(Minghui.org) Em janeiro de 2023, foram reportados 117 casos de praticantes do Falun Gong condenados por causa de sua crença.
Entre os casos, recentemente, confirmados, 11 deles ocorreram entre 2015 e 2020, 19 foram em 2021, 61 em 2022 e 26, em janeiro de 2023. O atraso na comunicação é devido à rigorosa censura de informação exercida sob o regime comunista, que tenta manter a perseguição em segredo para evitar o questionamento internacional.
Os praticantes condenados vieram de 15 províncias e municípios. Shandong relatou a maioria dos casos (24), seguido por Liaoning (20), Jilin (18), Guangdong (14) e Pequim (10). As dez regiões restantes registraram casos de um dígito, entre um e seis.
As penas de prisão dos praticantes variavam entre, oito meses a oito anos e cinco meses, com uma média de três anos e quatro meses. 38 praticantes foram multados, com valores entre 2.000 à 100.000 yuans, para um total de 420.000 yuans e com uma média de 11.053 yuans.
As penas de prisão dos praticantes variaram de oito meses a 8,5 anos, com média de 3,4 anos. 38 praticantes foram multados entre 2.000 e 100.000 yuans, num total de 420.000 yuans e com uma média de 11.053 yuans.
Entre os 59 praticantes, quando seus casos foram relatados pela primeira vez, suas idades eram conhecidas e estavam entre 20 e 80 anos. 19 praticantes estavam na casa dos 60 anos, 14 na casa dos 70 e dois na casa dos 80 anos. Entre os condenados estavam professores, engenheiros, motoristas de ônibus, contadores, operários de fábricas e diretores de repartições financeiras.
A seguir, apresentamos alguns casos de sentenças selecionadas. A lista completa dos praticantes sentenciados pode ser baixada aqui (PDF).
Perseguidos por falarem sobre a perseguição
O Sr. Li Shihai, 57 anos de idade, residente da província de Shandong, recentemente, foi condenado a quatro anos de prisão por aumentar a conscientização sobre a perseguição pelo Partido Comunista Chinês ao Falun Gong, ao longo de 23 anos.
No dia 14 de junho de 2022, o Sr. Li foi preso pela polícia na cidade de Luoyang, província de Henan, por divulgar informações sobre a perseguição ao Falun Gong nas mídias sociais. Foram confiscados os celulares dele e de sua esposa. No mesmo dia, ele foi levado para Luoyang.
A polícia alegou ter descoberto que o Sr. Li havia estabelecido e administrado dois grupos de bate-papo nas mídias sociais e postado informações sobre o Falun Gong. O primeiro grupo tinha mais de 700 usuários e o segundo tinha mais de 3.000.
No dia 10 de janeiro de 2023, o Sr. Li apareceu no Tribunal Distrital de Chanhe Hui, em Luoyang. Seu advogado fez uma declaração de inocência a seu favor.
No dia 21 de janeiro, véspera do Ano Novo chinês, o advogado do Sr. Li informou sua família que ele havia sido condenado a quatro anos de prisão.
Desde o início da perseguição, o Sr. Li tem sido repetidamente preso e torturado. Ele foi detido duas vezes em um hospital psiquiátrico e em certo ponto sofreu um colapso mental. Novamente, foi preso em 2016 e mais tarde condenado a dois anos de prisão.
No dia 4 de janeiro de 2023, oito praticantes de Falun Gong no condado de Guan, província de Shandong, foram condenados a três a sete anos e meio de prisão pelo Tribunal do Condado de Guan.
Os oito praticantes, a maioria agricultores, foram presos entre os meses de maio e agosto de 2022. As provas para acusação contra os praticantes incluíam dísticos, pinturas de ano novo com tema do Falun Gong e ornamentos confiscados das casas, mas não houve nenhuma explicação por parte do promotor e do juiz, sobre como os praticantes ao possuírem e distribuírem esses itens, estavam infringindo a lei.
Abaixo estão os detalhes sobre os oito praticantes e suas sentenças:
A Sra. Zhang, 51 anos, foi sentenciada a sete anos e meio, e multada em 18.000 yuans. No dia 18 de agosto de 2022, ela foi presa e colocada em detenção criminal no dia 13 de setembro. Quando a polícia saqueou sua casa, eles também roubaram dela, 20.000 yuans em dinheiro.
