​Não olhar para dentro pode ser perigoso para um cultivador

(Minghui.org) O Mestre Li publicou “Nos momentos-chave, olha-se o coração das pessoas” em resposta ao que aconteceu nos projetos de mídia.

"Vocês não acham que isso tudo é para que, no pós-fim, aqueles que não cultivam, cultivam fajutamente ou que não cultivam com tanta dedicação sejam revelados e expostos? Não acham que, ao mesmo tempo em que ocorre a salvação das pessoas do mundo no pós-fim, o âmbito interno do Dafa também está sendo limpo?" (Nos momentos-chave, olha-se o coração das pessoas).

Os problemas que estão ocorrendo no ambiente de cultivo e nos projetos do Dafa atingiram um nível sem precedentes.

No entanto, os problemas que surgiram durante esse período final da história podem ser um momento crítico para que nossos discípulos reflitam sobre nosso cultivo e realmente percorram bem o último trecho do caminho. Sinto que alguns cultivadores veteranos não desenvolveram o hábito de olhar para dentro durante seu cultivo e nem mesmo entendem o propósito de olhar para dentro. Compartilharei alguns de meus pensamentos sobre esse tópico.

Olhar para dentro é precioso e importante

O Mestre deixou isso claro para nós:

"Para um cultivador, olhar interiormente é uma ferramenta mágica." (Ensinando o Fa na Conferência Internacional do Fa em Washington DC., Ensinando o Fa pelo Mundo IX, Capítulo 2).

Somente quando olhamos para dentro de nós mesmos e cultivamos bem é que podemos melhorar e passar nos testes que encontramos. Caso contrário, se não conseguirmos identificar os problemas em nosso cultivo, ficaremos andando em círculos com o mesmo problema por muitos anos. Alguns praticantes não conseguem olhar para dentro de si quando enfrentam um problema grave. Sentindo que o problema é causado por uma perseguição maligna, eles confiam no envio de pensamentos retos, o que pode não ser eficaz.

Observei que alguns praticantes veteranos ao meu redor têm esse problema. Meu entendimento é que quando um cultivador se depara com uma tribulação, ele definitivamente tem uma falha em seu cultivo, que será explorada pelas velhas forças.

Quando não temos consciência de nossos apegos, eles podem se fortalecer, se tornar teimosos e tenazes, ocupar nossa dimensão e interferir em nosso trabalho de salvar pessoas.

Se nossas dimensões estiverem cheias de energia reta, o mal não ousará se aproximar de nós, muito menos nos perseguir. O cultivo não é apenas o número de projetos relacionados ao Dafa que concluímos; ele inclui enfrentar nossos apegos fundamentais.

Alguns praticantes veteranos gostam de compartilhar suas experiências. Eles fizeram muitas coisas e têm experiências ricas e alguma influência. Eles falam sobre como são capazes e como fizeram as coisas bem. Dificilmente mencionam erros ou tropeços ao longo do caminho, como olharam para dentro de si e resolveram os problemas, ou explicam como cultivaram em meio as dificuldades.

Os praticantes com cultivo sólido podem facilmente ver uma mentalidade de exibição em tal compartilhamento, enquanto outros, ao contrário, adoram a articulação, as habilidades, o poder de controlar os recursos e a capacidade de coordenação do orador. Aqueles que saíram da China continental e ainda têm a cultura do partido seguirão a tendência e elogiarão esses praticantes “capazes”, o que pode formar um campo denso e difícil de romper.

É bom realizar bem os projetos do Dafa. Mas se não conseguirmos nos elevar de fato com base no Fa, os problemas surgirão lentamente, inclusive os mais resistentes. Anos atrás, enfrentei obstáculos desafiadores e não me saí bem. Felizmente, alguns praticantes ao meu redor apontaram meus problemas de forma direta e sem rodeios. Eles me conscientizaram dos meus apegos e do meu coração humano e me ajudaram a enfrentá-los de forma prática.

Como coordenador de um projeto pequeno, geralmente consigo fazer as coisas. Recentemente, praticantes em quem confio e com quem trabalhei de perto tiveram sérios problemas de cultivo. Embora eu não seja responsável por seus erros, como cultivador, percebi que poderia haver problemas em meu cultivo.

O Mestre nos pediu para aprender e cultivar juntos e progredir juntos. Como coordenador, a cooperação e a interação entre os praticantes fazem parte do meu cultivo. Não devo me sentir complacente porque o projeto correu bem, mas preciso prestar atenção aos estados de cultivo dos outros e apontar os problemas quando os percebo.

Por outro lado, se quando o problema surgir, a pessoa achar que não fez nada de errado e se recusar a olhar para dentro de si mesma, ou culpar a perseguição maligna, isso poderá levar a problemas mais sérios. Já me deparei com situações desoladoras e vi alguns coordenadores, mesmo jovens e capazes, falecerem. Tentei ajudar esses praticantes, mas se eles não abandonaram seus apegos, eu só pude assistir impotente à piora de sua situação.

