o seu nariz com um banco de madeira. Gritando para ela: "Vamos espancá-la até a morte hoje à noite".
A guarita construída especificamente para monitorar a Sra. Wang.
Quando a Sra. Wang se recusou a ficar em silêncio e ainda tentou buscar justiça mesmo após ter ficado cega, no dia 14 de agosto de 2011, eles a levaram para um local remoto, onde a espancaram tanto, que quebraram suas pernas.
De acordo com os praticantes locais, os quais viram a Sra. Wang no hospital, seus joelhos estavam enfaixados com ataduras. Apesar do fato de que ela não tinha problemas para comer, o médico mantinha um tubo de alimentação nasal dentro dela. Ela podia ouvir e entender o que eles diziam, mas não conseguia falar com eles devido a um bocal de abertura colocado pelo médico e continuava chorando.
Dias depois, vários praticantes a visitaram novamente. Eles disseram: "Se você caiu por conta própria, não se mexa. Porém, se eles a machucaram, você pode segurar minha mão". Ela então segurou a mão do praticante. Eles repetiram a mesma pergunta várias vezes e ela respondeu a mesma coisa.
Uma praticante, novamente, perguntou: "Quantas pessoas fizeram mal a você? Você pode apertar minha mão para indicar o número". Ela então segurou sua mão duas vezes.
Sra.Wang, sendo seguida pelo pessoal da segurança.
A Sra. Wang foi reduzida a pele e osso pelo abuso que sofreu nas mãos do pessoal do PCC.
Idoso de 81 anos morre um ano após cumprir terceira pena de prisão
O Sr. Liao Songlin, lutou contra os problemas de saúde depois que foi libertado em 13 de julho de 2021, tendo cumprido uma pena de três anos por praticar o Falun Gong. O homem de 81 anos da cidade de Chenzhou, província de Hunan, faleceu no dia 14 de outubro de 2022. Mesmo após sua morte, agentes comunitários locais ainda o perseguiram e até tentaram verificar sua morte, indo até o local de sepultamento.
O Sr. Liao Songlin algemado na sala de visitas da Prisão de Jinshi em 2008.
No dia 19 de julho de 2018, o Sr. Liao, um veterano aposentado do Centro de Recepção Militar, foi preso em casa. Passados dias no centro de detenção local, o homem então com 77 anos de idade foi diagnosticado com pressão alta, doença cardíaca, um pequeno derrame e tuberculose. Em vez de liberá-lo, as autoridades o enviaram para um hospital militar. Sua esposa exigiu sua libertação, mas foi em vão.
No dia 27 de setembro, o Tribunal Distrital de Beihu ouviu o caso do Sr. Liao no hospital. Ele foi algemado e acorrentado e foi proibido de se defender. No dia 22 de outubro de 2018, o juiz o condenou a três anos de prisão. Sua aposentadoria foi suspensa durante seu mandato.
O Sr. Bai Xingguo recebeu injeções com droga tóxica seis meses antes do fim de seu mandato por ter praticado o Falun Gong. Sua saúde continuava se deteriorando, e ele estava constantemente em estado delirante. Em janeiro de 2022, quando a prisão pediu a sua família que o pegasse, ele já estava inválido e à beira da morte. Após 20 dias, ele faleceu.
O Sr. Bai, da cidade de Chengde, província de Hebei, foi preso, no dia 4 de janeiro de 2018, ao sair com vários outros praticantes para colocar faixas com os dizeres: Falun Dafa é bom. No dia 18 de abril, ele foi julgado e condenado a três anos de prisão, em junho de 2018.
No dia 15 de dezembro de 2018, o Sr. Bai, que havia sido libertado sob fiança, foi levado de volta à custódia no Centro de Detenção de Tucheng e posteriormente transferido para a Prisão de Tangshan, onde recebeu uma injeção mortal.