O Sr. Xu Hengkui, 60 anos, também foi condenado a sete anos e meio de prisão e multado em 18.000 yuans. Ele foi preso no dia 13 de maio de 2022, e libertado sob fiança no início de junho devido ao seu estado de saúde. No dia 28 de fevereiro de 2002, ele foi condenado a dois anos de trabalho forçado.
O Sr. Kong Dequan, 61 anos, foi preso no dia 29 de julho de 2022. Ele foi condenado a sete anos e quatro meses, com uma multa de 16.000 yuans. No dia 5 de maio de 2001, ele foi condenado a três anos de trabalho forçado.
O Sr. Zhou Chunbao, 48 anos, e ex-diretor adjunto do departamento de impostos, foi preso no dia 15 de maio de 2022. Ele foi interrogado várias vezes e privado do sono por três dias. Ele foi condenado a quatro anos e multado em 10.000 yuans.
A Sra. Gao Shuzhen, 47 anos, foi condenada a quatro anos e multada em 10.000 yuans. Anteriormente, ela foi presa no dia 1º de março de 2022 e detida por um curto período. No dia 13 de maio, a polícia a assediou e confiscou seu computador. Novamente, ela foi presa no dia 26 de julho. No dia 30 de julho, a polícia a colocou em vigilância residencial e, em seguida, em 22 de setembro, em detenção criminal.
No dia 28 de julho de 2022, o Sr. Han Zhenlin, 71 anos, foi preso. Ele também foi condenado a quatro anos com uma multa de 10.000 yuans. A polícia afirmou que ele foi detido no Centro Jurídico do Condado de Guan, mas sua família não conseguiu encontrar nenhuma informação online sobre o local. No dia 18 de novembro de 2015, antes de sua última sentença, ele foi detido cinco dias após outra prisão.
O Sr. Zhang Bingliang, 68 anos, foi detido no dia 19 de agosto de 2022. Seus 200.000 yuans em dinheiro da venda de fertilizantes foram confiscados pela polícia. Ele foi condenado a quatro anos com uma multa de 10.000 yuans.
O Sr. Wang Ruixiang, 55 anos, foi condenado a três anos e multado em 8.000 yuans.
A Sra. Li Honghong, uma residente da cidade de Shenyang, província de Liaoning, de 53 anos, era dona de uma pequena loja de roupas de cama. Por ter entregado a um cliente um calendário com informações sobre o Falun Gong no dia 29 de outubro de 2021, ela foi denunciada à polícia e presa em 23 de janeiro de 2022. Tanto sua loja quanto sua casa foram saqueadas.
No dia 24 de novembro de 2022, o Tribunal Distrital de Liaozhong realizou uma audiência virtual sobre o caso da Sra. Li. Sua família não pôde comparecer à sessão. Ela testemunhou em sua própria defesa e insistiu que, ao praticar o Falun Gong, não havia violado nenhuma lei.
No início de janeiro de 2023, a família da Sra. Li foi informada de que ela havia sido condenada a seis anos de prisão e multada em 20.000 yuans. Ela apelou do veredicto.
Durante um ano de detenção, a Sra. Li perdeu mais de 13 kilos, seu cabelo ficou cinza e ela ficou com a pressão sanguínea alta. A interrupção de seus negócios causou muita dificuldade financeira à sua família. Seu marido doente está em casa e cuidando de si mesmo.
Praticantes idosos são alvos de perseguição
Idosa com 71 anos é condenada a oito anos
A Sra. Han Lihua, uma residente da cidade de Daqing, província de Heilongjiang, de 71 anos, recentemente, foi condenada a oito anos e multada em 50.000 yuans por causa da sua crença no Falun Gong.
A Sra. Han, uma aposentada da Daqing Oil Production Plant, foi presa e teve sua casa saqueada no dia 22 de novembro de 2020 por mais de 20 policiais. Ela foi libertada sob fiança no mesmo dia.
No dia 2 de agosto de 2022, a Sra. Han foi julgada no Tribunal Distrital de Ranghulu. A juíza Leng Zhiqiang perguntou se ela reconhecia os materiais do Falun Gong confiscados em sua residência, como evidência da sua culpa. Ela argumentou que ter os materiais em si não violava nenhuma lei, que ela não estava presente quando a polícia saqueou sua casa e que eles nunca verificaram com ela os itens confiscados ou forneceram uma lista dos mesmos.
A Sra. Han, foi declarada pelo seu advogado, como inocente e ele negou as acusações feitas contra ela, ou seja, "minar a aplicação da lei", o pretexto padrão usado para criminalizar os praticantes do Falun Gong. Ele argumentou que o promotor falhou em provar a suposta intenção criminosa da Sra. Han, falhou em mostrar como ela violou qualquer lei ou não mostrou o dano causado por ela a qualquer indivíduo ou ao país. Ele instou o juiz a absolvê-la.
