(Minghui.org) Quando algumas pessoas foram ao diretor da minha escola para ver qual era a sua atitude sobre mim como praticante do Falun Dafa, ele disse: “Ela [referindo-se a mim] é inteligente. Por favor, não fale com ela sobre o Falun Dafa. Não pode mudá-la.”

Um funcionário da escola disse: “[Praticar o Falun Dafa] é sua liberdade de crença e está além de nós. Se [o Falun Dafa] não fosse bom, quem praticaria?”

Outro funcionário brincou comigo: “Você vai ficar bem quando chegar a hora de se candidatar a títulos acadêmicos. Mesmo que perca todos os pontos na primeira seção relativa ao apoio ao Partido Comunista Chinês, ainda assim ganhará pontos suficientes em outras áreas.”

A atitude dos líderes da minha escola influenciou outros empregados, que também se tornaram mais favoráveis à minha prática do Falun Dafa.

Abaixo está a minha história de validação do Falun Dafa na minha escola durante os últimos 21 anos.

***

Comecei a lecionar em julho de 1999. Meio mês mais tarde, o Partido Comunista Chinês (PCC) lançou uma perseguição nacional ao Falun Dafa. Na época, eu era uma praticante novata do Dafa e não conhecia nenhum outro praticante nesta nova cidade.

Dei um jeito e fui sozinha à Praça Tiananmen. Olhando para o céu cinzento, exclamei na minha mente: “Mestre! Por favor, ajude-me.” As lágrimas correram pela minha face.

O início da perseguição

Assim que os gestores da minha escola souberam que eu praticava o Falun Dafa, ficaram muito preocupados. Enganada pela propaganda do PCC, uma gestora censurou os praticantes pelo apelo pacífico de 25 de abril de 1999, e disse: “Vocês não podem ir à Praça Tiananmen para apelar! Não se pode simplesmente realizar uma manifestação onde quer que se queira.”

“Só queríamos dizer ao governo o que está acontecendo”, expliquei.

Mas ela continuou a me atacar, com sua voz aguda a papaguear a propaganda do PCC.

Lembrei de manter a calma, seguindo os princípios Verdade, Compaixão e Tolerância do Falun Dafa. Eu não revidava e, enquanto isso, outros professores ouviram a confusão e pediram ao diretor para intervir.

“Muito bem. Vamos parar por aqui”, disse-nos o diretor.

Depois disso, um policial local aparecia frequentemente no campus. “Estou aqui para isso e aquilo”, dizia ele. Alguns professores estavam preocupados com a minha segurança. Sempre lembrava dos ensinamentos do Falun Dafa, por isso era gentil com todos, incluindo o policial. A nossa conversa era simples.

“O Falun Dafa é bom e está sendo injustamente perseguido”, eu disse.

O policial sabia que eu não mudaria de ideia. “Olha, sem uma transferência oficial de hukou (registro domiciliar normalmente emitido pela polícia) da sua cidade natal para esta nova cidade, você ainda é uma empregada temporária aqui”, disse ele. “Você pode perder o seu emprego a qualquer momento.”

“Entendo a pressão que o senhor e a escola estão enfrentado de superiores”, respondi. “E agradeço muito seu apoio.”

Mais tarde, fui à Praça Tiananmen, desenrolei uma faixa e fui detida durante uma semana. Pouco tempo depois, fui de novo presa por distribuir materiais numa área residencial militar. O pessoal da minha escola foi me buscar no centro de detenção e me colocaram em prisão domiciliar. Eles pegaram meus livros do Falun Dafa e designaram alguém para me visitar todos os dias no meu pequeno apartamento.

O Mestre disse:

“Quando os outros dizem algo mau sobre nós, podemos ajudá-los a entender que somos bons e falar com eles com total compaixão.”

“Praticamos a bondade, tratamos os outros com compaixão e benevolência. Muitas vezes digo: Quando uma pessoa fala a outra, se ela aponta as faltas da outra pessoa ou diz algo sem acrescentar nenhuma noção pessoal, a outra pessoa se comoverá até as lágrimas.” (“Ensinando o Fa na Conferência do Fa de Singapura”)

Mantive essas palavras em mente. Não importava quem vinha, falava com eles em vez de os evitar. Disse-lhes como o Falun Dafa é bom e compartilhei a minha alegria pela prática de cultivo e pelos princípios aos quais me iluminei com ele. Nenhum gestor da escola me causou mais problemas e, muitas vezes, me eles ajudavam. Quando eles viram que eu passei uma semana inteira comendo só uma couve chinesa e não comprava comida no refeitório da escola, trouxeram muitos mantimentos para nós cozinharmos e comermos juntos. Depois de terem uma boa compreensão do Falun Dafa, ficaram aliviados por saberem que eu não era uma agitadora. Alguns deles pediram uma cópia do Zhuan Falun para ler. E muitos deles me defendiam quando os outros tinham mal-entendidos sobre a minha crença.

