(Minghui.org) Nos dois primeiros meses de 2022, 423 praticantes do Falun Gong foram presos por causa da sua crença e outros 359 foram perseguidos.
O Falun Gong, também conhecido como Falun Dafa, é uma disciplina espiritual que tem sido perseguida pelo regime comunista chinês desde 1999. Inúmeros praticantes foram presos, perseguidos, sentenciados e torturados por defenderem sua crença. Mas devido à rigorosa censura de informação na China, os incidentes nem sempre podem ser relatados em tempo hábil, nem toda a informação está prontamente disponível.
Os 423 casos de prisão relatados incluem nove incidentes ocorridos em 2020, 143 em 2021, 187 em janeiro de 2022 e 84 em fevereiro de 2022. 30 praticantes tiveram um total de 595.237 yuans confiscados enquanto a polícia saqueava suas casas, incluindo 210.000 yuans retirados de um praticante e 150.000 yuans de outro. Outro praticante teve 10.100 dólares confiscados.
As prisões resultaram na morte de três praticantes, incluindo duas mulheres e um homem, que faleceram dentro de três a 35 dias após suas prisões.
Semanas antes dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, em fevereiro de 2022, as autoridades prenderam e perseguiram os praticantes em Pequim e na cidade de Zhangjiakou, província de Hebei, duas das três zonas que sediaram a competição de inverno, sob o pretexto de impedir que eles falassem sobre o Falun Gong durante os jogos.
Para os 359 casos de assédio, um deles ocorreu em 2020, 167 em 2021, 133 em janeiro de 2022 e 58 em fevereiro de 2022.
Entre todos os praticantes perseguidos, 261 tiveram suas casas saqueadas e 174 (41%) praticantes foram liberados no momento em que redigimos este artigo. Um total de 124 (16%) praticantes com mais de 60 anos foram perseguidos, incluindo 22 na faixa dos 60 anos, 69 na faixa dos 70 anos, 32 na faixa dos 80 anos e um deles na faixa dos 90 anos.
Os 782 praticantes vieram de 27 províncias e municípios. Hebei liderou a lista com 102 casos totais de perseguição, seguido por Shandong (94) e Sichuan (82). Treze regiões tiveram casos de perseguição entre 10 e 70. Outras onze províncias tiveram casos de um dígito.
A seguir apresentamos vários exemplos dos diversos tipos de casos de perseguição relatados em janeiro e fevereiro de 2022:
Casos de Morte
Mulher de 50 morre três dias depois de ser presa, por praticar o Falun Gong
Em 20 de janeiro de 2022, a Sra. Huang Sulan de Chengdu, província de Sichuan, foi presa em seu prédio e levada para um centro de detenção secreto em Pengzhou.
No dia 23 de janeiro de 2022, a polícia informou à família da Sra. Huang que ela havia falecido no início daquele dia. Seu corpo logo foi transferido para a Casa Funerária da Cidade de Pengzhou. Sua família pôde ver seu corpo, mas mais detalhes sobre sua morte continuam sob investigação.
Antes da última prisão da Sra. Huang, ela já havia sido presa em 10 de julho de 2019, enquanto visitava a praticante Sra. Mao Kun. Embora a Sra. Huang tenha sido libertada em 9 de agosto, a Sra. Mao, posteriormente, foi condenada a 11,5 anos e morreu sob custódia.
Mulher morre sob custódia oito dias depois de ser presa e ter tratamento médico negado
A Sra. Zhang Siqin, uma mulher de 69 anos da cidade de Dalian, província de Liaoning, morreu no Centro de Detenção de Yaojia, oito dias após ter sido presa por praticar o Falun Gong.
No dia 19 de janeiro de 2022, a Sra. Zhang foi levada de volta à custódia para cumprir um mandato de dois anos. Ela ficou aterrorizada e foi atingida por uma onda de náusea. Mesmo que o médico tenha desaconselhado sua detenção devido à sua condição médica, a polícia insistiu que ela estava bem e a levou para o Centro de Detenção de Yaojia.
Na primeira noite no centro de detenção, a Sra. Zhang não conseguia andar sozinha e não conseguiu dormir. Os guardas se recusaram a lhe fornecer qualquer alimento. Na manhã seguinte, ela estava tão fraca que não conseguia se vestir sozinha e teve que contar com a ajuda da colega de cela.
Durante os dias seguintes, ela vomitava tudo que comia. A comida que os guardas forneciam era apenas congee e pãezinhos cozidos a vapor. Ela estava muito fraca para ficar em pé sozinha.
Quando ela foi presa no centro de detenção, os guardas retiraram sua dentadura. Ela pediu várias vezes para tê-la de volta, mas os guardas se recusaram a devolvê-la, o que tornou ainda mais difícil para a Sra. Zhang comer.
Apesar de seus problemas de saúde, os guardas não a levaram para consultar um médico e lhe deram alguns medicamentos desconhecidos, o que fez com que sua condição se deteriorasse ainda mais.
Em 25 de janeiro, sexto dia de sua detenção, Zhang começou a tremer incontrolavelmente e não conseguia se sentar sozinha. Sua colega de cela relatou aos guardas, os quais insistiram em lhe dar uma droga desconhecida, sem avaliação médica. Quando ela não conseguiu tomar a droga, os guardas ordenaram que cinco detentas a segurassem e dessem à força a droga para Zhang. Ela ficou incapacitada e perdeu a força para se sentar depois.
Em 25 de janeiro, sexto dia de sua detenção, incontrolavelmente, Zhang começou a tremer e não conseguia se sentar sozinha. Sua colega de cela relatou o fato aos guardas, os quais insistiram em lhe dar uma droga desconhecida, sem avaliação médica. Como ela não conseguia tomar a droga, os guardas ordenaram que cinco detentas a segurassem e dessem, à força, a droga para Zhang. Ela ficou paralisada e depois não tinha força para se sentar.
