(Minghui.org) Comecei a praticar Falun Dafa com meus pais quando criança e já pratico há 30 anos. Descobri que tenho um apego muito forte ao "eu". Ignoro os sentimentos dos outros e não tento ver as coisas da perspectiva deles. Sempre acho que estou certa. Também percebi que o "ego" é uma manifestação do egoísmo. Gostaria de contar como eliminei meu egoísmo.
Eliminar o egoísmo no trabalho
Trabalho em uma empresa pequena, mas com um diferencial. Sou responsável por uma equipe e tenho três subordinados. Gosto de trabalhar de forma independente e não me importo muito com os outros. Tenho receio de gerenciar pessoas e não sou boa nisso. Nós quatro trabalhamos de forma independente e sempre foi harmonioso. No entanto, alguns problemas começaram a surgir na nossa equipe.
Incidente 1:
A empresa lançou um novo programa de benefícios este ano, que se mostrou particularmente atraente para os funcionários. Devido a certos requisitos, Beth, da minha equipe, não se qualifica para ele. Ela desejava muito esse benefício e tentou diversas maneiras de atender aos critérios. Eu também tentei ajudá-la e pedi conselhos a colegas de outros departamentos sobre como resolver o problema. Apesar de estar bastante ocupada, dediquei muito tempo a ajudá-la e pensei em várias abordagens.
Como Beth trabalha em outro escritório, ela não sabia o que eu havia feito por ela. Pedi à Ann, da minha equipe, que resolvesse rapidamente alguns procedimentos que precisavam ser concluídos dentro de um prazo apertado. Embora Ann tenha feito o que lhe foi pedido, ela ficou muito irritada e foi diretamente reclamar com minha supervisora. Ao mesmo tempo, Beth achava que minha proposta lhe causaria prejuízos e queria que a empresa oferecesse uma compensação. Caso contrário, ela reconsideraria se queria aceitar esse benefício.
Além disso, ao telefone, ela reclamou comigo e disse que eu não fiz nada para resolver o problema dela. Ela teve que encontrar soluções sozinha e se sentiu especialmente perdida.
Fiquei chateada ao ouvir as reclamações dela. Senti que fui tratada injustamente. Dediquei muito tempo e esforço ao problema dela. Deixei Ann tão chateada que ela foi falar com minha supervisora, e mesmo assim Beth não reconheceu o que eu fiz. Quando relatei a situação à supervisora, ela me criticou por não ter lidado bem com as coisas.
No caminho para casa, quanto mais eu pensava nisso, mais chateada eu ficava. Chorei. Embora eu soubesse pelos ensinamentos do Mestre que aquilo era um teste, ainda assim me senti péssima. Eu recitei o Fa do Mestre: “Quando parecer que é impossível de suportar, tente suportar; quando parecer que é impossível e disserem que é impossível, tente e veja se você pode realmente.” (Zhuan Falun).
Forcei-me a não pensar no assunto e recitei o poema do Mestre: “Quem está certo é ele Quem está errado sou eu Brigar pelo quê?...” (“Quem está certo, e quem está errado”, Hong Yin III).
O sentimento de injustiça continuava a surgir, e eu recitei o poema sem parar. O dia seguinte era o prazo final para a entrega deste mês. Caso contrário, Beth teria que esperar até o mês que vem para receber o que lhe era devido. Ann já havia concluído os procedimentos; só faltava a documentação de Beth. Forçando-me a manter a calma, discuti com minha supervisora uma proposta para compensar Beth. Depois de confirmar tudo, liguei para Beth enquanto minha supervisora ouvia a conversa.
A atitude de Beth permaneceu a mesma. Ela expressou seu descontentamento comigo. Eu lhe contei tudo o que fiz por ela, bem como o que Ann fez para ajudá-la. Também lhe disse que trabalhamos horas extras para tentar ajudá-la a resolver a situação. Ela aceitou a proposta de compensação pelos prejuízos e percebeu que havia nos entendido mal. Ela me pediu desculpas. Naquele mesmo dia, ela concluiu a documentação em seu escritório e toda a questão foi resolvida.
Eliminei grande parte do meu ressentimento por meio desse incidente. Também refleti sobre meu comportamento: ainda estou vendo as coisas da minha perspectiva, que é "egoísta". Como não gosto de gerenciar outras pessoas, procrastinei até o último minuto e só comecei a buscar soluções quando Beth não aguentou mais e me pressionou a agir. No entanto, como líder desta equipe, sou responsável por resolver os problemas dos meus subordinados, quer eu goste ou não. Em última análise, o problema é meu. Falhei em cumprir minha responsabilidade e deixei meus subordinados chateados.
Incidente 2:
Logo após esse incidente, duas coisas aconteceram.
A primeira foi que Ann ficou especialmente irritada por causa do Incidente 1. Ela foi até minha supervisora e reclamou de vários problemas, principalmente que eu não era uma gerente responsável.