O juiz perguntou à Sra. Han se ela poderia pagar a multa. Ela disse que não podia porque sua pensão havia sido suspensa por oito anos.
Devido à alta pressão arterial da Sra. Han, o centro de detenção local se recusou a admiti-la. No dia 29 de dezembro, sua nora recebeu um texto enviado em conjunto pelo Tribunal Distrital de Ranghulu e pelo Tribunal Superior da Província de Heilongjiang, o qual alegou que eles haviam emitido um veredicto de culpada e que uma notificação seria enviada.
No dia 3 de janeiro de 2023, a Sra. Han foi notificada para pegar seu veredicto no tribunal no dia seguinte. No tribunal, ela foi informada de que havia sido condenada a oito anos com uma multa de 50.000 yuans. O veredicto foi datado no dia 28 de dezembro. Não está claro se ela foi ou não levada sob custódia.
Desde que o regime comunista chinês ordenou a perseguição ao Falun Gong em 1999, a Sra. Han tem sido repetidamente alvo por causa da sua crença. Ela foi mantida em um centro de lavagem cerebral por seis meses, recebeu uma pena de três anos de trabalho forçado em 2001 (ela não cumpriu a pena devido a sua saúde), e condenada a sete anos de prisão em 2008.
Idosa com câncer é presa por causa da sua crença e tem liberdade condicional médica negada
Apesar do fato de que a Sra. Jiang Shumei tivesse sido diagnosticada com câncer de mama, ela ainda foi presa em outubro de 2022 para cumprir um período de cinco anos.
No dia 26 de fevereiro de 2021, a Sra. Jiang, 67 anos, residente da província de Liaoning, foi presa enquanto estudava os ensinamentos do Falun Gong em casa com outra praticante, a Sra. Xu Zhenying, de 76 anos de idade.
Tanto a Sra. Jiang quanto a Sra. Xu foram detidas no Centro de Detenção da Cidade de Shenyang. Ao chegar ao centro de detenção, a Sra. Jiang foi diagnosticada com câncer de mama durante o check-up.
O Tribunal Distrital de Huanggu condenou a Sra. Xu a dois anos em maio de 2021 e a Sra. Jiang a cinco anos em setembro de 2021. Ambas apelaram perante o Tribunal Intermediário da cidade de Shenyang, mas o tribunal decidiu manter seus veredictos originais.
A Prisão Feminina nº 2 de Liaoning aceitou a Sra. Jiang em outubro de 2022, depois de ter negado sua admissão uma vez antes. Sua família pediu liberdade a condicional médica para ela, mas a prisão se recusou, alegando que ela não estava qualificada para isso.
O Sr. Su Yucai, residente na cidade de Changchun, província de Jilin, foi o último na região a receber uma pena de trabalho forçado antes da extinção do sistema do mesmo em 2013. O Sr. Su, após ter sido gravado pelo dono de uma loja enquanto conversava com as pessoas sobre o Falun Gong, recentemente foi condenado secretamente a dois anos e meio de prisão.
O Sr. Su, está incomunicável desde que foi preso em 16 de agosto de 2022. Mesmo depois que sua família confirmou recentemente sua sentença secreta em novembro de 2022, as autoridades ainda se recusaram a revelar seu local de detenção e sua situação atual.
No dia 25 de maio de 2022, o Sr. Su, 67 anos, conversou com o proprietário de uma loja de conveniência sobre o Falun Gong enquanto fazia compras no local. O proprietário o registrou secretamente e chamou a polícia. Quando o Sr. Su terminou as compras, o proprietário o impediu de sair até que a polícia chegasse. Vários policiais levaram o Sr. Su para a delegacia de polícia de Nanhu e confiscaram sua identidade. Ele foi intimado a se apresentar na delegacia todas as semanas.
Três policiais bateram na porta do Sr. Su por volta das 8h do dia 16 de agosto de 2022, alegando ser do comitê residencial. O neto do Sr. Su abriu a porta, apenas para presenciar a polícia invadindo a casa e prendendo o seu avô.
Após três dias na delegacia, o Sr. Su foi levado para o Centro de Detenção nº 2 da cidade de Changchun. Desde então, ele não teve permissão para receber visita ou ter contato com seus familiares. Posteriormente, a polícia apresentou seu caso à Procuradoria do Distrito de Chaoyang. Depois que o promotor o indiciou e transferiu seu caso para o Tribunal Distrital de Chaoyang, sua família continuou ligando para a polícia e para o tribunal, mas ninguém nunca atendeu o telefone.
