(Minghui.org) Em 5 de março de 2002, o sinal de TV em Changchun, na China, foi interceptado e oito canais transmitiram programas criados pelos praticantes do Falun Dafa para explicar a verdade por trás da perseguição do Partido Comunista Chinês (PCC) à disciplina espiritual.

Os programas foram transmitidos por 40-50 minutos sem interrupção. Liu Chengjun, um dos praticantes por trás desse ato corajoso, deu sua vida por isso. Em 26 de dezembro de 2003, enquanto as pessoas estavam aproveitando as festas, Liu Chengjun morreu após ser brutalmente torturado por 21 meses.

Antes dele e os outros praticantes interceptarem os sinais de TV, centenas de praticantes foram perseguidos até a morte pelo PCC, então Liu entendia os riscos, mas deu sua vida para contar às pessoas a verdade.

Eu sou a irmã de Liu Chengjun, e através da nossa história, espero que mais pessoas valorizem o Falun Dafa e suas próprias vidas. Muitas pessoas podem ter ouvido falar de Liu Chengjun e se emocionado com sua história. Mas poucas pessoas ouviram falar da perseguição que minha família suportou ao longo dos anos".

Começamos a praticar o Falun Dafa

O sogro de Liu Chengjun lhe contou sobre o Falun Dafa no outono de 1995, e nossa família começou a praticar. Todos nós experimentamos a grande compaixão do Mestre.

No primeiro dia em que ele assistiu aos vídeos das palestras do Mestre, o grave zumbido no ouvido e a próstata aumentada do meu pai desapareceram. Dez dias após minha mãe começar a ler o Fa (ensinamentos), sua pressão alta e os efeitos colaterais do derrame desapareceram. Minha mãe estava na casa dos 60 anos de idade e estava na menopausa há muitos anos, depois que ela começou a praticar, sua menstruação voltou e as rugas em seu rosto desapareceram.

No quarto dia depois que comecei a ler o Fa, o inchaço nas minhas pernas devido a um derrame pós-parto diminuiu e o reumatismo da minha irmã desapareceu depois que ela começou a praticar. Minha filha de nove anos, que precisava tomar remédios, não precisava mais deles. O filho de quatro anos da minha irmã e o filho de três anos de Liu Chengjun também começaram a praticar. Todos os três filhos tiveram seus olhos celestiais abertos e viram muitas cenas extraordinárias em outras dimensões.

Dos idosos às crianças, todos nós estávamos livres de doenças e todos vimos e sentimos os Faluns (rodas do Fa). Liu Chengjun não teve outras experiências especiais, mas sua tez ficou suave. Ele foi o praticante mais diligente de nossa família. Ele suportou muitas dificuldades e focou em se cultivar.

Cultivo sólido

Toda nossa família foi banhada na grande compaixão do Mestre Li (fundador da prática) e do Falun Dafa, nossos corpos foram purificados. Nos esforçamos para ser pessoas melhores e seguimos estritamente os requisitos do Dafa. À medida que continuávamos a ler o Fa, nossa visão do mundo passou por uma mudança fundamental. Quando todos se reuniam, falávamos sobre nossas experiências de cultivo. Sentíamos o poder ilimitado do Fa e nos corrigíamos. Constantemente, nos assimilávamos aos princípios do Falun Dafa: Verdade, Compaixão e Tolerância.

Meu pai organizou um grupo de estudo do Fa em sua casa e todos os dias, muitas pessoas vinham ler os ensinamentos. Ele liderava todos na leitura do Fa, na prática dos exercícios e no compartilhamento de suas experiências de cultivo, e nós rapidamente melhoramos.

Meu pai também foi para o campo com outros praticantes para apresentar o Falun Dafa a áreas rurais remotas. Em 26 de julho de 1998, o Mestre voltou a Changchun para dar uma palestra. Meu pai teve a sorte de assistir e viu o Mestre e ouviu suas palestras pessoalmente. Anos depois, quando ele recordava aqueles dias, meu pai chorava.

Minha mãe tinha um temperamento muito ruim, mas depois que começou a praticar, se tornou uma pessoa diferente. Quando surgiam conflitos, ela se lembrava do Fa. Ela sabia que era uma oportunidade para melhorar a si mesma e eliminar o carma, então raramente ficava brava. Depois que minha família montou um grupo de estudo do Fa, dezenas de pessoas vinham para nossa casa. Ao interagir com tanta gente, minha mãe conseguia olhar para dentro e seu xinxing melhorava.

Eu também liderava um grupo de estudo do Fa e ensinava os exercícios com minha irmã em um local de prática pela manhã. Todos os dias, eu estudava, memorizava e transcrevia o Fa, e meu corpo e mente mudaram drasticamente. No trabalho e em casa, eu tentava ao máximo considerar os outros em primeiro lugar, e gradualmente me assimilava à Verdade, Compaixão e Tolerância. Eu trabalhava duro e conscientemente. Os líderes e meus colegas me elogiavam, e eu era considerada uma trabalhadora exemplar.