Tornando-se uma empregada em tempo integral

Passado algum tempo, fui autorizada a voltar a ensinar normalmente. Eu me importava com os meus alunos e trabalhava duro. Em comparação com outros recém-formados na faculdade que a escola havia contratado, meu desempenho — medido pelas notas dos meus alunos, ginásio, limpeza da sala de aula, e feedback de outros professores — foi excelente.

Naquela época, fui designada para lidar com a pior classe de uma certa série. A ex-professora da sala de aula, que era mais experiente, foi transferida para outro lugar e eu, uma recém-graduada da faculdade, a substituí. Coloquei todo meu coração na minha turma. Os alunos podiam sentir isso e me respeitavam. Eu fui uma aluna de alto rendimento, por isso sabia como estudar e ajudar os meus alunos a se tornarem mais eficientes. Eles me adoravam por isso.

Mas havia um encrenqueiro. Muitas vezes não fazia os trabalhos de casa e tinha problemas para sentar-se durante as aulas. Os outros professores traziam os problemas dele para mim. Tentei todo o tipo de coisas, tais como encorajá-lo a fazer melhor e oferecer ajuda extra, mas nada funcionou. Em vez disso, ele me deu um tapa na cara em frente da turma. Como praticante do Falun Dafa, simplesmente ignorei o insulto.

O Mestre disse:

“Dissemos que um praticante não deve revidar quando agredido ou insultado, que deve estabelecer para si um alto padrão.” (Quarta Aula, Zhuan Falun)

Leio ensinamentos como esse todos os dias, então pude segui-los. Eu sabia que se não pudesse parar naquele frase, não seria bom para aquele aluno ou para a escola.

“Vamos falar depois da aula”, eu disse a ele.

Virei-me então para encarar o resto da turma, que ficou perplexa, e disse-lhes que estava tudo bem. Terminei a aula que havia planejado.

Mais tarde, gestores da escola ouviram falar desse incidente por outros estudantes.

“É porque pratica o Falun Dafa que você agiu dessa forma?”, perguntou um deles.

Eu assenti com a cabeça. Expliquei que o Mestre Li disse: “Uma pessoa comum, quando humilhada, puxa sua espada e luta.” (Nona Aula, Zhuan Falun). O Mestre também deu o exemplo de Han Xin, que foi capaz de tolerar insultos. Se eu tivesse lutado com o aluno, os outros alunos aprenderiam a lutar também. Mas quando eu devolvi o insulto com gentileza e perdão, os alunos aprenderam algo melhor.

Porque me saí bem como praticante, tudo correu bem. Assim como os outros novos professores, tornei-me uma empregada em tempo integral, o meu registro domiciliar foi transferido para a nova cidade sem qualquer problema e recebi meus benefícios de empregada como todos os outros.

Dentro do campo de trabalhos forçados

No entanto, o meu cultivo não era muito bom. Não estudava o Fa o suficiente, não entendia claramente os princípios do Fa e tinha um mal desempenho enviando pensamentos retos. Embora estivesse determinada a cultivar, muitas vezes só fazia as coisas com um coração humano. Depois, o meu filho teve um sonho em que um barco estava vazando e eu caí na água.

Pouco tempo depois, fui presa e levada para um campo de trabalhos forçados. Devido à minha fé no Falun Dafa, fui colocada na solitária e várias detentas foram destacadas para me vigiar. Ainda assim, relatei como eles me maltratavam, depositando cartas de reclamação na caixa de denúncias. Funcionários superiores investigaram minhas queixas e depois repreenderam e destituíram a liderança da equipe da divisão em que eu estava.

Fui então transferida para a Divisão de Treinamento Intensivo, mas ainda assim tentei denunciar o abuso aos praticantes através da caixa de denúncias. As detentas encarregadas de me observarem muitas vezes me paravam empurrando-me para o chão e cobrindo minha boca com uma toalha (sempre levavam toalhas para silenciar os praticantes).

“As cartas que você escreve realmente funcionam”, disse-me uma vez um guarda em segredo.

Durante algum tempo, um vice-gerente da Divisão de Treinamento Intensivo sugeriu repetidamente que eu escrevesse para a minha escola. Naquela época, o diretor da escola tinha sido substituído por alguém novo e eu não tinha qualquer interesse em manter meu emprego enquanto estivesse presa no campo de trabalho. Só me concentrava em manter meus pensamentos retos e em passar por cada dia. Além disso, sobre o que eu poderia escrever à minha escola? Se eu escrevesse sobre o Falun Dafa, a perseguição e o trabalho forçado, a carta nunca sairia do campo de trabalho. E mesmo que saísse, será que os funcionários da escola ousariam ler e discutir abertamente a minha carta para mostrar seu apoio a mim? Eu poderia escrever uma carta de saudação, mas isso não ajudaria em nada. No entanto, como o vice-gerente gentilmente me lembrou, pensei que não deveria recusar. Como discípula do Dafa, eu precisava validar o Fa com justiça, racionalidade e sabedoria. Não deveria me queixar ou buscar solidariedade na minha carta.