O Sr. Luo Zhenggui e sua esposa foram forçados a viver longe de sua casa após terem sido colocados em vigilância residencial após uma breve detenção no dia 5 de novembro de 2021. O residente do condado de Gulin, província de Sichuan, sofreu um declínio na saúde enquanto estava desalojado. Ele voltou para casa em estado crítico e faleceu duas semanas depois, no dia 6 de julho de 2022, seis dias após o falecimento de sua sogra. Ele tinha 87 anos de idade.
O Sr. Luo, ex-funcionário do governo do município de Shibao, havia sido preso, repetidamente, assediado e detido nas duas últimas décadas, por se recusar a renunciar a sua fé.
O Sr. Luo cumpriu três anos e meio entre 2004 e 2007. Embora ele tenha escapado de outra prisão em 2009, as autoridades confiscaram seu apartamento e suspenderam sua aposentadoria. Ele foi forçado a mudar de um lugar para outro até ser preso novamente em 2012 e recebeu uma segunda sentença de prisão de quatro anos.
O Sr. Luo cumpriu três anos e meio entre 2004 e 2007. Embora ele tenha escapado de outra prisão em 2009, as autoridades confiscaram seu apartamento e suspenderam sua aposentadoria. Ele foi forçado a mudar de um lugar para outro até ser preso novamente em 2012 e recebeu uma segunda sentença de prisão de quatro anos.
A última prisão do Sr. Luo foi no dia 5 de novembro de 2021, quando ele estava a caminho de casa após ir a um banco. A polícia arrombou a fechadura de seu apartamento alugado e invadiu o local. A esposa do Sr. Luo, a Sra. Zhang Ziqin, estava em casa cuidando de sua mãe quando a polícia invadiu o local.
Ao entrar, a polícia segurou os braços da Sra. Zhang e não permitiu que ela se movesse. Eles tiraram fotos dela e gravaram sua voz, tudo contra sua vontade. Somente quando sua mãe insistiu que permitissem trocar sua fralda é que a polícia a soltou.
Depois de levar o Sr. Luo ao Departamento de Polícia do Condado Gulin para interrogatório, a polícia mediu sua altura e peso e coletou suas impressões digitais. Eles também tiraram sua foto e gravaram sua voz. Depois, o levaram para o hospital para um exame físico antes de levá-lo para casa por volta das 23h30min.
A polícia também tentou prender a Sra. Zhang e levá-la embora. Contudo, como ela gritou por ajuda e lutou, a polícia desistiu e a interrogou em casa.
Quando a polícia levou o Sr. Luo para casa, eles anunciaram que o casal seria colocado sob vigilância residencial. Para evitar mais perseguições, a Sra. Zhang incumbiu outras pessoas para ajudarem a cuidar de sua mãe e foi morar longe de casa com o Sr. Luo.
Porém, quando a saúde do Sr. Luo começou a declinar durante a fuga, eles decidiram voltar para casa. Porém, pouco depois disso, a Sra. Zhang sofreu um duro golpe com a morte de sua mãe e do Sr. Luo, com seis dias de intervalo.
Mortes de profissionais
Escritor e educador, morre seis dias depois de ser admitido na prisão
No dia 20 de novembro de 2020, Wang Xueming, conhecido autor e educador na cidade de Chengdu, província de Sichuan, foi preso quando estava na cidade de Baotou, Mongólia Interior, para dar palestras sobre a cultura tradicional chinesa. Um informante revelou que ele havia sido denunciado por um dos pais de um estudante por ter falado com ele sobre o Falun Gong. Mais tarde, foi condenado a uma pena de quatro anos de prisão.
Sr. Wang Xueming.
No dia 21 de setembro de 2022, a família do Sr. Wang foi informada de sua morte, apenas seis dias após ele ter sido levado para a Prisão nº1 de Hohhot, na Mongólia Interior. Enquanto a prisão se recusou a revelar quaisquer detalhes, sua família suspeita que ele morreu devido à tortura, já que antes de ser preso, sempre foi saudável.
O Sr. Wang, que usou os pseudônimos de Yun Xiao e Tang Ming em seus textos, era bacharel em língua e literatura chinesa pela Universidade Normal de Sichuan e mestre em educação pela Universidade Normal do Sudoeste. Foi membro da Associação de Escritores de Sichuan e diretor da Associação de Escritores de Longquan. Ele também foi premiado como "Os 10 primeiros escritores no Sohu.com em 2007".