Às 2h20 do dia 26 de janeiro, incontrolavelmente, Zhang começou a tremer. As detentas na cela estavam todas acordadas, mas os guardas ainda a ignoraram. Às 9h, a Sra. Zhang foi levada em uma cadeira de rodas, mas em apenas dez minutos, foi trazida de volta. Os guardas continuaram a forçá-la com a droga desconhecida.
Por volta da meia-noite, a Sra. Zhang começou a ter febre. Às 2h40 da manhã ela se encontrava em estado crítico. Os guardas continuavam a se recusar a levá-la a um hospital e ordenaram as detentas da sua cela que a monitorassem.
Pela manhã, mesmo com a ajuda da sua colega de cela, ela já não conseguia se sentar. Embora as detentas tivessem relatado sua situação às 7h07 da manhã, o médico não apareceu até as 7h25 da manhã.
Quando o médico chegou às 7h30 da manhã, a Sra. Zhang havia parado de respirar e não tinha pressão sanguínea. Ele tentou ressuscitá-la, mas ela não respondeu. O médico chamou os guardas às 7h34 da manhã, mas eles não responderam até que o médico ligou pela terceira vez. A Sra. Zhang foi declarada morta às 7h35 da manhã e retirada da cela.
Entregador morre 35 dias após ser preso por distribuir panfleto sobre o Falun Gong
No dia 8 de janeiro de 2022, o Sr. Dai Zhidong e o Sr. Sun Deguo, ambos residentes da cidade de Daqing, província de Heilongjiang, foram presos, após terem sido denunciados por distribuírem panfletos com informações sobre o Falun Gong em um posto de gasolina no condado vizinho de Lindian.
Depois que eles foram levados para o Departamento de Polícia de Lindian, Wei Fang, do Escritório de Segurança Doméstica, roubou suas chaves e sem um mandado, saqueou suas casas. Enquanto vasculhavam a casa do Sr. Sun, a polícia prendeu mais dois praticantes, o Sr. Sun Wenzhong e o Sr. Zhang Liguo, que na época estavam visitando o praticante.
Os livros do Falun Gong de Sun Deguo, computador e mais de 20.000 yuans, em dinheiro, foram confiscados. Mas, Wei afirmou que ela levou apenas 10.000 yuans.
O Sr. Sun Wenzhong reivindicou a responsabilidade por fazer os materiais do Falun Gong e foi detido no Centro de Detenção de Taikang sob a acusação de “minar a aplicação da lei com uma organização de culto”, o pretexto padrão usado para incriminar os praticantes do Falun Gong. Os outros três praticantes foram libertados sob fiança após pagarem uma fiança de 10.000 yuans cada.
Posteriormente, todos os praticantes apresentaram queixas à Procuradoria da Cidade de Daqing contra a violação dos procedimentos legais pela polícia ao prendê-los e saquear suas casas.
Ao voltar para casa, o Sr. Dai, um entregador, estava sob tremenda pressão com a mais nova rodada de perseguição financeira. Sua esposa morreu de uma doença um ano atrás, e ele ainda estava lutando para pagar a conta médica. Com a polícia confiscando seus únicos 5.000 yuans em dinheiro na poupança e seu filho pagando a fiança de 10.000 yuans, ele não sabia quando seria capaz de pagar todas as dívidas e isso o preocupava. Enquanto isso, a polícia o ameaçava para não denunciar a perseguição ao Minghui.org. A pressão mental afetou sua saúde e ele faleceu, aos 60 anos, no dia 11 de fevereiro de 2022.
Prisões e assédio antes dos Jogos Olímpicos de Inverno
Praticantes do Falun Gong presos nas Olimpíadas de Inverno, perto de Pequim
Semanas antes dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim em fevereiro de 2022, as autoridades da cidade de Zhangjiakou, província de Hebei, uma das três zonas que receberam os jogos de inverno, prenderam cinco praticantes locais do Falun Gong sob o pretexto de impedir que eles falassem sobre a prática durante os jogos.
Os cinco praticantes, do distrito de Chongli, onde estão localizadas as estações de esqui, foram presos nos dias 20 e 21 de janeiro de 2022. As autoridades alegaram que os deteriam até o dia 6 de fevereiro, dois dias após a abertura das Olimpíadas de Inverno.
Sob a diretriz de Zheng Jianguo, do Escritório de Segurança Interna do Distrito de Chongli, a polícia prendeu a Sra. Bai Mei na casa de sua filha às 21h do dia 20 de janeiro. Seu celular e outros pertences pessoais foram confiscados.
Na mesma hora, a polícia também invadiu a casa do irmão da Sra. Bai, Sr. Bai Tao, e confiscou seus livros do Falun Gong, uma foto do fundador da prática, uma caixa de som e uma tablet. Como o Sr. Bai não estava em casa quando a polícia chegou, eles voltaram no dia seguinte e o prenderam.
À meia noite do dia 21 de janeiro, a polícia prendeu mais três praticantes, a Sra. Kang Cuiqing, Diretora de Pediatria do Hospital Distrital de Chongli; a Sra. Qin Yulan, professora do Departamento de Educação de Chongli; e a Sra. Wei Jiansheng, professora da Escola Média nº 1 de Chongli.
As três praticantes foram mantidas na delegacia de polícia local e depois transferidas para a prisão da cidade de Zhangjiakou por 15 dias.