O Mestre disse:

"Na nossa escola de prática, aqueles que praticam o cultivo entre pessoas comuns são obrigados a praticar o cultivo precisamente na sociedade humana comum, e a integrarem-se o mais possível entre as pessoas comuns". (Quarta Palestra, Zhuan Falun)

Com isso em mente, escrevi uma carta sincera:

“Depois de estar separada dos meus alunos durante tanto tempo, sinto muito a falta deles. Adoro o meu trabalho e estou muito grata pelo apoio dos funcionários da escola. Sinto-me mal porque somos como uma família na escola, mas ultimamente não tenho conseguido me reunir com vocês nem mesmo para o chá. Espero realmente que as pessoas que me conhecem bem na escola possam dizer algumas palavras por mim — sem elas, com quem mais posso contar?”

“Por favor, saibam também que, independentemente de onde esteja ou do que me aconteça, como professora, viverei de acordo com a ética da honestidade, justiça e perseverança. Não declinarei dos meus princípios para agradar aos outros à custa da minha consciência, nem trairei a confiança que os gestores da escola e os outros professores depositaram em mim. Viverei honestamente, mesmo que isso signifique que tenho de sofrer um pouco agora. Vale a pena, porque depois que esse capítulo da história chegar ao fim, os gestores da escola e os professores verão que me ajudar foi a coisa certa a fazer.”

Alguns dias mais tarde, me disseram que a carta havia sido enviada. Fiquei aliviada porque sabia que os pensamentos retos de uma discípulo do Dafa são sólidos como diamantes e podem dissolver elementos perversos e retificar os corações das pessoas. Então minha irmã me ligou e disse que o diretor da escola havia se oferecido para me dar parte do meu salário todos os meses. Eu a interrompi e disse que poderíamos discutir o assunto depois que eu fosse libertada.

“O que aconteceu? Seu patrão está lhe pagando agora?”, perguntou uma policial que estava ouvindo nossa conversa, enquanto retirava seus fones.

“Não quero pensar nisso agora”, respondi. “Tenho de sair daqui primeiro. Quem sabe o que aconteceu.” Disse isso porque não queria meter a minha escola ou os seus gestores em apuros.

A policial assentiu com a cabeça. Tinha visto muitos casos de empregadores de praticantes vindo para o campo de trabalho para demiti-los.

Soube mais tarde que, depois de receber minha carta, os funcionários da minha escola mostraram-na a outros na reunião do comitê do PCC, algo que não teriam feito se a carta mencionasse diretamente o Falun Dafa. A decisão da equipe foi que, uma vez que não podiam ajudar muito, pelo menos me dariam parte do meu salário. Com isso aprendi que se um praticante percorrer bem o caminho de cultivo, o ambiente ao redor também irá mudar.

Quando fui libertada, uma policial que me acompanhou até a saída do campo de trabalho disse: “Talvez você possa trabalhar como tutora. Pelo menos você poderia ganhar algum dinheiro.” Ela não pensou que eu iria manter meu emprego. Agradeci-lhe pela sua gentileza. Na minha mente, estava recitando um dos poemas do Mestre, “Pensamentos retos, ações retas”:

“Grandes seres iluminados não temem o sofrimento
Sua vontade é forjada de metal de ouro
Sem apego de vida e morte
São sinceros e magnânimos no caminho da retificação do Fa.”
(Hong Yin II)

Naquele momento, eu não me preocupava muito em ter ou não o emprego.

Nesse mesmo dia, liguei para a minha escola para dizer que estava de volta. A pessoa que atendeu respondeu com uma frase: “Está bem, então volte ao trabalho.”

Ter consideração pelos outros e ajustar-se no trabalho

Voltei a meu escritório dois dias depois de ter sido libertada. Com novos líderes e novos professores, quase não conhecia ninguém. Parecia haver uma barreira entre eles e eu. Todos se mantiveram afastados de mim. No passado, as pessoas ficavam curiosas sobre o Falun Dafa, mas agora estavam como: “Não importa quem você seja, não pode ir contra o Partido.” Qualquer menção ao Dafa ou qualquer coisa relacionada seria vista como um tópico “sensível”.

Além do trabalho e da vida quotidiana, todos pareciam evitar esse tópico. Os gestores disseram que era para me proteger. Não me atrevia a cruzar a linha, pensando que alguém podia me denunciar.

Por outro lado, eu também sabia que isso não era correto. O Mestre disse no seu poema, “Apressem-se e falem”:

“Discípulos do Dafa, falem a verdade
De suas bocas, espadas afiadas de uma vez são lançadas
Perfurando através das mentiras dos fantasmas podres
Aproveitem o momento para resgatar e salvar, apressem-se e falem”
(Hong Yin II)

É verdade que os gestores tinham me ajudado com meu salário e trabalho. Mas nesse ambiente de propaganda de ódio e do entendimento errôneo do público em geral sobre o Dafa, com mais de todo o tipo de políticas de perseguição vindas de cima, o apoio deles aos praticantes do Dafa poderia diminuir, a menos que eu começasse a fazer algo para mudar o ambiente.