Ex-jornalista morre no hospital penitenciário 16 meses após ser preso por causa de sua fé
16 meses depois que um homem da cidade de Baoding, província de Hebei, foi transferido para a Prisão nº 5 Jidongpara cumprir uma pena de sete anos por praticar o Falun Gong, ele faleceu em 10 de agosto de 2022, no hospital afiliado à prisão. O Sr. Yang Zhixiong tinha 58 anos.
De acordo com a família do Sr. Yang, quando viram seu corpo no Hospital União de Tangshan, ele estava magro e seus olhos e boca estavam bem abertos.
No dia 30 de junho de 2022, o Sr. Yang entrou em coma devido a mieloma (câncer de células plasmáticas), mas os guardas esperaram dois dias antes de levá-lo ao hospital. Antes disso, ele frequentemente lutava contra dores nas costas e nas pernas.
O Sr. Yang foi mantido na unidade de terapia intensiva por quase 40 dias, entre os dias 2 de julho e 10 de agosto, e as visitas de sua família foram restritas. Os guardas também o mantiveram algemado e acorrentado. Um guarda da prisão disse à sua família após sua morte que se o Sr. Yang tivesse renunciado ao Falun Gong, eles não o teriam tratado dessa maneira.
Sr. Yang Zhixiong.
No dia 26 de setembro de 2019, o Sr. Yang foi preso e no dia 1º de dezembro de 2020, foi condenado a 6,5 anos de prisão. Seu recurso foi rejeitado e ele foi levado para a Prisão nº5 de Jidong, por volta de abril de 2021.
Condenado à prisão ainda em coma, professor de matemática morre
O Sr. Ding Guochen ainda estava em coma quando foi condenado a dois anos por praticar o Falun Gong. O tutor de matemática da cidade de Dalian, província de Liaoning, faleceu dois meses depois, em 30 de abril de 2022. Ele tinha 51 anos.
Ding e sua esposa, Yan Qinghua, foram presos durante um comando policial na província em 11 de julho de 2019. A prisão em grupo ocorreu como parte do esforço do Partido Comunista Chinês para “manter a estabilidade” antes de seu 70º aniversário desde que assumiu o poder em 1949.
Mais tarde do mesmo dia, a Sra. Yan foi libertada, mas o Sr. Ding foi levado para o Centro de Detenção de Jinzhou à noite. Ele fez uma greve de fome de quatro semanas para protestar contra a detenção arbitrária e foi alimentado à força. Como resultado do abuso, ele perdeu a audição e sofreu um derrame. Com isso, no dia 19 de outubro de 2019, ele libertado sob fiança.
O Sr. Ding voltou a praticar o Falun Gong ao voltar para casa. Ele recuperou parte de sua mobilidade, mas ainda tinha problemas de audição.
Enquanto o Sr. Ding ainda estava detido, a Sra. Yan foi à delegacia de polícia local para exigir sua libertação. Certa vez, o oficial Li agarrou seu pescoço e a empurrou para uma sala para interrogatório. No dia 10 de setembro de 2019, ao voltar a delegacia, o mesmo policial puxou seu cabelo e a empurrou. Como resultado, uma boa parte do seu cabelo foi arrancada. A polícia também ameaçou prender seus dois filhos quando completassem 18 anos.
No dia 27 de janeiro de 2021, o Sr. Ding teve outro derrame, e entrou em coma. Ele nunca recuperou a consciência e permaneceu em estado vegetativo. No dia 23 de fevereiro, apesar de sua condição, o Tribunal Distrital de Jinzhou proferiu as condenações indevidas ao casal. O Sr. Ding foi condenado a dois anos de prisão e multado em 5.000 yuans. A Sra. Yan foi condenada a três anos e meio de prisão e multada em 8.000 yuans.
