(Minghui.org) O Tribunal Intermediário da cidade de Harbin, na província de Heilongjiang, decidiu, em 27 de junho de 2024, manter o veredito de culpa de uma moradora local  por causa da sua fé no Falun Gong, uma prática para a mente e corpo que tem sido perseguida pelo regime comunista chinês desde 1999.

A Sra. Xiao Kun, com cerca de 48 anos de idade, foi presa em 23 de agosto de 2023 e condenada a 3,5 anos de prisão e multa de 10.000 yuans em março de 2024. O tribunal de apelações emitiu sua decisão em 27 de junho de 2024 sem realizar uma audiência.

Prisão e sentença

A Sra. Xiao Kun e sua irmã, a Sra. Xiao Yang, com cerca de 49 anos, foram presas do lado de fora de seu prédio por volta das 17h do dia 23 de agosto de 2023. Entre os policiais que efetuaram a prisão estavam Shi Wei, Yang Ziheng e seis outros da Divisão de Segurança Doméstica do Distrito de Acheng. O laptop, a impressora e seis telefones celulares da Sra. Xiao Kun foram confiscados.

As irmãs Xiao foram interrogadas no Departamento de Polícia do Distrito de Acheng até a meia-noite. Enquanto a Sra. Xiao Yang foi liberada naquela noite, a Sra. Xiao Kun foi transferida para o Segundo Centro de Detenção da Cidade de Harbin e sua prisão foi aprovada pouco tempo depois.

O Tribunal Distrital de Acheng ouviu o caso da Sra. Xiao Kun em 28 de fevereiro de 2024. Um mês depois, o juiz a condenou a uma pena de 3,5 anos de prisão e aplicou-lhe uma multa de 10.000 yuans. A situação do caso de sua irmã permanece desconhecido.

Essa não é a primeira vez que a Sra. Xiao e sua irmã são perseguidas por compartilharem a fé no Falun Gong. Anteriormente, ambas foram condenadas a sete anos de prisão.

A irmã mais velha foi detida por dez dias e a irmã mais nova também foi perseguida em 2003

Em 10 de novembro de 2003, a Sra. Xiao Yang estava trabalhando no estúdio de fotografia do qual ela e sua irmã eram coproprietárias, quando um policial da Delegacia de Polícia de Wenhua apareceu e disse que precisavam que ela fizesse o retrato de um "VIP". Ela acreditou no policial e entrou em sua viatura, mas foi levada diretamente para um centro de lavagem cerebral. Sua avó, então com 87 anos, adoeceu imediatamente ao saber de sua prisão.

A polícia encaminhou sua família para o comitê de rua local quando exigiram sua libertação. O comitê de rua, por sua vez, os encaminhou de volta à delegacia de polícia. Depois de passar por essas dificuldades, sua família finalmente conseguiu libertá-la dez dias depois. Ela disse que foi forçada a assistir a vídeos anti-Falun Gong todos os dias no centro de lavagem cerebral. Ela também foi obrigada a assinar declarações renunciando à sua fé contra sua vontade.

A polícia também pretendia prender a Sra. Xiao Kun na mesma ocasião, mas ela estava fora da cidade. O comitê de rua pediu o número de telefone da família dela e tentou enviá-la também para o centro de lavagem cerebral. A polícia também assediava sua família com frequência. Para evitar ser presa, ela não se atreveu a voltar para casa por seis meses.

As duas irmãs foram condenadas a sete anos de prisão em 2011

As duas irmãs foram presas em seu estúdio de fotografia em 31 de dezembro de 2011. Os policiais da Delegacia de Polícia de Heping Road usaram uma chave mestra para abrir a porta do estúdio e as prenderam. A polícia confiscou os equipamentos fotográficos, laptops, computadores, câmeras e materiais informativos do Falun Gong das irmãs.

As irmãs Xiao foram interrogadas sob tortura e forçadas a assinar e a imprimir suas impressões digitais nos registros de interrogatório. Seu advogado notou inconsistências nas provas fornecidas pela polícia, incluindo datas diferentes de prisão das irmãs em formulários diferentes.

As irmãs foram julgadas no Tribunal Distrital de Xiangfang em 18 de maio de 2012 e ambas foram condenadas a sete anos em 19 de setembro daquele ano. Elas cumpriram pena na Prisão Feminina da Província de Heilongjiang, onde a Sra. Xiao Kun chegou a ser mantida em confinamento solitário por 15 dias. Ela e sua irmã foram libertadas em 30 de dezembro de 2018.

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