(Minghui.org)

Nome: Chen Yan 
Nome chinês:陈妍
Sexo: Feminino 
Idade: 45 anos
Cidade: Benxi 
Província: Liaoning 
Ocupação: Ex-funcionária de uma empresa estatal 
Data do falecimento: 08 de novembro de 2025 
Data da última prisão: 14 de julho de 2024 
Último local de detenção: Prisão Feminina da Província de Liaoning

Uma mulher de 45 anos de idade, da cidade de Benxi, província de Liaoning, morreu no dia 8 de novembro de 2025, três dias após ser levada para a Prisão Feminina da Província de Liaoning para cumprir uma pena de 5 anos por causa da sua crença no Falun Gong. Um líquido viscoso e escuro escorria de sua boca quando o legista virou seu corpo.

Os pais da Sra. Chen Yan, notaram que seus olhos estavam abertos, sua boca entreaberta e seu cabelo emaranhado. Não lhes foi entregue o laudo da autópsia e se recusaram a assinar a autorização para a cremação do corpo. Vários guardas prisionais insistiram que o casal de idosos enviasse uma “bandeira de agradecimento” para “agradecer” à prisão por levar sua filha ao hospital para tratamento de “insuficiência cardíaca”. Mas um médico revelou que, ao chegar no hospital, ela não apresentava sinais vitais.

A Sra. Chen, foi presa no dia 14 de julho de 2024 e julgada no tribunal distrital de Xihu no dia 15 de maio de 2025. Ela foi condenada a 5 anos de prisão e a uma multa de 5.000 yuans em 26 de junho. Consulte os artigos relacionados para obter detalhes sobre sua prisão, acusação e julgamento.

No dia 19 de setembro de 2025, o recurso da Sra. Chen foi negado pelo Tribunal Intermediário da Cidade de Benxi, e em 5 de novembro, ela foi levada para a Prisão Feminina da Província de Liaoning. Ela já havia cumprido uma pena de 3 anos na mesma prisão (de 2015 a 2018) e foi forçada a ingerir drogas desconhecidas que danificaram seu sistema nervoso central. Ela estava em péssimo estado mental quando foi libertada e levou anos para se recuperar.

Brutalmente torturada no centro de detenção

A Sra. Chen, foi brutalmente torturada enquanto estava detida no Centro de Detenção da Cidade de Benxi após sua última prisão. O Minghui.org, já havia relatado alguns dos abusos. Esta seção fornece informações adicionais.

No dia 5 de agosto de 2024, após ser espancada três vezes por quatro detentas, a Sra. Chen começou a sentir dores no peito, dores de cabeça, náuseas e vômitos. O guarda Wang Naihan a levou à enfermaria da prisão, onde o médico aplicou um medicamento em sua cabeça. Quando a Sra. Chen pediu a Wang que investigasse as agressões, ele gritou para que ela fosse embora. Ele chegou a obrigá-la a fazer o turno da noite (caminhando pela prisão para inspecionar outras detentas).

No dia 1º de janeiro de 2025, Ma Hong, que estava presa por tráfico de drogas, bateu na nuca da Sra. Chen. No dia seguinte, Li Donghong, uma assassina condenada, deu um soco em seu olho direito, derrubando seus óculos. Após isso, a visão desse olho piorou e seu rosto inchou. Ela começou a ter problemas de memória, enxaquecas cada vez mais frequentes e tonturas. Desmaiou várias vezes e ficou sonolenta. Também babava. O guarda Wang, nunca disciplinou Ma, Li ou qualquer outra detenta que a agrediu. Ele também a obrigava a dormir em uma cama sem nada.

A saúde da Sra. Chen piorou, progressivamente, devido às repetidas torturas. Ela apresentava palpitações, sentia-se fraca, perdeu o apetite e ficou extremamente magra. Não conseguia apoiar o calcanhar direito no chão e precisava de ajuda de duas pessoas para se locomover. No dia 24 de julho de 2025, foi levada ao Hospital Ferroviário da Cidade de Benxi (o qual fica sob a administração do centro de detenção). Ela solicitou a liberdade sob fiança, mas foi reconduzida ao centro de detenção no dia 8 de agosto, quando o guarda a recebeu.

Recurso rejeitado

Após a condenação ilegal da Sra. Chen, seu pai, sem formação em direito, entrou com um recurso como defensor da família. Ele compareceu ao Tribunal Intermediário da Cidade de Benxi em 20 de agosto de 2025 para revisar o processo, mas o juiz Liu Liang determinou que somente um advogado poderia revisá-lo. Seu pai contratou um advogado, que foi autorizado a revisar o processo em 22 de agosto, mas foi proibido de fotografá-lo ou copiá-lo.