A certa altura, três funcionários do Tribunal Distrital de Jinzhou foram à casa do casal para verificar a saúde do Sr. Ding. A Sra. Yan apontou para o marido, o qual estava em coma e no oxigênio, e disse: “Ele acabou assim devido à perseguição. Veja por si mesmo. Não temos dinheiro para tratá-lo no hospital, então tenho que cuidar dele em casa”.
Vendo a terrível situação da família, os funcionários do tribunal disseram a ela: “Você pode ficar em casa para cuidar dele”.
A Sra. Yan gastou todas as economias da família no tratamento médico do Sr. Ding e pediu mais dinheiro emprestado para seus parentes e amigos. Agora vivendo em uma situação de miséria, ela também luta para lidar com o vazio deixado pela morte do Sr. Ding e cuidar de seus dois filhos.
Décadas de perseguição e tragédias familiares
Quando o Sr. Zhang Yaoming foi libertado depois de cumprir 19 anos por interceptar sinais de TV para transmitir programas que desmentiam a propaganda contra o Falun Gong, ele estava muito fraco e emaciado. O residente da cidade de Hegang, província de Heilongjiang, faleceu um ano depois, aos 59 anos. Ele deixa sua esposa, a Sra. Fan Fengzhen, e seu filho.
Quando o Partido Comunista Chinês anunciou a perseguição ao Falun Gong em 20 de julho de 1999, toda a mídia controlada pelo estado estava cheia de programas de propaganda demonizando o Falun Gong. Da noite para o dia, os 100 milhões de praticantes da pacífica disciplina para a mente e para o corpo, se tornaram o principal inimigo do Estado.
Para esclarecer os fatos sobre o Falun Gong, o Sr. Zhang, um professor de matemática do ensino médio, e outros quatro praticantes arriscaram a vida interceptaram o sinal de TV local em 20 de abril de 2002, e reproduziram um vídeo de 20 minutos refutando o embuste da autoimolação de Tiananmen que difamou o Falun Gong. Zhang Xingfu, o secretário do Partido da cidade de Hegang, ficou furioso. Ele deu a ordem para prender os praticantes envolvidos, alegando: "Mesmo que você prenda 1.000 pessoas erradas, você não pode perder uma única que o tenha feito!"
Em poucos dias, mais de 500 praticantes locais do Falun Gong da cidade de Hegang foram presos. O Sr. Zhang e a Sra. Fan foram presos na casa de um parente no meio da noite de 24 de abril. Três outros praticantes também foram presos pouco depois.
Em outubro de 2002, o Tribunal Distrital de Gongnong, proferiu mandatos pesados para os quatro praticantes: O Sr. Zhang teve o mandato mais longo de 19 anos e os outros três foram condenados de 13 a 18 anos. O quinto praticante que na época, escapou da prisão, foi preso no dia 7 de setembro de 2005 e condenado a 17 anos em 2006.
O Sr. Zhang foi detido pela primeira vez na Prisão nº3 de Harbin e depois no dia 30 de junho de 2014, transferido para a Prisão Tailai. As autoridades da prisão prometeram uma recompensa de 2.000 yuans para o chefe de cada ala e uma recompensa de 1.000 yuans para cada um dos os guardas, caso alguma ala fosse capaz de forçar, com sucesso, todos os praticantes da ala a renunciarem ao Falun Gong. Qualquer diretor ou guarda que não conseguisse atingir a taxa de transformação de 100% enfrentaria redução salarial, rebaixamento ou até rescisão do emprego. Os guardas foram autorizados a usar quaisquer métodos de tortura necessários para abalar a vontade dos praticantes. Se não houvesse ferramentas de tortura suficientes, eles poderiam fazer as suas próprias.
Os praticantes eram frequentemente pendurados por suas algemas ou amarrados a um instrumento de tortura que se estendia. Eles não tinham permissão para dormir à noite. Quando cochilavam, os guardas jogavam água fria sobre eles. Às vezes, eles eram pendurados e colocados sob o sol escaldante (quando a temperatura atingia mais de 40° C). Alguns foram colocados em uma cova de um metro de profundidade por dias, com os membros amarrados. Uma outra tortura, os guardas colocaram duas bolas de aço debaixo das nádegas de um praticante por sete dias. Além da tortura, os praticantes também foram forçados a fazer trabalhos forçados intensivos sem remuneração.
