(Minghui.org) A família do Sr. Lu Gang recebeu um telefonema da polícia em 14 de junho de 2024, dizendo que ele havia sido levado para a prisão para cumprir uma pena de cinco anos por praticar o Falun Gong, uma disciplina espiritual que tem sido perseguida pelo regime comunista chinês desde 1999. Além do aviso verbal, a família não recebeu nenhuma outra atualização oficial sobre seu caso desde sua última prisão em 20 de julho de 2023, como, por exemplo, quando ele foi indiciado, julgado ou condenado.
O Sr. Lu, um residente de 37 anos do condado de Julu, província de Hebei, começou a praticar Falun Gong por volta de 2013. Ele foi preso anteriormente em 9 de março de 2016, após ser denunciado por exibir materiais informativos do Falun Gong em uma feira de agricultores. O Tribunal do Condado de Guangzong o condenou a cinco anos de prisão em janeiro de 2017.
Quando o Sr. Lu foi libertado, um ano antes, em 2020, sua esposa havia se divorciado dele e ganhou a custódia exclusiva de seu filho. Sua mãe adoeceu e ficou incapacitada devido à angústia mental de se preocupar com ele. A família inteira dependia apenas da renda do pai dele para sobreviver.
Um dia, em 2022, o Sr. Lu recebeu um alerta de que um tribunal local havia congelado o cartão bancário que ele havia designado para o depósito de seu salário. Então ele foi até lá para saber o motivo.
O juiz responsável pela questão disse que o tribunal havia congelado o cartão bancário do Sr. Lu para cumprir uma exigência estabelecida em sua sentença de prisão dada em 2016. A determinação exigia a venda de sua impressora, computador e outros objetos de valor para pagar uma multa judicial. Como o Sr. Lu nunca fez essas coisas, o tribunal congelou seu cartão bancário.
O Sr. Lu argumentou que nunca deveria ter sido condenado à prisão por exercer seu direito constitucional à liberdade de crença e, portanto, a multa judicial era ilegal. Ele reivindicou que seu cartão bancário fosse reativado imediatamente. O juiz concordou, mas disse que a pessoa que cuidava dos procedimentos do cartão bancário não estava presente naquele dia e prometeu reativá-lo no dia seguinte. Ele pediu ao Sr. Lu que assinasse dois documentos referentes à reativação de seu cartão bancário e o Sr. Lu assinou ambos.
Em seguida, o juiz retirou outro formulário, que tinha duas grandes caixas em branco com uma linha abaixo delas, que dizia: "Esta pessoa já foi condenada à prisão por usar uma organização de culto para minar a aplicação da lei [o pretexto padrão usado pelo Partido Comunista Chinês para incriminar e prender praticantes do Falun Gong]".
O Sr. Lu se recusou a assinar, preocupado com a possibilidade de as autoridades tentarem incriminá-lo novamente por sua fé. O juiz pegou o formulário de volta e escreveu "intimação" em uma das caixas e pediu que ele assinasse. Pressionado pelo juiz, o Sr. Lu assinou o formulário, mas se arrependeu ao voltar para casa.
A preocupação do Sr. Lu com mais perseguição se materializou em 20 de julho de 2023, quando agentes do Departamento de Segurança Nacional do Condado de Julu e da Delegacia de Polícia da Cidade de Yantong o prenderam em casa e confiscaram seu computador, impressora, livros do Falun Gong e outros objetos de valor.
Pouco depois de sua prisão, a polícia convocou o pai do Sr. Lu ao departamento de polícia para assinar alguns documentos, sem permitir que ele os lesse. Eles ameaçaram fazer com que seu filho desaparecesse se ele não obedecesse. Ele obedeceu, mas depois ficou sabendo que a papelada que assinou era o mandado de prisão de seu filho. Tentou, então, anular sua assinatura, mas a polícia se recusou a devolver o documento que ele havia assinado.
Com o mandado de prisão, a polícia levou o Sr. Lu para o Centro de Detenção do Condado de Julu, onde ele logo iniciou uma greve de fome.
Como o Sr. Lu se recusou a renunciar à sua fé, a polícia convocou seu pai ao centro de detenção para "trabalhar" nele. Eles prometeram libertá-lo assim que ele assinasse declarações se comprometendo a renunciar à sua crença. O Sr. Lu, que havia ficado muito fraco por causa da greve de fome, disse ao pai em uma voz quase inaudível: "Pai, vá para casa, por favor. Nunca mais volte aqui [por ordem da polícia]. Jamais renunciarei à minha fé!" Ele também disse à polícia: "Nunca mais tentem me 'transformar'!"
O pai do Sr. Lu não recebeu outras atualizações sobre seu caso até que um policial o informou sobre a segunda sentença de prisão de seu filho em 14 de junho de 2024. O policial também disse que o Sr. Lu havia sido levado para a Filial Jidong do Departamento de Administração Prisional da Província de Hebei, que tem nove prisões, todas localizadas na cidade de Tangshan. Não está claro em qual prisão o Sr. Lu está sendo mantido.
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Categoria: Casos de perseguição