A prisão do Sr. Su causou um duro golpe em seu filho, que ficou incapacitado devido a um derrame. O homem mais jovem lutava contra a pressão sanguínea instável e tinha convulsões frequentes.
Entes queridos privados de cuidados
Quase dois anos depois de uma residente da cidade de Daan, de 75 anos, ter desaparecido em 2021, sua família finalmente confirmou que ela foi secretamente condenada por causa da sua crença no Falun Gong e levada para a Prisão Feminina da Província de Jilin.
Quando sua filha adoeceu e foi hospitalizada há dois anos, a Sra. Zhao Shuqin planejou viajar para Pequim para ajudar a cuidar dela e de seus dois netos. No dia 9 de março de 2021, ao fazer uma baldeação na estação ferroviária de Changchun, na província de Jilin, ela foi parada e teve sua bagagem revistada. Ao encontrar materiais do Falun Gong em sua mala, a polícia a prendeu.
A polícia alegou que tinha que manter a Sra. Zhao detida, pois o regime comunista estava realizando seu Congresso Nacional em Pequim na época e ela tinha a inclinação de “perturbar a ordem social”.
As autoridades mantiveram a Sra. Zhao no Centro de Detenção da cidade de Baicheng e negaram que sua família a visitasse. Repetidamente, a Sra. Zhao pediu para ser liberada para que ela pudesse cuidar de sua filha doente, mas sem sucesso.
Mais tarde, após a Sra. Zhao ter sido transferida para outro local de detenção, as autoridades mantiveram sua família às escuras sobre seu paradeiro. Recentemente, sua família confirmou que ela foi condenada a três anos e meio de prisão e multada em 5.000 yuans. Ela foi levada para a 10ª ala da prisão feminina da província.
De acordo com uma fonte, a Sra. Zhao também foi hospitalizada devido a uma condição médica, enquanto sua filha está em estado grave, já que sua saúde piorou ainda mais nos últimos dois anos.
Um residente da cidade de Nanyang, província de Henan, de 73 anos, foi recentemente condenado a três anos e meio por causa da sua crença no Falun Gong. A prisão do Sr. Wang Zizhou, deixou sua esposa, a qual é cega dos dois olhos, em uma situação terrível.
No dia 8 de junho de 2021, o Sr. Wang foi preso em casa e mantido no Centro de Detenção do Condado de Sheqi. Após uma semana, a polícia molestou sua filha e ameaçou prendê-la e mandar seu bebê recém-nascido para um orfanato.
Mais uma vez, no dia 25 de junho, a polícia invadiu a casa do Sr. Wang e quebrou várias fechaduras. Eles apreenderam mais pertences pessoais dele, incluindo dois celulares avulsos.
A polícia voltou à casa do Sr. Wang pela terceira vez em 6 de dezembro de 2021 e invadiu o local. Sua filha, que foi lá para cuidar de sua mãe, foi presa e mantida na prisão do condado de Sheqi por dez dias, período durante o qual ela não conseguiu amamentar seu bebê de meses.
Recentemente, a família do Sr. Wang soube que ele havia sido condenado a 3,5 anos e levado para a prisão de Xinmi, na cidade de Zhengzhou.
Esta é a segunda vez que o Sr. Wang foi sentenciado por causa da sua crença. Anteriormente, ele tinha sido preso em 18 de julho de 2019 e, mais tarde, condenado a um ano de prisão.
Mulher de Hubei fica quase quatro anos na prisão, marido incapacitado é deixado sem cuidados
No dia 14 de setembro de 2022, a Sra. Shu Yunlan, de 56 anos, residente da província de Hubei, foi presa. Sua prisão deixou seu marido, o qual havia ficado incapacitado por causa de um derrame cerebral, em condições extremas. No dia 10 de outubro, seu advogado apresentou um pedido ao Departamento de Polícia da Cidade de Hanchuan para libertá-la sob fiança para cuidar de seu marido, mas a polícia nunca se manifestou.
Em meados de dezembro de 2022, a filha da Sra. Shu recebeu uma ligação do Tribunal do Condado de Xiaochang e foi informada de que o tribunal havia agendado uma audiência virtual a ser realizada em uma semana. Devido à pandemia, o advogado da Sra. Shu não pôde comparecer à audiência. A família da Sra. Shu também não compareceu.
