(Minghui.org) Praticantes e simpatizantes do Falun Gong de Washington DC fizeram uma manifestação do lado de fora da Embaixada da China em 26 de junho de 2015 para mostrar seu apoio ao recente movimento envolvendo vítimas da perseguição na China. Essas vítimas estão entrando com queixas criminais contra Jiang Zemin, ex-chefe do regime chinês, que iniciou a perseguição ao Falun Gong em 1999.

Praticantes do Falun Gong fizeram manifestação diante da Embaixada da China em Washington DC,em 26 de junho de 2015. No banner azul lê-se: "Parem já com a perseguição ao Falun Gong

Onda de ações movidas na China

Segundo o site Minghui, entre 19 e 25 de junho de 2015, foram registradas 13.109 queixas de praticantes e seus familiares contra Jiang.

Mais de 9.700 queixas de mais de 1.400 municípios (ou cidades) em 29 províncias foram recebidas pelo Minghui entre o início de maio e 18 de junho de 2015. Essas queixas acusam Jiang pelo início, intensificação e sustentação da perseguição ao Falun Gong na China.

As ações judiciais não foram abertas por praticantes apenas na China, mas também foram apresentadas em 18 países por 64 praticantes que fugiram da China. Os praticantes que entraram com ações contra Jiang moram nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, França, Inglaterra, Malásia, Tailândia, Japão e outros países.

Essas ações foram abertas junto ao Supremo Tribunal Popular e à Suprema Procuradoria Popular, em Pequim, na China, antes do site do Minghui ter sido comunicado pelos praticantes.

Sete praticantes de Washington DC entraram com ação judicial

Na manifestação, sete praticantes da região da Grande Washington DC falaram sobre o assunto e mostraram uma cópia da queixa impetrada recentemente.

Os praticantes são o sr. Zhang Huidong, as sras. Ma Chunmei, Wang Chunying, Yu Jing, Wang Chunrong, Wang Qiuying e Liu Jianing.

A ex-prefeita da cidade de Heze entra com ação

A sra. Liu Jianing, ex-prefeita da cidade de Heze, província de Shandong, conta na manifestação como ela foi perseguida por não desistir da sua crença no Falun Gong.

Ela tem uma relação grande dos detalhes sobre as perseguições que sofreu, incluindo prisão, detenção, trabalho forçado, tortura, lavagem cerebral, saques em sua residência, confisco de bens pessoais e extorsão financeira.

Além da dor física, a tortura mental não foi menos traumatizante. A polícia da cidade de Jin'nan a manteve detida num centro de lavagem cerebral em outubro de 2000. Os guardas torturavam os praticantes todas as noites e as pancadas e gritos podiam ser ouvidos no prédio inteiro. Embora ela tivesse sido libertada, depois de 37 dias, a polícia continuou a assediá-la.

"Foi semelhante às atrocidades nazistas em que muitos médicos e enfermeiros seguiram cegamente as ordens proferidas por funcionários de cargos superiores e depois se recusaram a assumir a responsabilidade por suas ações", disse ela.

"Mas não para por aí. Além disso, um grande número de chineses participou e ainda participa ativa ou passivamente nessa perseguição contra praticantes inocentes."

Como um aviso para os autores das atrocidades nesta perseguição, ela disse: "Os envolvidos nas atrocidades nazistas foram posteriormente processados. Portanto, quem seguiu as ordens durante esta perseguição na China também irá enfrentar consequências legais.”

A sra. Yu Jing se junta à onda de processos

A praticante sra.Yu Jing

A sra. Yu Jing, ex-diretora assistente de um jardim de infância em Tianjin, que foi detida e torturada muitas vezes, também fala sobre o seu caso na manifestação.

Enquanto estava presa num centro de detenção em setembro de 2002, os guardas bateram no seu rosto, a espancaram, a privaram do sono e forçaram-na a ouvir em alto volume gravações caluniando o Falun Gong.

Depois da sua libertação e para poder escapar das perseguições pela polícia, ela e sua filha se mudaram para Xangai. Mas as polícias de ambas as cidades trabalhavam em conjunto e ela continuou sendo assediada.

"Nenhum Estatuto Legal Chinês, nem a Constituição Chinesa possuem leis ou artigos nos seus livros que proíbem a existência do Falun Gong. Meus direitos deveriam ser protegidos pela lei e não deveriam ser desrespeitados por Jiang Zemin e seu regime", disse Yu.