Eu sabia que, como praticante, deveria ultrapassar barreiras e esclarecer a verdade. Mas por onde devo começar? Pensei no assunto e decidi começar pelos gestores da minha escola. Eles precisavam entender que a questão do Falun Dafa não era política, que se tratava do direito básico de praticar a própria fé. Assim que soubessem que o que nós praticantes fazíamos, como ir à Praça Tiananmen para apelar, eram esforços pacíficos para procurar justiça quando todos os canais legais de recurso estivessem fechados para nós, saberiam como se colocar.

Mas, mesmo os advogados que defendiam os praticantes estavam sendo presos na época, então quem ousava aceitar materiais do Falun Dafa em público?

O Mestre disse:

“Diante de um problema, você deve pensar primeiro se os outros poderão suportar ou não, se serão prejudicados ou não. Faça assim e não será um problema.” (Quarta Aula, Zhuan Falun)

Com isso em mente, decidi ser mais cuidadosa com relação aos gestores da escola. Queria esclarecer-lhes a verdade, mas também teria de protegê-los de serem retaliados pelo PCC por protegerem praticantes como eu.

Então eu embrulhava um DVD com informações sobre o Falun Dafa dentro de um jornal e entrava no escritório de um gestor. Depois de colocar suavemente o jornal sobre a mesa, eu dizia: “Diretor xx, trouxe-lhe o jornal.”

Depois apontava para o jornal e continuava: “Por favor, olhe para ele. Como você é membro da equipe de gestão, sinto-me na obrigação de lhe dizer isso. Além disso, confio em você. Assim saberá o que se passa.” Também dava uma dica de que ninguém mais saberia que eu havia colocado um DVD dentro do jornal.

Um gestor me disse: “Por favor, não promova o Falun Dafa.” Expliquei que estava fazendo isso só para sobreviver. “Em um ambiente em que muitas pessoas entendem mal a mim e ao Falun Dafa, é difícil para mim trabalhar normalmente com meus colegas”, eu disse.

O gestor concordou. Assim, um a um, cheguei a todos os principais gestores dando-lhes DVDs, pen drives, ou cartas pessoais com informações sobre o Falun Dafa. Minha posição foi que lhes dei os materiais informativos, na esperança de ouvir seu feedback ou conselhos. No entanto, ninguém me deu retorno. Foi como uma compreensão mútua e confiança mútua. Eles sentiam-se seguros em aceitarem os materiais, pois sabiam que eu não iria contar a mais ninguém sobre isso.

Continuei a ser discreta no trabalho, sendo sempre respeitosa e disposta a ajudar. Na superfície, todos continuaram a fazer o seu trabalho como se nada tivesse acontecido. Mas as coisas começaram a mudar gradualmente. Os gestores podiam usar meios legítimos para me ajudar. Isso incluía reconhecer as minhas realizações no trabalho e evitar mencionar as questões do Falun Dafa nas reuniões. Muitos colegas também notaram isso.

De tempos em tempos, policiais e funcionários da Agência 610 vinham à escola para me controlarem. Os gestores da minha escola inicialmente não sabiam como lidar com isso, porque não tinham certeza se eu havia “criado problemas” ou se a perseguição havia sido intensificada. Como resultado, compartilhava frequentemente meus pensamentos de forma casual com os gestores da escola: “De fato, eles [polícia e Agência 610] também não sabem o que está acontecendo.” Ou encorajava os gestores: “Por favor, estejam bem informados sobre isso [Falun Dafa], então será fácil lidar com a visita da polícia.” Por vezes, disse-lhes com determinação: “Não fiz nada de mal, nem mesmo nada próximo do mal. Confiem em mim.” Dessa forma, ganharam confiança e já não tinham medo.

Algumas pessoas foram ao diretor para ver o que ele pensava de mim. Ele disse: “Ela [referindo-se a mim] é inteligente. Por favor, não fale com ela sobre o Falun Dafa. Não podem mudá-la”, respondeu ele.

Alguns gestores também falavam sobre isso entre si. “Isso é liberdade de crença e está além de nós”, observou um deles. “Se [o Falun Dafa] não fosse bom, quem o praticaria?”

Alguns gestores de nível médio também brincaram comigo: “Você vai ficar bem quando chegar a hora de se candidatar a títulos acadêmicos. Mesmo que perca todos os pontos na primeira seção relativa ao apoio ao PCC, ainda assim ganhará pontos suficientes em outras áreas.”  

A atitude deles muitas vezes influenciou os demais membros da equipe. Alguns colegas também ousaram fazer observações “inapropriadas”: “Se alguém a incomodar [a mim], todos nós renunciaremos ao PCC!”, disse um deles. “O PCC é como uma máfia”, comentou outro.

Essas conversas aconteceram no escritório. A opinião geral havia mudado.

Com esse progresso, também dei pen drives com informação sobre o Dafa aos meus colegas. Eles apreciaram minha confiança e as guardaram em segurança. Quando a polícia ou agentes especiais vinham à escola perguntar por mim, alguns dos meus colegas davam-lhes chá e os gestores da escola ofereciam-lhes uma refeição. A polícia ouviu coisas como: “Ela é uma boa professora. Ela se dá bem com os outros e o próprio filho dela se sai muito bem. Não temos clareza quanto ao Falun Dafa, mas ela trabalha bem e nós estamos contentes com ela.” A polícia local também ficou contente por me ver e disse ter ouvido coisas boas a meu respeito.

