(Minghui.org) De acordo com informações coletadas pelo site Minghui.org, no mês de agosto de 2020, 41 praticantes do Falun Gong foram condenados à prisão por causa da sua fé.
O Falun Gong, também conhecido como Falun Dafa, é uma prática espiritual centrada nos princípios da Verdade, Compaixão e Tolerância. Desde que o regime comunista chinês começou a perseguir a prática em julho de 1999, muitos praticantes foram submetidos à prisão, tortura, trabalhos forçados e até a extração forçada de órgãos.
Entre os 41 praticantes condenados em agosto de 2020, sete deles têm 65 anos ou mais. Uma mulher de 80 anos da província de Shanxi foi condenada a uma pena de prisão de um ano e meio. Uma outra mulher de 79 anos da província de Hebei foi condenada a um ano e meio de prisão domiciliar.
As sentenças de prisão dadas aos praticantes variavam entre dez meses e oito anos, com uma média de 3,42 anos. Cinco praticantes na província de Heilongjiang foram condenados a sete anos de prisão num caso conjunto. Entre os 36 praticantes restantes, três deles receberam liberdade condicional e a condenação de dois praticantes era desconhecida. Além disso, treze dos 41 praticantes condenados foram multados em um total de 70.000 yuans pelo tribunal, com uma média de 5.385 yuans por pessoa.
Os 41 praticantes vieram de 13 províncias e municípios. Heilongjiang teve oito casos, seguidos de seis em Henan, cinco em Jilin, quatro em Jiangxi, um em Liaoning e um em Chongqing. Xangai registrou três casos e Hebei registrou dois casos. As regiões restantes, incluindo Anhui, Fujian, Guangdong, Shanxi e Yunnan, tiveram um caso cada.
Com os dados disponíveis em agosto, os casos de sentenças confirmadas no ano de 2020 atingiram 246, incluindo 46 em janeiro, 18 em fevereiro, 21 em março, 21 em abril, 21 em maio, 39 em junho, 39 em julho, 41 em agosto e um aumento constante dos casos mensais à medida que a pandemia do coronavírus, gradualmente, diminuía.
É importante notar que as informações sobre os casos de condenação foram coletadas entre o período de 1º de janeiro a 5 de setembro de 2020. Devido ao bloqueio de informações do regime comunista, o número real de praticantes do Falun Gong condenados por sua fé, provavelmente, seja muito maior.
Baixe e veja a lista completa de praticantes condenados aqui (PDF).
Abaixo estão alguns resumos de casos de sentença.
Condições pesadas
Cinco residentes de Heilongjiang secretamente condenados a penas pesadas
No dia 15 de agosto de 2020, cinco residentes da cidade de Mudanjiang na província de Heilongjiang, foram condenados a sete anos de prisão por praticarem o Falun Gong.
No dia 24 de abril de 2020, a Sra. Cao Shufang, o Sr. Gao Pengguang, o Sr. Sun Shiwei e a Sra. Gao Yongli foram presos. Não está claro quando a Sra. Shi Ying foi presa. Cinco deles tiveram as suas casas saqueadas. A Sra. Cao foi libertada por volta das duas da manhã do dia seguinte, após ter sido diagnosticada com hipertensão.
No dia 15 de agosto, a Esquadra de Polícia Bamiantong No.1, informou a Sra Cao que ela deveria comparecer ao Tribunal de Hailin para pegar a sua cópia do veredicto. Ao chegar no tribunal foi informada que ela e os outros quatro praticantes tinham sido condenados a sete anos de prisão. A Sra. Cao foi também multada em 20.000 yuans.
Não está claro se alguma vez foi realizado um julgamento relativo aos casos dos praticantes.
A Sra. Cao e a Sra. Gao estão detidas no Centro de Detenção de Mudanjiang. O Sr. Gao e o Sr. Sun Shiwei estão no Centro de Detenção da Cidade de Bamiantong.