Além dos praticantes do Falun Gong, os residentes locais também enfrentam restrições extremas em sua vida cotidiana, como parte do esforço das autoridades para garantir um evento esportivo internacional de sucesso.
No dia 23 de janeiro de 2022, a Sra. Jiao Shuying foi presa por policiais que invadiram seu apartamento. No dia seguinte, ela foi levada para o Centro de Detenção de Mudanças. A residente do Distrito de Changping em Pequim é acusada por distribuir material informativo sobre o Falun Gong há um ano.
No início de 2021, a área residencial de Hongfuyuan, onde mora Jiao, foi fechada devido à política Zero-COVID. Quando as autoridades ordenaram testes de PCR em massa aos moradores locais, todos os moradores foram obrigados a enviar seus dados pessoais A polícia a localizou, através dos dados enviados por sua família. Mas, naquele momento, em vez de prendê-la, eles esperaram um ano e a prenderam semanas antes dos Jogos Olímpicos de Inverno serem realizados em Pequim.
A polícia invadiu o apartamento da Sra. Jiao e confiscou dois calendários e vários leitores de cartões. Antes de sua prisão, um oficial da Delegacia de Polícia de Pingxifu, alegando estar realizando um censo, confirmou que ela estava em casa. Sua mãe de 90 anos está sozinha agora, lutando para cuidar de si mesma.
Vigilância reforçada
Além das prisões, a maioria dos praticantes do Falun Gong em sete distritos centrais de Pequim, incluindo o Distrito de Haidian, o Distrito de Shijingshan, o Distrito de Chaoyang, o Distrito de Shunyi, o Distrito de Changping, o Distrito de Fangshan e o Distrito de Tongzhou, foram monitorados de perto pelas autoridades.
Em Chaoyang e Haidian, cada praticante local estava sob vigilância 24 horas por dia por quatro pessoas em dois turnos. Foi relatado que cada um dos "observadores comunitários" ganhava uma remuneração diária de 180 yuans em Chaoyang e 200 yuans em Haidian.
Vigilância semelhante também foi relatada em Xangai. No dia 28 de janeiro de 2022, o Sr. Qu Fei estava prestes a pegar um vôo para visitar seu irmão nos Estados Unidos, quando foi detido no aeroporto pelo oficial Huang Jia do Escritório de Segurança Interna. Ele agora está sob vigilância 24 horas por dia.
Idosos não são poupados
A Sra. Ji Yunzhi, de 66 anos, residente da cidade de Chifeng, Mongólia Interior, está em coma após semanas de greve de fome para protestar contra sua última prisão ocorrida no dia 1º de fevereiro de 2022, por ter praticado Falun Gong. Apesar de seu estado crítico, a polícia se recusou a libertá-la.
A Sra. Ji foi presa em casa por volta das 8 da manhã do dia 1º de fevereiro, dia do Ano Novo Chinês. A polícia invadiu a casa quando sua família saiu para levar o lixo para fora. Outra praticante, a Sra. Sun Zhifang, que por acaso estava fazendo uma visita a Ji, também foi presa. A polícia vasculhou a residência da Sra. Ji e confiscou 40 livros do Falun Gong e uma foto do fundador da prática.
Como a Sra. Ji se recusou a ir com a polícia, junto com a Sra. Sun, eles a levaram à força para o carro da polícia. Ambas foram levadas para o Centro de Detenção da Bandeira Esquerda do Bahrain. A Sra. Ji entrou em greve de fome para protestar contra a prisão e detenção arbitrárias.
No dia 11 de fevereiro, a família da Sra. Ji foi informada pela polícia para ir ao Hospital Bahrein Left Banner. Quando eles foram para lá, ficaram arrasados ao ver a Sra. Ji em coma. No entanto, a polícia ainda mantinha seus pés acorrentados à cama do hospital. O médico ordenou que assinassem um formulário reconhecendo a condição crítica da Sra. Ji.
A família da Sra. Ji solicitou que ela fosse libertada sob fiança no dia seguinte. A polícia levantou três condições antes de aprovar a liberação sob fiança. Não está claro quais foram as condições. A Sra. Ji ainda estava no hospital no momento em que escrevemos esse artigo.
Professora aposentada de 87 anos é interrogada por dez horas por falar a favor da sua crença
No dia 24 de dezembro de 2021, a Sra. Chen Shejie, uma ex-professora associada da Central South University, de 87 anos, foi presa em casa. Um grupo de oficiais à paisana, sem um mandado, invadiu e revistou cada quarto de sua casa na cidade de Changsha, província de Hunan. Seus livros, computador, impressora e pinturas nas paredes, com o tema do Falun Gong, foram confiscados.
A polícia levou a Sra. Chen para a Delegacia de Polícia de Yuelu para interrogatório. Ela refutou a difamação do Falun Gong e exigiu que eles produzissem documentos que fornecessem a base legal para a perseguição. Enquanto a polícia alegava que tinha os documentos, eles nunca lhe mostravam nada. Um policial a ameaçou: "Nós a prendemos uma vez em 2016". Agora você está fazendo novamente. Se você continuar fazendo isso (falando em nome do Falun Gong), vamos jogá-la na cadeia".
Antes de permitir que a Sra. Chen fosse para casa com sua família à uma da manhã, outro oficial ameaçou vigiá-la e disse a sua família: "Se ela continuar a falar com os outros sobre o Falun Gong, não a deixaremos ir tão facilmente".
Acupunturista aposentada de 76 anos de idade é presa e interrogada
No dia 5 de janeiro de 2022, quando a Sra. Nie Yulan, uma acupunturista aposentada de 76 anos da cidade de Zhengzhou, província de Henan, voltou para casa ao meio-dia, após comprar alguns pães cozidos a vapor, uma dúzia de oficiais a cercaram e invadiram sua casa.