O Mestre disse:

“Também lhes digo que todos os seres no mundo de hoje vieram para este Fa. Se vocês querem que um ser compreenda claramente este ponto, então devem esclarecer a verdade a ele. É como uma chave mestra, uma chave que pode destravar a única coisa que tem bloqueado todos os seres conscientes por um longo tempo e por aquilo que eles têm esperado por mais de uma eternidade.” (“Ensino do Fa no Fahui de Atlanta de 2003)

Tenho agora uma melhor compreensão desse ensinamento.

Resgatando colegas praticantes

Após algum tempo, houve uma reorganização e a equipe de liderança mudou. Durante a primeira reunião dos novos líderes com cerca de mil professores, a secretária do Partido da escola fez um discurso e depois chamou meu nome. Eu estava um pouco nervosa. A secretária do Partido e o diretor de recursos humanos disseram que não me conheciam, mas a polícia tinha estado na escola cinco vezes desde que tinham assumido os seus novos cargos.

“Tem sido assim por muitos anos”, eu disse. “Estamos exercendo nossos direitos legítimos e estamos sendo injustamente visados.”

Quando eu estava prestes a continuar, ela me interrompeu e disse: “Não sei nada sobre isso. Mas, por favor, tenha cuidado.”

Diante desses novos gestores, senti uma pressão intensa.

Devido aos meus esforços para salvar os praticantes detidos, tornei-me um alvo e a polícia vinha frequentemente à minha escola para me ameaçar. Certos gestores da escola tinham aprendido comigo os fatos sobre o Dafa e não estavam preocupados. Mas alguns dos professores estavam preocupados com as frequentes visitas da polícia.

"Ela [referindo-se a mim] deve ter feito algo ilegal. Por que outra razão a polícia viria”, disse um deles. “Ela é muito hábil e até alguns gestores foram enganados”, acrescentou outro. Eles também disseram aos gestores em particular para não acreditarem em mim, para evitar de serem implicados.

Eu estava muito ocupada nesses dias e não tinha tempo para isso. Uma praticante na prisão estava em condição de risco de vida devido a tortura. Arrisquei minha própria segurança contatando sua família para conseguir uma liberdade condicional médica, mas sua família não me apoiou. Além disso, alguns outros jovens praticantes tinham sido presos. Fui muitas vezes à delegacia local, solicitando sua libertação. Também entrei em contato com a divisão de segurança doméstica do condado [uma unidade do departamento de polícia] usando a minha verdadeira identidade. Apesar do risco para a minha própria segurança, senti-me na obrigação de ajudar a resgatar os praticantes detidos.

Aos poucos, falava abertamente com a polícia, escrevia cartas, realizava telefonemas e enviava materiais, solicitando a libertação dos praticantes. Eles mudaram e ficaram dispostos a aceitar materiais. Mas, alguns jovens praticantes não aprenderam a lição. Logo após sua libertação, alguns se depararam novamente com problemas devido à falta de medidas de segurança utilizando os seus celulares ou o WeChat. Falar com esses praticantes foi um processo difícil e me deu muitas oportunidades para melhorar o meu xinxing.

Depois, logo que as coisas começaram a melhorar, aconteceu algo que me colocou no centro de uma tempestade. Se não fosse pela ajuda e compaixão do Mestre, eu não teria conseguido passar.

Conflitos

Havia muita fofoca sobre mim na época: “Ela chega sempre atrasada ao trabalho”, “Ela saiu cedo”, “Ela saiu no meio da aula”, “Ela não se concentra nas suas responsabilidades” e assim por diante. O meu supervisor ouviu essas coisas e me disse um dia: “Acho que será melhor se você trabalhar em outro departamento.” Esse departamento era muito exigente em termos de tempo e um trabalho que dificilmente alguém iria querer. Além disso, seria uma rebaixamento para mim. Como praticante, no entanto, decidi seguir o arranjo.

Havia uma professora (a quem vou me referir como “Amy”) na escola que era uma espécie de solitária. Ela ouvia frequentemente outros professores dizerem que eu era uma boa pessoa. Por causa de conflitos, outros professores que dividiam um dormitório com ela se mudaram. Ela chorou e me pediu para ir morar com ela durante algum tempo. Eu concordei.

Depois de algum tempo, um dia ela me perguntou porque eu tinha faltado a uma aula.

“Não sabia que eu pratico Falun Dafa?”, eu disse. “Está relacionado a isso.”

Para minha surpresa, ela realmente não sabia. Devido a um entendimento profundamente equivocado do Falun Dafa, ela ficou muito assustada. Foi até alguns dos gestores e reclamou. Muitas pessoas ouviram falar disso e ela nunca mais retornou ao dormitório. Embora tenha me oferecido para ajudá-la inicialmente, não consegui nada.

