(Minghui.org) Conheci o Falun Dafa através da internet em maio de 2003 quando fazia pesquisas buscando informações sobre meditação no Google. Surgiu no meio de vários outros, o site do Falundafa.org e achei o nome meio “esquisito”. No entanto, quando entrei no site em inglês verifiquei que era muito interessante e abordava assuntos que eu sempre desejei saber.

Na altura o meu inglês era péssimo e tinha que traduzir quase palavra por palavra. Verifiquei que existia o Livro Falun Gong, o Zhuan Falun e muito outro material já publicado. Segui as instruções e baixei da internet estes dois livros. Iniciei a leitura do Falun Gong de imediato. Quanto mais lia mais me interessava e até nem podia acreditar no que estava lendo! Aquilo era bom demais comparado com alguns textos do budismo, espiritismo e mesmo da bíblia e do alcorão que eu já havia lido na minha busca incessante por respostas sobre o significado da vida aqui na terra. A minha única frustração era não conseguir ler tão rapidamente quanto desejava, dado o meu fraco conhecimento do inglês.

A partir desse dia e até hoje nunca mais pesquisei sobre mais nada! Fiquei “parada” no Falun Dafa: nos livros, nos vídeos dos exercícios, nas conferências, enfim, foi uma sensação de ter chegado finalmente ao meu destino e de ter encontrado as respostas que sempre procurei. Desde aí fui lendo sistematicamente o Zhuan Falun em simultâneo com as restantes palestras, os Essenciais para Avanço Adicional I e II e todo o restante material existente no site, coisa que faço ainda hoje; fui também aprendendo os exercícios pelo vídeo de instruções com tradução em português. Assim comecei a praticar o Falun Dafa.

Viajei de férias para o Brasil em duas ocasiões, em março de 2004 e em março de 2008, e tive a oportunidade de encontrar-me com alguns praticantes de São Paulo e do Rio de Janeiro e de praticar os exercícios no Parque de Ibirapuera com eles. Foram experiências muito gratificantes poder estar com outros praticantes, uma vez que meu cultivo era solitário.

Em resumo, fui praticando ao longo destes 13 anos, embora sempre com a sensação de não estar fazendo o suficiente e de não conseguir ser tão diligente quanto deveria no estudo do Fa, na prática dos exercícios, no envio dos pensamentos retos, na divulgação do Falun Dafa e no esclarecimento da verdade. Nenhum dos meus familiares é praticante, mas todos me apoiam quando necessário.

A prática do cultivo me trouxe muitos benefícios e o nosso Mestre Li sempre me está cuidando. Desde 1988 sofria de hipotiroidismo e tinha de tomar comprimidos diariamente para o resto da vida. Sofria de muita depressão, era muito pessimista e tímida, tinha medo de tudo e estava sempre enervada. À medida que fui praticando em mim tudo se foi modificando: desde 2005 parei de tomar os medicamentos para a tireoide. Desde aí e até hoje não precisei mais de tomar medicamentos, nem esses, nem quaisquer outros. Sinto-me saudável e cheia de forças, o pessimismo, a depressão, o nervosismo e os medos desapareceram. Sinto-me tranquila e com forças para enfrentar o que aparecer na vida pessoal e profissional. Não tenho mais vergonha de falar em público e coisa curiosa, descobri há vários anos que não sou mais picada pelos mosquitos que aqui são muito abundantes. Picam todo mundo à minha volta mas a mim evitam-me pura e simplesmente. No início da prática tinha muitos cabelos brancos. Com o passar do tempo, não só pararam de ficar brancos, como também voltaram a escurecer; as pessoas acham que tenho a aparência muito mais jovem do que deveria para a minha idade. Não é tudo isto maravilhoso?

É muito difícil, senão impossível colocar em palavras o quão sublime e grandioso é o Falun Dafa, o nosso venerável Mestre Li e tudo de maravilhoso que o cultivo me proporciona. É verdade que a prática não é fácil e os testes de xinxing e outros são constantes no dia-a-dia. Uns maiores, outros mais fáceis de passar. Tudo depende da nossa dedicação ao estudo do Fa, determinação em abandonar os apegos e de agir de acordo com Zen-Shan-Ren, colocando o Fa como Mestre.

Em julho de 2012, após nove anos de prática e com ajuda de companheiros praticantes do Brasil, passei a ser a pessoa de contacto aqui em Maputo-Moçambique no site falundafa.org do Brasil.