Enquanto um oficial detinha a Sra. Nie em seu quarto, os demais confiscaram seu computador, os livros do Falun Gong, uma foto do fundador e outros materiais do Falun Gong. A polícia também forçou a Sra. Nie a abrir as gavetas trancadas, das quais eles roubaram 2.600 yuans em dinheiro, incluindo 2.000 yuans em cédulas impressas com uma pequena mensagem sobre o Falun Gong.
Devido à rigorosa censura de informação na China, muitos praticantes usam formas criativas para aumentar a conscientização sobre a perseguição, incluindo a impressão de informações em cédulas.
A polícia levou a Sra. Nie à Delegacia de Polícia de Dianchanglu. Eles alegaram que ela foi denunciada por tentar contratar um advogado para a Sra. Zhang Hui, que foi presa dias antes por praticar o Falun Gong. A Sra. Nie exigiu saber os nomes dos policiais. Eles se recusaram a responder, dizendo que ela submeteria seus nomes ao Minghui.org caso soubesse quem eles eram.
A Sra. Nie se recusou a responder as perguntas da polícia. Quando a polícia continuou a interrogá-la, ela começou a sentir um aperto em seu peito e dor de estômago. Primeiro suas mãos e pés ficaram frios e depois o corpo dela ficou gelado e com isso ela não conseguia parar de tremer. Ela também começou a ter dificuldade para respirar. A polícia chamou uma ambulância e o médico descobriu que seu ritmo cardíaco estava abaixo de 40 batimentos por minuto. Então, ela foi levada para o hospital para reanimação. Ela voltou para casa por volta das 23 horas.
Casal de idosos é preso por policiais que fingiam ser profissionais da saúde para vaciná-los
No dia 25 de dezembro de 2021, quatro pessoas bateram na casa da Sra. Tang Peilian na cidade de Changsha, província de Hunan, alegando ser da comunidade local e indo de porta em porta para aplicar vacinas contra a COVID-19.
Seu marido, o Sr. Huang Zhijie, abriu a porta. Sem dizer uma palavra, as quatro pessoas, com uma mulher de uniforme policial, entraram correndo para o seu quarto. A Sra. Tang, que estava imprimindo materiais informativos sobre o Falun Gong, imediatamente trancou seu armário onde guardava a impressora e o computador, apesar do esforço deles para impedi-la.
Ao se virar, a Sra. Tang, na casa dos 80 anos, exigiu que as quatro pessoas mostrassem suas identificações e mandado de busca. Enquanto se recusavam a mostrar suas identificações, um homem se apresentou como funcionário do comitê residencial, os outros dois homens disseram que eram do Departamento de Polícia do Distrito de Yueli, com os sobrenomes Zhang e Wang, respectivamente.
Ordenados por Wang, os outros três agentes revistaram a casa da Sra. Tang. Wang ordenou que a Sra. Tang entregasse a chave de seu armário. Quando ela se recusou a obedecer, Wang derrubou os quadros do Falun Gong pendurados em sua sala de estar. Todos os livros e materiais informativos do Falun Gong da Sra. Tang também foram saqueados.
A polícia alegou que, após o Sr. Huang ter sido filmado por uma câmera de vigilância distribuindo materiais informativos sobre o Falun Gong, o casal ficou visado. Assim os policiais os localizaram e encontraram seu endereço.
O casal de idosos foi levado para o Departamento de Polícia do Distrito de Yueli e interrogado em salas separadas. Eles foram soltos por volta das 20 horas.
Trancado no centro de lavagem cerebral e no hospital psiquiátrico
Residente de Shandong suspenso do trabalho é preso no centro de lavagem cerebral por um mês
Desde o segundo semestre de 2020, os praticantes do Falun Gong da fábrica de produção de óleo Gudao da Sinopec Shenli Oilfield na cidade de Dongying, província de Shandong, têm sido alvo da campanha "zerar".
A campanha de assédio "zerar" visa forçar todos os praticantes do Falun Gong, da lista negra do governo, a renunciarem à sua fé. Para esse fim, a polícia, os comitês residenciais de rua e os locais de trabalho dos praticantes visados foram todos mobilizados.
Na fábrica de produção de óleo de Gudao, o Comitê do Partido da empresa, o Escritório de Petição e o Sindicato dos Trabalhadores, juntos, organizaram reuniões com os praticantes, tanto funcionários atuais quanto os aposentados, em sua maioria com a presença da polícia. Durante as reuniões, os praticantes foram ameaçados com demissões, pagamento e dedução de bônus, ou obstáculos para seus filhos na busca de empregos ou promoções, caso se recusassem a renunciar à sua fé no Falun Gong. Alguns praticantes foram obrigados a entregar seus cartões de identificação.
No início de dezembro de 2020, um dos funcionários da empresa, o Sr. Li Bing, na casa dos 30 anos, foi levado pela primeira vez a uma sessão de lavagem cerebral no Hotel Jindao. Vários especialistas psicológicos foram contratados pelas autoridades para dar palestras de lavagem cerebral, com o objetivo de forçá-lo a desistir do Falun Gong.
No entanto, enquanto o Sr. Li foi liberado semanas depois, Liu Shuting, gerente da empresa, decidiu suspendê-lo de seu cargo no dia 1º de abril de 2021, sob a ordem da Agência 610 da empresa. O Sr. Li foi mantido em isolamento e recebeu ordem para copiar à mão a história do Partido Comunista Chinês, bem como escrever declarações para renunciar ao Falun Gong.