Em casa, minhas extraordinárias mudanças surpreendiam minha família, e os avós do meu marido começaram a praticar. Em menos de uma semana, o avô, que estava na casa dos oitenta anos e se recuperou de um derrame, deixou suas muletas de lado e caminhou sozinho. Seus cabelos brancos ficaram pretos. O terceiro olho da avó do meu marido se abriu.

Inspirados pelo incrível poder do Falun Dafa, minha sogra, meu sogro e meu marido também leram o Zhuan Falun. Embora minha filha fosse jovem, praticava diligentemente. Na escola, quando os colegas a intimidavam ou a insultavam, ela seguia os princípios do Falun Dafa e não levava a sério. Ela dizia: "Eles estão me ajudando a melhorar e a eliminar meu carma." Quando via dinheiro no chão, nunca o pegava.

O marido da minha irmã se opôs à prática e a agrediu. Ela estava coberta de hematomas e até desmaiou duas vezes. Quando ela se levantava no meio da noite para meditar, o marido a agredia.

Minha irmã não ficava com raiva e continuava meditando. Ela dizia que via pedaços de uma substância branca "virtude" no topo da cabeça se transformarem em "gong". Ela agradecia do fundo do coração ao marido por ajudá-la. Toda vez que o marido a agredia, logo em seguida ele ficava gravemente doente. Minha irmã cuidava dele com compaixão. Seu bom comportamento influenciou os outros, e cinco de seus colegas de trabalho começaram a praticar.

Liu Chengjun fez um bom trabalho melhorando seu xinxing. Ele era um jovem forte, mas quando sua sogra ou outras pessoas o agrediam ou humilhavam, ele nunca revidava. Ele nunca esquecia que era um praticante e tinha em mente as palavras do Mestre: “O que é difícil de suportar, pode ser suportado; o que é difícil de fazer, pode ser feito”. (Nona aula, Zhuan Falun).

Era 1996, e Liu Chengjun decidiu que estudaria seriamente o Fa. Ele disse: "Estamos cultivando no Dafa (Grande Lei) do universo, e o Mestre o colocou em nossa porta. Se não o estudarmos bem, nem mesmo somos tão bons quanto pessoas comuns!" Sua perseverança era incrível. Para superar as limitações do "sono", ele lavava o rosto e o cabelo com água fria.

Depois que Liu Chengjun leu o Zhuan Falun várias vezes, ele leu outros ensinamentos do Mestre. O brilho do Dafa iluminou sua vida. Ele sempre estava feliz, calmo, firme e confiante. O Dafa lhe deu tudo e o ajudou a forjar uma nova vida.

Sua resistência também era extraordinária. Quando meditava, mesmo que suas roupas estivessem encharcadas de suor devido à dor nas pernas, ele persistia e meditava por uma hora. Quando praticava do lado de fora, às vezes chovia muito, mas ele não parava até terminar os exercícios. A razão pela qual seu cultivo era tão sólido era devido à sua leitura do Fa, que estabeleceu uma boa base.

Este foi o período mais feliz e inesquecível de cultivo para nós.

Começa a perseguição

Em 20 de julho de 1999, o Partido Comunista Chinês (PCC) iniciou a perseguição ao Falun Dafa. Nossa família foi intensamente perseguida.

Naquele dia, nós e muitos outros praticantes fomos presos pela polícia em frente ao governo provincial e levados para a delegacia de polícia. A polícia nos obrigou a ouvir as "notícias importantes", que consistiam em difamação contra o Mestre e o Dafa. Meus irmãos e eu decidimos ir a Pequim para apelar pelo Dafa.

Naquela época, a situação era sombria, e eu não queria levar minha filha. Ela disse: "Mãe, eu também sou discípula do Dafa. Se os adultos podem fazer isso, eu também posso. Não me trate como uma criança." Sua pureza me comoveu e eu chorei.

Então, meus irmãos, minha filha, eu e outro praticante, cinco no total, fomos a Pequim durante a noite para dizer à liderança central: "O Dafa é reto, e nosso Mestre é inocente."

Fomos presos duas vezes em Pequim. Tentamos explicar à polícia que o Dafa é bom, que o Mestre nos ensina a sermos boas pessoas, mas não fomos ouvidos. Na primeira vez, conseguimos escapar. Na segunda, fomos presos e levados para a Delegacia de Polícia de Tiananmen, onde um policial que tinha uma cópia do Zhuan Falun nos deixou escapar secretamente.

Enfrentamos muitas dificuldades ao longo do caminho. O clima em Pequim estava muito quente e ficamos queimados de sol. Dormimos nas ruas à noite, comemos pães cozidos a vapor secos e bebemos água de mangueiras que regavam os gramados durante o dia. Minha filha foi picada por mosquitos, mas nem sequer reclamou da dor. Duas semanas depois, minha irmã e meu irmão foram presos ilegalmente e detidos por 15 dias.

