(Clearwisdom.net) É nossa convicção que a perseguição ao Falun Gong na China chegará ao fim quando a verdade sobre ela for totalmente revelada, já que o mundo simplesmente não será capaz de tolerar mais. O fato de que os líderes comunistas da China tenham se esforçado tanto para se esconder e encobrir seus atos desde 1999, indica que eles acreditam nisto também.

Em 25 de abril de 1999, mais de 10.000 praticantes do Falun Dafa se encontram no Escritório Central de Apelação, próximo de Zhongnanhai (complexo residencial de lideranças do Partido Comunista Chinês) para pedir o fim dos abusos do governo.

1996
Quando o Falun Dafa torna-se muito popular, os primeiros sinais da oposição do regime aparecem. Quando os livros do Falun Dafa tornam-se best-sellers, sua publicação foi proibida. O primeiro artigo da grande mídia estatal criticando o Falun Dafa é publicado no jornal Diário de Guangming em 17 de junho. O sr. Li Hongzhi muda-se para os EUA.

1997
A Secretária de Segurança Pública conduz uma investigação para definir se o Falun Dafa deveria ser considerado uma "prática herética" (culto). As investigações concluem: "Nenhuma evidência há nesse sentido."

1998-1999
A polícia impede a prática de exercícios do Falun Dafa em parques públicos e vasculha a casa de praticantes de Falun Dafa que ajudam na organização de atividades em grupo.

Ataques da mídia estatal chinesa contra Falun Dafa continuam. Praticantes do Falun Dafa respondem a isso visitando jornais e estações de TV que criticaram o Falun Dafa, visando a esclarecer à mídia sobre o que é o Falun Dafa e salvaguardar a reputação da prática.

Com base numa pesquisa do governo, a mídia chinesa informa que pelo menos 70 milhões de pessoas na China praticam o Falun Dafa.

1999, abril
He Zuoxiu, um conhecido marxista-ateísta, ataca Falun Dafa e o qigong num artigo de uma revista da Universidade de Tianjin. Alguns praticantes locais vão a Tianjin para pedir que a revista se retrata quanto ao que foi escrito e assim repare o mal que causou.

Embora o agrupamento fosse pacífico, em 23 e 24 de abril, policiais são enviados para o local; 45 praticantes são detidos e alguns agredidos. Quando os praticantes perguntam às autoridades de Tianjin como soltar os praticantes detidos, lhes é dito que a ordem veio de Pequim, e que se eles quiserem apelar pela soltura dos detidos, devem ir até a capital (Pequim).

1999, 25 de abril
No dia seguinte, em 25 de abril, mais de 10.000 praticantes de Pequim, próximo de Tianjin, e de outras cidades da região se encontram na frente do portão externo do "Departamento de Petições do Governo" em Pequim.

O Departamento fica próximo da entrada de Zhongnanhai, complexo residencial de lideranças do Partido Comunista Chinês (PCCh). Apesar da acusação do PCCh de que o Falun Dafa havia tomado Zhongnanhai, o encontro foi notadamente pacífico e ordeiro, conforme noticiado pela mídia Ocidental, com praticantes não obstruindo entradas, saídas, ruas e caçcadas.

Os praticantes pediam pela soltura dos praticantes detidos em Tianjin, que a proibição da publicação dos livros doe Falun Dafa acabasse, e que eles pudessem voltar a praticar sem a interferência do governo.

O então Primeiro-ministro, Zhu Rongji, reuniu-se com representantes dos praticantes em seu escritório e, ao final do dia, os praticantes detidos em Tianjin são soltos e o agrupamento de praticante se dispersa tranquilamente.

Pouco depois, entretanto, o então líder do PCCh, Jiang Zemin, assume uma postura oposta à de Zhu Rongji e afirma que se o eles não derrotarem Falun Dafa, isso será um vexame para o PCCh.

1999, 10 de junho
Jiang Zemin cria a Agência 610, uma agência secreta de segurança com a missão de erradicar o Falun Dafa. Jiang dá a Agência 610 autoridade sobre todos os níveis da polícia, do governo e do sistema jurídico. A Agência 610 torna-se o principal instrumento para prender, torturar e matar praticantes do Falun Dafa.

1999, julho
Do encontro em 25 de Abril até meados de julho, praticantes do Falun Dafa de toda a China relataram terem sido seguidos e interrogados por policiais à paisana. Assim, o PCCh fez uma lista de praticantes e os preparativos finais para a proibição do Falun Dafa que se seguiria.

Em 20 de julho de 1999
Os policiais começam a prender praticantes considerados elementos chaves do Falun Dafa. Em 22 de julho, a mídia estatal chinesa começa um bombardeio contra o Falun Dafa. Televisões, rádios, jornais estão repletos de ataques contra Falun Dafa. É noticiado por todos os lados que o Falun Dafa é agora ilegal. Entre as proibições, também estão proibidos protestos contra a proibição.

1999, outubro
Praticantes do Falun Dafa em Pequim fazem um conferência secreta de imprensa com a mídia internacional para expor a perseguição que enfrentam. Ao final da conferência, os participantes são presos. O sr. Ding Yan, um dos praticantes que falou à imprensa é preso e torturado, e pouco depois morre sob custódia.

