(Minghui.org) [Ouça esta experiência]
Muitos praticantes do Falun Gong relataram como suas vidas mudaram para melhor ao praticarem o Falun Gong. Eles relataram quando foram presos por causa de sua fé, e como foram capazes de conscientizar os presos, bem como alguns guardas nas prisões e nos centros de detenção. Eles esclarecem a verdade para despertar as consciências das pessoas e evitar que elas prejudiquem os praticantes. Uma dessas praticantes compartilha sua história, que segue abaixo.
Validando o Falun Dafa em um campo de trabalho forçado
Em 2 de agosto de 2000, mais de 80 praticantes de nosso condado foram ao Gabinete Estadual de Apelos e Petições, para pedir para restabelecer a inocência do Falun Dafa e do Mestre do Falun Dafa, bem como a liberdade incondicional de todos os praticantes detidos.
Posteriormente, a Divisão de Segurança Interna pediu a uma praticante que me identificasse numa fotografia tirada no local. Utilizaram a fotografia como prova de que eu havia organizado a petição. Em 7 de agosto de 2000, fui presa e detida em um centro de detenção onde fui interrogada juntamente pela Equipe de Investigação Criminal e pela Divisão de Segurança Interna. Quatro grupos de pessoas se revezavam para me interrogar durante a noite. Impediram-me de sentar, sentia que meus pés estavam tão inchados que não conseguia usar sapatos. Eles queriam que eu delatasse outras pessoas que discutiram o assunto na minha casa.
No dia seguinte, depois das 8 horas, o diretor do departamento de polícia veio perguntar se eu havia dito alguma coisa. A polícia de plantão disse: "Nem uma palavra". O diretor ficou tão furioso que me bateu algumas vezes. Depois, em 17 de agosto de 2000, fui levada para um campo de trabalho forçado, onde fiquei detida durante três anos.
O Mestre disse:
“O cultivo é difícil. É difícil porque, quando algo terrível sobrevém, quando o mal persegue loucamente e quando sua vida está em jogo, você tem que continuar firmemente em seu caminho de cultivo e sem permitir que nada na sociedade humana interfira com os passos que você deve dar em seu caminho de cultivo.” ("Caminho", Essenciais Para Avanço Adicional II)
Depois de chegar ao campo de trabalho forçado, não me esqueci que era praticante do Dafa e quis provar a bondade do Falun Dafa em várias ocasiões.
Validando o Fa durante uma celebração
Na véspera do aniversário do líder comunista, em 2001, o campo de trabalho preparou uma celebração. Alguns praticantes acreditavam que essa seria uma oportunidade para validar o Fa, através de uma faixa. Quando chegamos à celebração, recitamos o Fa em nossos corações. Enquanto os presos se concentravam em ouvir o orador, uma faixa com "Falun Dafa é bom" foi repentinamente mostrada, o que surpreendeu os guardas e presos. Cerca de 10 minutos depois, eles perceberam o que aconteceu. Tentaram agarrar a faixa.
Segurei uma ponta dela e me recusei a soltá-la. Nesse momento, os sons de "Falun Dafa é bom", dos guardas espancando as praticantes e xingamentos das prisioneiras tornou-se um caos. Superficialmente, parecia caótico, mas na realidade, o Mestre estava nos protegendo. Uma líder de equipe das presas estava ao meu lado. Ela estava desesperadamente tentando me bater. Um chefe de equipe, dos guardas, agarrou seus cabelos, a jogou no chão e começou a chutá-la várias vezes. Depois ela caiu em si e gritou para o chefe dos guardas: "Pare de me chutar, pare de me chutar! Eu sou uma das suas!". Foi o fim da celebração.
Quando se forma um só corpo, o mal perece
A maior prioridade para o campo de trabalho forçado era impedir que os praticantes formassem um só corpo. Cheguei ao campo de trabalho forçado com outras nove praticantes de várias áreas. Fomos designadas para celas diferentes, nos separando das outras praticantes de lá. Compartilhei com outras praticantes da cela que precisávamos iniciar uma greve de fome para protestar contra isso. A líder de equipe me chamou ao seu escritório para saber porque organizei uma greve de fome. Não fiquei comovida com o seu olhar feroz.
