(Minghui.org) Em sua obra, A Origem das Espécies, publicada em 1859 por Charles Darwin, a teoria da evolução por seleção natural tem enfrentado muitos desafios desde que foi publicada. A teoria contradiz diferentes crenças e as descobertas científicas modernas provaram que os três itens que evidenciam a evolução, ou seja, anatomia, semelhança de embriões e arqueologia, são infundados. A biologia molecular e a genética mostraram ainda mais que a teoria da evolução é impossível. De fato, até o próprio Darwin foi tímido e cético quando levantou pela primeira vez a hipótese de evolução.

No entanto, depois que a obra, A Origem das Espécies, foi publicada em 1859, rapidamente atraiu muita atenção. Karl Marx, que 11 anos antes, havia publicado O Manifesto Comunista, o saudou e escreveu em 1860 que: “o livro de Darwin é muito importante e me serve de base em ciência natural para a luta de classes na história”.

Tanto Darwin quanto Marx, cresceram em famílias religiosas e estudaram teologia em seus primeiros anos. No entanto, eles estabeleceram os dois sistemas ateus, teoria evolutiva e comunismo, respectivamente. Um monge em Mongla, Myanmar, disse que Darwin era a reencarnação de um rei demônio. Como Marx, ele veio a este mundo para destruir a humanidade. O Minghui.org publicou muitos artigos, como “Por que o Partido Comunista Chinês ateísta exige que os membros jurem fidelidade perpétua?” que analisava Marx e o comunismo. Nesta série de três partes, nos concentramos na vida de Darwin e em sua teoria da evolução.

1. A Vida de Darwin

Darwin nasceu em 1809, em Shrewsbury, Inglaterra. Tanto seu pai quanto seu avô paterno eram médicos. Seu avô materno foi o fundador da empresa de artigos domésticos Wedgwood.

Mentira e vaidade

Embora tenha sido batizado ainda jovem e frequentado constantemente a igreja com sua mãe, Darwin era vaidoso desde criança e muitas vezes competia com seus irmãos por atenção. Com esse objetivo, ele também mentia muito.

"Quando criança, eu era muito dado a inventar falsidades deliberadas, e isto sempre foi feito para causar excitação", ele escreveu em sua autobiografia Memórias sobre o desenvolvimento de minha mente e meu caráter. "Por exemplo, uma vez eu colhi muitas frutas valiosas das árvores do meu pai e as escondi nos arbustos e depois corri sem fôlego para espalhar a notícia de que eu havia descoberto um amontoado de frutas roubadas".

Em outra ocasião, ele disse a outro menino (Leighton) que poderia produzir polianthuses e prímulas de várias cores regando-os com certos fluidos coloridos. “... que era obviamente uma fábula monstruosa e nunca havia sido tentada por mim”, ele explicou.

Anos universitários

Darwin passou dois anos na faculdade de medicina da Universidade de Edimburgo, seguido por três anos no Christ's College da Universidade de Cambridge. Mas ele considerava as palestras "intoleravelmente monótonas" e muitas vezes voltava sua atenção para a caça e detonação de explosivos. Por causa disso ele ganhou o apelido de "Gas" e uma vez foi repreendido publicamente pelo diretor.

Mais tarde, Darwin decidiu estudar na Universidade de Cambridge e se tornar um clérigo. "Mas como eu nunca havia aberto um livro clássico desde que saí da escola, descobri, para minha consternação, que nos dois anos seguintes eu realmente havia esquecido, por incrível que pareça, quase tudo o que havia aprendido, inclusive algumas das cartas gregas", ele escreveu. "Portanto, não fui para Cambridge no período habitual de outubro, mas trabalhei com um tutor particular em Shrewsbury, e fui para Cambridge depois das férias de Natal, no início de 1828".

"Durante os três anos que passei em Cambridge, meu tempo foi desperdiçado, no que diz respeito aos estudos acadêmicos, completamente como em Edimburgo e na escola", ele explicou. Ele passou muito tempo atirando, caçando e cavalgando pelo país. "Entrei em um grupo esportivo, incluindo alguns jovens de mente baixa e dissipados. À noite, muitas vezes, costumávamos jantar juntos, embora esses jantares incluíssem frequentemente homens de um selo mais alto, e às vezes bebíamos demais". Darwin acrescentou. "Meu tempo foi tristemente desperdiçado lá, e muito pior do que desperdiçado".

Em 2009, os arquivos descobertos pela Universidade de Cambridge revelaram mais detalhes da vida de Darwin durante esses três anos. "Ele contratou uma bateria de funcionários para ajudá-lo com as tarefas diárias, incluindo uma ajudante de cozinha (lavadora de louça), uma lavadeira e um engraxate", relatou a Reuters em um artigo de 2009 intitulado "Arquivos esclarecem os dias de estudante de Darwin".

“Um alfaiate, chapeleiro e barbeiro cuidavam para que ele ficasse bem apresentável, enquanto um limpador de chaminés e um carvoeiro mantinham o fogo aceso. Ele até pagava cinco pence e meio a mais por dia para comer vegetais com a refeição básica de carne e cerveja no Christ's College”, descreveu o artigo.

