(Minghui.org) Foi confirmado que 96 praticantes do Falun Gong na China foram perseguidos até à morte por sua fé em 2019, elevando o número total de mortes confirmadas para 4.363 ao longo dos últimos 20 anos de brutal repressão.
Falun Gong, também conhecido como Falun Dafa, é uma antiga disciplina espiritual e de meditação baseada nos princípios de Verdade, Compaixão, Tolerância. A prática pacífica tem sido perseguida pelo regime comunista Chinês desde julho de 1999.
Fotografias de alguns dos praticantes falecidos (da esquerda para a direita, de cima para baixo):
Sr. Wang Jian, Sra. Yang Guizhi, Sr. Shao Minggang, Sra. Zhang Wei, Sr. Wang Xinchun, e Sr. Wang Hongzhang
Sr. Zhang Hongwei, Sr. Shi Qiang, Sr. Li Chengshan, Sra. Kong Hongyun, Sra. Sun Libin, e Sra. Tan Yinzhen,
Sra. Meng Hong, Sr. Wang Dechen, Sra. Yang Lihua, Sr. He Lifang, Sr. Yang
Shengjun, e Sr. Zhu Benfu
Os praticantes falecidos, 53 deles sendo do sexo feminino, eram oriundos de todos as classes sociais e incluíam médicos, professores universitários, gerentes de fábricas, bancários, engenheiros e agricultores. A sua idade variava entre os 28 e os 87 anos, com uma idade média de 62,5 anos.
Mortes confirmadas de praticantes pela perseguição em 2019 por faixa etária
Dezenove dos praticantes morreram enquanto ainda se encontravam detidos em prisões, centros de detenção e delegacias de polícia. A Sra. Guo Zhenxiang, 82 anos, morreu algumas horas depois de ter sido detida, em 11 de janeiro de 2019. O Sr. Yang Shengjun morreu nove dias após a sua detenção, em 2 de agosto de 2019. Uma mulher de 41 anos, Sra. Li Yanjie, caiu e veio a falecer,em 7 de dezembro de 2019, enquanto tentava escapar da sua captura.
O mês de janeiro registrou o maior número de casos, com 20 mortes. Março e julho tiveram dez casos cada um. Os nove meses restantes registraram cada um casos de apenas um dígito.
Mortes confirmadas de praticantes pela perseguição em 2019 por mês
As mortes confirmadas ocorreram em 23 províncias e municípios controlados centralmente, com a província de Shandong registrando o maior número de casos (16), seguida de Heilongjiang (11) e da província de Liaoning (10). As outras províncias e regiões municipais apresentavam todas casos com um único dígito.
Mortes confirmadas de praticantes pela perseguição em 2019 por província
A seguir, são apresentados resumos de algumas das mortes acima mencionadas.
Mortes sob custódia
O Sr. He Lifang, um residente da cidade de Qingdao, província de Shandong, morreu sob custódia em 2 de julho de 2019, dois meses após a sua última detenção por se recusar a renunciar à sua fé no Falun Gong.
A família do Sr. Lifang notou uma incisão com costura no peito e uma outra incisão aberta nas costas. A polícia começou por afirmar que as incisões eram resultado de uma autópsia, antes de mudar a sua história para dizer que um médico legista viria em breve. Nunca apareceu nenhum médico legista.
Os seus entes queridos suspeitam que os seus órgãos possam ter sido retirados enquanto ainda estava vivo ou pouco depois da sua morte. Também suspeitam de abuso psiquiátrico, uma vez que ele perdeu a capacidade da fala e ficou em estado de apatia apenas 17 dias após a sua detenção.
O Sr. He Lifang, um praticante de Falun Gong, da cidade de Jimo, na província de Shandong, morreu em 2 de julho de 2019.
O falecimento do Sr. He marcou o fim dos seus anos de sofrimento por manter a sua crença. O homem de 45 anos foi repetidamente preso e torturado, uma vez foi espancado por 17 detentos enquanto estava detido. A sua identificação foi confiscada e ele foi obrigado a ficar longe de casa durante 17 anos para evitar mais detenções.
A polícia enganou o Sr. He para que fosse à delegacia de polícia sob o pretexto da emissão de uma carteira de identidade, em 5 de maio de 2019. Foi detido quando chegou e posteriormente sujeito à alimentação forçada e possivelmente a abusos psiquiátricos. A sua saúde declinou rapidamente e, em 30 de junho, foi levado às pressas para um hospital.
Mais de 200 agentes da polícia foram enviados entre 30 de junho a 3 de julho para impedir os praticantes locais do Falun Gong e membros da sua família de se aproximarem do hospital.