Disse para ela: "Esse não é o lugar onde deveríamos ficar! Queremos estar com as praticantes". Ela disse que não é permitido falar com ninguém naquele local.
"Isso não está na Constituição", eu disse e prossegui: "A Constituição garante aos cidadãos a liberdade de crença. Nós somos boas pessoas, mas estamos aqui trancadas!".
Ela me levou de volta para a cela e disse que eu teria permissão para ficar com as outras no dia seguinte.
Onde quer que eu fosse, uma presa me seguia. Então disse a ela: “Eu não sou má pessoa, então não continue a me seguir. Caso contrário, eu grito: ‘Falun Dafa é bom!’". Assim, ela parou de me seguir.
Fui convidada para fazer alguns pequenos trabalhos, portanto achei que era uma coisa boa, pois permitia ver outras praticantes. No entanto, logo chegou o Ano Novo e ficamos entristecidas, pois nosso Mestre (o fundador do Falun Dafa) continuava sofrendo essa injustiça, pois muitos praticantes continuavam a ser perseguidos. Portanto, não tínhamos apetite.
Às 5h da manhã, as praticantes das 12 celas começaram a memorizar os artigos do Mestre. A líder de equipe de cada cela só podia ficar do lado de fora, e não se atrevia a entrar na cela, porque as praticantes da cela recitavam o Fa. Também não se atreviam a abrir a porta, porque falávamos: "Falun Dafa é bom", e saíamos da cela. As prisioneiras regulares ficavam animadas e escutavam silenciosamente, porém, mais tarde, elas recitavam o Fa conosco. Vários dias se passaram, mas sempre que começávamos a recitar o Fa, o alto-falante da cela emitia um som ensurdecedor. Mas, isso não nos incomodava nem um pouco.
Certa manhã, a líder de equipe nos levou ao grande refeitório. Assim que entramos, imediatamente formamos um grande círculo de mãos dadas e começamos a recitar os artigos do Mestre novamente. A voz de mais de 100 pessoas, das 12 celas, sacudiu o céu e a terra. A chefe da equipe de plantão chamou o diretor do campo de trabalho. O diretor entrou, olhou em volta e disse: "Não as incomodem, quem as tocar estará em apuros!" Percebemos que os fatores malignos foram eliminados assim que formamos um só corpo para validar o Fa.
O Mestre abriu minhas algemas
Estava na cela 12, portanto nossa turma estava de frente para a entrada. Assim que os guardas retiraram uma praticante de sua cela, a nossa cela gritava: "Espancameto não é permitido!”
Na primavera de 2001, certo dia, vimos muitas praticantes serem retiradas de suas celas. Gritamos muito, porém não funcionaram dessa vez. Tentei muito dobrar as barras de ferro das janelas, por três vezes! As barras foram dobradas com a ajuda do Mestre. Então, disse: "Vamos sair e detê-los!"
Nesse momento, os líderes de equipes vieram para minha cela. Eles estavam arrastando as praticantes para fora, portanto, todas nós sabíamos que quem fosse retirada seria perseguida. Os guardas tentaram retirar as praticantes e nós tentavámos impedi-los. Durante esse processo, o vidro da porta estilhaçou e cortou a mão de um líder de equipe.
Ele me arrastou e me levou para fora em direção à grande horta. No caminho, vi dois guardas arrastando os pés de uma praticante pelo chão, sendo que suas roupas estavam rasgadas. Gritei: "Onde estão seus pés, colega praticante? Por que deixa os outros arrastarem você desse jeito?" O guarda soltou suas mãos e a praticante levantou-se.
Então, disse solenemente ao líder da equipe: "Nós deixamos nossas famílias para que vocês saibam que o ‘Falun Dafa é bom’, e para que vocês permaneçam vivos no futuro. Mas, vocês continuam cometendo más ações sem ouvirem os nossos conselhos. O que vocês fazem ficará registrado na história do universo!"
O líder de equipe não conseguiu dizer uma palavra, mas me deu dois tapas, e depois me algemou a um caquizeiro. No entanto, outro chefe de equipe, cujo dedo estava quebrado, não conseguia descarregar sua raiva, portanto ele resolveu algemar minhas mãos atrás das minhas costas, para que eu tivesse que me ajoelhar.
