(Minghui.org) Cinco idosas da cidade de Longkou, província de Shandong, estão sendo julgadas por causa da crença no Falun Gong e o juiz presidente proibiu os defensores dos familiares de revisar os arquivos do caso porque isso “colocaria em risco a imparcialidade do julgamento”.

No dia 17 de julho de 2025, a Sra. Liu Haiyan, a Sra. Cui Xiuju, a Sra. Li Yufang, a Sra. Luan Yanping e a Sra. Wu (nome desconhecido) foram presas durante uma operação policial. Elas foram levadas ao centro de detenção da cidade de Yantai às 23h daquela noite. Yantai, supervisiona a cidade de Longkou.

Com uma idade média de quase 70 anos, as cinco praticantes receberam mandados de prisão formais no dia 8 de agosto. O departamento de polícia da cidade de Longkou enviou seus casos à procuradoria da cidade de Longkou em 18 de agosto. Após quatro dias, ou seja, no dia 22 de agosto, todas elas foram indiciadas pelo promotor Lyu Shasha.

Os defensores dos familiares dos praticantes apresentaram uma queixa contra Lyu, por emitir as acusações sem qualquer base legal e negar-lhes o direito de consultar os autos e se reunir com seus familiares no centro de detenção. A família da Sra. Li também apresentou uma queixa contra a polícia. (Veja os relatórios relacionados para detalhes sobre as prisões e os esforços anteriores das famílias para buscar justiça para as praticantes).

No dia 3 de setembro de 2025, logo após as cinco famílias confirmarem, que o tribunal da cidade de Longkou havia arquivado os casos, elas apresentaram ao juiz presidente Chi Ya'nan suas procurações e seus pedidos para revisar os arquivos do caso, se reunir com seus entes queridos e receber a base legal para a acusação.

No dia seguinte, quando as famílias ligaram para Chi, foram informadas de que ela estava no tribunal. Tentaram, novamente, naquela tarde e receberam a mesma resposta. Ainda não conseguiram falar com ela na manhã do dia 05 de setembro, mas à tarde, ela atendeu o telefone. Disse que precisava consultar seu supervisor, mas que ele só retornaria de uma viagem à negócios no dia 8 de setembro. Ela continuou fazendo perguntas irrelevantes para os casos.

Chi, não foi encontrada no dia 8 de setembro, mas as famílias conseguiram falar com ela por telefone no dia seguinte. Ela disse que não tinham permissão para analisar os autos, uma decisão tomada em conjunto pelos oficiais do tribunal. Quando pressionada a explicar o motivo, ela alegou que os casos eram “políticos e delicados” e que permitir que os defensores da família analisassem os autos “colocariam em risco a imparcialidade do julgamento”.

As famílias exigiram uma resposta por escrito aos seus pedidos de revisão dos autos, e Chi prometeu que seu supervisor emitiria uma resposta após retornar de outra viagem de negócios em 15 de setembro. Ela também afirmou que conduziria os casos em conformidade com a lei. “Vocês podem interrogar o promotor Lyu no tribunal”, acrescentou.

Chi, nunca respondeu aos três pedidos que as famílias apresentaram em 8 de setembro, incluindo “pedido para obter provas exculpatórias”, “pedido para libertar as praticantes detidas sob fiança” e “pedido para devolver os itens confiscados durante as prisões”. Mais tarde, os familiares souberam que o tribunal entregou cópias das acusações ao centro de detenção no dia 10 de setembro.

No dia 11 de setembro, as famílias apresentaram uma queixa contra Chi e solicitaram que ela fosse retirada dos casos.

Em 30 de setembro, Zhao Yu, presidente da divisão criminal do tribunal da cidade de Longkou, concordou em dar aos defensores da família a oportunidade de se encontrarem com seus entes queridos no centro de detenção. Mas ele ainda os proibiu de consultar os autos. Após o feriado nacional (1 a 8 de outubro), as famílias perguntaram sobre o horário de visitação e Chi respondeu que não tinham mais permissão para visitá-las. Chi, acrescentou que Zhao não apresentou justificativa e simplesmente pediu que ela repassasse a decisão.

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