Quando encontrei a Amy dois meses mais tarde, cumprimentei-a como de costume. Ela disse que havia sofrido muito devido a uma hérnia de disco e até teve de rastejar até o banheiro. Ela não conseguiu fazer tudo o que o seu trabalho exigia e, por isso, recebeu muito pouco. Eu fui bem compreensiva com ela .

“Olha, perguntei a vários outros professores e um deles disse que o Falun Dafa é correto”, disse ela. “Você pode morar comigo de novo?”

Eu estava hesitante, mas ela foi insistente, por isso me mudei. Ela ainda estava contra o Dafa. Quando falei de entendimentos para os quais me iluminei pelo Dafa, ela parecia não compreender. Quando estávamos discutindo sobre o PCC, ela ficou assustada e se mudou de novo. Mais tarde, ela voltou. Isso aconteceu algumas vezes. Com o passar do tempo, ela me disse que se sentia mais confortável ficando comigo.

Quando o meu supervisor me pediu para trabalhar no novo departamento, no entanto, duas professoras ficaram no caminho. Uma delas era Amy, que já trabalhava lá.

No primeiro dia em que me apresentei ao novo departamento, Amy disse: “Você está um minuto atrasada. Isso é absolutamente inaceitável!” A outra professora concordou. Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, Amy apontou o dedo na minha cara e me empurrou para fora da sala. Após dias de intensa pressão e pouco estudo do Fa, eu havia me tornado muito frágil e lágrimas corriam pelo meu rosto. Fui falar com a supervisora do novo departamento. Ela tinha uma aparência rude. Ela não olhou para mim nem resolveu o problema. Sem poder entrar na sala, andei pela pista da escola em pânico, chorando desamparadamente. “É muito difícil”, pensei.

O Mestre disse:

“Uma vez que a pessoa toma o caminho do cultivo, desse ponto em diante, não há mais coincidências na sua vida. Como o tempo não é tão longo, o seu cultivo foi planejado sistematicamente e é bem provável que não haja nada que seja coincidência. Todas as coisas foram planejadas cuidadosamente.” ("Ensinando o Fa numa reunião em Nova York")

Pensando nessas palavras, eu me acalmei um pouco.

Bem nessa hora, policiais da divisão de segurança interna do condado ligaram para dizer que estavam a caminho. Chegaram e foram para o escritório de segurança. Eu hesitei, mas fui também para lá, pensando em acompanhar os policiais até a saída do campus. Na porta do escritório, pude ouvir claramente uma voz feminina gritando: “Ela arruinou minha família, disse-nos para renunciar ao PCC e roubou minhas coisas. Além disso, muitos praticantes de Falun Dafa vieram à escola à sua procura…”. Era a Amy.

De alguma forma, eu me acalmei e parei de chorar. Afinal, eu tinha praticado o Dafa durante tantos anos. Eu sabia quem eu era e porque estava lá. Abri a porta e vi a Amy sentada no meio, chorando, rodeada por vários policiais, o agente superior de segurança da escola, Ben, e outros. O policial mais velho parecia estar bem, mas o mais novo parecia aborrecido e continuava verificando seu celular.

“O que você está fazendo aqui? Fora!”, gritou Ben. Apesar de sermos colegas, ele me tratou como uma criminosa. Todos podiam sentir a humilhação.

Pensando nas palavras de tolerância do Mestre, eu sabia que essa pressão não me afetaria e apenas servia para forjar em mim a compaixão, o perdão e uma determinação comparável ao diamante.

Eu sorri e disse: “Oh, eu só queria ver se os policiais ainda estavam aqui. Queria acompanhá-los até a saída do campus. Sem problema, desculpem o incômodo.” Virei-me e saí.

O jovem policial seguiu-me e disse: “Não se preocupe com isso. Nós não acreditamos nela. Porque você não volta e diz alguma coisa?”

Olhando para seu rosto jovem, disse gentilmente: “Não precisa , mas obrigada.”

“Já nos conhecemos há muito tempo. Não tenho dúvidas quanto ao tipo de pessoa que você é. Talvez possa voltar lá e dizer algumas palavras”, acrescentou.

Notando a sua gentileza, não quis recusar e voltei com ele para o escritório.

“Tem algo a dizer?”, perguntou o policial.

“Não exatamente”, respondi. “Se precisar de algo de mim, por favor me avise. As coisas estão bem e eu também estou bem.” Então fui embora.

Parecia que estava no centro de uma tempestade. Tudo na minha vida tinha sido despedaçado, sem mencionar essa punhalada nas costas que a Amy me deu. Mas eu não me dei ao trabalho de me defender. “Como eu poderia magoar a Amy?”, pensei. Se ela dissesse coisas más sobre mim e eu dissesse coisas más sobre ela, eu já não seria uma praticante.

Passado algum tempo, Amy voltou ao escritório que compartilhávamos. Ela olhou para mim com cautela. Porque tinha feito falsas acusações contra mim, ela estava em pânico e até deixou cair acidentalmente a sua lancheira no chão, fazendo uma bagunça com comida por todo o lado.

