(Minghui.org) Durante uma recente reunião política em 8 de maio, Daniel Mark, presidente da Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos EUA (USCIRF) destacou a extração forçada de órgãos de prisioneiros de consciência, incluindo praticantes do Falun Gong.

USCIRF é uma comissão do governo federal dos Estados Unidos, que revisa os fatos sobre as violações da liberdade religiosa a nível internacional e fez recomendações políticas ao presidente, ao secretário de Estado e ao congresso. Em seu relatório anual de 228 páginas de 2018, 7 páginas estavam voltadas para China, o qual é um dos países de preocupação particular (“countries of particular concern”, CPC em inglês), juntamente com Coreia do Norte, Iran e Vietnam.

Daniel Mark, presidente da Comissão dos Estados Unidos para a Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF)

Durante a sessão, o Sr. Mark disse que, em nome das suas ‘características chinesas’, a China continua a controlar, governar e manipular todos os aspectos de crença na China. Ele também afirmou queos praticantes do Falun Gong eram detidos ilegalmente e que são as vítimas mais visadas para a extração forçada de órgãos.

“...as autoridades chinesas continuam a tomar medidas violentas contra as igrejas,registradas e não registradas, e perseguem os praticantes do Falun Gong”, resumiu o relatório em suas descobertas-chave. Em particular, o relatório mencionou que os advogados Jiang Tianyong e Gao Zhisheng, foram perseguidos por defender os cristãos e praticantes do Falun Gong.

O relatório recomenda que o governo dos EUA predesigne a China como um CPC sob a Lei de Liberdade Religiosa Internacional (IRFA), afirmando que o governo dos EUA, juntamente com as leis internacionais Frank R. Wolf International Religious Freedom Act e Magnitsky Human Rights Accountability Act, deve aumentar seus esforços na liberdade religiosa internacional.

Praticantes detidos

O relatório listou alguns praticantes que haviam sido detidos inúmeras vezes por praticarem o Falun Gong. “Por exemplo, em 19 de setembro de 2017, a polícia em Nanjing deteve Ma Zhenyu, que havia sido preso cinco vezes por praticar o Falun Gong, cumprindo pena na prisão e foi sujeito a vários interrogatórios e tortura".

Mesmo depois de serem libertados, os praticantes ainda estão sendo vigiados e hostilizados. “Também em 2017, as autoridades continuaram a monitorar o praticante do Falun Gong e ex-prisioneiro de consciência Zhiwen Wang, restringindo sua liberdade de movimento e impedindo que ele se reunisse com sua família nos Estados Unidos. ", escreveu o relatório.

Tortura psiquiátrica e agressão sexual

O relatório indicou que as autoridades visam regularmente os praticantes do Falun Gong e os forçam a campos de trabalho ou prisões, afirmando que muitos praticantes ainda estão desaparecidos, com o paradeiro desconhecido desde o seu desaparecimento.

O relatório continuou: "Enquanto detidos, os praticantes do Falun Gong sofrem experiências psiquiátricas e outras experiências médicas, exames médicos desnecessários, violência e agressão sexual, tortura e extração de órgãos, muitas vezes como esforços para forçá-los a renunciar à sua fé."

Defensores dos diretos humanos: a extração forçada de órgãos continua

A extração de órgãos também foi destacada no relatório. "Embora a China afirme que parou a praticar a extração de órgãos de prisioneiros, (muitos dos quais se acredita ser praticantes do Falun Gong ou outros seguidores religiosos), em 1º de janeiro de 2015, os defensores acreditam que a prática continuou”, afirmou o relatório.

Em 2017 o Dr. Huang Jiefu, cirurgião e ex-vice-ministro da saúde, representou a China durante um congresso internacional em 2017. Ele disse que a China estava tentando reformar seus sistemas e processos de transplante de órgãos. Mas os críticos apontaram seu papel direto na realização de cirurgias de transplante e na direção do programa de transplante da China.

Os principais perpetradores da perseguição são identificados

Há 19 anos a perseguição ao Falun Gong foi iniciada na China pelo então presidente Jiang Zemin, que criou a Agência 6-10 exclusivamente para perseguir e erradicar o Falun Gong.

“Em julho de 2017, a Organização Mundial para Investigar a Perseguição do Falun Gong(WOIPFG) acrescentou informações atualizadas à sua lista de mais de 37.000 organizações e 80.000 indivíduos que teriam perseguido os praticantes do Falun Gong; os novos acréscimos incluem funcionários do governo do Segurança do Estado, bem como os funcionários da Agência 6-10, a segurança pública e o judiciário”, afirmou o relatório.