(Minghui.org) O Ministério das Relações Exteriores do Canadá anunciou em 10 de dezembro de 2024, Dia dos Direitos Humanos, que sancionaria oito ex-funcionários ou atuais altos funcionários do Partido Comunista Chinês (PCC) por violações de direitos humanos envolvendo praticantes do Falun Gong, moradores de Xinjiang e tibetanos.

“O Canadá está profundamente preocupado com as violações de direitos humanos em Xinjiang e no Tibete e contra aqueles que praticam o Falun Gong”, disse Mélanie Joly, ministra das Relações Exteriores, em um comunicado à imprensa. “Pedimos ao governo chinês que ponha fim a esta campanha sistemática de repressão e cumpra suas obrigações internacionais de direitos humanos.”

Essas sanções foram realizadas sob os Regulamentos de Medidas Econômicas Especiais (República Popular da China) . “Ao celebrarmos o Dia Internacional dos Direitos Humanos em 10 de dezembro, o Canadá continua a condenar as violações dos direitos humanos em todo o mundo”, disse o comunicado à imprensa. “O Canadá está profundamente preocupado com os relatos de que a China deteve arbitrariamente mais de um milhão de pessoas em Xinjiang desde 2017, muitas das quais foram mantidas em campos e enfrentaram violência psicológica, física e sexual”.

Os tibetanos também sofreram violações de direitos humanos pelo PCC. Isso inclui trabalho forçado, detenção arbitrária e restrições de seus direitos à liberdade de religião ou crença, expressão, movimento e associação.

“Desde 1999, a China tenta eliminar a prática do Falun Gong no país por meio de prisões arbitrárias, trabalho forçado e tortura”, continuou o comunicado à imprensa. “O Canadá continua a levantar preocupações sobre violações de direitos humanos na China e apela ao governo chinês para manter suas obrigações internacionais de direitos humanos, inclusive por meio do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.”

Medidas de Sanção

Um documento intitulado “Backgrounder – Additional sanctions” (Histórico –Sanções Adicionais), no site do Global Affairs Canada forneceu mais detalhes sobre essas sanções.

Os oito funcionários sancionados incluem:

* Chen Quanguo: 69, ex-secretário do Partido Comunista Chinês da Região Autônoma do Tibete e da Região Autônoma Uigur de Xinjiang;
* Erkin Tuniyaz: 63, secretário adjunto do PCC da Região Autônoma Uigur de Xinjiang* Shohrat Zakir: 71, vice-presidente do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo;
* Peng Jiarui: 63, vice-presidente do Comitê Regional de Xinjiang da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês;
* Wu Yingjie: 68, ex-secretário do Partido Comunista Chinês da Região Autônoma do Tibete;
* Liujun Huo: 64, Secretário do Partido do Departamento de Segurança Pública da Região Autônoma Uigur de Xinjiang;
*Zhang Hongbo: 59, vice-presidente da Região Autônoma Uigur de Xinjiang e diretor do Departamento de Segurança Pública do Tibete;
* You Quan: 70, ex-diretor do Departamento de Trabalho da Frente Unida

“Os Regulamentos de Medidas Econômicas Especiais (República Popular da China) impõem às pessoas listadas uma proibição de qualquer transação (efetivamente, um congelamento de ativos) ao proibir pessoas no Canadá e canadenses fora do Canadá de se envolverem em qualquer atividade relacionada a qualquer propriedade dessas pessoas listadas ou de fornecer serviços financeiros ou relacionados a elas”, explica o site.

Perseguição severa

Quando Chen estava no comando, um grande número de praticantes do Falun Gong em Xinxjiang foram presos, detidos e encarcerados com lavagem cerebral forçada. Para evitar a perseguição, muitos deles ficaram longe de casa, e suas famílias foram desfeitas.

Uma rede de vigilância mais rigorosa também foi implementada durante esse tempo, incluindo um grande número de câmeras e sistemas de reconhecimento facial. Um ano após se tornar Secretário do Partido da Região Autônoma de Xinjiang em 2016, Chen gastou US$ 9,1 bilhões em “manutenção da estabilidade” em Xinjiang em 2017, um aumento de 92% em relação ao ano anterior, para suprimir pessoas.

Wu foi nomeado vice-presidente da Região Autônoma do Tibete em 2003, vice-chefe regional do Partido em 2011 e, em 2016, foi nomeado secretário do Partido do PCC da Região Autônoma do Tibete. Muitos praticantes foram presos e detidos durante esse período.