Como o Sr. Li se recusou a obedecer, as autoridades retiveram 2.500 yuans de seu salário mensal, deixando-o com apenas 500 yuans por mês. Com o rápido aumento dos preços, a perseguição financeira causou tremendas dificuldades à família do Sr. Li, especialmente porque ele precisava sustentar seus pais e filho. Ele apelou várias vezes ao gerente Liu. Liu alegou que a decisão veio da liderança da empresa, mas ele não conseguiu fornecer nenhum documento formal sobre o assunto, com uma desculpa de que era confidencial.
Semanas depois, Liu divulgou um aviso de que um funcionário seria privado de compensação de “pagamento por desempenho”, caso não pudesse gerar receita para a empresa. Ele usou isso como justificativa para suspender o pagamento do Sr. Li e ordenou que ele assinasse. O Sr. Li disse que não tinha objeções ao aviso, mas não é que ele não poderia trabalhar e gerar renda para a empresa, mas a própria empresa o suspendeu de seu emprego. Com isso, ele não deveria arcar com as consequências. Ele se recusou a assinar o aviso.
Para fazer justiça, o Sr. Li apelou junto ao sindicato dos trabalhadores da empresa e ao Escritório de Recursos Humanos e Previdência Social da Cidade de Dongying, acusando seu gerente de violar seu contrato de trabalho. Embora um funcionário tenha aceitado seu recurso, mais tarde, ele o devolveu, alegando ter recebido uma ligação do Comitê de Assuntos Políticos e Jurídicos local, que os pressionou a não aceitar o caso do Sr. Li.
Entre 16 e 17 de novembro, Wen Shuming, um funcionário da Agência 610 da fábrica de óleo Shengli, pressionou o Sr. Li e tentou forçá-lo a renunciar ao Falun Gong.
Depois que o Sr. Li expôs a perseguição de Wen no Minghui, os praticantes do Falun Gong no exterior chamaram Wen e o pressionaram para parar de participar da perseguição. No dia 2 de dezembro, Wen encontrou o Sr. Li e disse que ele estava muito irritado por receber essas ligações. Ele denunciou o Sr. Li à polícia, a qual o assediou no dia seguinte e ordenou que ele escrevesse uma carta de arrependimento.
Semanas depois, no final de dezembro, o Sr. Li foi preso e levado ao centro de lavagem cerebral de Jishu. Sua empresa providenciou que quatro funcionários se revezassem para monitorá-lo. Ele foi mantido lá por um mês e liberado por volta do dia 22 de janeiro de 2022.
A entrada da Escola de Treinamento Técnico da Companhia de Produção de Petróleo Jishu, onde estava localizado o centro de lavagem cerebral.
Centro de lavagem cerebral de Jishu.
Praticante saudável mantida no hospital psiquiátrico por 27 dias
A Sra. Wu Xiuying, uma cidadã de Pengzhou, residente da província de Sichuan, foi mantida em um hospital psiquiátrico por 27 dias, simplesmente por manter sua crença no Falun Gong.
No dia 5 de outubro de 2021, a Sra. Wu foi presa, em sua casa, pelos agentes de seu comitê local da aldeia, do governo da cidade e da polícia. Eles confiscaram seus livros sobre o Falun Gong e a forçaram a tirar as impressões digitais de um documento sobre seu caso.
Em seguida, a Sra. Wu foi detida no hospital psiquiátrico da cidade de Pengzhou por 27 dias. Ela foi forçada a tomar drogas psiquiátricas três vezes durante sua internação e ao resistir, ela foi espancada. Após sua libertação, as autoridades continuaram a assediá-la.
Praticante de Guangxi detida no centro de lavagem cerebral por praticar o Falun Gong
A Sra. Meng Liuli é natural da cidade de Baise, província de Guangxi, e atualmente reside na cidade de Nanning, na mesma província. Ela foi presa perto da meia-noite do dia 15 de dezembro de 2021 por um grupo de policiais que invadiram sua casa. No dia seguinte, sua família foi informada de que ela foi enviada ao Centro de Educação Jurídica Baise (centro de lavagem cerebral) para "educação superior".
Recentemente, vários praticantes do Falun Gong na província de Guangxi foram molestados por oficiais da Agência 610, por se recusarem a renunciar à sua fé. Quando os praticantes se recusaram, alguns foram presos no local e levados para o centro de lavagem cerebral, muitas vezes conhecido no exterior como "Centro de Educação Jurídica".
O Centro de Educação Jurídica Baise está localizado no Hotel Paibaiyun, que por muitos anos foi alugado, pela Agência 610, para perseguir os praticantes do Falun Gong. Muitos praticantes dos 12 condados e distritos de Baise foram detidos neste local e submetidos a lavagem cerebral e torturas. A Sra. Wang Zhen, funcionária da escola de medicina, morreu em 22 de setembro de 2016, após dez dias de detenção no centro de lavagem cerebral há dois meses. Ela tinha 47 anos.
Perseguição contínua
Praticante de Jilin é presa cinco meses após cumprir um ano e meio de detenção
No dia 14 de fevereiro de 2022, a Sra. Sun Yazhen, uma praticante de 62 anos de idade da cidade de Jilin, província de Jilin, foi presa um dia antes do Festival Lanterna, o último dia do feriado chinês do Ano Novo.
A última prisão da Sra. Sun ocorreu cinco meses após ser libertada de uma pena de um ano e meio de detenção por causa da sua crença no Falun Gong. Sua família está sem informações sobre sua situação atual, eles estão muito preocupados com ela.
Sra. Sun Yazhen.
Há quatro anos, em 3 de fevereiro de 2018, também perto do Festival Lanterna, a Sra. Sun foi presa por falar com as pessoas sobre o Falun Gong em um shopping center. Mais tarde, ela foi condenada a um ano e meio de prisão com três anos de liberdade condicional.