O Sr. He morreu em 2 de julho, mas a sua família só foi notificada no dia seguinte. Eles foram pressionados a aceitar a cremação do seu corpo nesse mesmo dia. Mais de 30 funcionários e quatro vans da polícia estavam presentes para acompanhar o processo de cremação.
O Sr. Wei Qishan, residente na cidade de Qinhuangdao, província de Hebei, faleceu em 23 de novembro de 2019, enquanto aguardava uma audiência de recurso. A sua mulher, a Sra. Yu Shurong, que foi detida com ele em 12 de junho de 2018, não pôde assistir ao seu funeral nem receber visitas dos seus dois filhos ou do seu advogado.
A polícia prendeu o casal depois de suspeitar que eles estavam colocando faixas divulgando o Falun Gong. O Sr. Wei foi posteriormente condenado a sete anos de prisão e a Sra. Yu a quatro anos. Recorreram da sentença no Tribunal Intermediário da cidade de Qinhuangdao, que ainda não agendou uma revisão dos seus processos. A Sra. Yu permanece no Centro de Detenção da Cidade de Qinhuangdao, onde o seu marido faleceu.
A cunhada do Sr. Wei correu para o hospital e viu o seu corpo, que ainda estava em uma maca, mas não na sala de urgências. Não ficou claro se o hospital havia sido feito ressuscitação de emergência nele.
Ela observou também que os olhos do Sr. Wei estavam semi-abertos. O seu braço direito estava pendurado e a sua manga direita estava completamente molhada. Ela ergueu a manga e viu que o seu braço direito estava completamente preto e arroxeado.
Sr. Wei Qishan morto
Um guarda chamado Zhao alegou que o Sr. Wei caiu por volta das 20 horas daquela noite enquanto usava o banheiro. Ele disse que a cabeça do Sr. Wei bateu no chão de cimento e que ele perdeu a consciência. O corpo médico do centro de detenção fez-lhe RCP. Quando ele não recuperou os sentidos, levaram-no para o hospital para tratamento de emergência, mas o Sr. Wei morreu posteriormente no local.
Por volta das 22 horas, mais de 10 policiais vieram e levaram o corpo do Sr. Wei para uma casa funerária. A sua cunhada tentou detê-los, mas foi afastada. Ela não foi autorizada a acompanhar o corpo até a casa funerária.
O Sr. Wang Dechen, um residente da província de Heilongjiang, cidade de Harbin, morreu em circunstâncias suspeitas enquanto cumpria uma pena de 10 anos de prisão por sua fé no Falun Gong.
As autoridades da prisão de Hulan não permitiram que a família do Sr. Wang se aproximasse do seu corpo e pressionaram os mesmos a dar o seu consentimento para que o corpo fosse cremado dois dias após a sua morte.
A sua família suspeita que ele possa ter sido vítima da extração de órgãos pelo regime comunista.
Sr. Wang Dechen
O Sr. Wang foi preso em 6 de maio de 2016 e condenado a dez anos de prisão mais uma multa de 20 mil yuans, em 28 de dezembro de 2016.
No final de outubro de 2019, cerca de três anos e meio após a prisão do Sr. Wang, a sua família recebeu subitamente uma chamada da prisão para dizer que ele tinha sido mandado para o hospital.
Quando chegaram ao hospital para o visitarem, vários guardas ficaram vigiando-lhes de perto e não lhes permitiram tocar no Sr. Wang nem sequer chegar perto dele.
A sua família reparou que ele tinha alguns problemas nas costas. Ele disse que tinha dores nas costas e que não conseguia mexer a parte inferior do seu corpo.
A família do Sr. Wang pediu imediatamente a liberdade condicional médica para ele. A prisão aprovou-a rapidamente, mas continuou a adiar a sua liberação argumentando várias desculpas.
Mais tarde, o hospital da prisão disse à família do Sr. Wang que ele estava com câncer de pulmão, depois de exigir que pagassem um depósito de 5 mil yuans e uma taxa de exame médico de 7.400 yuans.
O filho do Sr. Wang questionou o pessoal do hospital sobre a razão pela qual não deram tratamento médico ao seu pai. O médico disse que não tinham nenhum medicamento para câncer de pulmão, apenas analgésicos e antibióticos.
Em 17 de Novembro de 2019, um mês após o Sr. Wang ter sido enviado para o hospital, a prisão informou a sua família de que ele havia falecido nas primeiras horas do dia.
Assim que a família do Sr. Wang chegou ao hospital, os guardas prisionais começaram a transferir o seu corpo para o necrotério do hospital.