No dia 18 de janeiro de 2023, quando a filha da Sra. Shu telefonou para a corte para perguntar sobre sua mãe, disseram a ela que a Sra. Shu havia sido condenada a três anos e nove meses de prisão. O tribunal ainda não enviou a eles uma cópia impressa do veredicto da sentença.
No passado, a Sra. Shu foi presa muitas vezes. Em 2008, ela foi condenada a cinco anos por distribuir material informativo sobre o Falun Gong.
O Sr. Gao Hong, de 55 anos, residente da cidade de Zibo, província de Shandong, foi preso em 29 de agosto de 2022. No dia 5 de dezembro de 2022, ele foi condenado a três anos de prisão pelo Tribunal Distrital de Zichuan.
Depois que o pai de Gao faleceu em 2018, ele se tornou o único cuidador de sua mãe de 85 anos. Devido à pressão da perseguição, sua mãe está lutando contra a pressão alta e um problema cardíaco grave. Sua sentença a deixou em uma situação terrível.
Após se formar na Universidade de Petróleo da China com especialização em automação em 1991, o Sr. Gao conseguiu um emprego no Instituto de Pesquisa Petroquímica Qilu. Em 1997, após testemunhar as mudanças positivas em seus pais devido à prática do Falun Gong, ele seguiu os passos deles e se tornou um praticante, também. A prática lhe deu sabedoria e ele ganhou vários prêmios por inovação tecnológica no trabalho.
Por manter sua crença e falar sobre a perseguição, várias vezes ele foi preso e em 26 de agosto de 2008 foi submetido a dois anos de trabalho forçado.
No Campo de Trabalhos Forçados nº 2 da província de Shandong, o Sr. Gao foi privado de sono por sete dias, espancado e algemado nas costas. Ele protestou fazendo greve de fome e se recusando a fazer os trabalhos forçados. Em retaliação, os guardas o forçaram a ficar em pé por três dias e todos os dias, durante 81 dias, se sentar em um banquinho das 5h30 às 23h. Ele estava pele e osso. No dia 3 de outubro de 2009, foi solto em liberdade condicional médica.
O Sr. Gao Hong foi reduzido a pele e osso por ter sido torturado no campo de trabalho.
No dia 15 de julho de 2020, a polícia invadiu a casa do Sr. Gao, quando sua mãe, a Sra. Liang Zhongxian, estava sozinha em sua residência. A polícia alegou ter encontrado um folheto do Falun Gong na vizinhança e suspeitava que a Sra. Liang, tivesse sido a responsável pela a distribuição do mesmo. Eles a levaram para a delegacia de polícia para interrogatório e confiscaram seus livros do Falun Gong, computador, impressora, tablet e até mesmo uma luminária de mesa.
Naquela tarde, quando o Sr. Gao voltou do trabalho para casa, a polícia o prendeu. Ele foi interrogado até tarde do dia seguinte. Devido à pandemia, a polícia lhe cobrou uma fiança de um ano, ao invés de detê-lo.
Praticantes de todos os níveis sociais são assediados
No dia 15 de março de 2022, o Sr. Luo Banglin, um veterano de 40 anos do condado de Miyi, província de Sichuan, foi preso em casa. Seus livros do Falun Gong, fotos do fundador, cartões de memória, celular, bem como o computador e impressora que ele usava para o seu negócio, foram confiscados.
Sua esposa, a Sra. Hong, foi à procuradoria e apresentou um pedido para ser sua defensora não advogada. Hu Shouhua, o procurador responsável pelo caso, exigiu que ela assinasse a papelada prometendo não contratar um advogado para seu marido. Ela se recusou a assumir tal promessa.
No dia 12 de agosto, a Sra. Hong apresentou sua declaração de defesa e após três dias recebeu um telefonema de Hu. Ele disse que ela não estava autorizada a representar seu marido como defensora não advogada ou a visitá-lo no centro de detenção.
No dia 23 de dezembro de 2022, sem permitir ao Sr. Luo um advogado, o Tribunal do Condado de Miyi o condenou a três anos de prisão.
O Sr. Luo, serviu dois anos no exército no Tibete, entre 2003 e 2005. Ele sofreu do mal da altitude e lutou contra problemas de saúde após terminar seu serviço. Ele tinha problemas para dormir à noite e tinha muito pouca energia. Mais tarde, ele começou a praticar o Falun Gong por recomendação de um amigo e recuperou a saúde. Ele começou uma fazenda de manga e abriu uma loja online para vender a fruta.