Ela acusou Jiang de humilhação intencional, difamação, abuso de poder, detenção ilegal, violação da liberdade de crença, peculato, acusação falsa e uso da lei em benefício pessoal.

Jiang não pode ser isento da responsabilidade por genocídio, tortura e crimes contra a humanidade

A sra. Chen Yanqing fala na manifestação

A porta-voz da Associação do Falun Dafa em Washington DC, sra. Chen Yanqing, disse que Jiang iniciou a perseguição ao Falun Gong em julho de 1999 através de uma abordagem devastadora.

"Jiang impôs a forma como deveria ser a perseguição aos praticantes. Suas ordens incluiram ‘difamar a reputação deles, arruiná-los financeiramente e destruí-los fisicamente’ e exigiu que ‘o extermínio do Falun Gong fosse cumprido em três meses.’"

“Como líder do regime chinês com poder ditatorial, Jiang fez uso dos recursos da China para essa supressão. Isso inclui fundos para a polícia, escritórios de procuradoria, tribunais, policiais armados e militares.”

"Jiang e sua política de perseguição violaram as leis chinesas e as leis internacionais. Ele deve ser responsabilizado pelo genocídio, tortura e crimes contra a humanidade", disse Chen.

Advogado de Direitos Humanos elogia a coragem dos praticantes

O advogado de direitos humanos, Peng Yongfeng, dá um discurso na manifestação

O advogado de direitos humanos, Peng Yongfeng, elogiou a coragem dos praticantes: "Há um velho ditado chinês que diz ‘O bem será recompensado com o bem e o mal com o mal’. “Esta é a base de todas as leis em nossa sociedade.”

Ele disse que as pessoas têm testemunhado a compaixão dos praticantes do Falun Gong e a crueldade do regime. “Esta é uma questão fundamental para todos nós, não há meio-termo entre o bem e o mal.”

Peng disse que as ações judiciais contra Jiang irão ajudar as pessoas a enxergarem as mentiras e conspirações dos comunistas chineses.

"Este é um processo de remoção do disfarce jurídico do regime e da exposição da sua crueldade, um processo para acabar com a sua violência e um processo para libertar as pessoas enganadas pelo Partido Comunista Chinês (PCC)", disse ele.

Presidente da Subcomissão do Congresso apoia os praticantes

O Representante da Câmara, e congressista sr. Chris Smith, presidente das organizações Direitos Humanos Mundiais e Subcomitê da Organização Internacional (Global Human Rights e International Organization Subcommittee), disse durante uma audiência da Câmara em 25 de junho de 2015, que apoia os processos contra Jiang.

Comentando durante essa audiência, Smith disse: "A coragem e a valentia do povo chinês que continua entrando com esses processos que os impulsiona para a democracia e responsabiliza o Partido e o governo, é inspiradora, porque muitos deles...são punidos de alguma forma e ainda assim eles conseguem persistir.”

"O mundo ocidental, o mundo livre em qualquer lugar do mundo, deveria se importar muito, todos os dias da semana, durante as 24 horas do dia, para dizer 'Nós estamos com vocês e nós estamos com os reprimidos.’”

Histórico

Em 1999, Jiang Zemin, como chefe do Partido Comunista Chinês, usou sua autoridade para anular a posição do outros membros do Comitê Permanente do Politburo e iniciou a violenta repressão ao Falun Gong.

Nos últimos 16 anos a perseguição levou à morte muitos praticantes do Falun Gong. Muitos foram torturados por sua crença e até mesmo mortos pela extração de seus órgãos. Jiang Zemin é diretamente responsável pelo início e continuidade dessa violenta perseguição.

Sob seu comando pessoal, em 10 de junho de 1999, o Partido Comunista Chinês estabeleceu um departamento ilegal de segurança, a chamada “Agência 610”. O poder dessa Agência sobrepuja as forças policiais e o sistema judicial na concretização das ordens de Jiang com relação aos praticantes do Falun Gong: arruinar sua reputação, levá-los a falência e destruí-los fisicamente.

A lei chinesa permite que os cidadãos sejam demandantes de processos penais e muitos praticantes estão agora exercendo esse direito de apresentar queixas criminais contra o ex-ditador.