A sua família implorou para que lhes fosse permitido trocar a sua roupa e os guardas cederam. Mas ordenaram ao médico que o fizesse e não permitiram que a sua família se aproximasse do corpo.
Os guardas continuavam a pressionar a família para dar o seu consentimento para cremar o corpo. Entretanto, dois guardas vigiavam o seu corpo continuamente e não permitiam que ninguém se aproximasse.
A certidão de óbito emitida pelo hospital dizia que o Sr. Wang faleceu de “causas naturais”.
O corpo do Sr. Wang foi cremado em 19 de Novembro. O seu filho recusou-se inicialmente a assinar o formulário de consentimento, mas os outros familiares, que tinham sido pressionados pelas autoridades, persuadiram-no a assinar.
Durante a cremação, as autoridades proibiram a família do Sr. Wang de realizar qualquer tipo de cerimônia fúnebre ou de se despedir do corpo.
Yang Lihua, do condado de Sunwu, da província de Heilongjiang, morreu cerca de um ano e meio após a sua prisão por sua fé no Falun Gong. Ela tinha 43 anos.
A Sra. Yang Lihua
A família da Sra. Yang foi informada pela Prisão Feminina de Heilongjiang, em 5 de novembro de 2019, que ela se encontrava em estado crítico. Quando a sua família correu para o hospital, encontraram-na inconsciente. Ela morreu mais tarde, nesse mesmo dia.
A família da Sra. Yang exigiu ver o seu registo médico. Um guarda penitenciário exibiu a papelada à sua frente sem lhes permitir a leitura de quaisquer detalhes.
Quando a família lhe perguntou porque é que o seu corpo estava coberto de hematomas, o guarda prisional disse que era livor mortis (manchas cadavéricas).
A família da Sra. Yang pediu uma autópsia, mas as autoridades prisionais disseram que tinham de pedir autorização para realizar uma autópsia e que levaria meses até que os superiores a aprovassem.
As autoridades prisionais acabaram por intimidar a família de Yang a assinar uma autorização para que o seu corpo fosse cremado. Os seus entes queridos pegaram as suas cinzas no dia 9 de novembro e enterraram-na.
A Sra. Yang estava cumprindo uma pena de prisão de três a quatro anos por ter apelado ao governo pelo direito de praticar o Falun Gong, depois que polícia forçou o posto de abastecimento onde trabalhava a despedi-la.
Anteriormente, ela havia já cumprido três anos na prisão feminina de Heilongjiang entre 2014 e 2017 por ter escrito “Falun Dafa é bom” em um poste telefônico. Enquanto estava encarcerada, ela foi sujeita a espancamentos, alimentação forçada e outras formas de tortura.
A Sra. Meng Hong, que vivia na cidade de Harbin, província de Heilongjiang e mãe de um residente nos EUA, morreu subitamente em 26 de julho de 2019, momentos depois de ter sido levada às pressas para o hospital para tratamento de urgência.
De acordo com sua filha Sra. Li Xuesong, residente em São Francisco, a Prisão Feminina de Heilongjiang telefonou à família na tarde de 26 de julho de 2019, e disse que a sua mãe sofreu um pico de pressão alta e de problemas cardíacos. Solicitaram a eles para que fossem imediatamente ao Hospital nº 2 da Universidade de Medicina de Harbin com algum dinheiro para pagar as suas despesas médicas.
Momentos depois da família ter chegado ao hospital, a ambulância que transportava a Sra. Meng também chegou. Viram dois paramédicos fazendo a reanimação cardiopulmonar (RCP) no interior do veículo. A Sra. Meng foi declarada morta dez minutos depois de ter sido levada para a ala de urgência. Ela tinha 79 anos.
A Sra. Meng Hong
A morte súbita da Sra. Meng ocorreu nove meses antes da sua libertação prevista da pena de 7 anos de prisão por não ter renunciado à sua fé no Falun Gong.
A Sra. Li Xuesong disse que a sua mãe estava muito saudável antes e durante mais de seis anos em que esteve presa. Suspeita-se que a sua morte não foi acidental.
A Sra. Li Changfang, da cidade de Linyi, província de Shandong, morreu em 12 de julho de 2019, depois que a polícia removeu o aparelho de oxigênio no qual ela respirava, ainda inconsciente, após ter sido submetida a uma cirurgia.
A Sra. Li foi detida em 23 de outubro de 2018 por procurar justiça para uma mulher local que foi perseguida até à morte por ter praticado Falun Gong, em 2017. Foi condenada a dois anos e meio de prisão e multada em 10 mil yuans em 27 de março de 2019.