Desde 2008, uma professora universitária aposentada, foi condenada três vezes por causa da sua crença no Falun Gong, cada prisão ocorria poucos meses depois da anterior.
No dia 10 de setembro de 2021, a Sra. Wang Jiafang, 58 anos de idade, residente da província de Guangdong, foi detida recentemente, enquanto falava às pessoas sobre o Falun Gong fora de um shopping center.
Em julho de 2022, o Tribunal Distrital de Liwan condenou a Sra. Wang a quatro anos com uma multa de 10.000 yuans. Ela apelou da sentença. No dia 26 de dezembro de 2022, o Tribunal Intermediário da cidade de Guangzhou decidiu manter seu veredicto original.
A última prisão da Sra. Wang ocorreu apenas três meses depois que ela foi libertada no dia 26 de abril de 2021, após cumprir uma pena de três anos e meio, dada pelo mesmo Tribunal Distrital de Liwan. Sua prisão anterior, realizada em 27 de outubro de 2017, ocorreu menos de um ano depois que ela foi libertada por cumprir mais nove anos na Prisão Feminina da Província de Guangdong. Frequentemente, ela lutava contra dores intensas no fígado devido a severa tortura e chutes no abdômen, sofridos na prisão.
A Sra. Wang costumava ser professora associada de matemática na Universidade de Guangzhou. Ela tinha um filho que sofria de doença cardíaca congênita e se interessou pelo Falun Gong depois de ouvir inúmeras histórias sobre o poder milagroso de cura da prática. Ela e seu filho decidiram experimentar o Falun Gong. A condição do menino melhorou significativamente, o que consolidou a determinação da Sra. Wang em praticar o Falun Gong.
Depois que a perseguição ao Falun Gong começou em julho de 1999, a Sra. Wang aproveitou todas as oportunidades possíveis para falar às pessoas que a prática não é nada parecida com o que é descrito pela propaganda do estado. Seu simples ato de aumentar a conscientização sobre a perseguição a levou à prisão três vezes.
Oficial de polícia condenado a três anos
O Sr. Lin Lisheng, um residente de 65 anos da cidade de Maoming, província de Guangdong, costumava trabalhar como policial na Estação de Trem de Maoming. No dia 11 de março de 2020, ao pegar o trem, ele foi preso por seus antigos colegas depois que eles encontraram um livro do Falun Gong e vários pedaços de papel moeda impressos com informações sobre a prática em sua bolsa.
Devido à censura rigorosa na China, muitos praticantes usam meios criativos para aumentar a conscientização sobre a perseguição, incluindo a impressão de informações sobre o papel moeda.
A polícia invadiu a casa do Sr. Lin e o deteve no Centro de Detenção nº 1 da cidade de Maoming. Preocupados com ele, sua família subornou a polícia em troca da sua libertação. Com medo da perseguição, o Sr. Lin parou de praticar o Falun Gong. Pouco tempo depois, ele sofreu um derrame e o médico disse que não poderiam curá-lo.
Ao voltar para casa, o Sr. Lin retomou a prática do Falun Gong e logo recuperou sua saúde. Depois que a polícia descobriu, eles o prenderam novamente no dia 27 de junho de 2021, e submeteram seu caso à Procuradoria do Distrito de Maonan. Em 23 de dezembro de 2022, ele compareceu ao Tribunal Distrital de Maonan e foi condenado a três anos de prisão.
Motorista de ônibus é secretamente condenada, os pais idosos são privados de cuidados
A Sra. Yu Zhen, motorista de ônibus da Companhia Petroquímica Qilu na cidade de Zibo, província de Shandong, foi detida no final de outubro de 2022. Uma fonte revelou que a polícia a procurou por compartilhar informações online sobre o Falun Gong ou por estudar os ensinamentos da prática com outros praticantes. Recentemente, o Minghui.org confirmou sua sentença de três anos e meio de prisão, mas outros detalhes ainda não estão claros.
O pai de Yu, de 95 anos, e sua mãe, de 87 anos, contam com ela para serem cuidados, incluindo compras de supermercado, lavanderia, limpeza da casa e atendimento médico. Agora, sem ela, a situação deles é terrível.
Antes de sua última sentença, a Sra. Yu já havia sido presa em 24 de março de 2018, e sua casa foi saqueada. Em 7 de julho, ela foi libertada sob fiança após quase quatro meses no Centro de Detenção Zhangdian.
