(Minghui.org) Em abril de 2025, foram confirmadas as mortes de mais 16 praticantes do Falun Gong devido a perseguição por causa da sua crença.
Uma morte ocorreu em 2013, uma em 2016 e uma em 2023, quatro mortes ocorreram em 2024 e mais nove foram registradas entre fevereiro e abril de 2025. Devido à rigorosa censura de informações do Partido Comunista Chinês, a perseguição aos praticantes do Falun Gong nem sempre pode ser relatada a tempo, nem todas as informações estão prontamente disponíveis.
Os 16 praticantes, 11 deles mulheres, tinham entre 53 e 87 anos de idade na época de seu falecimento. Dois deles tinham 50 anos, quatro, 60 anos, sete, 70 anos e três 80 anos de idade.
Os mortos eram provenientes de sete províncias, municípios ou regiões autônomas, com Hebei registrando o maior número de casos, com cinco. Heilongjiang ficou em segundo lugar, com quatro casos. Jilin e Ningxia tiveram dois casos cada. As três regiões restantes, incluindo Pequim, Jiangsu e Sichuan, tiveram um caso cada.
Um homem de 76 anos morreu em um hospital da prisão enquanto cumpria uma pena desconhecida. Dois praticantes faleceram antes de seus cônjuges, que morreram anos antes também devido à perseguição. A morte de uma mãe de 75 anos ocorreu apenas dois meses depois da morte de sua filha, que morreu logo após a última perseguição policial. A maioria dos outros praticantes morreu em decorrência de encarceramento prolongado, tortura, assédio e/ou perseguição financeira.
Abaixo estão alguns casos selecionados. A lista completa dos praticantes falecidos pode ser baixada aqui ( PDF ).
Morte sob custódia
Notícias em atraso: casal é preso por praticar o Falun Gong, marido morre na prisão
O Sr. Wang Ligong, da cidade de Changchun, província de Jilin, faleceu por volta de novembro de 2024, enquanto cumpria uma pena de prisão desconhecida por causa da sua crença no Falun Gong. Não se sabe ao certo quando o Sr. Wang, que já trabalhou em um instituto de pesquisa, foi internado na prisão de Gongzhuling. Uma fonte próxima revelou que ele teve constipação severa em novembro de 2024 e recebeu enemas várias vezes no hospital da prisão. Em seguida, foi transferido para a ala de idosos e enfermos, onde sofreu uma hemorragia cerebral e faleceu no hospital da prisão.
O sofrimento do Sr. Wang começou, no dia 18 de maio de 2023, quando ele foi abordado por policiais à paisana ao sair de seu prédio. Eles roubaram sua chave e invadiram sua casa. Confiscaram dezenas de livros do Falun Gong, três computadores, três impressoras e materiais informativos sobre a prática.
Durante a operação, a polícia não apresentou um mandado de busca e apreensão, mantendo o Sr. Wang e sua esposa de 74 anos de idade, a Sra. Gong Shuying, em quartos separados. Perguntaram quais itens pertenciam a cada um deles. O casal se recusou a responder, então a polícia acabou considerando os pertences apreendidos no quarto da Sra. Gong como dela e os do Sr. Wang como dele.
Os dois foram levados para a delegacia de polícia de Nanhu e detidos por dois dias, período durante o qual foram levados ao Primeiro Hospital da Província de Jilin e ao Hospital Municipal de Changchun para exames médicos. Ambos os hospitais consideraram o casal com problemas de saúde e impróprio para detenção.
No dia 20 de maio de 2023, a polícia pretendia tentar um terceiro hospital, mas mudou de ideia. Eles libertaram o Sr. Wang sob fiança naquele dia, após obrigá-lo a pagar primeiro 3.000 yuans e depois outros 2.000 yuans (sem emitir recibos) para cobrir os custos dos exames médicos e da detenção dele e de sua esposa. Enquanto isso, internaram a Sra. Gong no centro de detenção da cidade de Changchun.
Mais tarde, o Sr. Wang foi à delegacia de polícia de Nanhu para perguntar sobre o andamento do caso de sua esposa. Ele precisou de algumas viagens para falar com o policial responsável, que o informou que a polícia havia encaminhado o caso de sua esposa à procuradoria do distrito de Chaoyang em 26 de maio de 2023. Embora ele tivesse sido libertado sob fiança, não recebeu nenhuma notificação formal a esse respeito.