Em 5 de julho de 2019, a sua família foi para um hospital local após ter sido notificada que o seu estado de saúde era frágil. A Sra. Li estava alerta e disse que sofria de dor abdominal há 15 dias. Ela tinha hematomas nas coxas e os dentes estavam soltos.
A Sra. Li Changfang ainda estava alerta antes da cirurgia.
Os guardas do Centro de Detenção da Cidade de Linyi, onde a Sra. Li tinha sido detida, recusaram-se a explicar o que lhe havia acontecido e que poderia ter influência no seu estado clínico e ferimentos. Os médicos começaram por afirmar que ela tinha apendicite e, em seguida, disseram que ela tinha sofrido uma perfuração gástrica.
Com tantas perguntas sem resposta, a família da Sra. Li recusou-se a assinar um formulário de consentimento para concordar com a cirurgia.
Sob ordens do centro de detenção e da polícia, os médicos ainda operaram a Sra. Li, cortando-a do peito até ao abdômen, em 6 de julho. Ela nunca recuperou a consciência e permaneceu ligada a um respirador após a cirurgia, o que a sua família duvidava que fosse necessário para tratar a dor abdominal.
Na manhã de 10 de julho, mais de duas dúzias de policiais foram ao hospital. Quando a sua família se recusou a assinar uma autorização de alta do hospital, a polícia prendeu o seu marido, o filho, a filha e o neto de seis anos. Só foram libertados no dia seguinte.
Por volta das 18 horas do dia 12 de julho, quando a sua família não estava presente, agentes do Centro de Detenção da Cidade de Linyin e da Delegacia de Polícia de Dongguan, na Cidade de Linyi, apareceram na ala da Sra. Li e retiraram-lhe o oxigênio. Ela morreu pouco tempo depois. As autoridades exigem agora que a sua família negocie as condições de compensação antes de revelar onde o seu corpo está sendo guardado.
A família da Sra. Li suspeita que ela tenha sido envenenada com drogas na prisão. Quando chegou ao Hospital Linyi, em 5 de julho, a sua mente estava clara e ela contou-lhes o que tinha acontecido no centro de detenção e que resultou na sua dor abdominal: ela tinha sido forçada a tomar algum tipo de medicamento várias vezes e uma vez recebeu injeções com medicamentos desconhecidos.
Ela disse que, no dia seguinte à injeção ficou com dores, e da cintura para baixo a sua pele estava avermelhada e inchada, e depois ficou roxa. Ela tinha dores abdominais, a barriga estava inchada e as zonas interiores das coxas ficaram roxas e eram extremamente dolorosas.
Homem de Guangxi encarcerado apesar de ter câncer metastático, morre três meses depois
O Sr. Liao Dawu, morador da cidade de Qinzhou, província de Guangxi, morreu em 23 de julho de 2019, três meses após ter sido preso, apesar de graves problemas de saúde, incluindo câncer gástrico metastático. Ele tinha 57 anos.
O Sr. Liao, um agente imobiliário, foi preso em 17 de julho de 2018, enquanto procurava a libertação de uma colega do Falun Gong, detida por sua fé. Mais tarde foi condenado a dois anos de prisão, com uma multa de 10 mil yuans.
Após oito meses de encarceramento no Centro de Detenção da Cidade de Qinzhou, o Sr. Liao desenvolveu doenças graves, incluindo câncer metastático do cárdio, uma infeção pulmonar e acumulação de fluidos na sua cavidade toráxica.
A Agência 610 da cidade de Qinzhou, uma agência paralela criada especificamente para perseguir o Falun Gong, ordenou aos funcionários que enviassem o Sr. Liao para a prisão de Beihai em 9 de abril de 2019, sem revelar o seu estado de saúde.
A família do Sr. Liao fez vários pedidos à Agência 610 e à Prisão de Beihai para que o libertassem, mas nunca receberam qualquer resposta.
No início de julho de 2019, o Sr. Liao foi transferido para o Hospital de Xinkang, que se encontra sob a jurisdição da Prisão de Litang. Ele morreu duas semanas mais tarde.
O Sr. Li Dayao, da cidade de Jingzhou, na província de Hubei, faleceu em 30 de novembro de 2019, enquanto cumpria pena por sua fé no Falun Gong. Ele tinha 67 anos.
O Sr. Li Dayao
O Sr. Li foi detido em 20 de setembro de 2017 e condenado a quatro anos de prisão em 9 de abril de 2018.