Entre as conversas dos guardas, aprendi que toda árvore de caqui era usada para algemar praticantes. Em lágrimas, disse: "Que pecados que todos vocês cometem!" Quando o diretor do campo de trabalho se aproximou, o líder de equipe com o dedo quebrado disse: "Ela está chorando por nós!" O diretor disse: "Levem-na de volta!". Antes que o guarda pudesse abrir minhas algemas, elas se abriram sozinhas com um clique. Entreguei as algemas aos guardas, que ficaram surpresos, assim como todos. Um deles disse: "Seu Mestre abriu para você?". Respondi: "Sim".
Desintegrar a aula de transformação
O Campo de Trabalhos Forçados de Goyang era bem conhecido nacionalmente por perseguir praticantes, pois muitos praticantes, que eram firmes ao Dafa, foram forçados a desistir de sua crença ali, afirmavam que todos os praticantes levados para esse lugar seriam "transformados". Sendo que, para atingir a taxa de transformação de 100%, alguns praticantes foram torturados até à morte, outros foram gravemente feridos durante o processo de lavagem cerebral brutal. Alguns sofreram colapso mental, outros, devido o tormento, ficaram em estado vegetativo. É o inferno na terra!
O ambiente era terrível. Os pãezinhos cozidos no vapor eram duros e pretos, não havia prato de legumes, apenas uma pequena tigela de sopa a cada refeição, contendo algumas folhas de vegetais, uma camada de vermes gordurosos em cima com uma camada de areia fina por baixo.
No verão de 2001, seis de nós formos transferidos para lá. Quatro praticantes não suportaram a pressão e desistiram da sua crença em dois dias. Em 29 de junho, fui levada para a aula de "transformação". A aula anterior de "transformação" não terminaria a menos que fosse alcançada a taxa de 100% de "transformação".
A líder de equipe da aula de "transformação" era Liu, e o maléfico era Zhao Jun, uma presidiário. Todas as praticantes eram obrigadas a dormir no chão. O tempo estava quente e úmido, os mosquitos eram tão abundantes que tínhamos que usar papel higiênico para tapar os ouvidos para conseguirmos adormecer. Os mosquitos e insetos às vezes entravam em nossos edredons. Todos os dias a plantonista usava a pá de lixo para limpar os insetos. Levantávamos às 5h da manhã e íamos para a cama à meia-noite todos os dias. As praticantes não podiam dormir se resistissem à lavagem cerebral.
As praticantes tinham que sentar em um pequeno banco durante 20 horas. A parte superior do corpo tinha que estar ereta, ambas as pernas juntas, com as palmas das mãos viradas para baixo nos joelhos, os olhos para frente para ver o vídeo calunioso. Se a praticante perdesse a concentração ou adormecesse, Zhao Jun batia na praticante com a sola dos sapatos, e a líder de equipe usava um bastão elétrico para castigar as praticantes. Às vezes, éramos torturadas com o método "pilotar um avião" [o corpo é dobrado para baixo, a parte superior do corpo e as coxas paralelas, e os braços para cima]. Às vezes, éramos até obrigadas a escrever palavras que caluniavam o Dafa. Se falhássemos uma palavra, éramos punidas com 10 minutos a menos de sono. Ficamos muitos dias e muitas noites sem dormir.
Como me recusava a admitir que violasse qualquer lei estatal, a líder de equipe não me deixava comer picles. Ela disse que eu poderia comer sempre que mudasse de ideia. Às vezes, éramos punidas e precisavámos ficar agachadas durante um dia inteiro. Naquela época, o Mestre não tinha publicado o artigo sobre o envio de pensamentos retos, então não sabíamos o que fazer. Mas, os três meses de insônia foram demais para suportar. Aproveitava quando ia ao banheiro para dizer a todos que deveríamos pedir que Zhao Jun fosse punido. Transferimos o sofrimento da insônia para Zhao Jun e imediatamente desmontamos essa aula de "transformação"!