Olhar para dentro é a base do verdadeiro cultivo

Alguns praticantes frequentemente compartilham suas experiências de cultivo, mas não falam sobre olhar para dentro. Esse fenômeno é comum entre os coordenadores. Como coordenadores, eles podem ter coisas que não querem compartilhar, mas ainda precisam olhar para dentro. Não olhar para dentro é um sinal de que a pessoa não entrou pelo portão do cultivo. Se isso continuar, com o tempo, a pessoa pode se desviar.

Simplesmente exercitar-se mais e concentrar-se em projetos, mas não olhar para dentro, é muito parecido com a prática de um caminho de cultivo menor, confiando no sofrimento para aumentar a energia de cultivo mais elevada e eliminar o carma. Esse não é o caminho de cultivo principal que o Mestre nos deu para seguir.

É difícil eliminar o carma se a pessoa se apega aos seus apegos. Se a pessoa não olhar para dentro, mas tiver algumas habilidades e competências ou for um coordenador, pode acabar causando perdas significativas em um projeto. Já houve casos em que um coordenador se recusou a admitir seu apego, dizendo que queria passar no teste “com pensamentos retos”. Esses casos podem ser bastante difíceis de resolver. O estado de cultivo dos coordenadores é crucial para o ambiente de cultivo e o sucesso do projeto.

E o que é pior, alguns coordenadores responderão com dureza àqueles que apontarem seus erros, o que impede que os praticantes sejam honestos e discutam seus erros. Gradualmente, eles estarão cercados de praticantes que os bajulam, facilitando que o mal os desvie do caminho.

Quando uma pessoa permite que suas deficiências cresçam cada vez mais, com o tempo, ela acabará sendo destruída. Essa é a característica do universo antigo de criação, estase, degeneração e destruição. O Mestre nos pede para olharmos para dentro - uma característica do novo universo, que sempre irá retificar e restaurar com base no Fa.

Quando ocorrem problemas ou falhas, uma vida que assimilou o Fa pode descobri-los, removê-los e compensar seus erros. Se não deixarmos o Dafa nos guiar e removermos nossos apegos e problemas, como poderemos entrar no novo universo do Mestre, que é perfeito e indestrutível?

Estar ciente de seu apego fundamental

Há um ditado que diz: “Aquele que conhece os outros é inteligente, e aquele que conhece a si mesmo é sábio”. Uma pessoa que se conhece bem, controla suas falhas de caráter, reconhece suas limitações e evita suas fraquezas é considerada sábia. Os povos antigos raramente consideravam o domínio de uma habilidade como uma manifestação de sabedoria e inteligência. Em vez disso, eles se concentravam na capacidade de reconhecer o caráter dos outros, distinguir entre o bem e o mal e entender a lei do universo.

O Mestre nos pede para remover os pensamentos humanos e eliminar os apegos, o que só pode ser feito se olharmos para dentro de nós mesmos para encontrá-los. É um processo difícil que ninguém consegue realizar imediatamente. Reconhecer as deficiências e os apegos de uma pessoa é uma manifestação de uma consciência principal clara. Sem apegos, é possível discernir claramente o certo do errado e o bem do mal. Quando se cultiva com uma consciência principal clara, é possível parar as coisas ruins assim que elas aparecem, mesmo quando são sutis.

Todos nós temos diferentes habilidades, idades e relacionamentos predestinados, mas nada disso representa o nível de nosso cultivo. Quando nos cultivarmos bem, o Mestre nos concederá a capacidade de salvar pessoas e cumprir nossos votos históricos, o que é uma honra sem precedentes.

Olhar para dentro, trilhar o caminho do cultivo

Alguns praticantes parecem ser bons em olhar para dentro. Quando falam, cada palavra que dizem é baseada no Fa e reconhecem facilmente suas deficiências. No entanto, eles dominaram essa habilidade superficial para encobrir seus apegos fundamentais. Essa é uma manifestação de astúcia e esperteza. Eles podem enganar a si mesmos e a alguns outros, mas não os verdadeiros cultivadores, seres divinos ou o Mestre.

Estamos nos cultivando há décadas e, diante desse ambiente hostil, todos nós passamos por situações desafiadoras. Seria muito triste se tivéssemos passado por essas provações, mas não tivéssemos prestado atenção em nosso cultivo e, no final, aos olhos de Deus, ainda fôssemos humanos comuns.

Devemos olhar para dentro de nós mesmos nesta conjuntura histórica de nosso cultivo, não mais nos apegarmos ou nos entregarmos aos nossos apegos e mudarmos a nós mesmos fundamentalmente. Somente olhando consistentemente para dentro de nós é que podemos nos tornar um verdadeiro cultivador digno do título de discípulo do Dafa.

Os artigos nos quais os cultivadores compartilham seus entendimentos normalmente refletem a percepção de um indivíduo em um determinado momento, com base em seu estado de cultivo, e são oferecidos com a intenção de permitir a elevação mútua.