O Sr. Wang contratou um advogado para representar sua esposa. No dia 3 de julho de 2023 quando o advogado foi ao centro de detenção para visitá-la, os guardas exigiram ver os avisos do departamento de justiça local e da delegacia de polícia de Nanhu autorizando-o a representar uma praticante do Falun Gong.
O advogado argumentou que não havia lei exigindo tais notificações. Os guardas responderam que se tratava de uma política do Comitê de Assuntos Políticos e Jurídicos da cidade de Changchun, uma agência extrajudicial encarregada de supervisionar a perseguição ao Falun Gong. No entanto, não conseguiram apresentar um documento que comprovasse isso.
O advogado foi à procuradoria da cidade de Changchun para apresentar uma queixa contra o centro de detenção. A procuradoria apoiou o centro de detenção. O Sr. Wang, ligou para a linha direta do prefeito nos dias 4 e 5 de julho de 2023 e foi informado de que o advogado precisava atender aos requisitos do centro de detenção antes de poder ter qualquer reunião com seu cliente.
Quatro homens sequestraram o Sr. Wang em sua casa por volta das 10h do dia 26 de agosto de 2023. Ele e sua esposa, posteriormente, foram condenados à prisão. Detalhes de suas acusações, julgamentos e penas de prisão são desconhecidos. O Sr. Wang foi internado na prisão de Gongzhuling, onde morreu por volta de novembro de 2024. Não está claro para onde sua esposa foi levada para cumprir pena.
Tragédias familiares
A Sra. Zhang Fengling, 75 anos de idade, da cidade de Daan, província de Jilin, morreu em 27 de março de 2025, menos de dois meses após a morte de sua filha, ambas como resultado da perseguição por causa da sua crença no Falun Gong.
Sra. Zhang Fengling
A Sra. Zhang foi presa pela última vez no dia 15 de julho de 2022 e sentenciada a dez meses de prisão por volta do dia 15 de janeiro de 2023. Sua família nunca foi autorizada a visitá-la nem a receber atualizações sobre seu caso. Somente em 18 de janeiro de 2023, eles conseguiram descobrir que ela havia sido internada. Até hoje, não se sabe onde a Sra. Zhang cumpriu pena.
Em maio de 2023, quando a Sra. Zhang foi libertada, ela estava extremamente debilitada devido aos abusos sofridos sob custódia. Frequentemente, ela desmaiava em casa. A previdência social suspendeu sua aposentadoria durante os dez meses de prisão (totalizando quase 28.000 yuans). Viúva, ela lutava para sobreviver. Os policiais a assediavam constantemente em casa e tiravam fotos contra sua vontade. Eles também a obrigaram a assinar documentos, determinando que todos os praticantes do Falun Gong presos por causa da sua crença, deveriam ficar sob vigilância rigorosa por três anos após a libertação.
Além do próprio sofrimento da Sra. Zhang, sua filha, Sra. Wang Hongyan, também foi alvo de perseguição. A Sra. Wang lutou contra problemas de saúde e uma grave doença hepática após cumprir uma pena de quatro anos por praticar o Falun Gong em 2021. Ela faleceu no dia 9 de fevereiro de 2025, semanas após ser novamente assediada. Ela tinha 52 anos de idade.
O falecimento da Sra. Wang devastou a Sra. Zhang. Ela entrou em coma no dia 27 de março de 2025 e faleceu no mesmo dia.
Marido e mulher morrem em 2009 e 2025 na perseguição à sua fé compartilhada no Falun Gong
Um casal na cidade de Daqing, província de Heilongjiang, foi submetido a décadas de perseguição brutal depois que o regime comunista chinês iniciou a perseguição ao Falun Gong em julho de 1999. O Sr. Guan Zhaoqi faleceu no dia 26 de julho de 2009, apenas dez meses após cumprir uma pena de seis anos. Enquanto lamentava sua morte, sua esposa, a Sra. Yu Guixiang, continuou a enfrentar constantes prisões e perseguições. Ela faleceu em 19 de fevereiro de 2025.
Quando o Sr. Guan ainda cumpria pena, seu pai, na casa dos 80 anos de idade, preocupou-se com ele e ficou angustiado. Ele faleceu em setembro de 2005, sem ver o filho pela última vez. Após a morte do Sr. Guan, anos depois, sua mãe sofreu um colapso mental e frequentemente se ausentava de casa. Ela faleceu vários anos depois.
Embora a perseguição tenha impedido o casal de cuidar dos pais e das famílias, as autoridades do regime comunista espalharam propaganda sobre eles, dizendo que não se importavam com os pais por causa da prática do Falun Gong.