Seu pai ficou furioso e disse: "Você não se importa com nada além de atirar, cachorros e apanhar ratos, e você será uma vergonha para si mesmo e para toda sua família".

Mas Darwin ignorou estas palavras. Ele e seus amigos organizaram um debate contra os cristãos, fazendo com que cerca de 50 estudantes de teologia duvidassem de sua crença. Darwin se referiu àqueles três anos em Cambridge como "os mais alegres da minha vida feliz".

A teoria da evolução

A inteligência do cérebro humano, o mistério do corpo humano e a precisão dos corpos cósmicos não podem ser todos explicados pela aleatoriedade e, portanto, têm despertado um interesse intenso nos últimos milhares de anos. William Paley afirmou na Teologia Natural, publicada em 1802, que a complicada estrutura do corpo humano, como os olhos e as articulações, deve ter sido projetada por um Criador inteligente.

Embora, inicialmente, convencido pelo livro de Paley, Darwin o descartou mais tarde. Ele não acreditava na existência da Torre de Babel, nem no sinal de um arco-íris, como descrito no Antigo Testamento. Além disso, ele não podia entender por que Deus puniria as pessoas por seus pecados. Ele também acreditava que era injusto que os animais sofressem tanto. Com base neste raciocínio, pode-se considerar Darwin como um defensor dos animais. A realidade era o oposto, já que Darwin tinha uma paixão pela caça e pela matança.

De acordo com sua autobiografia, quando jovem, Darwin "batia em um cachorro ... simplesmente por desfrutar da sensação de poder". Ele adorava atirar tanto que dizia: "Se há felicidade na terra, é isso". É compreensível que muitas pessoas caçam por comida e/ou esporte, mas Darwin foi muito mais longe. "Meu zelo era tão grande que eu costumava colocar minhas botas de tiro ao lado da cama quando ia dormir, para não perder meio minuto ao calçá-las pela manhã", ele escreveu.

A esposa de Darwin, Emma, era uma cristã devota. Muitas vezes ela havia pedido a Darwin que revisasse, A Origem das Espécies, porque sem fé, este mundo seria desesperançoso. Mas, Darwin não deu ouvidos. De fato, até mesmo o amigo íntimo de Darwin, Alfred Russel Wallace, discordava que as atividades mentais humanas vinham da evolução.

Doenças de longo prazo

Darwin se casou com sua prima Emma em 1839 e eles tiveram dez filhos, seis filhos e quatro filhas. Mas a maioria dos filhos enfrentou dificuldades de uma forma ou de outra.

O filho mais velho William (nascido em 1839) era infértil, o segundo filho George (nascido em 1845) estava sempre nervoso e gostava de falar das doenças de outras pessoas, o terceiro filho Francis (nascido em 1848) sofria de depressão, o quarto filho Leonard (nascido em 1850) era infértil, o quinto filho Horace (nascido em 1851) estava sempre doente e dependia de sua mãe para cuidar dele, o sexto filho Charlie (nascido em 1856) morreu aos 2 anos de idade. A filha mais velha Anne (nascida em 1841) morreu de escarlatina aos 10 anos de idade, a segunda filha Mary (nascida em 1842) morreu logo após o nascimento, a terceira filha Henrietta (nascida em 1843) era infértil e a quarta filha Elizabeth (nascida em 1847) pode ter tido alguns problemas de desenvolvimento quando criança e nunca se casou.

Em seus últimos anos, Darwin atribuiu estes infortúnios ao seu casamento com um parente próximo. Emma, por outro lado, acreditava que o sofrimento de seus filhos era resultado do desrespeito de seu marido a Deus. De fato, os casamentos entre parentes próximos como os deles não eram incomuns na Europa naquela época. Mas poucos deles tinham tais problemas com seus descendentes.

Três anos depois que Darwin começou a escrever A Origem das Espécies, ele contraiu uma estranha doença. Frequentemente sofria de náusea, vômitos, palpitações, inflamação da pele, insônia, dores de cabeça, dores de estômago, úlceras na boca e outros sintomas. Como resultado, ele só podia trabalhar duas ou três horas por dia.

Entretanto, quando os médicos chegavam, os sintomas já tinham desaparecido e nenhuma doença podia ser diagnosticada. O pai de Darwin era médico, mas ele também não fazia ideia. Durante as várias décadas desde que Darwin exibiu pela primeira vez esses sintomas, ele consultou mais de 20 médicos renomados, mas nenhum deles pôde ajudá-lo.

Para aliviar a dor, Darwin tentou tratamentos com água, mergulhando em água fria ou dormindo sob um cobertor úmido e frio. Ocasionalmente, ele enrolou fio de cobre embebido em vinagre ou fio de zinco em torno de si, na esperança de desviar a dor mental para a dor física. Mas isso pouco o ajudou. Ele morreu em 1882.

(Continua na parte 2)