Em outubro de 1999, meu irmão mais novo Liu Chengjun, minha irmã e eu fomos a Pequim pela segunda vez. Fomos ao Escritório de Apelações, mas antes de chegarmos ao portão, fomos presos novamente. Os três foram enviados para um campo de trabalho forçado por um ano. Liu Chengjun foi detido por um ano e 10 meses no campo de trabalho forçado de Changchun Fenjin. Sua esposa se divorciou dele.

Sob tremenda pressão, meus pais não se atreveram a praticar, e o grupo de estudo do Fa foi dissolvido. Sob a severa perseguição, a saúde dos meus pais piorou. Eles estavam preocupados, com medo, tristes e choravam todos os dias.

Esclarecendo a verdade

Quando minha irmã e eu retornamos do campo de trabalho, abrimos uma lavanderia e esclarecemos a verdade para nossos clientes. Quando minha irmã foi a Pequim pela terceira vez, ela foi enviada para um campo de trabalho forçado por três anos. Seu marido não suportou a pressão e se divorciou dela.

Minha filha e eu não fomos intimidadas. Nós lemos o Fa, praticamos os exercícios e enviávamos pensamentos retos. A criança podia ver quando enviávamos pensamentos retos e dizia que em outras dimensões havia batalhas entre o bem e o mal, e incontáveis demônios, fantasmas e seres malignos eram destruídos. Os praticantes são sempre protegidos e abençoados pelo Mestre. Nossa fé no Dafa aumentou, e nossos pensamentos retos foram fortalecidos.

Todas as noites, saíamos para distribuir folhetos com informações sobre o Falun Dafa e pendurar faixas. Sempre enviávamos pensamentos retos. Eliminávamos o mal, as distrações e adicionávamos pensamentos compassivos a cada cópia dos materiais de esclarecimento da verdade para que as pessoas fossem salvas. Quando não tínhamos folhetos suficientes, usávamos tinta spray ou giz e escrevíamos: "Falun Dafa é bom!" e "Falun Dafa é o Fa reto".

Também esclareci a verdade no trabalho. Eu dizia a mim mesma que não devia perder nenhuma oportunidade de salvar pessoas. Quando alguém estava muito receptivo à verdade, eu lhes dava um CD, folheto etc. Naquela época, muitos praticantes não ousavam sair e validar o Fa porque tinham medo. Eu e outros praticantes, liamos a nova palestra do Mestre.

O Mestre disse:

Quando as pessoas danificam o Fa... sem dúvida, ninguém pode danificar o Fa. Como o Fa do Cosmo poderia ser danificado por humanos? Ninguém é capaz de danificá-lo. Porém, quando alguém persegue o Fa, como discípulos e como partículas do Dafa, o que vocês devem fazer? Por acaso não devem fazer com que ele saiba a verdade dos fatos? Estou falando isso da perspectiva de vocês. Vocês são partículas do Dafa, assim devem desempenhar esse papel (Guiando a viagem).

Após a publicação dessa palestra, os outros praticantes aprimoraram sua compreensão e não mais se esconderam em casa para praticar secretamente. Muitos praticantes começaram a dar um passo à frente para cumprir nossa missão sagrada.

Em dezembro de 2001, minha filha e eu fomos a Pequim novamente. Ficamos na Praça Tiananmen, desenrolamos faixas e gritamos “Falun Dafa é bom!” Gritamos três vezes seguidas, sem nenhum medo.

Quando fomos levadas para uma delegacia de polícia em Pequim, recusei-me a dizer meu nome e endereço, ser fotografada ou assinar qualquer coisa. Meu coração estava calmo, pacífico e compassivo. Eu lhes disse: “Não posso cooperar com vocês. Estou aqui para salvá-los.” Quando a polícia perguntou por que eu estava em Pequim, eu disse: “Para dizer ao mundo que o Falun Dafa é bom! Vocês podem ver que minha faixa diz Falun Dafa é bom. Vocês precisam saber por que é bom, isso é uma das grandes bênçãos de suas vidas”.

Eu lhes disse como o Dafa ensina as pessoas a cultivarem suas mentes e a elevarem sua moralidade.

Eu disse: “Para que vocês entendam a verdade, os praticantes arriscam suas vidas para salvá-los...” Os olhos do policial se encheram de lágrimas e ele disse: “Admiro você, e o que você diz é realmente bom. Você é professora? Você é realmente boa em falar.” Eu disse: “Sou apenas uma mulher sem educação. Tudo que posso dizer é sobre o Dafa e minhas próprias experiências”.

Minha filha também foi incrível e não deu nenhuma informação à polícia. Um policial trouxe para ela algumas comidas deliciosas e a tentou, mas ela não disse nada, então a polícia ficou sem ação. Mais tarde, outro policial veio. Ele foi violento, gritou, bateu na mesa e a encarou, mas mesmo assim, ela não disse nada. Não importa o que os policiais fizessem, ela não cooperava.

Sob a proteção compassiva do Mestre, a polícia nos levou até a estação de trem e nos disse para comprar passagens para casa. Eu esclareci a verdade para as pessoas no trem e mais algumas vidas foram salvas.

(Continua)