Embora ela tenha sido libertada, após sete meses de detenção, ao voltar para casa, ela foi colocada sob uma rígida vigilância e foi obrigada a comparecer ao comitê residencial todos os meses. Ela aproveitou essas oportunidades para falar com os membros da equipe sobre o Falun Gong. Depois de algumas vezes, ela foi condenada a ir lá todas as semanas.
Como a Sra. Sun permaneceu firme em sua crença, oito pessoas da Agência 610 local e do comitê residencial apareceram em sua casa em março de 2019. Eles filmaram sua casa e procuraram materiais do Falun Gong para usar como "evidência" para persegui-la. Para evitar o assédio, a Sra. Sun saiu de casa para morar com sua irmã.
As autoridades suspenderam a liberdade condicional da Sra. Sun e a levaram para a Prisão Feminina da Província de Jilin para terminar de cumprir seu mandato. Em novembro de 2021, um ano após ter sido libertada, os membros do comitê residencial continuaram ligando para sua família e perguntando sobre ela.
No dia 14 de fevereiro de 2022, mais uma vez, a Sra. Sun foi presa, enquanto visitava outro praticante, o Sr. Yue Nailiang. Ele foi preso no mesmo dia por ter colocado uma decoração de Ano Novo com informações sobre o Falun Gong na porta da casa de sua mãe. O Sr. Yue, irmão mais novo do Sr. Yue Nailiang, já estava cumprindo uma mandato de três anos devido a sua crença no Falun Gong e agora com a prisão de Nailiang, a mãe de 83 anos de idade sofreu um duro golpe com a prisão do filho.
Durante a busca por um emprego, um ex-professora é presa e novamente enfrenta a perseguição
Após ter cumprido cinco anos e cinco meses, por praticar o Falun Gong, a Sra. Liu Yurong, moradora da cidade de Jinzhou, província de Liaoning, novamente, por causa da sua fé, está enfrentando a perseguição.
Em setembro de 1997, a Sra. Liu, uma ex-professora de 60 anos da Escola do Ensino Médio da cidade de Cuiyan, começou a praticar o Falun Gong. Ela reconhece a prática por curar suas doenças nos rins, estômago e fígado.
Anteriormente, a Sra. Liu foi presa em 2008 e condenada a seis anos de prisão por manter a sua fé no Falun Gong. Por ter sofrido um derrame devido à tortura sob custódia, em 2013, foi libertada um ano antes do prazo. Ao voltar para casa, ela ficou devastada ao descobrir que havia sido demitida pelo Departamento de Educação da cidade de Linghai e seus 14 anos de serviço foram eliminados da aposentadoria e assim ela ficou sem receber dinheiro. Para se sustentar, ela trabalhava meio período cuidando de idosos.
No dia 27 de novembro de 2021, enquanto visitava a Sra Kang, uma outra praticante perto dos 70 anos de idade, para pedir ajuda para encontrar um emprego, a Sra Liu foi presa pela polícia. Naquela noite, ela foi colocada em detenção criminal e levada para o Centro de Detenção Feminina da cidade de Jinzhou.
Sua família compareceu à Delegacia de Beijiao para pedir sua libertação, mas não obteve sucesso. Oficiais do Escritório de Segurança Doméstica do Distrito de Taihe, rapidamente, submeteram seu caso à Procuradoria da Cidade de Linghai, a qual aprovou sua prisão logo em seguida.
Com o objetivo de incriminar a Sra. Liu, Liu Changjie e Li Lei, ambos do Escritório de Segurança Interna tentaram forçá-la a se declarar culpada e admitir que tinha ido à casa da Sra. Kang para entregar materiais do Falun Gong, ao invés de procurar por um emprego. A Sra. Liu se recusou a obedecer.
Sem provas suficientes, o promotor acusou a Sra. Liu de "tentativa de cometer um crime".
Uma vez que a Sra. Liu ainda estava se recuperando dos danos físicos causados pela tortura em sua última prisão, sua família está muito preocupada com a possibilidade da recaída do seu estado de saúde devido às más condições de vida e possíveis abusos que ela poderia enfrentar após sua última prisão.
Grandes quantidades de dinheiro confiscado em invasões policiais
Mais de 10.000 yuans e joias caras são tirados de uma mulher de Shandong.
No dia 30 de dezembro de 2021, a Sra. Liu Binghuan, da cidade de Jinan, província de Shandong, foi presa assim que deixou o prédio do seu apartamento. A polícia alegou que a monitoravam há mais de seis meses e sabiam que, frequentemente, ela saía para distribuir materiais e falar com as pessoas sobre o Falun Gong. A polícia afirmou que eles grampearam seu celular e gravavam vídeos sobre ela. Um policial falou que, muitas vezes, permaneceu do lado de fora do prédio e quando ela saía na sua bicicleta elétrica, ele a seguia.
A polícia pegou as chaves da Sra. Liu e confiscou os livros e a foto do fundador do Falun Gong, broches do Falun, os 10.100 yuans de seu irmão mais novo, quatro celulares, três iPads, assim como seu passaporte e joias caras.
Na delegacia, um policial espancou a Sra. Liu. Ela perguntou o nome dele, mas ele se recusou a responder. Ele puxou suas orelhas com tanta força que a pele atrás delas, ficou arranhada. Ele também a esbofeteou e apertou seu pescoço. Ele não a soltou até que ela estivesse quase morta.
A polícia também manteve a Sra. Liu algemada nas costas por um longo tempo e cobriu sua cabeça com um saco plástico preto. Só após seu forte protesto é que a polícia retirou o saco.