Em 2012 também participei, ainda que brevemente, em coordenação com praticantes do Brasil, em alguns trabalhos de tradução de artigos do Epoch Times do inglês para o português.

Desde abril de 2015, graças à minha inclusão pelos companheiros cultivadores do Brasil, também contribuo em traduções de artigos do inglês para o site Minghui em português. Para mim as participações nestes projetos não têm preço, visto que meu cultivo é efetuado num ambiente solitário e sem praticantes locais com quem interagir.

Como praticante, tento fazer bem as três coisas, mas nem sempre é fácil. Tenho divulgado o Falun Dafa e a perseguição quer a familiares e amigos, bem como no local de trabalho e em outros ambientes onde interajo, através da distribuição de folhetos, DVD’s, demonstração dos exercícios aos interessados, bem como a recolha de assinaturas para a petição da Dafoh sobre a colheita forçada de órgãos de praticantes do Falun Dafa na China.

Sendo uma praticante do Falun Dafa solitária, fui percebendo que a única forma de cultivar é fazer como o nosso venerável Mestre Li diz: estudar o Fa, estudar o Fa, estudar o Fa, sempre sem vacilar. Pois só assim, com o aprofundamento do entendimento da Grande Lei (Dafa), tenho sido capaz de elevar o xinxing e passar as provas que vem surgindo, umas vezes melhor, outras vezes deficientemente. Os apegos ao conforto, ao sentimentalismo e às emoções, a inveja, a competitividade e muitos mais que surgem neste mundo ilusório em que vivo, somente podem ser identificados e abandonados com a benevolente presença do Mestre Li e da assimilação ao Dafa.

Nem sempre consigo realizar os primeiros quatro exercícios diariamente, mas faço o quinto exercício todos os dias e de forma consistente durante sessenta minutos. O envio de pensamentos retos dentro dos quatro horários previstos nem sempre é possível, mas procuro perseverar e, mesmo fora desses horários, não deixo de o fazer.

Ao fim de todos estes anos de prática e com o aprofundamento do estudo do Dafa vou-me dando conta de quão afortunada sou pela oportunidade que o Mestre Li me deu de cultivar e de quão perdida me achava neste labirinto de ilusões. Agradeço todos os dias ao venerável Mestre a graça de ter a sua proteção e guia para cumprir a missão que nós estávamos esperando durante incontáveis milênios. “Vir aqui para a sociedade das pessoas comuns é como me hospedar em um hotel; eu fico só uns poucos dias e vou embora o quanto antes. Entretanto alguns simplesmente se apegam a este local; esqueceram-se de seus próprios lares.” em Zhuan Falun.

É-me impossível colocar em palavras nestas poucas páginas tudo o que a prática do Falun Dafa me proporciona dia a dia. Quando olho para trás, vejo que percorri um caminho grande e as conquistas foram incomensuráveis, pois nem consigo reconhecer-me naquela pessoa que era antes de ser praticante do Falun Dafa. Ao mesmo tempo, vejo também quão insignificante sou e quanto ainda tenho que vencer para ser digna e cumprir com êxito a minha missão de discípula do Falun Dafa do período da retificação do Fa. Quando os apegos ao conforto e qing surgem, peço ao Mestre que me dê forças e recito: “Falun Dafa Hao!”, “Zhen-Shan-Ren Hao!” Como nos ensina o Mestre Li, quando a mente está clara, “O Fa pode quebrar todos os apegos, o Fa pode destruir todo o mal, o Fa pode revelar todas as mentiras e o Fa pode fortalecer os pensamentos corretos.”- Expulsem a interferência - em Essenciais para Avanço Adicional II.

Termino esta minha partilha de experiência com as palavras do Mestre Li que não abandonam minha mente: …“O que é difícil de suportar pode ser suportado; o que é difícil de fazer pode ser feito.” “De fato, é precisamente assim. Portanto, depois de voltarem para suas casas, todos podem tentar. Quando você estiver atravessando uma grande tribulação ou uma prova real, tente. Quando parecer impossível de suportar, tente suportar; quando parecer impossível de ser feito e disserem que é impossível, tente e veja se você realmente pode ou não. Quando você pode fazê-lo de verdade, você realmente descobre que depois que se passa pelos sombrios salgueiros, há flores resplandecentes e uma outra aldeia nova!” em Zhuan Falun.

Muito obrigada venerável Mestre, muito obrigada companheiros praticantes.

(Experiência apresentada no Fahui do Brasil de 2016)

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