(Minghui.org) Um morador de 58 anos de idade da cidade de Fushun, província de Liaoning, perdeu seu recurso contra uma sentença de quatro anos e cinco meses de prisão por causa da sua crença no Falun Gong, uma prática para a mente e o corpo, a qual tem sida perseguida pelo Partido Comunista Chinês desde julho de 1999.

O Sr. Zhang Huiqiang, que já trabalhou como engenheiro na Fábrica de Etileno Químico de Fushun, foi preso em 21 de outubro de 2024 e julgado em 6 de março de 2025. Não está claro quando exatamente ele foi condenado. O Sr. Zhang recorreu ao Tribunal Intermediário da cidade de Shenyang, que decidiu contra ele no final de maio de 2025. Sua família está planejando apresentar uma moção em seu nome para reconsiderar seu caso.

Julgamento

No dia 6 de março de 2025, o Tribunal Distrital de Dadong julgou o Sr. Zhang no Centro de Detenção do Distrito de Dadong. O promotor Yang Yuqiu alegou que ele violou a lei ao “distribuir calendários com mensagens do Falun Gong em uma loja de conserto de celulares e em uma cafeteria, além de gastar papel-moeda com mensagens do Falun Gong impressas nas notas”.

O Sr. Zhang argumentou que, como nenhuma lei na China considera o Falun Gong um crime, ele não violou nenhuma lei. Enquanto falava, a juíza Zhu Lina o interrompeu várias vezes.

O promotor Yang alegou que um homem chamado Su Bin “testemunhou” a invasão da polícia à casa do Sr. Zhang. Seu advogado respondeu que assistiu ao vídeo da câmera da polícia na íntegra e não viu ninguém chamado Su Bin nele. Por lei, as batidas policiais devem ser testemunhadas por uma terceira pessoa independente. Caso contrário, os itens confiscados não podem ser usados como prova para acusar o suspeito.

Entretanto, a juíza Zhu insistiu que havia um Su Bin no vídeo da polícia e que ela viu uma foto de Su Bin nas provas fornecidas pela mesma.

A filha do Sr. Zhang, que atuou como sua defensora não advogada, testemunhou contra a polícia por extorquir “confissões” de sua mãe.

Em 21 de outubro de 2024, no dia da prisão do Sr. Zhang, sua esposa notou que a polícia arrancou todas as páginas de um calendário com informações sobre o Falun Gong e alegou que cada página era uma “prova” separada. Quando ela os condenou por fabricar provas contra seu marido, eles ameaçaram prendê-la. Eles também apreenderam vários pen drives vazios e arrancaram uma decoração antiga com a palavra “Fu” (“boa sorte” em chinês).

A polícia não permitiu que a esposa do Sr. Zhang verificasse os itens confiscados nem lhe entregou uma lista dos mesmos, conforme exigido por lei. Eles a levaram para a Delegacia de Polícia de Dongzhou, onde o policial Yu Bing exigiu saber onde ela e seu marido conseguiram o calendário. Ela disse que não sabia por que não havia trazido o calendário para casa. Yu respondeu: “Se não foi você, então foi seu marido”. Antes que ela percebesse que eles estavam tentando fazer com que ela incriminasse o marido, Yu e outro policial ordenaram que ela assinasse o registro do interrogatório. Quando não permitiram que ela lesse o registro, ela hesitou até que eles ameaçaram atacar sua filha. Sob pressão, ela assinou o documento.

A filha do Sr. Zhang argumentou que os “testemunhos fornecidos” por sua mãe contra seu pai eram, portanto, inadmissíveis, especialmente considerando que a mãe havia escrito ao promotor Yang e ao juiz Zhu dois dias antes do julgamento para anular o que ela foi forçada a dizer durante seu interrogatório.

A filha do Sr. Zhang também apontou que a loja de conserto de telefones celulares não identificou seu pai nos vídeos de vigilância da loja até 9 de dezembro de 2024, mas a polícia já havia escrito o nome do Sr. Zhang no recibo do caso, datado de 7 de dezembro de 2024, como a pessoa que distribuiu os calendários. Embora ela tenha exigido a absolvição de seu pai, ele foi condenado a quatro anos e cinco meses.

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