(Minghui.org) Por causa da sua constante violência contra os estandes do Falun Gong em Flushing, Nova York, Buqiu Zheng foi recentemente preso pela polícia e acusado de dois crimes da Classe E: vandalismo e de incitação ao ódio.

No dia 15 de fevereiro, a polícia prendeu Buqiu Zheng por atacar violentamente os estandes do Falun Gong em Flushing, Nova York.

O praticante, Guo Jinfu, que era voluntário nos estandes, testemunhou na 109ª Delegacia do Departamento de Polícia de Nova York (NYPD) que Zheng, de 32 anos, havia danificado cartazes, faixas e outros materiais em três estandes do Falun Gong, localizados no Golden Shopping Mall, biblioteca Flushing e uma estação de metrô, respectivamente. Além de xingar os praticantes, Zheng, também deu um soco no peito de Guo.

Estes violentos eventos trouxeram sérias preocupações aos advogados e defensores dos direitos humanos. Numerosas evidências mostram que os atos violentos são parte da supressão sistemática do Falun Gong pelo Partido Comunista Chinês (PCC).

David Matas: crimes de ódio decorrem da incitação ao ódio do PCC

David Matas, advogado de direitos humanos do Canadá, disse em uma entrevista recente que incitar o ódio é um crime desencadeado pelo mesmo. Ele ressaltou que, embora os crimes de ódio contra os praticantes do Falun Gong que aconteceram fora da China tenham sido geralmente cometidos por indivíduos, o PCC, em primeiro lugar, incitou o ódio o que resultou nos crimes. Como tal, o PCC deve ser responsabilizado por isso.

O advogado canadense dos direitos humanos David Matas disse que o PCC incitou ao ódio contra o Falun Gong na China, o que é o mesmo que incitar ao genocídio.

A Convenção sobre Prevenção e Punição do Crime de Genocídio (CPPCG), também conhecida como Convenção de Genocídio, é um tratado internacional adotado pela Assembleia Geral da ONU em 1948. Ela proíbe o incitamento ao cometimento de genocídio, explicou Matas. Incitar o genocídio é uma forma extrema de incitar o ódio. A China é um Estado Parte da Convenção sobre o Genocídio. A incitação do PCC ao ódio contra o Falun Gong é tão extrema que equivale a incitar o genocídio.

Além disso, o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos é um tratado adotado pela Assembleia Geral da ONU em 1966. O artigo 20 do tratado especifica que "Qualquer defesa do ódio nacional, racial ou religioso que constitua incitamento à discriminação, hostilidade ou violência será proibida por lei". A partir de 2019, este tratado conta com 173 Estados partes, mais seis signatários sem ratificação, incluindo a China.

No dia 15 de fevereiro, a polícia de Nova York e a Procuradoria Distrital de Queens acusaram Zheng de dois crimes de Classe E: Criminal Mischief in the Fourth Degree e crime de ódio. No dia 16 de fevereiro, após uma audiência no Tribunal Criminal de Queens, ele foi libertado por seu próprio reconhecimento, estando a próxima audiência marcada para 30 de março. O juiz também emitiu uma ordem de proteção para os dois praticantes do Falun Gong relacionados a este caso.

No dia 17 de fevereiro, o praticante do Falun Gong voluntário Guo Jinfu foi à 109ª Delegacia de Polícia de Nova York para apresentar mais detalhes sobre o caso. Ele disse que Zheng o havia espancado quando atacou o estande do Falun Gong em frente ao Golden Shopping Mall no dia 10 de fevereiro. Com esta nova informação, um novo caso foi aberto na Delegacia de Polícia de Nova York e o departamento de crimes de ódio começou a investiga-lo.

Especialista pede uma "investigação minuciosa e a transmissão de qualquer ligação entre o PCC e os criminosos em Nova York"

Atos de tortura, em geral, revelam uma atitude e abordagem global consistente do estado chinês em relação aos praticantes do Falun Gong, que é sistemática por natureza e projetada para punir, condenar, humilhar, desumanizar, rebaixar e demonizar os praticantes do Falun Gong a renunciar e abandonar sua prática", escreveu o Dr. Anders Corr, um especialista em política internacional, em um artigo intitulado: " Os EUA devem ser mais duros com os ataques da China contra o Falun Gong".

