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Continuação da parte 1

7. Falha em cumprir uma promessa

Conheci um colega praticante que estava paralisado e muitos companheiros de cultivo enviaram pensamentos retos para ajudá-lo. Contudo, não houve qualquer melhora durante bastante tempo.

Falei com ele frequentemente e descobri que ele havia feito uma promessa descuidada há muitos anos, que não cumpriu. Ele explicou que era uma promessa que nunca deveria ter feito, mas lembrei-o que, como cultivador, ele deveria sempre cumprir a sua palavra. Percebeu o seu erro e ele e o seu filho resolveram a questão de décadas. Mais tarde, ele se recuperou da sua paralisia.

O Mestre disse no Zhuan Falun:

"Sou uma pessoa que não diz aquilo que não quer dizer, porém o que digo tem de ser verdade."

O princípio acima mencionado é válido a todos. Além disso, não se aplica apenas às pessoas comuns, mas também aos praticantes. Mas alguns cultivadores fazem afirmações ao acaso, ou até mentem, a fim de alcançarem os seus objetivos. Por vezes, quando não conseguem cumprir a promessa casual que fizeram, ou negam alguma vez ter feito a promessa ou tentam encontrar bodes expiatórios.

O Mestre ensinou em "Peneirando a areia", de Essenciais para Progresso Diligente III:

"Porque a lei do cosmos é esta: uma vida, não importa o que tenha feito, tem de ser responsável pelo que faz."

As nossas palavras e os nossos atos produzem substâncias. Se cometermos um erro, é bom que o corrijamos. Não podemos, no entanto, não usar isto como desculpa para alterar as nossas promessas e tentar nos safar. Além disso, alguns colegas cultivadores não levam a sério as suas promessas e mudam de ideia à vontade. Esquecem-se de que são responsáveis pelo que dizem aos outros.

Parece que o carma da doença de alguns praticantes foi originado por esta razão. No caso acima referido, a paralisia do companheiro praticante foi devida ao não cumprimento de uma promessa feita muitos anos antes.

8. Desleixo no cultivo

O Mestre disse:

"Por outro lado, cultivar calmamente na solidão erma, incapaz de ver esperança, é o mais difícil de tudo. Praticar qualquer forma de cultivo implica submeter-se a uma provação como esta e a um caminho com tais características. Somente se um indivíduo puder perseverar e avançar, isso equivale à verdadeira diligência. É fácil falar, mas colocar isso em prática é tremendamente difícil. É por isso que disse que cultivar-se sempre como se você estivesse começando, certamente resultará em atingir a sua categoria máxima." ("Ensino do Fa na Conferência Internacional do Fa da Grande Nova York de 2009")

Depois de se cultivar durante algum tempo, pode-se começar a descuidar. Alguns podem não praticar os exercícios durante longos períodos de tempo e outros podem praticar a meditação sentada apenas esporadicamente. Se assim for, o seu corpo principal pode não ser purificado e transformado o suficiente, por isso, quando o carma da doença ataca, pode durar muito tempo.

Alguns praticantes são bastante preguiçosos, o que os afeta em todos os aspectos das suas vidas. Isso é especialmente proeminente no seu xinxing e no seu comportamento, e dá às velhas forças a desculpa de que necessitam para intensificar o carma da doença.

Uma praticante de fora da cidade desenvolveu algum carma grave de doença e ficou acamada. Muitos praticantes vieram para apoiá-la, mas a sua condição não melhorou. Outros comentaram que ela havia cultivado durante mais de 20 anos e que era muito diligente. Além disso, a fim de ter mais tempo para fazer as três coisas, ela até desistiu de um trabalho lucrativo.

Uma vez fiz-lhe uma longa visita. Descobri que ela havia se descuidado tanto que parecia ser uma pessoa comum. De fato, muitas das suas atividades primárias incluíam as de pessoas comuns. Ela jogava jogos on-line, assistia a filmes e televisão e negligenciava o estudo do Fa e os exercícios. Parecia bastante ativa entre os seus colegas praticantes, como se fosse muito diligente. No entanto, sempre que surgia um conflito, ela não procurava no seu interior e desenvolvia algum ressentimento em relação aos outros. Quando participava em atividades relacionadas ao Dafa, parecia que estava apenas agindo em vez de usar o seu coração puro para salvar pessoas.