Durante as três rodadas de interrogatório, a Sra. Liu não teve permissão para dormir por um dia inteiro. Além de questionar com quais praticantes ela teve contato, a polícia também perguntou quantas pessoas havia em sua família e quanto era o saldo de sua conta bancária. Seu irmão, Sr. Liu Binglei, também foi preso, espancado e interrogado.
A Sra. Liu foi liberada na noite seguinte depois que ela foi diagnosticada com pressão alta e batimentos cardíacos acelerados. Ela exigiu que a polícia devolvesse seus pertences pessoais, mas eles só devolveram 500 yuans. Desde então, ela tem vivido longe de casa para evitar mais perseguições.
Além da sua última prisão, entre os anos de 2008 e 2009, a Sra. Liu cumpriu um ano de trabalho forçado. Sua mãe, Li Sufang, que também praticava o Falun Gong, em 2017, foi condenada a cinco anos de prisão por falar com as pessoas sobre a prática. Devido a tortura mental e física, sua mãe passou a ter pressão alta e acabou falecendo no final de 2019.
Cartão de débito de 200.000 yuans roubado
No dia 20 de novembro de 2021, um dia após ter sido presa por praticar o Falun Gong, a Sra. Li Ping, da cidade de Jiujiang, província de Jiangxi, teve sua casa saqueada pela polícia, a qual em posse das chaves da Sra Li, entrou em sua casa e saqueou o local, enquanto não havia ninguém na residência.
A polícia, sem fornecer um mandato de apreensão, confiscou o computador da Sra. Li, mais de 10.000 yuans em dinheiro e um cartão de débito com 200.000 yuans poupados. Eles também ameaçaram sua família para que não denunciasse a invasão, ou a Sra. Li enfrentaria uma pena de prisão mais severa.
Na delegacia, a Sra. Li foi forçada a usar algemas e tornozeleiras. Ela foi proibida de usar o banheiro e não pôde dormir. Pressionada pela polícia e preocupada com o filho ainda está no ensino fundamental, ela foi obrigada a assinar, contra sua vontade, a “confissão” preparada pela polícia. Os oficiais que cuidaram de seu caso se recusaram a revelar seus nomes.
Mais tarde, a mãe da Sra. Li contratou um advogado para defendê-la. Assim que a polícia descobriu, eles intimidaram seu irmão mais novo e seu marido. A polícia também questionou seu marido sobre outros praticantes do Falun Gong com quem ela teve contato, alegando que, contanto que ele denunciasse outros praticantes, ela seria libertada.
150.000 yuans em dinheiro são confiscados em uma invasão domiciliar
No dia 13 de fevereiro de 2022, Liu Yuhua de 69 anos, e Yu Guilan de 73 anos, ambas residentes da cidade de Tonghua, província de Jilin, foram presas enquanto conversavam com as pessoas na rua sobre o Falun Gong. A polícia pegou suas chaves e saqueou suas casas. Um total de 150.000 yuans em dinheiro foi levado da casa da Sra. Liu, assim como alguns milhares de yuans guardados em um lugar separado. Seu computador, impressora e outros pertences pessoais também foram confiscados.
Outro grupo de oficiais que saqueou a casa da Sra. Yu também levou dezenas de milhares de yuans em dinheiro.
As duas mulheres foram libertadas na noite de 14 de fevereiro de 2022, após terem sido rejeitadas pelo Centro de Detenção de Tonghua devido às suas condições físicas.
Mais casos de assédio
Quatro membros de uma família são assediados por compartilhar sua fé
Em 2021, quatro membros de uma família da cidade de Pengzhou, província de Sichuan, foram assediados várias vezes por causa da fé no Falun Gong. Durante o último assédio, realizado no dia 7 de dezembro de 2021, eles foram forçados, pela polícia, a fazerem declarações com suas impressões digitais renunciando a prática.
Nas primeiras horas do dia 7 de dezembro de 2021, uma dúzia de policiais e secretários da aldeia chegaram à casa da Sra. Li Yongxian na vila de Xijing.
Depois que a Sra. Li abriu a porta, a polícia vasculhou todos os cantos de sua casa, inclusive dentro de seus sapatos, entre as camadas de sua roupa de cama e dentro de seus armários. Quando a Sra. Li foi empurrada para dentro do carro da polícia, ela ficou surpresa ao ver seu irmão mais novo Sr. Li Yonggang e sua esposa Sra. Wang Xiaoping.
A irmã mais nova da Sra. Li, a Sra. Hu Guofen, que morava ao lado, acordou com o latido de seus cães e dos vizinhos. Ela abriu a porta para ver o que estava acontecendo, apenas para encontrar os policiais que estavam do lado de fora de sua casa.
O oficial Liu Yong se aproximou e ordenou que a Sra. Hu entregasse seus materiais do Falun Gong. Ele ameaçou revistar sua casa caso ela não o obedecesse. A Sra. Hu se recusou a obedecer e a polícia invadiu sua casa. Enquanto vasculhavam, de repente, a luz do quarto dela se apagou e a polícia decidiu parar.
Quando a polícia tentou prender a Sra. Hu, sua filha chorou e implorou que não a levassem embora. Mas a polícia insistiu em prendê-la.
A Sra. Hu, seus dois irmãos e sua cunhada foram levados para o escritório do vilarejo. Eles foram mantidos em salas separadas e interrogados. Quando eles se recusaram a assinar as declarações de renúncia ao Falun Gong, eles foram forçados, pela polícia, a colocarem suas impressões digitais nos documentos. Nenhum dos policiais mostrou suas identificações durante todo o processo.