Ele foi preso no Centro de Detenção do Condado de Jianli durante um ano antes de ser enviado para a prisão de Fanjiatai, em 5 de setembro de 2018. Os guardas do centro de detenção obrigaram-no a tomar medicação para pressão alta, apesar dele não estar nessa condição. O seu peso baixou de 91 Kg para 68 Kg.
Na prisão de Fanjiatai, o Sr. Li foi obrigado a fazer trabalho não remunerado, mesmo quando as suas mãos ficavam entorpecidas.
O Sr. Li foi hospitalizado entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019. Foi descoberto que ele tinha um grande número de cálculos biliares, mas a prisão não permitiu que ele fosse operado para remover as pedras. Só lhe foram administrados analgésicos e antibióticos.
O estado do Sr. Li deteriorou-se subitamente em agosto de 2019. Quando a sua família o visitou em 29 de agosto, observaram que ele tinha dificuldades para falar. A sua família retornou em 12 de setembro, e ficaram sabendo que ele já tinha sido enviado para o Hospital Prisional de Changlin, depois de ter ficado paralisado e totalmente incapaz de falar.
A sua família não foi autorizada a vê-lo no hospital. O seu pedido de liberdade condicional médica foi indeferido.
A saúde do Sr. Li continuou a diminuir nos meses seguintes e ele morreu no final de novembro de 2019.
Mortes após a libertação
Homem de Liaoning morre três meses após a sua libertação da prisão
O Sr. Zheng Decai, residente em Dalian City, província de Liaoning, morreu três meses depois de ter cumprir o seu tempo de prisão de um ano e meio por sua fé no Falun Gong. Ele tinha 84 anos.
O Sr. Zheng foi preso em 4 de setembro de 2017, depois de ter sido denunciado por ter falado com pessoas sobre o Falun Gong. Ficou detido durante 37 dias e libertado sob fiança devido a um problema médico.
Zhu Wenwen, um agente da Delegacia de Guangmingshan, foi à casa do Sr. Zheng em 27 de março de 2018 e ordenou-lhe que fosse ao tribunal assinar uma declaração em que ele prometia desistir do Falun Gong. Zhu ameaçou mandar o Sr. Zheng para a prisão se ele se recusasse a fazê-lo.
Zhu levou o Sr. Zheng ao tribunal no dia seguinte. Como o Sr. Zheng tinha perdido a sua audição depois de ter sido espancado pela polícia em 2000, ele não sabia o que Zhu estava dizendo durante o interrogatório. Zhu escreveu então que o Sr. Zheng tinha admitido a sua “culpa” ao praticar o Falun Gong.
Zhu levou então o Sr. Zheng ao hospital para um exame físico. Posteriormente, o Sr. Zheng foi levado em detenção e foi-lhe dito que ele deveria comparecer ao tribunal dentro de alguns dias.
O Sr. Zheng foi julgado pelo Tribunal da Cidade de Zhuanghe em 12 de abril de 2018. O seu advogado fez uma declaração de inocência em seu nome.
A família do Sr. Zheng só tomou conhecimento da sua sentença de prisão em 11 de junho de 2018, quando foi ao centro de detenção local para recolher os seus pertences, de acordo com as instruções das autoridades. Esta foi a segunda vez que ele foi condenado pela sua fé, após um período anterior de 3,5 anos de prisão em 2010.
O Sr. Zheng foi levado para a prisão de Nanguangling em 12 de junho de 2018. Foi-lhe negada a entrada após não ter sido aprovado no exame físico sendo devolvido ao centro de detenção, onde apresentou sintomas de pressão alta e ritmo cardíaco anormal dois dias depois. Também tossiu sangue.
Quando o centro de detenção finalmente permitiu que a sua família o visitasse após forte insistência, o Sr. Zheng foi levado numa cadeira de rodas para se encontrar com eles.
O Sr. Zheng acabou sendo encarcerado na Prisão de Dalian em 6 de agosto de 2018. A sua família nunca foi autorizada a visitá-lo durante o seu encarceramento.
A saúde do Sr. Zheng estava muito precária quando ele foi libertado em 19 de agosto de 2019. Ele não podia andar e tinha dificuldades para comer.
A polícia e os funcionários locais da aldeia assediaram-no antes do 70º aniversário da fundação do regime comunista, em 1 de outubro, e confiscaram uma fotografia do fundador do Falun Gong.
O Sr. Zheng morreu em 21 de novembro de 2019.
O Sr. Zheng Xianjin, um antigo homem de negócios da cidade de Huaiyang, província de Henan, desenvolveu câncer na garganta depois de ter sido torturado enquanto esteve preso por sua fé no Falun Gong. Morreu menos de um ano depois de ser colocado em liberdade condicional médica. Ele tinha 57 anos.
