(Minghui.org) O sr. Chen Guangwei, um praticante de Falun Gong de 77 anos, foi julgado no Tribunal de Justiça de Yantai em 13 de agosto de 2014. Crime alegado: "sabotagem do cumprimento da lei". Essa é a típica acusação forjada que as autoridades chinesas usam para processar judicialmente os praticantes do Falun Gong.

O sr. Chen defendeu-se no tribunal, explicando que praticar Falun Gong não viola qualquer lei nem "sabota o cumprimento da lei". Ele encarava diretamente os juízes enquanto falava. No entanto, os juízes não pareciam dispostos a erguer suas cabeças. Durante a argumentação de Chen, um juiz ordenou: "Não diga as palavras ‘Falun Gong!’” A audiência foi interrompida logo após 20 minutos de seção.

Crença não é crime

Durante sua defesa, o sr. Chen disse: “Eu comecei a praticar Falun Gong em 1996. Minha saúde era muito pobre. Sofria de insônia, hipertensão e doenças cardíacas. Tive uma parada cardíaca enquanto dormia. Após começar a praticar Falun Gong, todos os sintomas desapareceram. Fiquei tão animado! Por meio do estudo dos ensinamentos, aprendi que o Falun Gong é um sistema de cultivo budista. Dos praticantes são exigidos o aperfeiçoamento de seu caráter moral e eles tentam se tornar pessoas melhores.”

O sr. Chen continuou: “O Artigo 36 da Constituição da República Popular da China afirma: ‘cidadãos tem o direito à liberdade de crença religiosa’. Falun Gong é uma crença espiritual e os praticantes tem que ter respeitados seus direitos humanos básicos. O cultivo pessoal e os exercícios, seus esforços em dizer os fatos às pessoas e seus apelos em Pequim são todos direitos básicos garantidos pela Constituição.

No Documento de Número 39 publicado pelo Comitê Central do Partido Comunista Chinês, pelo Conselho de Estado Chinês e pelo Ministério Chinês de Segurança Pública em 9 de abril de 2000, o governo chinês designou 14 seitas malignas na China. O Falun Gong não estava na lista.

“O promotor de justiça usou os livros e os DVDs do Falun Gong como ‘evidência criminosa’ contra mim, mas isso é totalmente inválido. Eu tenho o direito de distribuir informações sobre o Falun Gong. Estou sendo acusado judicialmente de ‘usar uma organização de seita maligna para sabotar o cumprimento da lei’. Na verdade, é o Partido Comunista que se encaixa no critério de ‘seita maligna’. O promotor público falhou em identificar uma lei particular que tenha sido sabotada por mim.”

Sr. Chen é preso e sua família assediada

A polícia prendeu o sr. Chen em sua própria casa em 6 de março de 2012. Eles também confiscaram sua impressora e uma grande quantidade de DVDs com conteúdos relacionados ao Falun Gong. Após ter sido liberado sob fiança naquela mesma noite, o sr. Chen decidiu ficar longe de casa para evitar futuras perseguições.

A polícia foi austera com sua família após ele ter deixado sua casa. Eles frequentemente assediavam-na e ameaçavam-na.

Em 21 de janeiro de 2014, a polícia da cidade de Penglai e a Secretaria de Segurança Social de Penglai elaboraram uma armadilha para atrair o sr. Chen para sua casa. Eles disseram-no para recolher um cheque de pensão no Escritório de Segurança Social. A polícia o prendeu assim que ele coletou o cheque de pensão.

A equipe da Comissão Municipal de Comércio e Economia (onde o sr. Chen trabalhava antes de se aposentar) disse a seu filho que pagasse 100.000 yuan se quisesse ver o pai fora da cadeia. A família não podia pagar tal quantia. Posteriormente, eles baixaram a quantia para 50.000 yuan e, então, para 5.000 yuan. Mas a família se recusou a pagar. No final a polícia confiscou o carro do sr. Chen.

Eles disseram ao sr. Chen que ficasse em casa durante as primeiras duas semanas do Ano Novo Chinês e lhe proibiram deixar sua casa por 15 dias após o Ano Novo. Depois disso, eles disseram que ele teria que submeter uma solicitação toda vez que quisesse sair de sua casa.

A polícia também disse ao filho do sr. Chen que escrevesse uma “declaração de garantia”, prometendo que seu pai não iria a lugar algum. Se o sr. Chen saísse de casa, eles prenderiam seu filho.