Ex-funcionário da receita federal é condenado a um ano e cinco meses
Dias antes do Ano Novo Chinês de 2023 (em 22 de janeiro), um morador da cidade de Guangshui, província de Hubei, foi condenado a um ano e cinco meses e multado em 5.000 yuans por causa da sua crença no Falun Gong.
Antes de sua última sentença, o Sr. Chen Quanlong cumpriu uma pena de três anos e foi demitido de seu emprego pelo departamento de impostos local.
Em julho de 2022, o Sr. Chen, de 61 anos, foi preso, depois de ter sido denunciado por ter falado às pessoas sobre o Falun Gong. A polícia vasculhou suas duas residências e confiscou seus oito livros sobre a prática. No dia 24 de julho, ele foi colocado sob vigilância residencial. No dia 15 de setembro de 2022, a Procuradoria da cidade de Guangshui o acusou de "minar a aplicação da lei com uma organização de culto", o pretexto padrão usado contra os praticantes, e transferiu seu caso para o Tribunal da cidade de Guangshui, que o condenou em meados de janeiro de 2023.
A Sra. Yu Zhen, motorista de ônibus da Companhia Petroquímica Qilu na cidade de Zibo, província de Shandong, foi detida no final de outubro de 2022. Uma infiltrada revelou que a polícia a procurou por compartilhar informações sobre o Falun Gong on-line ou estudar os ensinamentos do Falun Gong com outros praticantes. Minghui.org confirmou recentemente sua sentença de 3,5 anos de prisão, mas outros detalhes ainda não estão claros.
Sentença recorrente
Uma vez encarcerada por 15 anos, uma mulher de Liaoning recebe mais dois anos
Um residente da cidade de Dongguan, província de Liaoning, foi recentemente condenada a dois anos de prisão e multada em 3.000 yuans por praticar o Falun Gong.
Antes da última sentença, a Sra. Liu Mei foi encarcerada por um total de 15 anos, incluindo dois anos em um campo de trabalhos forçados e 13 anos de prisão. Como resultado da tortura, ela sofria de doenças cardíacas, tuberculose e atrofia do cérebro, e por várias vezes, quase morreu.
A Sra. Liu foi presa em 7 de novembro de 2021, enquanto voltava das compras. Ao prometer libertá-la em duas horas se ela cooperasse, a polícia a enganou para que ela assinasse certos documentos e admitisse que os cinco panfletos informativos sobre o Falun Gong, confiscados de outro praticante, eram na verdade dela.
Quando a Sra. Liu pediu para ir para casa depois de assinar os documentos, a polícia alegou que precisava fazer um teste PCR para ter certeza de que ela não estava infectada pela COVID-19, já que vários policiais tiveram contato com ela. A preocupação deles, caso ela estivesse infectada, era que pudessem pegar o vírus. Contudo, mesmo após o resultado negativo do teste no dia seguinte, a polícia mudou a detenção administrativa da Sra. Liu para uma criminal e a manteve em prisão preventiva por 15 dias.
No dia 17 de dezembro de 2021, devido a seus problemas de saúde, a Sra. Liu foi liberada. A polícia mentiu para ela durante um episódio de assédio em 2021 afirmando que seu caso tinha sido arquivado e ordenou que ela assinasse o documento de liberação de fiança. No dia 11 de outubro de 2022, ao ser enganada para ir à procuradoria, ela ficou chocada ao ser informada de que havia sido indiciada.
No dia 13 de dezembro, a Sra. Liu compareceu ao tribunal. Ela exigiu que o procurador examinasse o vídeo do interrogatório na delegacia de polícia, mas o procurador alegou que a delegacia de polícia tinha uma queda de energia naquele dia e nada foi gravado. Em 29 de dezembro de 2022, o juiz a condenou a dois anos de prisão com uma multa de 3.000 yuans.
Perseguição anterior
A Sra. Liu nasceu no campo. Seu pai era professor de idiomas no ensino médio e era bom em artes e esportes. Ele sabia tocar muitos instrumentos musicais, então a Sra. Liu e seus irmãos aprenderam a tocar instrumentos diferentes. Quase todas as noites eram passadas cantando e tocando instrumentos musicais. Eles eram a invejados pelos seus parentes e vizinhos.
Mais tarde, o pai da Sra. Liu teve uma transferência de emprego e eles se mudaram para a cidade. Com a transferência e promoção, o pai da Sra. Liu também passou por grandes mudanças. Ele pediu o divórcio na década de 1980, chocando a mãe de Liu e seus irmãos. Após verem o sofrimento da mãe, os irmãos ficaram tristes e ressentidos com o pai.