Mortes após tortura na prisão, encarceramento prolongado e assédio
Mulher de 74 anos morre após 13 anos de prisão e tortura
A Sra. Chen Jinfeng, da cidade de Mudanjiang, província de Heilongjiang, faleceu no dia 27 de março de 2025, após cumprir uma pena em um campo de trabalho forçado e duas penas de prisão, totalizando 13 anos. Ela tinha 74 anos de idade.
Sra. Chen Jinfeng
Além do encarceramento e da tortura que ela sofreu ao longo dos anos, seu empregador, a Universidade Florestal de Rádio e Televisão em Mudanjiang, a demitiu e reteve sua aposentadoria a partir de agosto de 2000, o que estava de acordo com a política de perseguição que afirmava “arruinar financeiramente os praticantes do Falun Gong”, estabelecida pelo ex-líder do Partido Comunista Jiang Zemin.
Enquanto a Sra. Chen estava presa, seu filho, então em idade universitária, teve dificuldades para financiar os estudos e ficou desnutrido. Embora a escola tenha sugerido que ele tirasse uma licença médica, ele continuou a frequentar aulas e a fazer bicos para se sustentar. Mas, devido à falta de apoio financeiro, acabou abandonando os estudos e nunca concluiu a faculdade.
No dia 29 de abril de 2003, após ser presa a Sra. Chen foi contida em uma cadeira de metal e alimentada à força com óleo de mostarda. Os policiais também envolveram sua cabeça em um saco plástico e ela quase sufocou. Repetiram a tortura várias vezes. Ela sofria com dores intensas depois disso.
Quando ela se recusou a dar informações sobre outros praticantes do Falun Gong, o diretor da polícia gritou: “Bata nela até a morte! Ninguém terá responsabilidade se ela morrer.”
Vários policiais a amarraram a uma cadeira e puxaram seus membros em diferentes direções. Um policial deu choques em suas mãos com um bastão elétrico ao mesmo tempo. Ela perdeu a consciência. Depois que recobrou os sentidos, a tortura continuou. Um policial golpeou seus braços até que ficassem roxos e ela não conseguisse mais levantá-los. Eles também cobriram sua cabeça e pressionaram suas canelas contra a borda de uma mesa.
Mais tarde, ela foi condenada a cinco anos de prisão e liberada em estado grave no dia 29 de abril de 2008.
Após outra prisão em 29 de abril de 2009, os guardas do centro de detenção a algemaram, chutaram sua cabeça até que ela perdesse a consciência, perfuraram seus dedos com agulhas e a cotovelaram no peito. Ela sentiu dores intensas no peito por dias e teve dificuldade para respirar e andar. Foi condenada a seis anos de prisão e liberada da Penitenciária Feminina da província de Heilongjiang em 29 de abril de 2015.
A polícia continuou a perseguir a Sra. Chen e seu filho depois que ela voltou para casa. Após anos de encarceramento e tortura, a Sra. Chen não conseguia mais ficar em pé ou andar sozinha. Devido a ferimentos em seus órgãos internos, ela tinha muito catarro. Sentia-se constantemente fraca e transpirava sem parar. Todos os seus dentes caíram. Ela também sofria de úlceras orais crônicas. Em seus últimos anos, sua memória começou a declinar e ela vomitava, frequentemente, após comer. Ela faleceu no dia 27 de março de 2025, aos 74 anos de idade.
Mulher de Heilongjiang morre um ano após cumprir pena de 12 anos de prisão
A Sra. Zhang Huijuan, de 63 anos de idade, do condado de Yilan, província de Heilongjiang, foi diagnosticada com câncer enquanto cumpria uma pena de 12 anos por praticar o Falun Gong, mas as autoridades prisionais ainda se recusaram a libertá-la em liberdade condicional médica. A polícia continuou a persegui-la quando ela finalmente foi libertada ao final da pena. Sua saúde continuou a se deteriorar, e ela faleceu um ano depois, em 5 de fevereiro de 2025. Ela tinha 63 anos de idade.
Sra. Zhang Huijuan
Na noite de 29 de março de 2013, a Sra. Zhang foi presa, após a polícia suspeitar que ela havia colocado faixas com informações sobre o Falun Gong ao longo da rodovia. Ela foi posteriormente condenada a 12 anos de prisão pelo tribunal do condado de Yilan.