Devido à sua recusa em desistir da sua fé, o Sr. Zheng foi repetidamente preso nos últimos 20 anos e passou quase 13 anos atrás das grades, incluindo uma pena em um campo de trabalho forçado e duas penas de prisão.
O Sr. Zheng e a sua mulher, Sra. Wang Haomei, foram detidos pela última vez em julho de 2016 e ambos foram condenados a cinco anos de prisão.
O Sr. Zheng foi condenado a cumprir pena na prisão em Xinmi, onde a sua saúde declinou rapidamente ao ponto de não poder mais comer. Recebeu alimentos liquídos através de um tubo de alimentação. Desenvolveu câncer de garganta depois de ter sido submetido a uma traqueotomia no hospital da prisão. Foi colocado em liberdade condicional médica no final de 2018.
Como a maior parte das suas poupanças e bens pessoais foram confiscados durante numerosas investidas da polícia durante a perseguição, o Sr. Zheng não pôde pagar o tratamento médico e lutou para cuidar de si próprio sozinho em casa.
A sua mulher ainda está cumprindo pena na Prisão Feminina de Xinxiang e não pôde estar com ele quando morreu, em 11 de agosto de 2019.
A Sra. Zhang Xiaojie, professora universitária na cidade de Qinhuangdao, província de Shandong, foi implacavelmente torturada enquanto cumpria pena por sua fé no Falun Gong. Ela desenvolveu câncer nos ovários quando esteve na prisão e morreu 14 meses após a sua libertação. Ela tinha 51 anos de idade.
A Sra. Zhang foi presa juntamente com outros 16 praticantes do Falun Gong em 10 de junho de 2013. A polícia confiscou dois carros e mais de um milhão de yuans em dinheiro da Sra. Zhang, quando ela imprimia mensagens sobre o Falun Gong.
Enquanto a Sra. Zhang estava presa no Centro de Detenção da Cidade de Qinhuangdao, os guardas ordenaram aos reclusos que lhe jogassem água fria, lhe esbofeteassem e que borrifassem spray de pimenta nela.
Quando ela se queixou do abuso, os guardas retaliaram, colocando-lhe algemas que pesavam dezenas de quilos nas mãos e nos pés e imobilizaram-na durante duas semanas.
A Sra. Zhang foi transferida para a Prisão Feminina da Província de Hebei no final de 2014, após ter sido condenada a cinco anos de prisão. Ela não foi autorizada a encontrar-se com a sua família nem a telefonar para eles.
Quatro detentas ficavam vigiando-a e sujeitaram-na a uma lavagem cerebral 24 horas por dia. A Sra. Zhang foi forçada a ouvir ou assistir a programas caluniosos de ataque ao Falun Gong durante quase 19 horas todos os dias. As detentas frequentemente ordenavam que ela colocasse suas impressões digitais em declarações preparadas para renunciar ao Falun Gong ou amaldiçoar seu fundador. Quando ela se recusava a obedecer, as detentas batiam nela, puxavam-lhe os cabelos, e às vezes pisavam nas suas mãos a fim de forçá-la a assinar.
A Sra. Zhang não foi autorizada a tomar banho enquanto estava detida. Tinha também de perguntar às detentas todas as manhãs se lhe era permitido lavar o rosto ou escovar os dentes durante o dia. Ela ficou um forte odor desagradável por não poder se lavar regularmente. As suas companheiras de cela a agrediam e a humilhavam muitas vezes verbalmente.
As reclusas também negaram à Sra. Zhang o direito de comprar artigos de primeira necessidade diária, incluindo papel higiênico. Embora não lhe fosse permitido usar o seu próprio dinheiro, as detentas gastavam-no à vontade. Substituíram também o novo travesseiro, o lençol e até os artigos de higiene pessoal da Sra. Zhang por outros usados.
Como resultado da tortura física e mental intensiva e prolongada, a saúde da Sra. Zhang deteriorou-se rapidamente. No início de 2018, ela descobriu que tinha um tumor nos ovários, mas a prisão recusou-se a tratá-la.
Quando ela foi libertada, em junho de 2018, o tumor já tinha crescido bastante.
Ao voltar para casa, a Sra. Zhang ficou chocada ao descobrir que tinha sido despedida e que lhe tinham sido negados os benefícios da aposentadoria do seu trabalho, na Escola Vestibular Sênior de Qinghuangdao. Com as suas economias e os seus bens mais valiosos confiscados pela polícia durante a operação de 2013, ela ficou desamparada.
A Sra. Zhang estava sofrendo imensamente e incapaz de dormir nos seus últimos dias. Ela morreu em 24 de agosto de 2019.
