(Minghui.org) O Minghui.org relatou anteriormente que uma mulher de 43 anos no condado de Qianxi, província de Hebei, deveria ser julgada em 14 de outubro de 2025 por "vazamento de segredos de Estado". Novas informações surgiram de que o julgamento ocorreu conforme o planejado, sem a presença de familiares ou espectadores.
A Sra. Wang Zhixin, nascida em fevereiro de 1982, foi algemada e acorrentada antes de ser levada do Primeiro Centro de Detenção da Cidade de Tangshan para o Tribunal do Condado de Qianxi na manhã de 14 de outubro para comparecer à audiência. O juiz presidente, Zhang Ruijun, ordenou a remoção das algemas, mas os oficiais de justiça não conseguiram abrir as algemas após mais de 10 minutos. Eles chamaram os bombeiros, que usaram um alicate grande para cortar as algemas.
A audiência terminou por volta do meio-dia. A Sra. Wang foi levada de volta ao centro de detenção para aguardar o veredito. Seu processo decorreu de sua prisão em 16 de julho de 2025, após 13 anos de fuga. O promotor Qi Guiliang, da Procuradoria do Condado de Qianxi, a indiciou em 11 de setembro de 2025, acusando-a de "vazar segredos de Estado".
Os "segredos de Estado" referiam-se a dois documentos emitidos antes da Exposição Mundial realizada em Xangai (1º de maio a 31 de outubro de 2010). A Agência 610 do Partido Comunista Chinês (PCC) emitiu um documento secreto de sete páginas intitulado "Esboços de Pregação". Marcado como "confidencial" e "proibido para pesquisa em sites", esse documento teria sido distribuído em diferentes formatos e sob diferentes títulos para todas as filiais da Agência 610 na China. A versão do documento emitida pela Agência 610 no condado de Qianxi, província de Hebei, estava na forma de um memorando intitulado "Diretrizes do Escritório do Comitê de Líderes para Prevenção e Resposta a Questões Relacionadas a Cultos durante a Expo Mundial de Xangai".
O site Minghui.org conseguiu obter os documentos e publicá-los on-line em abril de 2010. Ao tomar conhecimento da exposição de seu plano secreto de explorar a Expo Mundial para intensificar a perseguição aos praticantes do Falun Gong, a Agência 610 iniciou uma investigação para descobrir quem vazou os "segredos de estado" para o Minghui.org. Muitos praticantes em toda a China foram presos, incluindo a Sra. Wang. Ela foi presa na manhã de 12 de maio de 2010. Durante o interrogatório, a polícia a induziu a admitir que havia fornecido as informações ao site Minghui.org, embora ela não o tenha publicado. A polícia também não conseguiu encontrar nenhuma evidência após invadir sua casa e escritório.
A Procuradoria do Condado de Qianxi devolveu o caso ao Departamento de Polícia do Condado de Qianxi três vezes, alegando evidências insuficientes. A Sra. Wang foi libertada sob fiança de um ano em 27 de janeiro de 2011. Ela voltou a trabalhar na Prefeitura Municipal de Xinzhuangzi, mas enfrentou assédio constante. Sua sogra, Sra. Li Chunxian, morreu de estresse na primavera de 2012.
A Procuradoria abordou a Sra. Wang em 7 de junho de 2012 e tentou interrogá-la, mas ela se recusou. A polícia continuou a persegui-la, a seu marido, Sr. Zhao Hongtao, e a seus parentes.
A Sra. Wang não teve outra opção a não ser se esconder e, posteriormente, foi colocada na lista de procurados. Incapaz de capturá-la, a polícia prendeu seu marido, Sr. Zhao, em 2013, e o condenou a um ano de prisão. Mais tarde, ele foi suspenso do trabalho por dez meses (de julho de 2019 a abril de 2020).
Em novembro de 2018, o governo central emitiu uma política interna instruindo os departamentos governamentais de todos os níveis a relatar o desaparecimento de funcionários públicos. A partir de 17 de dezembro de 2018, o Departamento de Polícia do Condado de Qianxi intensificou o assédio e as ameaças à família e aos amigos da Sra. Wang na tentativa de encontrá-la.
O departamento de polícia publicou especificamente um aviso de recompensa três vezes na vila onde a Sra. Wang morava: em 1º de março de 2019, em junho de 2019 e em fevereiro de 2020. Eles fizeram a vila divulgar o aviso de recompensa em alto-falantes todos os dias durante esses três períodos.
A polícia prendeu o sogro da Sra. Wang, o Sr. Zhao Kuixiang, em 29 de abril de 2019, e o deteve por 11 dias. Eles também prenderam sua tia, Sra. Li Ruiqin, em 18 de julho de 2019, e a mantiveram sob custódia por 11 dias. Incapaz de lidar com a situação, a mãe da Sra. Wang, Sra. Ma Yinchun, morreu em 2 de maio de 2019.
A Sra. Wang foi presa na cidade de Tangshan, província de Hebei, em 16 de julho de 2025, por policiais da Delegacia de Polícia de Haigang. Eles a entregaram ao Departamento de Polícia do Condado de Qianxi no mesmo dia. O Comitê de Inspeção do Condado de Qianxi a interrogou e tentou extrair confissões dela.
Dois membros do comitê foram posteriormente à casa onde ela passou a infância para interrogar seu pai. Perguntaram se o idoso tinha um computador e se ele ouviu a conversa da filha com a falecida esposa em 2010, quando a primeira entregou os dois documentos confidenciais à segunda. Sem saber que os dois membros do comitê estavam tentando incriminá-la, ele disse, sob pressão, que ouviu a conversa.
Mais tarde naquele dia, os dois membros do comitê visitaram a Sra. Ma Yinfeng, outra praticante do Falun Gong que foi presa com a Sra. Ma em 12 de maio de 2010. Perguntaram se a Sra. Wang havia lhe mostrado os dois documentos confidenciais antes de entregá-los à mãe da Sra. Wang. A Sra. Ma afirmou não saber nada sobre os documentos confidenciais ou sobre o que aconteceu com a Sra. Wang e sua mãe.
O Comitê de Inspeção do Condado de Qianxi instruiu o sistema judicial a acelerar o processo contra a Sra. Wang. O Departamento de Polícia do Condado de Qianxi a colocou em prisão preventiva em 18 de julho de 2025. O comitê anunciou em 25 de julho que a Sra. Wang havia sido capturada após 13 anos de fuga, e um caso contra ela foi aberto em 30 de julho. Ela recebeu um mandado de prisão formal em 1º de agosto e foi indiciada por "vazamento de segredos de Estado" em 11 de setembro. Ela foi a julgamento em 14 de outubro e agora aguarda um veredito.
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