Enquanto cumpria pena na prisão feminina da província de Heilongjiang, a Sra. Zhang foi torturada e forçada a trabalhar longas horas sem remuneração. Ela não tinha permissão para dormir ou comer quando não conseguia cumprir a cota diária. Devido à carga de trabalho pesada e à escassa quantidade de comida que recebia, ela desmaiou enquanto carregava uma sacola pesada de mercadorias. As outras detentas pisaram nela para conseguirem terminar seu próprio trabalho rapidamente.
Um dos produtos que a Sra. Zhang foi forçada a fabricar foram recipientes de papel. Sem nenhum equipamento de proteção individual, seu corpo sempre inchava, incluindo os olhos, sempre que entrava em contato com a cola ou outras substâncias tóxicas.
Outros produtos em que a Sra. Zhang trabalhou, incluíram cílios artificiais, palitos de dente e misturadores de café. Muitos praticantes experimentaram uma perda significativa da visão durante a confecção dos cílios. Uma praticante ficou cega do olho direito.
Mais tarde, a Sra. Zhang desenvolveu um nódulo com secreção no braço. Embora o nódulo tenha sido confirmado como câncer, a prisão negou o pedido de sua família para libertá-la em liberdade condicional por motivos médicos. A saúde da Sra. Zhang se deteriorou rapidamente após sua libertação em 2024. Mesmo assim, a polícia nunca parou de assediá-la. Ela faleceu no dia 5 de fevereiro de 2025.
Perseguição financeira
O Sr. Feng Xiaoqi, de 74 anos de idade, da cidade de Chengde, província de Hebei, sofreu um derrame em 12 de setembro de 2024, um dia antes de comparecer a uma audiência sobre a suspensão ilegal da sua aposentadoria pelo Departamento de Previdência Social. Ele faleceu em 23 de fevereiro de 2025, e o tribunal de apelações decidiu, nove dias depois, em 4 de março, negar provimento ao seu recurso.
No dia 31 de agosto de 2003, o Sr. Feng, foi preso por produzir materiais que expunham a perseguição ao Falun Gong e condenado a 14 anos após uma audiência em 11 de junho de 2004. Não está claro se ele foi libertado antes da data prevista para agosto de 2017.
O Sr. Feng atingiu a idade de aposentadoria em 2012 e começou a recebe-la em setembro daquele ano. O Departamento de Previdência Social da cidade de Chengde suspendeu sua aposentadoria, em agosto de 2020 e ordenou que ele devolvesse os pagamentos que lhe haviam sido emitidos de setembro de 2012 a julho de 2020 (95 meses no total).
De acordo com a legislação previdenciária chinesa, o Sr. Feng cumpriu os requisitos de contribuição previdenciária em 2007 e passou a ter direito aos benefícios integrais após atingir a idade de aposentadoria em 2012. A Secretaria da Previdência Social citou sua pena de prisão como motivo para a suspensão da aposentadoria, mas, por lei, nenhuma agência governamental pode abrir mão dos benefícios de aposentadoria de aposentados. Assim, ele apresentou um pedido de reintegração de posse, mas a Secretaria da Previdência Social nunca respondeu. Ele então entrou com uma ação judicial contra a Secretaria no Tribunal Distrital de Shuangqiao.
O tribunal decidiu a favor da previdência social. O Sr. Feng entrou com um recurso administrativo de reconsideração no Tribunal Intermediário da Cidade de Chengde. Enquanto o caso estava pendente, a previdência social ameaçou confiscar sua casa para pagar sua “dívida” de 95 meses de pensão.
O tribunal intermediário agendou uma audiência para 13 de setembro de 2024, mas o Sr. Feng sofreu um derrame na noite anterior. Ele ficou inconsciente e foi levado às pressas para o hospital, onde permaneceu por mais de um mês. Após retornar para casa, teve dificuldades para se recuperar e faleceu no dia 23 de fevereiro de 2025. O tribunal intermediário decidiu, em 4 de março de 2025, manter a decisão do tribunal inferior que ordenou que o Sr. Feng reembolsasse à previdência social os 95 meses de benefícios previdenciários concedidos a ele entre 2012 e 2020. Não está claro se a previdência social ainda apreenderia sua casa para quitar sua “dívida”.
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Relatado em março de 2025: Treze praticantes do Falun Gong morrem em consequência da perseguição.
Relatado em fevereiro de 2025: Oito praticantes do Falun Gong morrem devido à perseguição.
Relatado em janeiro de 2024: 13 praticantes do Falun Gong morrem durante a perseguição
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