Nos vários dias que se seguiram, não procurei os gestores da escola. Os policiais também não voltaram. Ninguém fez nada sobre a queixa da Amy. No centro da tempestade, o único caminho para mim foram pensamentos retos e ações retas. Como discípula do Dafa, sabia que devia ser rigorosa comigo mesma e seguir um padrão mais elevado. Por isso, não falei com ninguém sobre isso. Apenas sentei à minha mesa, olhando para dentro. Sempre que identificava um apego, escrevia-o, trabalhava nele e o eliminava. Lembrava-me também da tolerância. Nós praticantes seguimos os princípios Verdade, Compaixão e Tolerância e eu não posso falhar em relação a ninguém. Na superfície estava calma, mas na minha mente era como se tivesse sido esfaqueada. Eu sabia que tinha me saído bem no cultivo e que essa era uma oportunidade para eu melhorar, pouco a pouco. Estava grata ao Mestre.

Olhando para dentro em busca de brechas

Como praticante, eu sabia que essas coisas aconteciam por uma razão e que devia procurar por brechas no meu cultivo. Havia duas principais: o sentimentalismo e o cultivo da fala.

Amy tinha muitos conflitos na sua família. Embora tivesse três apartamentos em seu nome, não deixava sua filha e seu genro morarem em nenhum deles, forçando-os a alugar um apartamento. Como resultado de conflitos familiares, sua filha teve depressão após o nascimento do seu bebê. Foi hospitalizada, o seu trabalho foi afetado e ela estava sempre brigando com o marido. As brigas eram intensas e frequentes e o jovem casal chamou muitas vezes a polícia para resolver as suas disputas domésticas. Muitos colegas de trabalho tripudiavam sobre os problemas familiares de Amy, e alguns até a encorajavam a brigar com a filha.

Eu me solidarizava com sua filha e tive pena do jovem casal. Repetidas vezes, insisti para que Amy deixasse sua filha ficar em um dos seus apartamentos e apoiasse financeiramente o casal. Também estava preocupada com o divórcio deles. Quando dizia isso muitas vezes e censurava Amy por ser egoísta, ela discutia comigo e se ressentia comigo por interferir nos assuntos da sua família. Assim, o seu comportamento recente poderia estar descarregando sua raiva acumulada ao longo do tempo.

O Mestre disse:

“Digo que quando surge um conflito entre pessoas e uma dá um pontapé ou soco na outra, isso ocorre porque provavelmente uma ficou devendo à outra e agora elas estão quitando essa dívida. Se você interferir impedindo que elas quitem essa dívida, elas terão que esperar para que possam fazer isso numa próxima vez. Isso significa que se você não pode ver as relações cármicas, você poderá facilmente errar e consequentemente perder virtude.” (Nona Aula, Zhuan Falun)

Escrevi esse parágrafo e trabalhei para melhorar. Também pedi desculpas à Amy e disse que tinha feito mal e que faria melhor. Por isso, ela também ficou aliviada.

Cerca de um mês mais tarde, Amy mudou. Ela me disse que tinha se queixado à polícia sobre mim porque um gestor da escola queria me demitir. “Estive preocupada com o fato de que você iria reagir e dizer coisas más sobre mim na frente de outros gestores ou se vingar de alguma outra forma. Mas isso não aconteceu. Você apenas sentou na sua mesa escrevendo”, explicou ela. “Também vi que o que você escreveu era sobre melhorar seu carácter e tolerância, por isso sei que você é uma boa pessoa.”

Depois lhe mostrei as palavras do Mestre:

“Por exemplo, uma pessoa chega ao seu local de trabalho e logo sente que há algo estranho no ambiente. Pouco depois, alguém diz a ela: ‘Fulano falou mal de você publicamente e fez sérias acusações sobre você para o chefe. Ele o colocou numa situação muito difícil’. Todos passam a olhar para você de modo estranho. Uma pessoa comum toleraria isso? Aguentaria essa afronta? ‘Ele me fez isso, então vou fazer o mesmo para ele. Ele tem aliados e eu também tenho, portanto, vamos à luta’. Se você agir assim entre as pessoas comuns, elas dirão que você é uma pessoa forte. Porém, para um praticante, isso seria terrível.” (Quarta Aula, Zhuan Falun)

Amy sorriu aliviada. “Gosto muito disso”, disse ela.

Ela disse que quando a polícia chegou naquele dia, ela pensou que eles iriam prender os praticantes do Falun Dafa. Mas o policial mais velho disse a ela: “Eles [praticantes] são boas pessoas. Eles não lhe farão mal. Ela disse-lhe que abandonasse do PCC. Mas se você não quiser, ela não lhe fará nada.”

Depois de Amy ter mudado, ela recuperou a minha cópia do Zhuan Falun de Ben e guardou-a para mim. Ela também estava preocupada com a minha segurança.

Fiquei grata por essa oportunidade que me permitiu reconhecer meus apegos. No passado, foram os gestores da escola que sempre me ajudaram. Dessa vez, foram os policiais que me ajudaram. E isso aconteceu porque eu tinha lhes esclarecido a verdade quando salvava outros praticantes. Além disso, tinha pensado que o novo departamento era mais exigente em termos de tempo, quando na realidade tinha um horário de trabalho mais flexível.