O Sr. Zhang apresentou anemia grave, doença de pele e hemorroidas como resultado da tortura. Embora tenha sido libertado em liberdade condicional médica em algum momento, ele foi levado de volta à prisão no dia 17 de agosto de 2015 e acabou cumprindo seu mandato.
Em 23 de abril de 2021, quando seu mandato terminou, em vez de informar sua família para pegá-lo, as autoridades penitenciárias o entregaram aos funcionários do Comitê de Assuntos Políticos e Legais da Cidade de Hegang, da Agência 610 e da Delegacia de Polícia de Hongjun. Eles o levaram para a Delegacia de Polícia de Hongjun e forçaram sua família a escrever uma declaração para renunciar ao Falun Gong em seu nome, antes de permitir que ele voltasse para casa.
Devido aos graves danos à sua saúde após a longa pena de prisão e a tortura ininterrupta, o Sr. Zhang nunca se recuperou e faleceu no início de abril de 2022.
A Sra. Hu Yanbo sofreu um distúrbio mental quando foi libertada da Prisão Feminina da Província de Liaoning em 2006, depois de cumprir quatro anos por praticar o Falun Gong. Como ela não tinha condições de cuidar de si mesma, seu pai a encaminhou para um hospital psiquiátrico. Depois de lutar por 16 anos, ela faleceu em janeiro de 2022. Ela tinha 50 anos.
A Sra. Fu, da cidade de Fushun, província de Liaoning, foi presa quatro vezes entre 1999 e 2002, incluindo uma prisão em 2000 por ir a Pequim apelar pelo direito de praticar o Falun Gong.
Ela foi condenada a quatro anos após sua última prisão em outubro de 2002. Ela foi mantida no Campo de Trabalhos Forçados de Masanjia por três anos e depois transferida para a Prisão Feminina da Província de Liaoning.
Os guardas da prisão usaram todos os tipos de tortura tentando forçá-la a renunciar ao Falun Gong, incluindo espancamentos, até um mês de privação de sono, e amarrando-a a uma prateleira de metal no banheiro em posição de cócoras. Uma praticante que também foi presa lá uma vez contou que os guardas forçaram a Sra. Hu a ficar em pé no banheiro a fim de transformá-la. Isso começava a partir das 22h, e ninguém sabia quanto tempo durava todas as noites.
Posteriormente, a Sra. Hu adoeceu. Os guardas ordenaram que as detentas acrescentassem drogas desconhecidas à sua comida, o que a deixava tonta e incapaz de sair da cama. Ela quase morreu devido à tortura e à administração de drogas.
A Sra. Hu estava em um estado delirante quando foi liberada. Ela também foi demitida pelo seu empregador. Como sua mãe havia falecido há muito tempo, seu pai a mandou para um hospital psiquiátrico, pois ainda tinha que trabalhar para sustentar a família.
Na primeira semana de 2022, seu pai recebeu um telefonema do hospital e foi informado de que ela havia acabado de falecer. A enfermeira que a cuidava disse que ela se recusava a comer carne e só comia picles. O pai idoso ficou devastado ao ver seu corpo magro.
Esposa e marido morrem com um ano de diferença
Menos de um ano após a morte da Sra. Guan Fengxia devido à anos de assédio por praticar o Falun Gong, seu marido, o Sr. Dai Zhidong, também morreu, um mês após sua última prisão por causa da sua fé.
Sra. Guan Fengxia.
No dia 8 de janeiro de 2022, o Sr. Dai, ex-funcionário da empresa de bombas submersíveis sob a administração da Daqing Petroleum na província de Heilongjiang, foi preso, depois que ele e outro praticante foram denunciados por terem entregue um folheto com informações sobre o Falun Gong em um posto de gasolina. A polícia saqueou sua casa e cobrou uma fiança de 10.000 yuans, antes de liberá-lo sob fiança.