Depois da conversa, minha supervisora veio falar comigo. Minha primeira reação ao ouvir o que Ann tinha dito foi de que eu havia sido injustiçada. Em seguida, senti frustração. Eu sabia que não era uma gerente responsável e tentei me esforçar para mudar, mas não consegui atender às expectativas da minha supervisora e dos meus subordinados. Disse a minha supervisora: “Se você ainda não está satisfeita com o meu desempenho, por que não me substitui? Aceitarei qualquer decisão que você tomar.”
A segunda coisa foi que Beth veio falar comigo novamente sobre a divisão de tarefas na nossa equipe. Ela pediu para não trabalhar mais com Ann, pois não conseguia aceitar o jeito dela de fazer as coisas. Ela também me deu vários exemplos para comprovar seu ponto de vista.
Conversamos ao telefone por quase duas horas, e Beth se manteve irredutível. Ela também estava muito irritada. Eu não estava ciente da maioria das circunstâncias que Beth mencionou, mas sabia que o que ela dizia era verdade. Ann tinha essas falhas.
Eu disse que os problemas causados por Ann no trabalho se deviam principalmente à minha falha em gerir adequadamente a minha equipe. Não deixei as coisas claras e nunca me prestei atenção à divisão de tarefas entre elas. Isto levou a problemas de cooperação.
Eu sabia que aquilo era mais um teste. Não fiquei chateada com a atitude da Beth, mas não sabia como lidar com a situação. Tive dificuldade para pensar e pensei em desistir.
Reportei a situação à minha supervisora. A resposta dela foi que eu deveria resolver as coisas o mais rápido possível, começando pela divisão do trabalho. Ela também me pediu para realizar uma reunião semanal. Então, comecei a pensar em maneiras de solucionar o problema. Todos os dias, eu precisava me convencer de que o que eu estava fazendo beneficiaria meus subordinados no trabalho. Eu não podia ficar pensando se queria ou não fazer aquilo. Precisava deixar meus sentimentos de lado e pensar nos outros.
Passei cerca de duas semanas pensando em uma solução. Realizei uma reunião. Fiz preparativos minuciosos, desde cada detalhe do processo de trabalho até os problemas que poderiam surgir, bem como a forma de resolvê-los, e discuti tudo com minha equipe. Ann e Beth também deram sugestões. No final, todos chegaram a um consenso e decidimos implementar as mudanças no mês seguinte.
Minha supervisora ficou satisfeito com os resultados da reunião e sentiu que eu finalmente havia demonstrado minha verdadeira capacidade. Naquele dia, a caminho de casa, senti como se um peso tivesse sido tirado de mim. Agradeci ao Mestre por ter proporcionado essa oportunidade de me livrar de parte do meu "egoísmo".
O próximo desafio logo surgiu: eu precisava realizar uma reunião toda semana. Antes disso, nos reuníamos apenas uma vez por mês para organizar as tarefas do mês. Depois, cada um as executava individualmente. Agora que me pediam para realizar uma reunião semanal, eu estava com medo. Antes de cada reunião, eu me preparava mentalmente por um longo tempo. Nesse processo, eu me perguntava constantemente: “Por que estou com tanto medo? Por que tenho tanta relutância em realizar reuniões?”
A resposta foi: “Ainda estou olhando as coisas da minha perspectiva: não é nisso que sou boa. Não estou vendo as coisas do ponto de vista dos meus subordinados e líderes; isso ainda é uma manifestação de egoísmo.”
Recitava o Fa constantemente antes de cada reunião semanal para vencer meus pensamentos egoístas. Gradualmente, meu medo diminuiu e, depois que começamos a realizar reuniões regulares, os problemas que existiam no passado foram resolvidos um a um. Também observei que o desempenho de Ann e Beth melhorou tremendamente. Os conflitos entre elas diminuíram.
Eliminar pensamentos egoístas em relação aos parentes
Minha tia ligou e disse que queria nos visitar. Eu disse à minha mãe, que também é praticante, que ela queria pedir dinheiro emprestado. No ano passado, ela já havia pedido dinheiro emprestado duas vezes para ajudar o filho. Na primeira vez, ela não explicou o motivo da urgência e eu não perguntei. Emprestei o dinheiro imediatamente. Logo depois, ela pediu dinheiro emprestado novamente. Dessa vez, perguntei o porquê e percebi que meu primo precisava pagar a passagem aérea do chefe dele, mas não tinha o dinheiro.
Mesmo assim, emprestei o dinheiro, mas lembrei minha tia de não se deixar enganar pelo meu primo. Então, desta vez, quando minha tia e meu tio quiseram pedir dinheiro emprestado, imaginei que provavelmente era para ajudar meu primo. Quando vieram no fim de semana, nos contaram que meu primo estava sempre pedindo dinheiro e que as economias deles tinham acabado. A aposentadoria da minha tia e do meu tio era insuficiente, e meu tio já tinha estourado o limite de vários cartões de crédito. Eles também pegaram dinheiro emprestado de amigos e parentes. Agora, queriam pedir emprestado de nós porque precisavam pagar o empréstimo do cartão de crédito, além do dinheiro que pegaram emprestado dos vizinhos.