Mulher Jilin é condenada a oito anos de prisão por distribuir informações sobre o Falun Gong
A Sra. Liang Chunhua, da cidade de Jilin, foi presa em 17 de março de 2019, após ter sido encontrada pela polícia trocando cédulas que continham mensagens sobre o Falun Gong. Devido à rigorosa censura de informação na China, muitos praticantes estão usando meios criativos para aumentar a conscientização sobre sua fé, incluindo mensagens escritas nas cédulas.
A polícia seguiu a Sra. Liang e confiscou os 10.000 yuans em dinheiro que ela carregava. Eles também saquearam sua casa e quase esvaziaram o local. Seus cartões de banco também foram levados.
Em agosto de 2020, relataram que ela foi condenada a oito anos de detenção na Prisão Feminina da Província de Jilin.
Praticantes idosos direcionados
Mulher de 75 anos de idade é sentenciada a três anos e cinco meses
No dia 13 de agosto de 2020, a Sra. Yang Mei, da cidade de Luoyang na província de Henan, foi condenada a três anos e cinco meses com uma multa de 8.000 yuans por causa da sua fé no Falun Gong. Como o centro de detenção se recusou a admiti-la depois que ela foi reprovada no exame físico, a Sra. Yang está cumprindo pena em casa
A Sra. Yang de 75 anos, foi presa em 29 de julho de 2019 enquanto estudava os ensinamentos do Falun Gong com quatro praticantes em sua casa. Um grupo de policiais invadiu e confiscou seus livros do Falun Gong, um MP3 player, todo o dinheiro que puderam encontrar e também os brinquedos de seu neto.
Todas as cinco praticantes, incluindo as Sras. Yang, Song Aizhen, Yin Zhirong, Wang e Du, foram levadas para a Delegacia de Polícia de Changchunlu. Enquanto a Sra. Yang foi solta no mesmo dia para cuidar de seu marido incapacitado, as outras quatro praticantes foram detidas por dez dias antes de serem soltas.
Várias vezes depois, a polícia convocou a Sra. Yang à delegacia para interrogatório. Suas duas filhas também foram assediadas.
Uma vez que a polícia descobriu que a Sra Yang tinha sido condenada a três anos de prisão por ter praticado o Falun Gong, a acusaram de ser uma “reincidente” e por isso, iniciaram um processo formal de acusação contra ela e submeteram o caso à procuradoria.
No dia 22 de novembro de 2019, a Sra. Yang compareceu ao Tribunal Distrital de Jian'xi. Ela agiu como sua própria advogada e se declarou inocente. Após a audiência, ela voltou para casa.
A Sra. Yang foi presa novamente em 17 de abril de 2020, depois de ter sido denunciada por distribuir informações sobre o Falun Gong. A polícia saqueou sua casa e confiscou seus livros e materiais informativos sobre a prática.
O juiz condenou a Sra. Yang em 13 de agosto de 2020. Ela recorreu a sentença.
Homem na casa dos 70 anos condenado a três anos e cinco meses por distribuir literatura sobre sua fé
O Sr. Zhong Guoquan, na casa dos 70 anos, foi preso em 4 de março de 2020, enquanto distribuía informações sobre o Falun Gong nas ruas. A polícia pegou seu celular e obteve seu histórico de ligações e mensagens de texto antes de devolver o telefone para ele. Zhong foi libertado sob fiança por volta da meia-noite, depois de ter sido diagnosticado com problema de saúde.
O Sr. Zhong, na cidade de Mishan, residente da província de Heilongjiang, apareceu no Tribunal de Mishan no dia 10 de agosto de 2020. Sua família não foi autorizada a comparecer à audiência. As poucas cópias dos folhetos do Falun Gong que lhe foram confiscadas foram usadas como prova de acusação contra ele, e ele foi acusado de "minar a aplicação da lei com uma organização de culto", o pretexto padrão usado pelo regime comunista para incriminar os praticantes do Falun Gong.
O promotor Wang Kaifeng reclamou ao juiz que o Sr. Zhong tinha uma má atitude por não se declarar culpado. O advogado do Sr. Zhong refutou que estava dentro de sua liberdade de crença a prática do Falun Gong, o que não prejudicava nem perturbava nenhum indivíduo ou sociedade. Wang gritou de volta: “Você não sabe quanto impacto causaria quando as pessoas lessem os materiais distribuídos por ele”?