De acordo com a liberdade de expressão e religião dos Estados Unidos, devemos fazer mais para proteger os praticantes perseguidos do Falun Gong, que estão trabalhando para salvar os Estados Unidos das ambições hegemônicas e totalitárias do PCC. Isso deve começar com uma investigação minuciosa e uma divulgação de quaisquer ligações entre o PCC e os criminosos em Nova Iorque", escreveu Anders, no dia 18 de fevereiro de 2022, em um artigo com o título de: “Bandido acusado de crime de ódio contra o Falun Gong supostamente ligado a Pequim.”

Wong Man-yee, conselheira da cidade de Flushing, disse numa entrevista em 25 de fevereiro que tal incidente não deveria ter acontecido. É necessário mais esforço para proteger a comunidade. Como conselheira, ela considera isso uma questão importante.

Yi Rong da Associação do Falun Dafa de Nova Iorque agradeceu à polícia por sua pronta ação que resultou na apreensão bem sucedida do suspeito. "Esta é uma grande ajuda para proteger a segurança da nossa comunidade e salvaguardar a liberdade de crença". Isto proporcionará um ambiente seguro para os voluntários e o resto dos residentes locais", ela explicou, "Nós, nos estandes do Falun Gong, continuaremos contribuindo para uma comunidade melhor".

Agente pró-PCC presente durante o ataque

Xu Weiguo é uma praticante voluntária do Falun Gong que no dia 10 de fevereiro, quando ocorreu o ataque, trabalhava no estande do Falun Gong. Ela não conhecia o suspeito e anteriormente não havia conflitos entre eles. Mas Zheng parecia estar preparada. Curiosamente, outra agente do PCC, Li Huahong, também apareceu.

De acordo com relatos da mídia, desde 2008, Li participou de inúmeras atividades difamando o Falun Gong. Ela também, repetidamente, atacou violentamente os praticantes do Falun Gong. Por causa disso, ela já havia sido presa pela polícia inúmeras vezes.

Li Huahong (segundo a partir da esquerda, usando um boné branco), foi presa pela polícia por assediar as atividades do Falun Gong no dia 13 de maio de 2016 (Foto do Epoch Times).

De acordo com informações de domínio público, Li é a presidente da Aliança Mundial Anti-Culto da China. De fato, a Aliança é controlada diretamente pelo PCC. De acordo com um artigo do New York Post, Zhu Yibiao, oficial do Comitê de Assuntos Jurídicos e Políticos do PCC, foi especificamente a Nova York e deu a Li um “Prêmio por Ousar Lutar”.

No dia 26 de agosto de 2011, quando Li puxou as roupas de uma praticante do Falun Gong na rua, a pedestre Cheng Changhe tentou impedi-la, mas foi atacada por mais de 20 pessoas as quais estavam com Li. Cheng então chamou a polícia e Li foi presa. Após 17 audiências, em 8 de janeiro de 2013, ela foi condenada pelo Tribunal Criminal de Queens.

Não é um incidente isolado

Li Xun, da Associação do Falun Dafa no Canadá, disse que o crime de ódio instigado pelo PCC em Nova Iorque foi apenas um dos vários casos que os praticantes do Falun Gong vivenciaram até agora. Casos similares também aconteceram no Canadá.

Junto com a Coalizão Canadense sobre Direitos Humanos na China, a Anistia Internacional Canadá publicou um relatório em março de 2020 intitulado "Assédio e Intimidação de Indivíduos no Canadá que trabalham com as Preocupações de Direitos Humanos Relacionadas à China".

