Não se deixe levar pelos arranjos das velhas forças

(Minghui.org) Por muito tempo, guardei rancor de uma colega praticante porque achava que algumas das coisas que ela dizia e fazia nem sempre se baseavam nos princípios do FaLei e princípios; os ensinamentos do Falun Dafa. Tentei me livrar disso, mas o rancor continuava voltando, e eu voltava a ver se o que ela dizia estava de acordo com os princípios do Fa. Meu desprezo por ela se tornou tão forte que cheguei a pensar em evitá-la completamente.

Um dia, enquanto recitava o Fa, algo de repente me ocorreu e comecei a ver as coisas com mais clareza: quando acho difícil me livrar das deficiências dos outros, será que é porque, na verdade, estou apegada aos apegos deles? As velhas forças arranjaram os apegos dela, então, se não consigo me livrar deles, estou reconhecendo os arranjos das velhas forças e me cultivando dentro desses arranjos? Olhar para dentro é a única maneira de atender aos requisitos do Fa, e somente assim podemos seguir os arranjos do Mestre e negar os das velhas forças.

Com essa nova compreensão, o nó em meu coração se desfez e comecei a enxergar as deficiências dela com pensamentos e entendimentos mais retos, e me libertei do que me pesava no coração há tanto tempo.

Lembro-me de que, no passado, quando ouvi que um certo praticante estava sendo perseguido, a primeira coisa que me veio à mente foi uma pergunta: esse praticante tinha apegos ou noções que não estavam de acordo com os princípios do Fa? Se sim, essas brechas devem ter sido aproveitadas pelas velhas forças para persegui-lo.

Tal pensamento não reto estava, na verdade, reconhecendo e justificando a perseguição das velhas forças. Também tentei me lembrar se havia tido algum contato recente com esse praticante e me perguntei se eu seria implicada. Tudo isso se baseava no medo e na preocupação com minha própria segurança.

Percebi que essa maneira de pensar era seguir os arranjos das velhas forças, em vez de negá-las e olhar para dentro para ver se eu tinha apegos e noções semelhantes que precisavam ser abandonados através do meu próprio cultivo. Essa maneira equivocada de pensar também tornou mais difícil para o colega praticante superar a perseguição.

Se pudermos encarar a situação com base no Fa e sempre refletir e nos aprimorar quando vemos as deficiências dos outros, já estaremos negando as velhas forças com pensamentos retos, alinhados ao Fa.

A verdade é que os colegas praticantes que sofrem tribulações precisam do nosso forte apoio com pensamentos retos. Mesmo que não possamos ajudá-los ou organizar colegas praticantes para que enviem pensamentos retos juntos, não devemos interpretar a situação com base em noções humanas que as velhas forças podem explorar.

Se todos pudermos negar os arranjos das velhas forças e apoiar nosso colega praticante com fortes pensamentos retos, a poderosa força que nosso corpo pode gerar desferirá um duro golpe no mal e ajudará o praticante perseguido a superar a tribulação. É assim que o Mestre espera que nos comportemos.

Gostaria de compartilhar um exemplo específico. Um praticante em nossa região tinha um apego tão forte à luxúria que não era bem-vindo em nenhum grupo de estudo do Fa. Mais tarde, ele foi perseguido pelo Partido Comunista Chinês e perdeu a vida.

É compreensível não aceitá-lo se você estivesse preocupado que isso poderia afetar os outros como um todo. No entanto, também deveríamos ter olhado para dentro para ver se tínhamos algum apego. O estudo do Fa em grupo nos oferece uma grande oportunidade de aprender uns com os outros e melhorarmos juntos. Não deveríamos refletir sobre nós mesmos e cultivar nosso xinxing"mente-natureza" (literalmente), "caráter" ou "pensamento" quando surgirem problemas entre nós?

O apego daquele praticante à luxúria não vinha do seu verdadeiro eu, mas sim de algo que se desenvolveu mais tarde na vida e foi reforçado e amplificado pelas velhas forças. Não deveria ter sido reconhecido ou aceito. No entanto, a maioria de nós pensava que o apego à luxúria era um problema seu e que não tinha nada a ver conosco. Nem refletimos sobre nós mesmos: deve haver razões para que tais coisas aconteçam entre nós, então deve ter havido algo que também precisávamos abandonar em nosso próprio cultivo.

Se todos tivéssemos olhado para dentro e refletido sobre nós mesmos, teríamos nos conduzido de acordo com os padrões do Fa e a situação poderia ter sido diferente. Em vez disso, todos os grupos de estudo do Fa o rejeitaram. Sinto que nossa maneira de pensar naquela época não anulava a perseguição e ainda não havíamos transcendido as tribulações arranjadas pelas velhas forças.

Lembro-me de um artigo compartilhado numa conferência do Fa em que vários praticantes cujos estados de cultivo estavam longe dos padrões do Fa disseram coisas que pareciam plausíveis, mas na verdade eram enganosas. Nesse momento, todos ouviram as sirenes da polícia se aproximando. Naquele momento crítico, um praticante disse algo muito reto baseado no Fa, e os carros da polícia deram meia-volta e partiram.

Em nossa situação, se mesmo um pequeno número de nós tivesse pensamentos em consonância com o Fa, a situação poderia ter sido bem diferente. Embora o praticante em questão fosse o principal responsável por sua própria conduta, também poderia ser que as velhas forças, aproveitando-se de seu apego à luxúria, o tenham usado para testar nossa mentalidade e ver se olharíamos para dentro e nos cultivaríamos. As velhas forças poderiam ter se gabado: “Vejam, estamos certos em testá-los. Eles não estão se cultivando.”

Não pretendo apontar o dedo para ninguém em particular ao compartilhar esta questão, porque eu também sou uma das pessoas de quem estou falando. Não é incomum que cultivadores cometam erros e tenham deficiências. O mais importante é que nos conscientizemos deles e continuemos nos aprimorando por meio do cultivo.

Precisamos fortalecer nossos pensamentos retos quando nos comunicamos uns com os outros, em vez de julgar as deficiências dos outros através das lentes de noções humanas, das emoções e dos nossos próprios apegos, rotulando os outros de acordo. Não devemos nos deixar levar pelas velhas forças, mas sim negar seus arranjos com pensamentos retos e ser verdadeiramente capazes de olhar para dentro de nós mesmos em qualquer situação, para que possamos nos tornar mais maduros e nos aprimorar constantemente.

Quando pudermos agir bem com base no Fa e verdadeiramente nos tornarmos um corpo único e indestrutível, as velhas forças ficarão aterrorizadas.

O exposto acima é apenas meu entendimento pessoal limitado. Por favor, aponte qualquer coisa imprópria.

Os artigos nos quais cultivadores compartilham seus entendimentos geralmente refletem a percepção de um indivíduo em um determinado momento, com base em seu estado de cultivo, e são oferecidos com o objetivo de possibilitar a elevação mútua.