Após a audiência ser suspensa, o Sr. Zhong estava tão fraco que quase desmaiou e foi levado pela polícia. No dia seguinte, ele foi levado ao Centro de Detenção de Jixi. Poucos dias depois, o juiz informou a sua família que havia condenado o Sr. Zhong a três anos e cinco meses. A família do Sr. Zhong ficou indignada com o veredicto e o ajudou a entrar com um recurso.
O Sr. Zhong costumava ter um temperamento ruim. Após praticar o Falun Gong, ele mudou completamente e se tornou muito mais atencioso. Este ano, após sua prisão, ele disse repetidamente à sua família para não guardar rancor contra a polícia, pois eles são as verdadeiras vítimas da perseguição.
Mulher e sua sogra são condenadas por causa da fé, sua própria mãe morre após assédio policial
No dia 21 de agosto de 2020, uma mulher e a sua sogra de 79 anos foram condenadas à prisão por praticarem o Falun Gong. Ambas as mulheres foram também multadas em 1.000 yuans.
No dia 7 de julho de 2017, a Sra. Zhang Xiangrong, sua mãe e sua sogra a Sra. Liu Naifen foram presas por distribuirem materiais informativos sobre o Falun Gong. Todas as mulheres são residentes da cidade de Langfang na província de Hebei. A mãe da Sra. Zhang, por não praticar o Falun Gong, foi logo libertada. A Sra. Zhang e a Sra. Liu foram posteriormente enviadas para o Centro de Detenção de Langfang.
A mãe da Sra. Zhang ficou traumatizada com a detenção. A polícia, frequentemente, a assediou após a sua libertação e mentiu dizendo que tinham congelado a Sra. Zhang num freezer. A idosa ficou tão aterrorizada que adoeceu e três meses depois faleceu.
Nesse ínterim, a Sra. Zhang e a Sra. Liu foram maltratadas no centro de detenção. Cada vez que usavam o banheiro, os guardas davam apenas cinco minutos e apesar do clima de verão, só permitiam que tomassem banho a cada 15 dias.
A Sra. Liu não conseguia segurar a comida e sempre tinha diarreia. Contra sua vontade, ela foi forçada a assinar uma declaração para renunciar ao Falun Gonge foi libertada sob fiança em 10 de agosto de 2017. Após ter sido libertada, a polícia a perseguiu em sua casa.
A Sra. Zhang foi detida por mais um mês. Ela também teve diarreia e dificuldades em ingerir alimentos. No dia 2 de setembro de 2017 ela foi libertada sob fiança. A polícia também a assediou após a sua libertação.
Em 11 de agosto de 2019, a Sra. Zhang foi levada de volta ao centro de detenção. Quando seu advogado a visitou na manhã de 20 de janeiro de 2020, antes da sua audiência no tribunal à tarde, ela disse a ele que não conseguia comer ou evacuar normalmente há 13 dias. Os guardas a alimentaram à força e bateram nela. Em vez de fornecer um tratamento médico à Sra. Zhang, eles tentaram fazer com que ela assinasse um termo de responsabilidade para isentar o centro de detenção da responsabilidade caso morresse ali. Ela se recusou a obedecer.
Tanto a Sra. Zhang como a Sra. Liu foram julgadas pelo Tribunal Distrital de Anci, na tarde do dia 20 de janeiro. O juiz anunciou em 21 de agosto de 2020 que a Sra. Zhang foi condenada a dois anos e a Sra. Liu a um ano e meio. Foram também multadas em 1.000 yuans cada uma.
Tendo sido detida cerca de 14 meses (2 meses entre 7 de julho de 2017 e 2 de setembro de 2017 e 12 meses entre 11 de agosto de 2019 e 21 de agosto de 2020), a Sra. Zhang ainda tem cerca de 10 meses de prisão para cumprir.
A Sra. Liu, que esteve detida pouco mais de um mês (de 7 de julho de 2017 a 10 de agosto de 2017), tem cerca de 17 meses para cumprir. Devido à sua idade avançada e seu estado de saúde, ela foi autorizada a cumprir, sob supervisão, o resto da sua pena em casa.