A sua diligência inicial havia desaparecido, o melhoramento ganho com o abandono de si própria já não existia, ela havia deixado de olhar para dentro para resolver conflitos e a alegria de obter uma compreensão mais profunda do Fa havia desaparecido. Ela estava ocupada com o outro lado e começava a sua busca dos chamados prazeres do mundo comum.

Como ela ainda se agarrava ao Dafa, perguntei-lhe porque escolheu jogar jogos on-line durante metade da noite em vez de se concentrar no cultivo. No início, ela tentou negá-lo, mas acabou por reconhecer seu problema. Disse-lhe que não era demasiado tarde para recomeçar, para se tratar como se fosse uma recém-chegada. Ela podia começar a estudar o Fa e a praticar os exercícios desde o início e, pouco a pouco, iria superar o seu carma de doença. Podia voltar a concentrar-se no estudo de Fa e recomeçar a procurar dentro dela. Lembrei-a de que se ela conseguisse ou não, era um assunto dela.

9. Falhar em compreender racionalmente o Fa

O Mestre disse-nos em "Expondo o Fa" de Essenciais Para Avanço Adicional:

"Tendo você encorajado humanamente demônios perversos, você permite que eles tirem proveito de brechas no Fa. Quando uma tribulação chegar, se você, discípulo, puder realmente manter uma calma inabalável e estiver determinado a encontrar os requisitos em diferentes níveis, isso deverá ser suficiente para você passar no teste. Se a tribulação não cessar e não existir nenhum outro problema em seu xinxing ou em sua conduta, então, isso só pode ser devido a demônios perversos que estão tirando proveito de pontos fracos decorrentes de sua falta de controle. Afinal, um cultivador não é uma pessoa comum. Sendo assim, por que o seu lado que é a sua natureza-original não retifica o Fa?"

Um certo praticante tinha um temperamento ruim. Depois de aprender o Falun Gong, aprendeu a controlar-se à frente de pessoas comuns, mas uma vez que surgia um conflito entre colegas cultivadores ou membros da família, esquecia de cultivar. Em vez disso, colocava a culpa no outro e começava a ressentir-se dos outros, reforçando assim a sua natureza demoníaca de vez em quando.

É preciso cultivar a natureza demoníaca pouco a pouco, a fim de eliminá-la completamente. Se a natureza demoníaca de uma pessoa mantiver a vantagem, ela tornar-se-á cada vez mais forte e, no final, a pessoa poderá acabar acreditando que essa "natureza" é o seu temperamento natural e inato. Essa natureza demoníaca pode então controlá-lo completamente. O praticante pode então explodir ao menor dos conflitos.

O Mestre ensinou-nos em "Natureza Buda", em Zhuan Falun Vol. II:

"Isto significa que uma pessoa comum que habita este mundo não pode encontrar a si própria. E tal noção não controla a pessoa por apenas por uma vida, mas continuamente adiante. Apenas quando uma mudança ocorrer é que a noção será eliminada. Falhando-se nisso, ela continuará a exercer controle. Quando a noção torna-se progressivamente mais forte, o verdadeiro “eu” da pessoa vai realmente deixar de existir."

Alguns praticantes queixam-se que a sua fraca saúde é o resultado de ressentimentos não resolvidos, mantidos em relação a outras pessoas. Não percebem que o seu ressentimento, assim como muitas outras emoções, são a fonte do seu carma de doença. Se cada vez que conseguir elevar e melhorar a partir do interior, em meio a conflitos interpessoais, o carma da doença será dissolvido pouco a pouco. Se não o fizerem, a sua natureza demoníaca só será reforçada com o tempo e isso criará sintomas de doença, tal como acontece com as pessoas comuns.

10. Devido às dívidas difíceis de resolver de vidas anteriores

Alguns praticantes devem a outros de vidas anteriores. No entanto, o Mestre pode nos ajudar a resolver a dívida, não importa o que seja.

"Os pensamentos retos dos discípulos abundam
O Mestre tem o poder de virar a maré."
("Graças entre o Mestre e os discípulos" de Hong Yin vol. II)

Mas parece que este reino pode exigir que um praticante cultive o tipo de compaixão que pode mover o ser a quem ele deve a dívida. Por mais que ele possa tocar na sua antiga vítima, é o Mestre que realmente pode ajudar a resolver o problema.

Em outras palavras, se alguém não cultivar diligentemente, não pode contar com o Mestre para cuidar de tudo. Consequentemente, pode-se desenvolver o carma da doença.

(Continua)