(Minghui.org) Saudações, Mestre! Saudações, colegas praticantes!

 Comia alguma coisa antes de ir trabalhar e descansava quando chegava em casa. Comia um pouco antes de voltar para a cama.

Tanto eu quanto minha esposa éramos médicos, e ela me pediu para ser examinado no hospital provincial. Eu disse a ela que era apenas um problema de estômago, nada demais. Mas ela insistiu, então fiz uma endoscopia digestiva alta. O resultado mostrou gastrite, duodenite e duas úlceras. Felizmente, o exame anatomopatológico mostrou que a úlcera era benigna. O médico selecionou o melhor tratamento e medicamento. Minha esposa se certificou de que eu tomasse o remédio antes de cada refeição.

Naquela época, minha esposa começou a praticar oFalun Dafa, mas estava ocupada e tinha pouco tempo para ler os livros do Dafa. Eu tinha mais tempo e li todos os livros do Dafa que ela trouxe para casa. Esqueci de tomar meus remédios e ela se esqueceu de me acompanhar.

Um dia ela perguntou: “Você tomou os remédios?”

“Eu tinha me esquecido disso. Já faz alguns dias”, respondi.

“Mas você está com uma aparência melhor”, continuou ela.

“Sim”, assenti com a cabeça. “A propósito, você sai todas as noites. Posso ir com você?”

Comecei a ir com ela ao local de prática dos exercícios todas as noites.

Eu costumava sofrer de insônia. Voltamos para casa às 23h30 e eu adormeci imediatamente. Sonhei que estava em um lugar tranquilo e verdejante. A paisagem era linda, magnífica, e eu me sentia confortável. Já havia visitado alguns pontos turísticos na China, mas não reconheci aquele lugar. Então, de longe, ouvi: “Este é o paraíso do Falun Dafa.”

Acordei e percebi que era um sonho. Assim que adormeci, ouvi a mesma voz dizer: “Por favor, apresse-se e cultive.” Acordei e verifiquei a hora. Eram 23h40.

Os sonhos eram vívidos, e ainda me lembro deles.

Após realizar os exercícios na manhã seguinte, perguntei ao assistente voluntário no local de prática dos exercícios sobre isso.

“Como era a voz?”, perguntou ele. “Era parecida com a voz da música dos exercícios?”

Assenti com a cabeça e disse: “Sim, a voz era a mesma.”

“Você tem uma relação predestinada com Dafa”, ele me disse alegremente.

Após o Partido Comunista Chinês (PCC) começar a perseguir o Falun Dafa em julho de 1999, meus superiores me rebaixaram e deixei de receber tarefas. Mas eu ainda tinha meu próprio escritório. Ao chegar ao trabalho, fechava a porta e estudava o Fa (ensinamentos). Refletindo sobre isso, percebi que o Mestre estava me dando uma oportunidade de cultivo.

Vários de nós, praticantes, estabelecemos um local de prática em grupo e retomamos o estudo do Fa em grupo. Ler o Fa com outros praticantes me ajudou muito. Sempre priorizei o estudo do Fa e me beneficiei disso.

Interação com o Minghui

Após o início da perseguição, o Mestre nos disse: “ Sobre questões importantes, os praticantes devem prestar atenção à atitude do Minghui”, de acordo com um editorial do Minghui.

Mas sem um computador ou internet, como eu poderia acessar o Minghui? Estudando os ensinamentos do Dafa e lendo o Informativo Semanal do Minghui, aprendi que os praticantes devem seguir o Minghui para se manterem atualizados com a retificação do Fa. Um praticante me comprou um computador e uma impressora no final de 2005, e eu aprendi a usá-los.

Inicialmente, eu não sabia o que era o Minghui. Depois que consegui acesso à internet, passei a visitar o Minghui todos os dias — era como voltar para casa. A foto do Mestre na página inicial me inspirou, e os artigos de compartilhamento de cultivo dos praticantes do mundo todo me deram confiança. Meu primeiro artigo publicado no Minghui foi sobre a denúncia da perseguição cruel que ocorria na minha região. Isso também me mostrou o meu caminho.

Ler o Minghui diariamente me ajudou a melhorar rapidamente e, ocasionalmente, eu enviava artigos. Quando eram publicados, eu verificava a edição para aprender e aprimorar meu trabalho. Tornei-me correspondente do Minghui. Sentia a responsabilidade de desempenhar essa função e isso me motivava a me aperfeiçoar. Recebi muito apoio do Minghui ao longo desses mais de 20 anos.