Em 1995, a Sra. Liu começou a praticar o Falun Gong e seguiu os princípios da Verdade, Compaixão e Tolerância. Aos poucos, ela perdoou o marido e todos os anos, foi indicada como funcionária modelo no trabalho.
Após o início da perseguição, a Sra. Liu foi presa por ter ido a Pequim para a apelação. Um dia, em um centro de detenção, alguns policiais a prenderam e a chicotearam com cintos e tiras de bambu. Após algum tempo, ela desmaiou e podia se sentir flutuando no ar e avançando. Entretanto, ela ouviu alguém gritar seu nome de longe e seguiu aquela voz. Depois de um tempo, ela viu um grupo de pessoas em sua volta. Algumas estavam inserindo agulhas em seu corpo, outras choravam e outras gritavam seu nome. Então, ela sentiu dor, mas não sabia onde era. Ela percebeu que estava no centro de detenção. Naquele momento, ouviu alguém dizer que seus olhos se moviam e ela tinha voltado a vida. Assim, a Sra. Liu acordou.
Depois de acordar, a Sra. Liu estava com muitas dores, pois suas nádegas, lombares e coxas estavam inchadas e pretas.
A Sra. Liu e seu marido, também praticante do Falun Gong, foram presos e condenados a 13 anos de prisão em 2002. Ela foi levada para a Prisão de Mulheres de Liaoning. No final de 2007, como resultado da tortura, ela sofria com pressão alta e doenças cardíacas.
Todos os dias, devido à tuberculose, a Sra. Liu vomitava sangue. Ela tinha um desequilíbrio hormonal e seu estômago estava tão inchado que era maior que seu peito. Ela tinha sangue nas fezes e na urina e sofria de atrofia do cérebro. Seu globo ocular também estava atrofiado e tinha a visão embaçada. Metade do seu rosto estava vermelho e inchado e a outra metade estava atrofiada. Seus pés estavam apodrecendo, ensanguentados e inchados. Ela sentia como se houvesse animais correndo e gritando em seu cérebro. As artérias do lado esquerdo do pescoço estavam inchadas e sangrando, e seu pescoço estava dolorido, como se alguém a estivesse estrangulando. Ela estava com falta de ar. Ela também tinha um caroço no peito e estava definhada e incapaz de cuidar de si mesma. Ela precisava de alguém para ajudá-la a andar ou usar o banheiro.
Em 2015, a Sra. Liu foi libertada e teve que ficar na casa de um parente. Embora ela ainda não tivesse se recuperado da tortura, ela e o marido cuidaram da sogra por quase um mês, quando os irmãos do marido se recusaram a fazê-lo.
A Sra. Liu e seu marido mais tarde levaram sua sogra para sua casa e cuidaram dela, apesar do fato de sua sogra não ter aprovado o casamento devido ao ferimento na mão da Sra. Liu sofrido como resultado de um acidente de trabalho. Enquanto sua sogra estava acamada, a Sra. Liu cozinhava sua comida favorita, a massageava, a ajudava a tomar banho e trazia lanches para ela.
Mulher de Yunnan é condenada à quarta pena de prisão por praticar o Falun Gong
Após a Sra. Li Qun, uma residente da província de Yunnan do condado de Yanshan, ser libertada por cumprir um mandato de quatro anos por praticar o Falun Gong, novamente, ela foi presa em 2021 e condenada a seis anos de prisão.
Esta é a quarta vez que a Sra. Li, ex-empregada do Departamento de Poder do Condado de Yanshan, é condenada desde o início da perseguição, em 1999.
A Sra. Li foi detida pela primeira vez em 2004 e condenada a quatro anos de prisão. Em 22 de maio de 2008, após ter sido libertada, ela foi demitida pelo seu empregador. Ela ganhou a vida vendendo mercadorias em uma banca do mercado.
Por falar com seus clientes sobre o Falun Gong, a Sra. Li foi presa novamente em 20 de abril de 2009. Ela foi alimentada à força por fazer greve de fome para protestar contra a perseguição. O tribunal local a condenou a cinco anos na prisão feminina nº 2 da província de Yunnan duas semanas depois.
A próxima prisão da Sra. Li foi em junho de 2017. Ela foi condenada a quatro anos em 1º de setembro de 2017 e levada para uma prisão por volta do Ano Novo Chinês de 2018.
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Reportado em 2022: 633 praticantes do Falun Gong condenados por causa da sua crença
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