"Os praticantes do Falun Gong continuam a enfrentar incidentes de assédio nas principais cidades canadenses durante os últimos três anos. Em agosto de 2017, dois homens interromperam a manifestação dos praticantes em frente ao Consulado chinês em Calgary, rasgando sua bandeira de eventos e xingando-os", cita o relatório, "Testemunhas afirmaram que, após o confronto ter diminuído, dois indivíduos saíram do consulado chinês para conversar com um dos detratores, levantando a suspeita de que eles tinham instruído a interrupção da manifestação".

Jeff Yang, coordenador dos praticantes em Calgary, também descreveu repetidos assédios e insultos nos últimos anos contra eles, por um homem de origem chinesa.

De acordo com o relatório, houve uma série de incidentes em Ottawa, Calgary e Winnipeg envolvendo ameaças, intimidação e assédio aos praticantes do Falun Gong, bem como falsa correspondência, uma marca registrada do governo chinês, supostamente enviada em nome dos praticantes, numa tentativa de desacreditá-los.

Também ocorreram ataques em Hong Kong. De acordo com o Epoch Times, pelo menos seis estandes do Falun Gong foram atacados, mais de dez vezes no total, por agentes pró-PCC entre 2 e 9 de abril de 2021.

Por exemplo, no espaço de dois dias, quatro homens mascarados com facas danificaram cinco estandes do Falun Gong num total de sete vezes. Entre eles estavam os estandes de Mong Kok, Wong Tai Sin, Wan Chai, e Hung Hom. Além disso, dois estandes em Mong Kok foram danificados durante dois dias consecutivos. Um grande número de cartazes e banners foram destruídos. Em particular, um praticante idoso da Soy Street em Mong Kok foi jogado no chão pelos agentes do PCC. Tanto os transeuntes quanto os praticantes tiraram fotos do local.

Por volta das 16 horas do dia 24 de setembro de 2019, a praticante do Falun Gong, Sra. Liao Qiulan, foi atacada por dois mafiosos no bairro Lai Chi Kok, em Hong Kong. Após ter sido atingida inúmeras vezes com bastões, a cabeça da Sra. Liao sangrava intensamente. O incidente foi relatado à polícia.

A praticante do Falun Gong Liao Qiulan foi atacada por agentes do PCC em 24 de setembro de 2019.

No dia 26 de janeiro, o Tribunal de Kowloon Ocidental em Hong Kong anunciou um veredicto por um crime cometido em 2019, quando um praticante do Falun Gong foi brutalmente espancado por dois homens em um ataque organizado. Ke Yanzhan foi condenado a dois anos e nove meses de prisão por atuar como vigia. Os dois assaltantes continuam foragidos.

Revisão Nacional: Genocídio pelo PCC

"Os legisladores americanos devem condenar claramente esta perseguição contra o Falun Gong e declará-la um genocídio", escreveu Nina Shea, diretora do Centro para Liberdade Religiosa do Instituto Hudson, em um artigo intitulado "O PCC faz um segundo genocídio - contra o Falun Gong" publicado na Revisão nacional no dia 4 de fevereiro de 2022.

Este genocídio "é sinalizado por vários relatórios rigorosos estabelecendo que um grande número de seus praticantes detidos, foi sujeito à força a procedimentos médicos que inevitavelmente os mataram", ela explicou. Esses relatórios indicavam que depois de declarar a intenção do governo de eliminar o Falun Gong 20 anos atrás, o Partido Comunista Chinês (PCC) "tem como alvo os detentos do Falun Gong para a extração forçada de seus órgãos, além da prisão em massa, desaparecimento e tortura".

"Isto significa que as vítimas são mortas enquanto ou pouco antes de seus corações, fígados, pulmões e rins são cirurgicamente extraídos para serem vendidos no que Pequim se orgulha de ser o maior mercado mundial de transplante de órgãos", continuou Shea.

Ela acrescentou que novas descobertas críticas de especialistas das Nações Unidas fortaleceram os argumentos a favor do genocídio.

“Os formuladores de políticas americanos mostram uma nova disposição em reconhecer a repressão do PCC. Eles devem condenar claramente essa perseguição contra o Falun Gong e declará-la um genocídio”, concluiu.