Eu já tinha mais de 50 anos e não tinha nenhum conhecimento de informática. O Mestre disse: “O cultivo depende do próprio indivíduo, o gong depende do mestre.” ( Primeira Aula, Zhuan Falun) Então, eu senti confiaça de que conseguiria. Os artigos de compartilhamento de experiências no Minghui, publicados diariamente, também me ajudaram imensamente. Enviei artigos de compartilhamento de experiências, comentários e notícias, e alguns deles foram publicados.

Com o Minghui, aprendi a produzir cópias dos Nove Comentários sobre o Partido Comunista. À medida que a demanda aumentava, seguimos as instruções da encadernadora manual. Rapidamente produzimos dezenas de milhares de cópias e distribuímos os Nove Comentários para todos os lares.

Após ler o artigo principal, “ Um período para fogos de artifício e celebração”, publicado em julho de 2011, fizemos isso na minha região. Depois que os praticantes começaram a processar o ex-líder do PCC, Jiang Zemin, por perseguir o Falun Dafa, apresentamos nossas queixas à Suprema Corte e à Suprema Procuradoria.

A partir das aulas do Mestre, compreendemos a importância dos Nove Comentários. Por isso, produzimos inúmeras cópias e as distribuímos amplamente, inclusive em todos os lares.

Após lermos os artigos “ Praticantes devem usar suas habilidades para vencer os desafios que o Falun Dafa enfrenta” e “Outro grande teste na batalha entre o bem e o mal”, publicados em dezembro de 2024, intensificamos também o envio de pensamentos retos e lembramos outros praticantes de fazerem o mesmo.

Produção de materiais

Eu sei que o Mestre sempre me guiou. Depois que fui preso e minha casa foi saqueada em 2002, eu ainda tinha medo mesmo depois de ser libertado. O coordenador me pediu para fazer estênceis de tinta spray com couro sintético. Mais tarde, percebi que o Mestre arranjou isso para me ajudar a eliminar meu apego ao medo.

Seis meses depois, o coordenador me deu um gravador de CD de três vias e CDs virgens. Ele disse que me forneceu o disco master, mas que eu precisava comprar os suprimentos. Ele queria dizer que eu precisava produzir CDs toda semana. Os manuais estavam todos em inglês e eu não conseguia lê-los. Ele também não conseguia e disse: “Você provavelmente consegue se virar.” E foi embora.

Naquela época, moravam seis pessoas na casa, e eu não podia deixar meus filhos saberem o que eu estava fazendo. Ao ver o gravador de CDs na sala, fiquei nervoso – parecia uma bomba que poderia explodir a qualquer momento. Minha esposa também estava preocupada e perguntou: “E se alguém encontrar?” Eu a tranquilizei, dizendo que tudo ficaria bem.

Começamos a produzir CDs. Eu ainda tinha muito medo na época. Para evitar pressionar meus filhos, geralmente produzia os CDs depois da meia-noite, e levava de 7 a 8 minutos para gravar um. Como não conseguia ler o manual, não sabia como ajustar a velocidade. Toda semana, eu passava mais de 20 horas gravando CDs. Precisava enviar pensamentos retos e precisava dormir, então frequentemente ficava ocupado até as 3h da manhã. Depois que uma praticante me ensinou a ajustar a velocidade em 2006, consegui gravar CDs mais rapidamente.

Quando esses 200 CDs virgens acabaram, fui à cidade comprar mais. Eu não sabia onde comprar nem quanto custavam. Simplesmente vaguei por uma loja de eletrônicos procurando por itens parecidos. Com o tempo, meu medo diminuiu e aprendi mais sobre CDs e quais eu deveria comprar.

Depois que o VCD dos Nove Comentários ficou disponível, comecei a produzi-lo também. Cada conjunto exigia seis CDs, e minha carga de trabalho aumentou drasticamente. Toda semana usávamos centenas ou até mil CDs. Uma criança que acordava cedo percebeu nosso gravador, e a família descobriu meu “segredo”.

Para nossa surpresa, nossos filhos conheciam os fatos sobre o Dafa. Isso tranquilizou a mim e à minha esposa. Percebemos que o medo era nosso — tínhamos esse apego.