1999-2000, inverno
Policiais à paisana molestando um praticante do Falun Dafa.

Conforme a detenção de praticantes do Falun Dafa continua, as primeiras notícias de morte por tortura surgem. Praticantes de toda a China vão a Pequim para apelar ao governo e pedir ajuda ao mundo meditando ou segurando faixas na Praça Tiananmen. As faixas dizem: "Falun Dafa hao!" (Falun Dafa é bom!).

A imprensa internacional captura repetidamente imagens da polícia agredindo violentamente praticantes que meditam na Praça antes de levá-los.

2001, janeiro
Ainda que grande parte da imprensa estrangeira simplesmente copie reportagens dos meios de comunicação do PCCh, da agência de notícias Xinhua e da China Central de TV (CCTV), o incidente da autoimolação se mostra cada vez mais suspeito, não somente porque os ensinamentos do Falun Dafa consideram o suicídio um "pecado". Investigações do Washington Post, entre outras, analisam em câmera lenta o vídeo da autoimolação produzido pelo PCCh, encontraram falha após falha na versão contada pelo PCCh e levantam perguntas alarmantes. Veja o vídeo aqui.

2001, 20 de novembro
Um grupo de praticantes do Falun Gong de 12 países reúne-se na Praça Tiananmen para meditar sob uma faixa que diz "Verdade benevolência Tolerância", os princípios do Falun Dafa. Eles são logo detidos e agredidos. Protestos similares de praticantes no estrangeiro continuam nos meses seguintes.

2002, 5 de março
Praticantes do Falun Dafa da cidade de Changchun interferem no sinal de TV do governo e emitem 45 minutos de vídeo que de outra forma não poderia ser visto na China, mostrando inclusive que o Falun Dafa é praticado livremente fora da China, ainda que seja perseguido na China.

Enfurecido, Jiang ordena que a polícia "dispare e mate" os praticantes do Falun Dafa.

Durante três dias, pessoas da cidade de Changchun se revoltam contra as ações do PCCh; cerca de 5.000 pessoas são presas, o número de mortos durante esses dias permanece desconhecido. Os que participaram dessa transmissão der TV são torturados até a morte.

2001, novembro
Hu Jintao toma posse da liderança do PCCh, no entanto, Jiang Zemin e seus partidários que estão em altos postos e que participam da perseguição ao Falun Dafa, especialmente, Luo Gan, Zhou Yongkang, Liu Ping, Li Lanqing y Zeng Qinghong, continuam a alimentar a perseguição.

2004, julho
O número de casos documentados de praticantes que morreram devido à perseguição, principalmente sob custódia policial, chega a 1.000. Estimativas mostram que esse número possivelmente ultrapassa 10.000.

2004, novembro
O livro "Nove Comentários sobre o Partido Comunista Chinês", que analisa o PCCh, é publicado no estrangeiro. Também começa a circular clandestinamente na China: os turistas trazem cópias de Hong-Kong, outros baixam da internet ou recebem via e-mail. O livro "Nove Comentários sobre o Partido Comunista Chinês" contém um capítulo sobre a perseguição ao Falun Dafa e começa a gerar renúncias ao PCCh e suas entidades em toda a China.

2004, dezembro
O famoso advogado de direitos humanos Gao Zhisheng, de Pequim, escreve ao Congresso Nacional do Povo sobre a perseguição ao Falun Dafa. Nos meses seguintes, o escritório de Gao é fechado, ele perde a licença de advogado e é colocado em prisão domiciliar e finalmente preso, principalmente por seu posicionamento na delicada questão do Falun Dafa e também porque renunciou ao PCCh. O advogado Guo Guoting, que também havia se pronunciado contra a perseguição, também perde sua licença de advogado.

2005, junho
O número de casos documentados de praticantes mortos devido à perseguição ultrapassa 2.500.

O diplomata chinês Chen Yonglin e um ex-policial da Agência 610, Hao Fengjun, fogem para a Austrália, revelando documentos secretos. Chen afirma que há mais de 1.000 espiões operando unicamente na Austrália. Hao disse que fugiu da China depois de testemunhar torturas feitas a praticantes doe Falun Dafa.

2006, março
Uma mulher que trabalha num hospital chinês e um jornalista chinês revelam que praticantes do Falun Dafa, em Sujiatun, são mortos para extração de seus órgãos. Como consequência do aumento de investigações durante as semanas seguintes, um médico militar chinês revela as atrocidades que acontecem na China.

2006, julho
O Ex-secretário de Estado canadense, David Kilgour, e o advogado de direitos humanos internacional, David Matas, publicam um informe com evidências mostrando que a extração de órgãos de praticantes do Falun Dafa parece ser muito maior que se pensava sobre a extraçao de órgãos.

2007, março
O número de casos documentados de praticantes mortos como resultado da perseguição supera 3.000. O número real é muitas vezes maior.

Fonte: http://faluninfo.net/print/225/

Este é um dos artigos da série especial destinada a expor de forma mais abrangente a perseguição ao Falun Gong na China, em todas as suas múltiplas facetas. Para saber mais, acesse a versão em inglês: