(Minghui.org) Eu era uma gerente de vendas e constantemente era avaliada. Estava sob pressão para cumprir uma cota anual de desempenho pela qual era premiada ou penalizada. Em um local de trabalho tão motivado e de alto nível de desempenho, tudo o que você ouve, fala e vê se refere à busca de fama, riqueza, posição e poder.

Quando comecei a cultivar, percebi que o que as pessoas comuns buscam é exatamente o que nós praticantes devemos deixar. Meu trabalho requer que eu seja ambiciosa e me esforce por conquistas. Mas os ensinamentos do Falun Dafa me ensinaram a abandonar essas fortes buscas. Lutava entre as exigências do meu trabalho e o cultivo. Não conseguia chegar a um equilíbrio entre os dois e fiquei dividida.

Por que eu estava tão angustiada? O Mestre disse: “o cultivo em si próprio não é doloroso; o ponto chave reside na inabilidade de se deixar os apegos das pessoas comuns. Só quando se está prestes a abrir mão da própria reputação, interesses e sentimentos, é que se sente dor.” (“Cultivo verdadeiro” em Essenciais para avanço adicional) Depois que li isso, percebi que, o que causou minha dor, foi meu apego à reputação e ao ego.

O Mestre disse:

“Neste nosso caminho, os que cultivam entre as pessoas comuns precisam estar ambientados o máximo possível à sociedade humana comum, por isso, não lhe pedimos realmente para perder materialmente.” (Quarta Aula, em Zhuan Falun, versão de 2018)

As palavras do Mestre esclareceram minha confusão e me lembraram que estou aqui para cultivar e melhorar. Cultivamos neste mundo material para elevar nosso caráter moral, não para perder nada. Não é exatamente essa a forma de cultivo que o Mestre nos deu? Por que isso me causaria dor? Enquanto lembrar a mim mesma que sou uma cultivadora e seguir os princípios do Fa, posso equilibrar meu trabalho e meu cultivo.

No trabalho, a pressão de ser constantemente avaliada era quase esmagadora. Sendo gerente, recebi muitas responsabilidades, como treinamento de pessoal e atendimento ao cliente. Além da minha pesada carga de trabalho, tive que arranjar tempo para ajudar a promover o Shen Yun. Estava tão ocupada que esqueci de lidar com as coisas como cultivadora. Enquanto trabalhava neste projeto do Dafa, eu estava cheia de pensamentos humanos. Eu me envolvi em conflitos e fiquei facilmente frustrada; mal conseguia me acalmar. Meu cultivo ficou estagnado.

Quando olhei para dentro, percebi que meu pobre estado de cultivo me impediu de fazer as três coisas bem. Como eu poderia salvar pessoas? Como uma discípula do Dafa, como eu poderia tratar o meu trabalho como uma pessoa comum, perseguindo fama e satisfação de desejos?

Abandonando o cargo para salvar pessoas

Eu sabia que precisavam de ajuda para promover o Shen Yun e pensei em abandonar meu cargo como gerente e me tornar uma vendedora. Eu teria mais flexibilidade e tempo para ajudar com o Shen Yun. No entanto, não pude abandonar meu desejo por dinheiro e status.

O Mestre disse:

“Dizer a verdade, salvar multidões, é justamente o que você deve fazer, fora isso, não há mais nada neste mundo que você deva fazer.” (“Expondo o Fa no Fahui de Nova York 2015”)

Entendi que estou aqui para retornar ao meu verdadeiro ser e salvar seres conscientes. Decidi desistir da minha posição de gerente. Quando finalmente decidi desistir, senti uma enorme sensação de alívio.

Consegui passar mais tempo promovendo o Shen Yun. Quando comecei a divulgar o show, as vendas de ingressos não aumentaram como esperava. Eu me perguntei por quê. Quando olhei para dentro, descobri que não tinha confiança suficiente quando falava, em vez disso, confiava em minha aparência profissional e no meu cargo.

O Mestre disse:

“Quanto a se os resultados são bons, não olhem os demais, isso vem de sua mente.” ("Ensinando o Fa durante o Festival da Lanterna de 2003 na Conferência Ocidental dos EUA")

Em vez de confiar em minha força interior através do cultivo de mim mesma, estava focada na aparência. Estava validando o Fa ou a mim mesma? Percebi que, para salvar as pessoas, devemos nos cultivar verdadeiramente. Portanto, estudei diligentemente o Fa, enviei pensamentos retos e trabalhei para melhorar meu xinxing. Depois, as vendas de ingressos continuaram a aumentar.

Tenho divulgado o Shen Yun nos últimos seis anos. Aprecio esta grande oportunidade. À medida que o número de participantes na promoção diminuiu, tive que desempenhar vários papéis: motorista, apresentadora, vendedora e relações-públicas. Muitas vezes saía de casa antes do amanhecer e voltava para casa depois do anoitecer. Aos poucos, me senti exausta e comecei a reclamar. Culpei os colegas praticantes por não ajudarem. Estava olhando para fora.

Durante a promoção do show em uma escola secundária, dirigi minha apresentação para os professores e diretor, não para os alunos. Como resultado, a maioria dos alunos dormiu ou ficou conversando. Infelizmente, os professores estavam ocupados demais para manter a ordem e deixaram de prestar atenção à minha apresentação.

Eu não percebi que era o meu próprio problema. O coordenador da promoção me disse: “Como cultivador, devemos pensar nos outros. Sua apresentação deveria ter incluído todos – alunos e professores”. Argumentei e disse: “Como a apresentação de algo tão sagrado como o Shen Yun pode ser alterada casualmente?”

Quando pensei sobre o declínio na venda de ingressos, questionei: “Não era assim antes”.

O Mestre disse:

“Como as vendas dos ingressos estão indo em certa localidade, é na realidade um sinal verdadeiro e tangível de quão bem os praticantes têm se cultivado e têm cooperado ali.” (“Ensinamento do Fa na Conferência Internacional do Fa da Grande Nova York, 2009”)

Embora externamente eu tenha sido cortês com os colegas praticantes, na verdade, reclamei, fiquei frustrada e os julguei. Quando fui elogiada por outros praticantes, meus apegos à ostentação, complacência e validação de mim mesma aumentaram.

Outros praticantes trabalharam arduamente para organizar cada apresentação pública, mas eu não tratava as apresentações com seriedade. Não revisava o conteúdo de cada audiência, nem o memorizava. Em vez de agir como praticante, dei desculpas.

O Mestre disse:

“A chave está em como ele lida com isso e se pode reconhecer as próprias limitações quando surgem na superfície e são apontadas pelos outros ou quando os próprios apegos se manifestam nos conflitos; isso é crucial. Uma vez que você reconhece algo que necessita superar, isso é cultivo.” ("Ensinando o Fa no Fahui Internacional de Nova York, 2004")

Quando olhei para dentro, encontrei muitos apegos ocultos e egoístas. Eu me culpei por não ser capaz de salvar seres conscientes. Sei que não tratei meus colegas praticantes com tolerância, aceitação, bondade e pensamentos retos. Cada colega praticante tem aspectos e capacidades positivas.

O Mestre disse:

“Todos vocês são uma partícula. E perante meus olhos, ninguém é melhor que nenhum outro, já que eu levantei a todos com minha mão ao mesmo tempo (Aplausos). Quando se trata de fazer algo, alguns são mais capazes em certas coisas, alguns em outras; definitivamente não devem ficar imaginando as coisas baseados nisso. Você diz que tem grandes habilidades e coisas desse tipo, porém tudo isso foi outorgado a você pelo Fa!.” ("Ensinando o Fa durante o Festival da Lanterna de 2003 na Conferência Ocidental dos EUA")

Sim, o Mestre me deu habilidades para que eu pudesse validar o Fa. O que há para me exibir? Em vez de validar o Fa, estava me validando.

Segunda chance

Talvez o Mestre tenha visto meu desejo sincero de melhorar e me deu outra chance de fazer uma apresentação em outra escola pública. Desta vez, corrigi minha atitude e segui a sugestão do coordenador. Preparei a apresentação para professores e alunos e também a memorizei. Minha apresentação foi bem-recebida e os alunos e professores ouviram atentamente.

Eu me senti encorajada. Lembrei-me de aproveitar todas as oportunidades para salvar seriamente os seres sencientes. Também percebi que, somente quando deixamos nossos egos, pensamos nos outros e cooperamos sem apegos, podemos salvar as pessoas.

Em agosto passado, organizei uma festa do chá para promover a Orquestra Sinfônica do Shen Yun. Como não tinha experiência em organizar uma festa, senti-me pressionada. Minha mente ficou em branco. Minha inexperiência com esse tipo de evento me frustrava. Eu me senti mal por ter falhado com o Mestre, perante aos colegas praticantes e aos seres sencientes. Tive muitos pensamentos negativos: “Talvez eu não seja uma boa anfitriã de uma festa de chá? Talvez eu não deva fazer outra novamente.

No entanto, os outros praticantes ficaram satisfeitos com meus esforços e me pediram para realizar outra festa do chá em setembro. Estava profundamente perturbada por meus pensamentos negativos e meus apegos ao ego. Eu sabia que estava competindo.

O Mestre disse em “Ensinando o Fa durante o Festival da Lanterna de 2003 na Conferência Ocidental dos EUA”:

“Se vocês ficam muito tempo nesta situação, então é outro apego. Quando tiverem feito algo mal, olhem onde estava o mal, reconheça-o e, então, da próxima vez, faça-o bem. Se vocês tropeçam e caem e simplesmente ficam ali em vez de levantarem-se, isto não é bom”.

“Não gosto quando se culpam a si mesmos, carece completamente de sentido. Repetirei o que disse a pouco: se caiu, não fique caído, levante em seguida!”

As palavras do Mestre me atingiram como um raio! Sabia que quando caísse, deveria levantar e continuar. Não deveria ficar deprimida. Não vou decepcionar o Mestre, nem decepcionar os seres que sou responsável por salvar!

Disse a mim mesma que desta vez estaria totalmente preparada. Pratiquei uma e outra vez, e memorizei a apresentação da Orquestra Sinfônica do Shen Yun. Aumentei meu estudo do Fa e enviei pensamentos retos para eliminar quaisquer pensamentos ruins.

Durante a festa do chá, estava nervosa e pedi ao Mestre que me capacitasse. A cerimônia correu bem, o público foi muito receptivo e a atmosfera era agradável e calma. Fiquei muito tocada por aquelas pessoas que estavam ansiosas para serem salvas. Mais tarde, quando encontrei uma senhora que participou da festa, ela disse: “Você fez um ótimo trabalho no outro dia. Foi muito bom”. Sabia que o Mestre estava me encorajando.

Nada é perdido quando um praticante segue o Fa. No trabalho, sou capaz de promover o Shen Yun e também de trabalhar em projetos do Dafa. Realmente experimentei o significado de “Ganhar sem buscar” (Palestra em Sydney) e a bênção de ser uma discípula do Dafa.

No processo de promover o Shen Yun, tropecei e experimentei pressão e frustração. Até pensei em desistir. Independentemente das minhas muitas noções humanas, tenho persistido em seguir meu caminho de cultivo arranjado pelo Mestre.

Meu entendimento é muito limitado. Por favor, gentilmente aponte algo inapropriado.

Obrigada Mestre.

Obrigado, colegas praticantes.

(Apresentado no Fahui 2017 de Taiwan)