A juíza Sun Qing, notificou o pai da Sra. Chen para comparecer ao tribunal intermediário no dia 12 de setembro. Ela disse que agora estava encarregada do caso de apelação porque o juiz Liu havia adoecido. Ela acrescentou que já havia interrogado a Sra. Chen duas vezes e que a mesma se recusou a assinar a procuração porque achava que o pedido de seu pai para representá-la havia sido falsificado pelo tribunal.

No dia 15 de setembro, o advogado foi ao centro de detenção, mas não conseguiu ver a Sra. Chen, pois ela havia sido levada novamente para o mesmo hospital. No dia seguinte, seu pai conversou com o chefe da equipe, Cui, solicitando que ela fosse transferida de volta ao centro de detenção para se encontrar com o advogado.

A advogada retornou ao centro de detenção em 18 de setembro e viu que a Sra. Chen precisava ser levada em uma cadeira de rodas até a sala de reuniões. Suas pernas tremiam e ela disse que mal conseguia andar e que frequentemente passava fome. Ela contou à advogada que não concordava que seu pai a representasse como defensor da família. Ela também expressou sua oposição a uma avaliação para verificar se tinha capacidade para compreender seu caso de apelação.

No dia 19 de setembro, o tribunal intermediário decidiu manter o veredito original da Sra. Chen.

As duas últimas vezes que os pais viram a filha viva

Os pais da Sra. Chen, a visitaram no centro de detenção no dia 10 de outubro de 2025. Ela foi, novamente, levada em uma cadeira de rodas, pois ainda não conseguia andar. Estava abatida e com os cabelos embaraçados. Ela se mexia incontrolavelmente. Um guarda disse que fizeram um exame físico nela e que ela não estava doente.

A Sra. Chen, teve sua última visita com os pais no dia 24 de outubro. Duas guardas a ajudaram a se mover da cadeira de rodas para uma cadeira comum. Seu cabelo ainda estava embaraçado, pois não era lavado há muito tempo. Ela não conseguia cuidar de si mesma e ninguém a ajudou. Disse que estava muito fraca e precisava se apoiar na parede para usar o banheiro. Precisava rastejar para se locomover. Duvidava que voltaria para casa viva.

Ao ser questionada sobre o motivo de sua recusa em se submeter à avaliação, a Sra. Chen explicou aos pais que suspeitava que as perguntas da avaliação pudessem levá-la a difamar o Falun Gong.

Ao final da visita, a Sra. Chen exclamou: “Falun Dafa é bom. Verdade, Compaixão e Tolerância, é bom!”

Li Tingting, vice-diretora do centro de detenção, informou aos pais da Sra. Chen que não seriam mais permitidas visitas, pois ela seria transferida para outra prisão no mês seguinte.

Morre três dias após ser levada para a prisão

Por volta das 15h30 do dia 5 de novembro de 2025, o pai da Sra. Chen recebeu um telefonema de Li Tingting, informando que sua filha havia sido levada para a prisão naquele mesmo dia e designada para a Divisão 12. Ele questionou o motivo da prisão tê-la aceitado, visto que ela já era cadeirante. Li respondeu que o centro de detenção garantiu que a Sra. Chen estava fingindo estar doente e que tinha condições de cumprir pena na prisão.

Na madrugada do dia 8 de novembro, o pai da Sra. Chen recebeu um telefonema do guarda Wang, da Divisão 12, informando-o de que precisava ir imediatamente para o Hospital Yongsen, pois sua filha estava em estado crítico.

Quando os pais da Sra. Chen chegaram ao hospital, ela já estava morta. Havia muitos guardas prisionais e policiais à paisana, que pediram ao casal de idosos que caminhasse à frente deles até o necrotério. Assim que chegaram lá, os guardas empurraram os pais da Sra. Chen para o lado.

Mas a mãe da Sra. Chen conseguiu se aproximar o suficiente para tocar o corpo da filha. O qual estava gelado.

Um médico afirmou que a Sra. Chen não apresentava sinais vitais quando chegou ao hospital. Os guardas da prisão não revelaram a hora exata de sua morte. O guarda Wang, que ligou para o pai da Sra. Chen, inicialmente disse que descobriram que ela havia falecido na manhã do dia 8 de novembro, quando ela não se levantou. Logo depois, ele mudou sua versão, dizendo que ela morreu após se levantar e se vestir.

Ninguém respondeu quando a mãe da Sra. Chen perguntou por que sua filha havia morrido em apenas três dias.

O legista realizou a autópsia, mas os pais da Sra. Chen não receberam uma cópia do laudo. Um promotor presente os orientou a entrar em contato com as autoridades prisionais. Ninguém presente forneceu seus dados de contato. Posteriormente, o promotor deu ao casal um número de telefone, o qual era inválido.

A prisão exigiu que os pais da Sra. Chen, assinassem um termo de consentimento para a cremação do corpo dela. Eles se recusaram e o corpo agora está em uma funerária.

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