Mortes devido ao assédio e perseguição a longo prazo
Após vinte anos de perseguição por sua fé, mulher cai para a morte ao tentar escapar de outra prisão
Uma equipe de agentes policiais bateu à porta do apartamento da Sra. Li Yanjie e do Sr. Gong Fengqiang no condado de Yanshou, província de Heilongjiang, por volta das 20 horas do dia 7 de dezembro de 2019. A Sra. Li, 41 anos, tentou telefonar à sua família para pedir ajuda, mas descobriu que o sinal do seu celular havia sido bloqueado.
O casal ouviu então, através da parede, a polícia bater à porta do seu vizinho, perguntando se sabiam alguma coisa sobre o Sr. Gong.
Enquanto o casal não conseguia ouvir claramente a resposta do vizinho, ouviram a polícia bater à sua porta novamente e chamar um serralheiro. O serralheiro ainda não havia aparecido após 30 minutos, e o casal ouviu os policiais falando em usar uma serra elétrica para cortar a porta de metal.
Tendo sofrido 20 anos de assédio, encarceramento e tortura por não terem desistido da sua fé no Falun Gong, o Sr. Gong, 48 anos, e a Sra. Li não quiseram voltar a passar pelo mesmo pesadelo. Eles decidiram fugir do seu apartamento no sexto andar.
Fizeram uma corda amarrando vários lençóis e cortinas juntos e amarraram-na à janela.
O barulho da serra foi aumentando cada vez mais. Quando a porta estava prestes a ser arrombada, o casal saiu pela janela, primeiramente um, depois o outro foram descendo pela corda improvisada.
Quando chegaram no quarto andar, os lençóis que estavam atados se soltaram e eles caíram da altura restante.
Quando o Sr. Gong se recuperou várias horas depois, encontrou o corpo sem vida da sua mulher ao seu lado.
Os oficiais ainda estavam na sua casa, lá em cima. Eles provavelmente não esperavam que o Sr. Gong tivesse sobrevivido à queda.
De luto, o Sr. Gong fugiu do local para evitar ser preso.
Ao amanhecer, a polícia tinha removido o corpo da Sra. Li. Os lençóis pendurados na janela foram tirados e a porta danificada foi substituída por uma nova.
Na manhã de 9 de dezembro, a polícia encontrou os pais da Sra. Li, na casa dos 80 anos, e fizeram ameaças a fim de descobrir onde estava o Sr. Gong, sem mencionar uma palavra sobre a morte da Sra. Li.
Preso durante 13 anos por sua fé, homem de Xangai morre alguns meses após a sua última detenção
O Sr. Jiang Yong, residente em Xangai, morreu em 26 de novembro de 2019, após sofrer uma hemorragia cerebral em consequência da sua última detenção por ter praticado o Falun Gong. Ele tinha 51 anos.
O Sr. Jiang creditou ao Falun Gong a cura da sua úlcera duodenal que o tinha incomodado durante 15 anos. Por se manter firme na sua fé, ele foi condenado duas vezes num total de 13 anos. Ele foi brutalmente torturado enquanto cumpria pena na prisão de Tilanqiao.
Menos de cinco anos depois de ter sido posto em liberdade da sua segunda prisão, a polícia prendeu novamente o Sr. Jiang e voltou a revistar a sua casa em 24 de abril de 2019. Ele teve um acidente vascular cerebral nesse dia e foi libertado sob fiança dois dias depois, quando o centro de detenção local se recusou a interná-lo.
As autoridades continuaram a assediar o Sr. Jiang após ele voltar para casa. Por volta do 70º Dia Nacional do Partido Comunista, em 1 de outubro de 2019, a polícia monitorava o Sr. Jiang 24 horas por dia e o seguia para onde quer que ele fosse entre 1 e 7 de outubro.
O Sr. Jiang ficou profundamente angustiado com a vigilância rigorosa. Teve uma grande hemorragia cerebral no dia 19 de novembro e morreu sete dias depois.
Professora de jardim de infância encarcerada por sua fé morre em agonia
A Sra. Luo Dan, moradora da cidade de Liuyang, província de Hunan, morreu em 1 de dezembro de 2019, após sofrer anos de perseguição por sua fé no Falun Gong. Ela tinha 50 anos.
A Sra. Luo Dan havia conhecido o Falun Gong juntamente com os seus pais em outubro de 1997. Por não ter renunciado à sua fé, a família foi repetidamente assediada após o início da perseguição, dois anos mais tarde. A escola infantil onde a Sra. Luo trabalhava foi pressionada pelas autoridades a despedi-la.