O Sr. Dai estava sob tremenda pressão com a mais nova rodada de perseguição financeira, pois ainda estava lutando para pagar as contas médicas da Sra. Guan. Com a polícia confiscando suas economias de apenas 5.000 yuans e seu filho pagando a fiança de 10.000 yuans por ele, ele estava preocupado com quando seria capaz de pagar todas as dívidas. Enquanto isso, a polícia ameaçou o Sr. Dai a não relatar a perseguição ao site Minghui.org. A pressão mental afetou sua saúde e ele faleceu em 11 de fevereiro de 2022. Ele tinha 60 anos.
Desde o início da perseguição, o Sr. Dai e a Sra. Guan foram repetidamente presos por defenderem o Falun Gong. A Sra. Guan foi condenada a dois anos de trabalhos forçados e o Sr. Dai foi condenado a sete anos. Ambos foram submetidos a espancamentos, privação de sono e outras torturas por não renunciarem à sua fé.
Mesmo depois de serem libertados, as autoridades continuaram a assediar o casal, deixando-os sob um tremendo sofrimento mental. A perseguição contínua afetou a saúde da Sra. Guan. Ela passou a ter miomas uterinos e sangramentos irregulares. Ela não conseguia comer e emagreceu. Ela faleceu no dia 5 de março de 2021, com apenas 60 anos.
A morte prematura de homem de 44 anos após dois anos de detenção em campo de trabalho, divórcio forçado e assédio ininterrupto
O Sr. Guan Yunzhi, um residente da cidade de Tieling, província de Liaoning, foi submetido a torturas desumanas enquanto servia um período de dois anos no campo de trabalho entre 2002 e 2004 por praticar Falun Gong. Sua esposa se divorciou dele devido à pressão da perseguição. Ele também foi demitido do seu trabalho e sujeito a perseguição continua, por parte das autoridades. O sofrimento mental teve um impacto sobre sua saúde. Ele faleceu no dia 1º de março de 2022, aos 44 anos de idade.
No dia 24 de dezembro de 2001, o Sr. Guan foi preso pela primeira vez quando trabalhava na Companhia de Energia do Distrito de Qinghe. A polícia ameaçou condená-lo à prisão, para criar um precedente de condenação dos praticantes inocentes do Falun Gong, no distrito de Qinghe.
Como o Sr. Guan se recusou a renunciar ao Falun Gong durante o interrogatório, a polícia o golpeou no rosto, pisou em seus dedos dos pés, puxou seu pescoço, puxou seus pêlos corporais e queimou seus dedos com cigarros.
O Sr. Guan foi condenado a dois anos no Campo de Trabalhos Forçados de Tieling no final de janeiro de 2002. Quando ele escreveu como se beneficiou da prática do Falun Gong no "relatório de pensamento" exigido, os guardas chicotearam suas costas com uma vara de borracha pontiaguda com um núcleo de metal. Como o Sr. Guan permaneceu firme com sua fé, os guardas deram choques com bastões elétricos na cabeça, no peito e depois em todo o corpo.
Após sua libertação, a polícia continuou a perseguir o Sr. Guan. Ao saber de uma possível prisão em março de 2007, ele passou a viver longe de casa para evitar a polícia e foi demitido de seu local de trabalho. Até então, sua esposa já estava grávida há alguns meses. Suspeitando que ela também praticava o Falun Gong, a polícia a prendeu e a ameaçou. Não querendo continuar vivendo com medo, ela se divorciou dele.
No dia 30 de julho de 2014, o Sr. Guan foi detido e interrogado pela polícia enquanto andava na rua. Depois que um policial descobriu que ele praticava o Falun Gong, ele o prendeu e o interrogou da noite para o dia. O Sr. Guan foi libertado sob fiança após mais de 40 dias de detenção.
Como resultado da perseguição implacável, o Sr. Guan começou a ter problemas médicos. Sua saúde continuou se deteriorando ao longo dos anos e ele acabou morrendo em 1º de março de 2022.
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