(Minghui.org) Estou cultivando há 28 anos, mas ainda tenho dificuldade em alcançar o estado em que um cultivador deveria estar. Isso se deve principalmente ao fato de minhas noções terem me impedido de melhorar meu caráter. Graças ao Mestre Li, fundador do Falun Dafa, finalmente comecei a entender o cultivo. A seguir, apresento minha compreensão do Fa depois de olhar para dentro de mim e me esforçar para melhorar.

Tenho trabalhado para o governo desde que me formei na faculdade. Fui muito influenciado pela cultura do Partido Comunista Chinês (PCC) depois de trabalhar em seu sistema por dezenas de anos. Eu não conseguia distinguir o que era bom do que era ruim. Por exemplo, no trabalho, eu fazia planos detalhados sobre o que fazer em cada período de tempo, mas continuava fazendo alterações assim que me acostumava com o cronograma. Eu também media o grau de diligência em meu trabalho de acordo com o quanto eu dormia. Para evitar que eu desenvolvesse o apego ao conforto, eu dormia em uma cama dura sem tirar a roupa. Muito do meu tempo era desperdiçado e eu ficava exausto.

Eu estava sobrecarregado por minhas noções e controlado pelo modo de pensar do PCC. Eu me forçava a adotar certos comportamentos em vez de cultivar meu caráter diligentemente ou obter uma melhor compreensão do Fa. Eu não sabia que um cultivador verdadeiramente diligente deveria se dedicar a fazer as três coisas com pensamentos retos.

O Mestre nos disse:

“Uma noção, uma vez formada, irá controlá-lo durante toda sua vida, influenciando seu pensamento e até mesmo toda uma gama de emoções, tais como sua felicidade, raiva, tristeza e alegria.” (“Natureza Buda”, Zhuan Falun Volume II)

“Como um cultivador,  você deve cultivar em meio ao ambiente das pessoas comuns e nele forjar a si mesmo abandonando gradualmente seus vários apegos e desejos. Geralmente, as coisas que os seres humanos consideram boas, não são boas quando vistas da perspectiva de níveis altos. As pessoas comuns consideram que é bom ir atrás dos próprios interesses para desfrutar uma vida melhor, mas aos olhos dos grandes seres iluminados, a pessoa está piorando. Que mal há nisso? Quanto mais ela ganha, mais prejudica os outros e obtém coisas que não lhe correspondem. Ela dá muita importância à fama e ao dinheiro, e como consequência, perde virtude”. (Primeira Aula, Zhuan Falun)

Sempre achei que o Mestre estava falando de outras pessoas, porque eu não levava em conta os interesses pessoais e nunca lutei por meus próprios benefícios. No entanto, eu lutava pelos interesses pessoais de meus funcionários, como alocação de moradia, promoções, etc. Muitos diziam que eu era uma boa pessoa, e eu também me sentia bem comigo mesmo.

Certa noite, tive um sonho no qual o Mestre sugeria que eu não estava me cultivando bem. Eu não sabia o que estava errado porque me avaliava com os critérios degenerados da sociedade e sempre me achava melhor do que os outros. Na verdade, eu tinha um apego oculto à minha reputação. Meu ganho pessoal se manifestava quando eu recebia elogios de todos. Depois de compreender melhor o Fa, percebi que minha luta pelos interesses pessoais de meus funcionários havia prejudicado os outros e feito com que eles perdessem a virtude.

Eu costumava pensar que não havia nada de errado com minhas ações porque eu só fazia ligações telefônicas e não subornava ninguém. No entanto, esse não é o caso. Eu estava usando meu privilégio e poder. Eu me perguntei: “Será que sou um praticante do Falun Dafa se não seguir os ensinamentos do Mestre? O que eu fiz não está seguindo o fluxo das pessoas comuns?”

Além disso, eu costumava pensar que era justo e firme nos princípios do Fa, mas percebi que, na verdade, eu era astuto. Certa vez, um praticante me disse que eu era astuto, mas eu não entendi, dando a seguinte resposta: “Eu nunca desviei nada, embora trabalhe para o governo. Sou o mais íntegro. Vocês, empresários, são astutos. Estão sempre calculando como ganhar mais dinheiro!”

Depois de entender melhor o Fa, percebi que eu me alinhava com a cultura do PCC. Eu ajudava as pessoas a fugir das regras no trabalho, mas achava que não era culpado porque só dava conselhos e não violava as regras.

As pessoas me elogiaram por ser capaz de fazer as coisas. Na verdade, eu simplesmente usava meus contatos. Assim que algo era mencionado, meu primeiro pensamento era quem era a melhor pessoa para ligar. Minha mente parecia ser manipulada por essa maneira de pensar. Tirar vantagem das conexões é essencialmente trocar o poder do outro por interesses pessoais no sistema do PCC. A natureza do PCC e dos seres vivos neste universo velho e degenerado é extremamente egoísta.

O Mestre nos ensinou:

“As mudanças devem ocorrer começando por sua natureza; só isto é mudar a si mesmo genuinamente. Em outras palavras, você tem que ser responsável por si mesmo no cultivo, e deve mudar genuinamente a si mesmo e se livrar das coisas más a que está apegado no profundo de seu ser; só isto é se libertar genuinamente.” (Ensinando o Fa na Conferência do Fa do Oeste dos Estados Unidos.)

Melhorar nosso xinxing é o mais essencial, e deixar de fazê-lo é equivalente a não cultivar nada. Neste período especial de cultivo, durante o qual a retificação do Fa se aproxima do fim, tenho que ter em mente minha grande responsabilidade como discípulo do Falun Dafa e seguir os ensinamentos do Mestre para me cultivar de forma sólida e genuína.