Mencionado a falar abertamente
Uma mulher de Liaoning foi condenada à prisão por distribuir carta aberta sobre sua fé
A Sra. Chen Lihong, 64 anos, foi presa em 6 de janeiro de 2020, após ser denunciada por dois soldados por dar a eles cópias de uma carta aberta escrita por um grupo de praticantes do Falun Gong. A carta aberta explicava a ilegalidade da perseguição e incentivava as pessoas a abandonarem o PCC. Por volta das 21h00, a polícia levou a Sra. Chen de volta para casa e tentou saqueá-la, mas foi impedida pelo marido.
A Sra. Chen, da cidade de Shenyang, residente da província de Liaoning, foi enviada para o Centro de Detenção nº 1 da cidade de Shenyang. No dia 21 de janeiro, a Procuradoria do Distrito de Tiexi aprovou a sua detenção e a acusou no início de junho. Em 17 de agosto, a sua família foi informada de que ela foi condenada a três anos e quatro meses de prisão.
A vida do marido da Sra. Chen desmoronou após sua prisão. Ainda lutando para se recuperar de um derrame, ele tinha problemas para se locomover ou para falar com clareza. Incapaz de cuidar de si mesmo, teve que contratar pessoas para fazerem compras e cozinharem para ele. Após a eclosão da epidemia do coronavírus, sua vida se tornou ainda mais difícil.
A vida renovada pela prática do Falun Gong
Quando a Sra. Chen era jovem, ela foi enviada ao campo para receber educação rural, como parte do “Movimento Down to the Country” na Revolução Cultural. Muitas vezes conhecido como a “geração perdida”, muitos na geração da Sra. Chen perderam a oportunidade de frequentar a faculdade.
Devido às más condições da vida no campo, a Sra. Chen desenvolveu um reumatismo articular severo. Quando o tempo estava húmido, ela tinha dores nos ossos em todo o corpo e não conseguia sequer levantar uma chaleira de água. Tinha também nefrite grave, gastrite e enxaquecas.
Por recomendação de uma amiga, ela começou a praticar o Falun Gong na primavera de 2004. Em apenas um mês, todos os seus sintomas desapareceram e ela sentiu que sua vida havia sido renovada.
Seu marido sofreu um derrame no inverno de 2009. Ela ficou no hospital e cuidou dele dia e noite. Um mês depois, sua sogra foi diagnosticada com câncer em estágio avançado.
Depois que seu marido teve alta do hospital, ela se levantava cedo e preparava as refeições para ele. Em seguida, ela fazia uma viagem de ônibus de duas horas para ir ao hospital para cuidar da sogra. Todos os dias, durante quatro meses, ela fez isso até que sua sogra faleceu. Muitos médicos e enfermeiras disseram que ela foi a melhor nora.
Procedimento legal violado
Professor de Chongqing sentenciado secretamente por defender sua fé
Um professor do ensino médio em Chongqing foi rapidamente preso por dois anos e oito meses após ter sido preso em 10 de junho de 2020, por praticar Falun Gong.
O Sr. He Zhenyu, 47 anos, começou o Falun Gong em 1997 e agradece a prática por permitir que ele se tornasse mais calmo e atencioso. Ele tem sido um professor popular nas últimas duas décadas.
O Sr. Ele foi preso em 12 de novembro de 2018, após ser denunciado por espalhar informações sobre o Falun Gong. Devido ao forte protesto da sua escola, a polícia logo o libertou sob fiança.
A polícia prendeu o Sr. He novamente em 10 de junho de 2020 e o levou para o Centro de Detenção do Distrito de Wanzhou. Eles revelaram que estavam executando uma ordem de prisão do Tribunal de Kaizhou.
A família do Sr. He logo soube que ele havia sido condenado à prisão, mas não tinham recebido nenhuma notificação oficial sobre sua detenção, julgamento (se houve) ou veredicto. A família também foi condenada pelo tribunal a pagar uma multa de 5.000 yuans pelo o Sr. He.
No momento em que este artigo foi escrito, a família do Sr. He ainda não sabia onde ele estava sendo detido.
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