A Sra. Hu disse que tentou esclarecer a verdade sobre o Falun Gong à polícia. Eles ouviram e não discutiram com ela. Mesmo assim, um oficial ordenou que ela assinasse três documentos e permitiu que ela desse apenas uma olhada nos títulos. A primeira era uma declaração onde ela prometia nunca mais praticar o Falun Gong. A segunda era uma renúncia ao Falun Gong, admitindo seu erro ao praticá-lo. Antes que ela pudesse ler o título do terceiro, a polícia já os tinha levado. A Sra. Hu se recusou a assinar os documentos, mas Liu ordenou que os policiais a obrigassem a colocar a impressão digital neles.
Polícia chinesa não desiste de pressionar uma idosa para renunciar a sua fé no Falun Gong
Em novembro de 2018, depois que a Sra. Xin Chunting se mudou para o Distrito de Longting na cidade de Kaifeng, Província de Henan, ela tem sido constantemente assediada por Zhao Penghui, o chefe adjunto da Delegacia de Polícia do Município de Beijiao.
No dia 16 de dezembro de 2020, após uma prisão, a polícia roubou suas chaves e instalou secretamente dispositivos de escuta em sua scooter elétrica e em seu triciclo. Desde então, ao chegar em casa, frequentemente, ela sentia que algo estava errado. Alguma coisa não estava funcionando ou estava no lugar errado.
Temendo por sua segurança, ela gastou centenas de yuans para trocar para fechaduras de impressões digitais, a fim de evitar que a polícia entrasse novamente.
Ao retornar para casa às 16h do dia 27 de dezembro de 2021, a Sra. Xin encontrou sua porta aberta e a fechadura quebrada. Faltava uma bolsa e o novo quadro de distribuição estava quebrado. Alguns de seus livros do Falun Gong tinham desaparecido, mas apareceram alguns dias depois.
Ela pediu ao gerente da propriedade para lhe mostrar o vídeo de vigilância daquele dia, mas foi informada que a gravação parou por volta das 15h10. Ela suspeitava que Zhao havia ordenado ao gerente da propriedade que apagasse o vídeo dele entrando em sua casa. Mais tarde, ela descobriu que, para monitorá-la, Zhao grampeou seu quarto e fez com que os vídeos de vigilância de sua comunidade fossem transmitidos para o dispositivo dele.
Ela escreveu cartas para os departamentos de polícia locais, escritórios de apelação, procuradoria e tribunais, explicando por que praticar o Falun Gong era legal. Zhao ligou para ela em 12 de janeiro de 2022 e a acusou de propagar a liberdade de crença. Ela disse a ele que a única coisa que era ilegal aqui era ele grampear e invadir sua casa.
Seis dias depois, Zhao e três homens da procuradoria local vieram interrogá-la na manhã de 18 de janeiro. Eles foram à casa de sua filha para intimidar sua família e sogros na tentativa de pressioná-la a desistir de sua fé. Sua família estava preocupada e não podia passar o feriado do Ano Novo Chinês em paz.
Polícia continua a assediar idosa depois que o promotor arquiva seu caso por praticar o Falun Gong
Uma promotora no condado de Ju, província de Shandong, arquivou o processo contra a Sra. Sun Shifen, residente local, por praticar o Falun Gong, mas a polícia continuou a perseguir a idosa, a qual está na casa dos 70 anos.
Em junho de 2019, a provação da Sra Sun começou após ter sido identificada pela polícia, por colocar dois adesivos com as frases, “Falun Dafa é bom. Verdade, Compaixão e Tolerância, são boas”, em postes públicos. Na manhã do dia 18 de junho de 2019, pela primeira vez, ela foi assediada por um grupo de policiais em sua casa. Assim que os policiais partiram, ela procurou abrigo na casa do seu genro em uma aldeia próxima, mesmo assim ela começou a ser seguida pela polícia.
Três policiais saquearam a casa da Sra. Sun na manhã seguinte e levaram seus materiais relacionados ao Falun Gong, incluindo revistas, calendários e pôsteres. A Sra. Sun foi levada à Delegacia de Polícia de Guozhuang, forçada a tirar as impressões digitais de alguns documentos do caso e recebeu dez dias de detenção administrativa. Devido à sua idade avançada, a detenção não foi cumprida.
Novamente, a polícia invadiu a casa da Sra. Sun no dia 4 de novembro de 2020 e confiscou seus livros do Falun Gong, um cartão de memória de computador com os ensinamentos da prática e oito pôsteres. Após um dia, a polícia voltou e a obrigou a tirar as impressões digitais de mais documentos. No dia 10 de novembro ele retornaram e a questionaram sobre onde ela conseguia os materiais informativos sobre o Falun Gong. Sua filha mais velha foi levada para a Delegacia de Polícia de Guozhuang no mesmo dia e ameaçada com multas monetárias. Em 11 de novembro, a polícia emitiu um aviso para colocar a Sra. Sun sob fiança.
No dia 7 de janeiro de 2021, a Procuradoria do Condado de Wulian devolveu o caso da Sra. Sun à polícia, alegando evidências insuficientes. Em junho de 2021, o promotor decidiu arquivar seu caso e, também, suspendeu sua condição de fiança.
A polícia, no entanto, não desistiu de atacar a Sra. Sun. Eles a assediaram novamente em 27 de setembro e removeram a decoração em sua casa que dizia “Falun Dafa é bom. Verdade, Compaixão, Tolerância são bons valores.” Eles também tentaram tirar seu aparelho para tocar a músicas dos exercícios do Falun Gong.
No dia 13 de outubro de 2021, mais uma vez, outro grupo de oficiais assediou a Sra. Sun e tentou forçá-la a escrever uma declaração para renunciar ao Falun Gong.
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