A Sra. Luo Dan
A Sra. Luo foi presa em novembro de 2006 por distribuir material informativo sobre o Falun Gong. A polícia revistou a sua casa e ela recebeu uma pena de um ano e meio no Campo de Trabalho Forçado de Baimalong. Ela foi forçada a fazer trabalho não remunerado e foi agredida por manter a sua fé.
A Sra. Luo foi presa novamente em 17 de abril de 2014 e condenada a quatro anos de prisão em 25 de agosto de 2014, sem o conhecimento da sua família.
A prisão não permitiu que o pai a visitasse e a proibiu de telefonar ou receber cartas do pai, como retaliação por não ter renunciado à sua fé.
Os guardas forçaram a Sra. Luo a fazer trabalho não remunerado e torturaram-na, inclusive forçando-a a vestir uma camisa de força e deixando-a pendurada durante horas. A maior parte das torturas não causaram lesões externas visíveis, mas levaram a lesões internas graves.
As autoridades continuaram a assediar a Sra. Luo após a sua libertação. Para se sustentar, e ao seu pai, encontrou emprego em uma livraria em junho de 2018. Apenas alguns dias depois de a Sra. Luo ter começado a trabalhar, as autoridades obrigaram o proprietário da livraria a despedi-la.
A Sra. Luo encontrou outro emprego como vendedora associada para uma loja de roupa em agosto de 2018. A polícia prendeu-a novamente e enviou-a para o Centro de Lavagem Cerebral de Laodaohe.
Ainda tentando se recuperar dos problemas de saúde provocados pelos abusos durante a sua detenção, a Sra. Luo adoeceu depois de ter sido libertada do centro de lavagem cerebral. Ela estava esquelética e ficou acamada.
Faleceu no dia 1 de dezembro de 2019 com dores tremendas, deixando o seu pai de 80 anos.
Mulher de Shandong morre dois meses depois de ser presa por praticar o Falun Gong
A Sra. Li Furong, residente da cidade de Qingdao, província de Shandong, adoeceu depois de ter ficado traumatizada com a sua prisão e breve detenção por praticar Falun Gong. O seu estado continuou a deteriorar-se depois do assédio e interrogatório constante da polícia em sua casa. Ela faleceu em 15 de outubro de 2019, aos 78 anos de idade.
A Sra. Li foi detida em 6 de agosto de 2019 depois de ter sido denunciada por distribuir material informativo sobre o Falun Gong e por falar com as pessoas sobre a prática e a perseguição.
Oficiais de polícia da cidade de Lingshanwei revistaram a sua casa naquela tarde e confiscaram os seus livros e materiais relacionados ao Falun Gong.
Depois que a Sra. Li foi libertada mais tarde nessa noite, ficou acamada e não conseguiu comer.
A polícia foi à casa dela cinco vezes durante os dois meses que se seguiram à sua detenção, interrogando-a e fotografando-a sem autorização.
A Sra. Li acabou por entrar em coma e morreu.
O Sr. Hou Junwen, um profissional aposentado, faleceu em 29 de janeiro de 2019, semanas depois de ter sido colocado nele um dispositivo eletrônico de monitoramento e molestado pelas autoridades, enquanto cumpria pena fora da prisão por ter praticado Falun Gong.
O Sr. Hou foi preso em maio de 2017 depois de ter sido denunciado por distribuir material informativo sobre o Falun Gong. Oficiais da Delegacia de Polícia de Hepingjie confiscaram os seus livros e outros pertences pessoais sobre o Falun Gong. O centro de detenção recusou-se a admitir o Sr. Hou devido à sua condição física, e ele foi libertado sob fiança.
O Sr. Hou foi julgado pelo Tribunal de Wenyuhe em 29 de setembro de 2017 e condenado a dois anos de prisão com uma multa de 4 mil yuans em dezembro de 2017.
Ele recorreu para o Tribunal Intermédio de Pequim n.º 3, que realizou uma audiência em 31 de janeiro de 2018, e manteve a sua sentença. Foi-lhe ordenado que cumprisse pena fora da prisão devido à sua saúde precária.
O Sr. Hou foi molestado por membros do pessoal do serviço de justiça local e forçado a usar uma pulseira eletrônica de controle, em janeiro de 2019, quatro meses antes do terminar a sua pena. Ele ficou profundamente perturbado com a vigilância rigorosa e ficou gravemente doente. Morreu algumas semanas mais tarde.
Download de uma lista de praticantes de Falun Gong que morreram devido à perseguição em 2019.
Mais casos de morte podem ser encontrados aqui.
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