(Minghui.org) Um homem de 36 anos do condado de Julu, província de Hebei, em sinal de protesto, iniciou uma greve de fome, três dias após ter sido preso em 20 de julho de 2023 por causa da sua fé no Falun Gong, uma prática para a mente e para o corpo que tem sido perseguida pelo Partido Comunista Chinês desde julho de 1999. Após quase três semanas de greve de fome, o Sr. Lu Gang ficou muito fraco. Ele também está sendo indiciado.
A mãe debilitada do Sr. Lu, que testemunhou sua prisão da casa onde moravam, ficou tão perturbada ao saber da greve de fome e da condição precária do filho que também se recusou a comer ou beber. Sua saúde, a qual já era frágil, deteriorou-se rapidamente e agora ela também se encontra em estado grave.
Fraude e intimidação antes e depois da prisão
Um dia, em 2022, o Sr. Lu recebeu um alerta de que um tribunal local havia congelado o cartão bancário que ele havia designado para depositar seu salário. Então, ele foi até o tribunal para saber o motivo.
O juiz responsável pela questão disse que o tribunal havia congelado o cartão bancário do Sr. Lu para cumprir uma exigência estabelecida em sua sentença de prisão dada em 2016. A exigência determinava a venda da sua impressora, computador e outros objetos de valor para pagar uma multa judicial. Como o Sr. Lu nunca fez essas coisas, o tribunal congelou seu cartão bancário.
O Sr. Lu argumentou que nunca deveria ter sido condenado à prisão por exercer seu direito constitucional à liberdade de crença e, portanto, a multa judicial era ilegal. Ele exigiu que seu cartão bancário fosse reativado imediatamente. O juiz concordou, mas disse que a pessoa que cuidava desses procedimentos não estava presente naquele dia e prometeu reativá-lo no dia seguinte. Ele pediu ao Sr. Lu que assinasse dois documentos referentes à reativação de seu cartão bancário e o Sr. Lu assim o fez.
Em seguida, o juiz retirou outro formulário, que tinha duas grandes caixas em branco com uma linha abaixo, onde se lia: "Esta pessoa já foi condenada à prisão por usar uma organização de culto para minar a aplicação da lei”, o pretexto padrão usado pelo Partido Comunista Chinês para incriminar e prender praticantes do Falun Gong.
Preocupado com a possibilidade de as autoridades tentarem incriminá-lo novamente, por causa da sua fé, o Sr. Lu se recusou a assinar. O juiz pegou o formulário de volta e escreveu "intimação" em uma das caixas e pediu que ele assinasse. Pressionado pelo juiz, o Sr. Lu assinou o formulário, mas ao voltar para casa, se arrependeu.
No dia 20 de julho de 2023, a preocupação do Sr. Lu com novas perseguições se materializou quando agentes da Agência de Segurança Doméstica do Condado de Julu e da Delegacia de Polícia da Cidade de Yantong o prenderam em casa e confiscaram seu computador, impressora, livros do Falun Gong e outros objetos de valor.
Pouco depois de sua prisão, a polícia convocou o pai do Sr. Lu ao departamento de polícia para assinar alguns papéis sem permitir que ele os lesse. Eles ameaçaram fazer seu filho desaparecer caso ele não obedecesse. O idoso obedeceu, e mais tarde soube que a papelada que ele assinou era o mandado de prisão contra seu filho. O pai tentou anular sua assinatura, mas a polícia se recusou a devolver a papelada assinada por ele.
Com o mandado de prisão, a polícia levou o Sr. Lu para o Centro de Detenção do Condado de Julu, onde ele logo iniciou uma greve de fome.
Como o Sr. Lu se recusou a renunciar à sua fé, a polícia convocou seu pai ao centro de detenção para "trabalhar" com ele. Eles prometeram libertá-lo assim que ele assinasse as declarações renunciando à sua fé. O Sr. Lu, que havia ficado muito fraco por causa da greve de fome, disse ao pai em uma voz quase inaudível: "Pai, vá para casa, por favor. Nunca mais venha aqui, por ordem da polícia. Jamais renunciarei à minha fé!" Ele também disse à polícia: "Nunca mais tente me fazer 'transformar'!"
Condenação anterior a 5 anos de prisão, liberado um ano antes do prazo
Anteriormente, o Sr. Lu foi preso no dia 9 de março de 2016, depois de ser denunciado por exibir materiais informativos do Falun Gong no Mercado de Agricultores de Dongliji. O chefe Wei Jianchao da delegacia de polícia do condado de Hetaoyuan e vários outros policiais o prenderam. Eles o espancaram na delegacia de polícia antes de transferi-lo para o centro de detenção do Departamento de Polícia do Condado de Guangzong.
Horas depois da prisão do Sr. Lu, o Sr. Cai Yun e alguns outros praticantes foram à Delegacia de Polícia de Hetaoyuan para pedir sua libertação. O Sr. Cai foi preso no local e levado para o mesmo centro de detenção onde o Sr. Lu estava preso.
No dia 14 de abril de 2016, a Procuradoria do Condado de Guangzong aprovou as prisões dos dois praticantes e encaminhou seus casos para o Tribunal do Condado de Guangzong no dia 3 de junho de 2016.
O tribunal realizou duas audiências, nos dias 4 de agosto e 12 de setembro de 2016. Durante a segunda audiência, muitos praticantes locais tentaram comparecer para mostrar seu apoio ao Sr. Lu e ao Sr. Cai. Os funcionários do tribunal se recusaram a deixá-los entrar. Um praticante protestou: "Todo cidadão tem o direito de assistir a um julgamento público. Esse é nosso direito humano básico". O juiz presidente respondeu: "Não fale comigo sobre a lei!" A multidão caiu na gargalhada. Alguém perguntou: "Se o juiz não queria nem falar sobre a lei, como ele poderia defender a justiça para os réus acusados injustamente?"
Durante a sessão do tribunal, o juiz interrompeu os advogados de defesa várias vezes. Os pais do Sr. Lu exigiram sua absolvição e foram retirados da sala do tribunal.
As famílias dos dois praticantes foram informadas no início de janeiro de 2017 que seus entes queridos haviam sido condenados à prisão, com o Sr. Lu recebendo cinco anos e o Sr. Cai três anos. Ambos recorreram ao Tribunal Intermediário da Cidade de Xingtai, que decidiu, no dia 17 de fevereiro de 2017, manter as sentenças originais.
O Sr. Lu e o Sr. Cai foram transferidos para a Fazenda Liucun na cidade de Shahe no dia 15 de março de 2017 e, um mês depois, foram admitidos na Prisão nº 4 de Jidong.
Em 2020, quando o Sr. Lu foi libertado um ano antes do previsto, sua esposa havia se divorciado dele e adquirido a custódia exclusiva do filho. Sua mãe adoeceu e ficou incapacitada devido à angústia mental de se preocupar com ele. A família inteira dependia da renda exclusiva do pai para sobreviver.
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Categoria: Casos de perseguição