Duas Cartas

Mais tarde, Amy escreveu uma carta aos gestores da escola. Dizia, em parte: "Quando a conheci [referindo-se a mim], fiquei assustada e verifiquei com os gestores várias vezes. Mais tarde, me senti afortunada pela oportunidade de conhecê-la. Na verdade, ela não luta por nada. Ela só quer ser uma boa pessoa. Agora compreendo porque tantos intelectuais, incluindo professores universitários, não desistem de praticar o Falun Dafa, mesmo quando estão presos. É porque os ensinamentos do Zhuan Falun fazem parte do seu carácter. É por isso que ela é excelente. Ela trata tão bem os estudantes e outros e o seu filho é tão notável. Eu pensava que ela era uma espiã. Mas, uma espiã coloca o interesse material acima de tudo, enquanto ela é sempre atenciosa em relação aos outros. Ao comprar tofu, ela comprou o que estava quase azedo, pensando que, de outra forma não seria vendido; quando magoada, ela manteve-se calma e foi capaz de olhar para dentro. Ela ajudou todos exceto a si própria — penso que só os santos podem fazer coisas como essa. É por isso que fico sempre comovida com ela.”

Ela também seguiu o meu exemplo para educar a sua filha. “Olha para ela [referindo-se a mim]: o seu ex-sogro é um alto funcionário, mas ele insistiu para que ela obtivesse a custódia do seu neto [porque ele sabia como ela era boa]. A criança tornou-se a número um da sua turma. Olhem para vocês [referindo-se à filha e ao genro de Amy], lutaram pela custódia da sua filha durante o divórcio”, disse ela. “Ela sofreu tanto por causa da sua fé. De um grupo de gestores para outro, sem conexões ou subornos, ela nunca mudou sua crença no Falun Dafa. Nenhum gestor seguiu a política do PCC para demiti-la. Por quê? É por causa da sua virtude.”

A essa altura, Amy já tinha uma excelente compreensão do Falun Dafa. Ela ajudava frequentemente os praticantes e a sua hérnia de disco também foi curada. Ela contribuía mais com sua família e sua família se tornou harmoniosa. Ela também se tornou uma pessoa honesta que apoia os inocentes.

Pensando bem, percebi que Ben estava zangado porque não tomei a iniciativa de esclarecer a verdade a ele. Assim, escrevi todo o incidente, juntamente com fatos sobre o Dafa, em uma carta de nove páginas. Imprimi muitas cópias para dar ao Ben e a outros gestores da escola. Agradeci-lhes o seu apoio e expliquei-lhes porque não podia tomar uma decisão quando me pediram repetidamente para escolher entre o Falun Dafa e o meu emprego —porque precisava do Dafa por minha consciência e precisava de um emprego para sustentar a mim e ao meu filho. Expliquei também porque praticava o Falun Dafa e porque ele era perseguido. E eu disse que o seu apoio aos inocentes lhes traria bênçãos.

Depois de terminar a carta, perguntei-me que tipo de impacto teria se os gestores da minha escola mostrassem a carta à polícia. Será que a polícia seria capaz de resistir à pressão para me prender? No final, eu sabia que tinha de compartilhar a carta com os gestores da minha escola. Senti que a carta era leve como uma pluma. Mas, como voou para longe, tinha o poder do Dafa.

Assim que a carta foi enviada, todas as suspeitas e fofocas sobre Amy também desapareceram. Suas mudanças positivas impressionaram os gestores e seus colegas de trabalho. Quanto a mim, me adaptei bem nesse departamento para continuar fazendo o que eu devo fazer.

Considerações finais

Eu sabia muito bem que é o Mestre que tem salvado pessoas todos esses anos. O Mestre queria salvar pessoas que tinham relações predestinadas comigo e notou a minha hesitação ao longo do caminho. O Mestre arranjou então oportunidades para que eu abandonasse meus apegos e que me empurrasse para a frente. Não havia maneira de recuar. O Mestre tem-me empurrado para a frente no meu caminho de cultivo. Foi a sabedoria sem limites e a virtude poderosa do Mestre que forjou os discípulos do Dafa e seres sencientes abençoados.

Durante os últimos 21 anos, tenho validado o Dafa e me cultivado onde trabalho. Minhas experiências testemunham a grandeza do Falun Dafa e os anseios que as pessoas têm pelo Falun Dafa. Apesar das mudanças na liderança da escola, nunca perdi meu emprego. Minhas interações com a polícia também lhes permitiram ver como os praticantes do Falun Dafa se comportam. Não é à toa que eles costumam dizer: “Os praticantes de Falun Dafa têm realmente carácter!”

O meu trabalho também me permitiu falar melhor com advogados, policiais e familiares de praticantes detidos, que são mais receptivos ao que tenho a dizer quando sabem que sou uma professora com um rendimento decente e uma criança em uma escola bem conhecida.

Serei digna da salvação compassiva do Mestre. Farei melhor e salvarei mais seres sencientes.

Acima está a minha compreensão pessoal. Por favor, assinalem qualquer coisa inapropriada.

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