Minha mãe e eu achávamos que eles não deveriam continuar dando dinheiro ao meu primo. Ele não voltava para casa há mais de um ano, e suspeitávamos que ele pudesse ter feito algo de errado.
Expliquei à minha tia por que não queria emprestar-lhes dinheiro: “Quanto mais eu te ajudo, mais você dá ao seu filho — é um ciclo vicioso. Se eu não te emprestar o dinheiro, seu filho não te pedirá mais nada, pois você não terá nada.” Meu tio ficou chateado e se levantou para ir embora.
Minha mãe pediu para minha tia ficar. Minha tia perguntou à minha mãe se poderíamos emprestar a ela uma quantia menor, apenas o suficiente para pagar os cartões de crédito. Minha mãe concordou. Eu discordei, mas disse: "Vou ouvir minha mãe. Já que ela concordou em emprestar o dinheiro, vou transferir para vocês."
Depois que minha tia foi embora, quanto mais eu pensava nisso, mais chateada eu ficava. Sentei no sofá e chorei. Lembrei-me de quando compramos uma casa e não tínhamos dinheiro suficiente para a entrada, então pedimos um empréstimo à minha tia. Apesar de ter boas condições financeiras, ela disse à minha mãe por telefone: "Não temos dinheiro para emprestar a vocês". Quando as coisas estavam mais difíceis, ela não só não veio nos visitar, como também não nos telefonou. Em outra ocasião, ela veio buscar minha mãe para o funeral de um parente, mas minha mãe não atendeu ao telefonema dela. Assim que minha mãe entrou em casa, ela a repreendeu. Eu fiquei furiosa e a repreendi.
Ao relembrar acontecimentos passados, fiquei ainda mais irritada. Minha mãe me contou por que concordou em emprestar dinheiro à minha tia. Antes da perseguição, minha tia praticava o Falun Dafa, mas parou depois que a perseguição começou. Durante a perseguição, a família dela nos apoiou. Minha mãe queria mostrar a eles que o Falun Dafa é bom através desse incidente e esperava que minha tia voltasse a praticar.
Depois de ouvir as palavras da minha mãe, meu lado racional concordou com ela. Mas eu não conseguia esquecer como minha tia tinha nos maltratava no passado. Eu sabia que estava errada, e isso tocou meu apego a mim mesma, bem como meu apego sentimental à minha mãe. Comecei a recitar: "Quando parecer que é impossível de suportar, tente suportar; quando parecer que é impossível e disserem que é impossível, tente e veja se você pode realmente.” (Zhuan Falun), até me acalmar.
Na semana seguinte, minha mãe ligou para minha tia para pedir os dados bancários dela. Ela também perguntou quanto deviam no cartão de crédito. Depois da ligação, minha mãe perguntou se poderíamos emprestar dinheiro suficiente para que elas quitassem todas as dívidas. Meus sentimentos de injustiça ressurgiram e eu fiquei relutante em ajudá-las. Mas, dessa vez, meu lado racional falou mais alto. Eu disse à minha mãe que ela podia transferir quanto dinheiro quisesse. Quando minha mãe ligou novamente para minha tia para contar que tínhamos emprestado o dinheiro para que ela quitasse todas as dívidas, minha tia e meu tio se emocionaram muito e choraram.
Quando vieram à nossa casa para receber o dinheiro, minha mãe disse: "Concordamos em fazer isso porque somos praticantes". Ela contou-lhes como se beneficiou da prática do cultivo. Minha tia ficou comovida e disse que queria retomar a prática.
Depois que minha mãe me contou o que aconteceu, achei que seria bom emprestar o dinheiro para minha tia. Foi ótimo que ela tenha voltado a praticar o cultivo. Ela sabia que o Dafa era bom e, por meio desse incidente, percebeu que o Mestre ainda estava cuidando dela. Ela decidiu voltar a praticar o cultivo, não por causa do dinheiro que lhe emprestamos. Ao mesmo tempo, suspirei, pois tinha pensamentos egoístas muito fortes. Por causa da maneira como minha tia magoou minha mãe no passado, guardei rancor dela durante todo esse tempo e quase a impedi de voltar a praticar. Sou uma praticante terrível. Agradeço ao Mestre de coração por sua engenhosa intervenção. Isso expôs meu problema, me ajudou a me livrar do egoísmo e deu à minha tia a chance de voltar a praticar o cultivo.
Por meio dessas experiências recentes, também percebi o quanto podem ser prejudiciais os pensamentos egoístas. Ainda tenho muitos pensamentos egoístas. Só me resta continuar praticando o cultivo diligentemente para retribuir ao Mestre por sua salvação.
Por favor, indique qualquer coisa que não esteja alinhada com o Fa.
(Artigo selecionado para o 22º Fahui da China no Minghui.org).
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