O Mestre disse:

“Quando eu digo ‘a aparência vem da mente’, com isso eu também quero dizer que a dificuldade surge de vocês exagerarem a importância da questão em si própria e inferiorizarem a si mesmos. Não considerem nada assim como sendo uma grande coisa, pois com algo tão significativo como a salvação de seres sencientes, vocês devem fazer somente o que se supõe que vocês devem fazer, realizando isso de forma serena.” (“ Ensino do Fa proferido na reunião do Epoch Times”)

Certo dia, enquanto navegava no Minghui.org, notei que havia edições locais de periódicos, panfletos e folhetos. O Informativo Semanal do Minghui também tinha edições locais. Eu não sabia disso antes e fiquei interessado em participar. Eu tinha acabado de aprender a digitar e não tinha nenhum conhecimento de edição ou diagramação. Depois de comparar a edição local do Informativo Semanal do Minghui com a edição geral, percebi que só precisava substituir alguns conteúdos por informações locais. Então, tentei e enviei para o Minghui. Foi publicado e me senti confiante.

Após consultar materiais de esclarecimento da verdade, notei que a maioria continha informações locais de diversas regiões. O Mestre disse:

“Expor os perversos policiais e as pessoas malvadas e tornar públicos seus atos perversos é extremamente efetivo para estremecer e restringir aquelas pessoas irracionais e perversas. Ao mesmo tempo, esclarecer os fatos às pessoas a nível local é a forma mais direta de expor e gerar consciência pública sobre a perversa perseguição. Também, é uma grande maneira de salvar as pessoas que foram envenenadas e enganadas pelas mentiras. Espero que todos os discípulos do Dafa e novos estudantes na China continental façam isto bem.” (“ Comentário sobre o artigo de um estudante”, Essenciais para Progresso Diligente III )

Achei isso importante, então compartilhei meu entendimento com o coordenador, e ele concordou. Mas primeiro, precisávamos de conteúdo local. Muitos praticante da área tinham medo de represálias das autoridades e não ousavam escrever sobre como eram perseguidos.

Ao perceber essa situação, escrevi sobre minhas próprias experiências. Depois de publicadas, incluí o relato em uma edição local do panfleto de esclarecimento da verdade. Após constatarem o impacto positivo, quase todos os praticantes que sofreram perseguição registraram suas experiências por escrito.

Não foi fácil na época, pois eu sabia pouco sobre edição e diagramação. Sentado em frente ao computador, às vezes eu simplesmente clicava aqui e ali, e funcionava. Quando tentava repetir esse processo, às vezes não dava certo. Com isso, compreendi melhor o que o Mestre disse: “O cultivo depende do próprio indivíduo, o gong depende do mestre.” (Primeira Aula, Zhuan Falun)

Expor a perseguição

Demorei um pouco para entender a importância de expor a perseguição em nossa região. No início, eu apenas escrevia alguns artigos, como cartas abertas, para esclarecer a verdade. Depois que tive acesso ao Minghui e passei a navegar pelo site regularmente, compreendi melhor a situação e decidi tentar.

Comecei com um artigo de compartilhamento de experiência porque achei importante. Depois, escrevi um artigo que expôs os principais culpados nessa área, tanto seus atos ilícitos quanto as consequências que sofreram. Naquela noite, houve trovões e relâmpagos, acompanhados de vento e chuva. Era final de abril e fazia bastante frio no norte da China. Portanto, esse clima era incomum e surpreendeu as pessoas.

No dia seguinte, as pessoas comentavam sobre o clima incomum. Disseram que uma sala de conferências no prédio do governo estava em chamas e que um caminhão de bombeiros havia chegado. Ao visitar o Minghui.org naquela tarde, vi que o artigo que eu havia enviado tinha sido publicado. Quando me encontrei com o coordenador naquela noite, a sala se iluminou repentinamente – uma lâmpada que nunca havia funcionado agora funcionava. Percebi que se tratava de uma batalha entre o bem e o mal em outra dimensão. A sala em chamas no prédio do governo era um local onde autoridades frequentemente se reuniam para planejar a perseguição contra o Falun Dafa. Senti que essa luz que de repente voltou a funcionar também era um sinal de que tínhamos feito a coisa certa.

Como eu não conhecia as configurações da página, pedimos ajuda a outro praticante da cidade. Ele preparou um folheto sobre o ocorrido e o distribuímos amplamente na região. Como o conteúdo era factual e se baseava em fatos reais, o resultado foi muito bom.

Com base nessa experiência, incentivamos mais praticantes a registrar suas vivências por escrito. Dessa forma, tivemos cada vez mais artigos publicados. Isso, por sua vez, forneceu mais conteúdo para nossos esforços de esclarecimento da verdade, o que ajudou as pessoas a aprenderem os fatos e contribuiu para o nosso próprio aprimoramento.

(Continua)

(Artigo selecionado para o 22º Fahui da China no Minghui.org)