Naquela noite, Zhao Jun pagou pelos seus atos brutais. Ela quebrou o braço no caminho para buscar água. Quando voltou, se deitou na cama dizendo que se sentia péssimo e que queria dormir. No dia seguinte, veio outra lider de equipe para o seu turno, porém Zhao ainda estava dormindo. A nova lider de equipe fez um gesto para que saíssemos. Quando voltamos depois de meio dia, ele ainda estava dormindo. Depois disso, ele não teve mais energia para nos vencer.
No dia 23 de setembro, a aula de "transformação" foi totalmente dissolvida. Acabou a taxa de transformação do Campo de Trabalho Forçado de Gaoyang.
Mulher jovem protege as praticantes
Na primavera de 2002, fui levada de volta à aula de "transformação", onde fui forçada a cavar uma grande trincheira durante o dia e a escrever relatórios de pensamento durante a noite. Se me recusasse a escrever, ficaria de pé a noite toda e não teria permissão para ir ao banheiro. Como não cooperei, a lider de divisão, Ye Shuxian, ficou furiosa e disse: "Sua idiota! Por que não vai se 'transformar'? Com você aqui, nenhuma delas vai se 'transformar'. Saia daqui!"
Fui levada de volta para minha aula. Uma jovem da província de Henan estava encarregada de me vigiar. Essa jovem foi presa por roubo. No entanto, eu era legal com ela e cuidava dela no dia-a-dia. Contei sobre a relação entre perda e ganho e a ensinei a memorizar o Fa, assim ela rapidamente compreendeu que o Falun Dafa é bom.
Porém, até esse momento, já estava brutalmente torturada, não conseguia enxergar, tinha dores de cabeça e estava coberta de pus e sangue. Os guardas me levaram para um hospital. O médico perguntou à polícia: "Ela não está enxergando nada! Por que não a trouxeram antes? Não há um lugar no corpo dela que não tenha sido afetado!".
No dia seguinte, o responsável pelo campo de trabalho forçado ligou para o Departamento de Polícia do meu condado e disse para que mandasse minha família me levar para casa. A maioria de meus familiares veio, eles mal conseguiram me reconhecer. Nesse momento, a líder de equipe insistiu que eu escrevesse uma declaração de garantia para desistir do Falun Gong ou não me deixaria sair do campo de trabalho forçado. Eu recusei. Minha família esperou do meio-dia às 15h, mas o campo de trabalho não me deixava sair sem a declaração. Minha família foi embora preocupada comigo. A líder de equipe de plantão me bateu 16 vezes depois que meus familiares foram embora.
Embora já estivesse muito fragilizada, o campo de trabalho não me deixava em paz. Temendo que fossem responsabilizados pelas consequências, trouxeram o médico Wang Guoyou e uma lider de equipe cujo sobrenome era Zhao. Porém eles não paravam de me perseguir.
Uma manhã, o médico Wang ordenou a uma prisioneira que me ajudasse a entrar em uma cela vazia. Eles me obrigaram a sentar com as duas pernas esticadas, enquanto duas prisioneiras pisavam nas minhas pernas e a líder de equipe Zhao puxava minha cabeça por trás. O médico começou a me dar choque com um bastão elétrico, começando pelos meus pés. Ele disse à praticante ao meu lado: "Quem não se 'transformar' será a próxima!".
Embora não conseguisse ver, percebi que havia uma praticante por perto. Tive medo que a praticante estivesse assustada, por isso cerrei meus dentes e não fiz nenhum barulho. Quando Wang viu que eu era muito forte, ele chamou Liang Baoke, o líder de uma equipe masculina. Ambos me torturaram com dois bastões elétricos, só pararam quando comecei a ter espasmos, comecei a tremer e desmaiei.
Começaram a me torturar novamente quando recuperei a consciência. A prisioneira Henan gritou subitamente: "Líder de equipe, imploro que parem! Ela nos trata como uma mãe. Por favor, por favor!" Os guardas ficaram atordoados. Essa presa costumava bater nas praticantes por causa deles. Nesse dia ela pediu que parassem. A líder de equipe, Zhao, não disse uma palavra e caminhou até uma janela para olhar para fora. Mais tarde, ela deu ordens para me levarem de volta.
As solas dos meus pés ficaram com bolhas, meus dedos dos pés estavam muito inchados. Não consegui sair da cama nem andar durante meio mês. Em 19 de janeiro de 2003, fui libertada e fui para casa.
Isso é apenas um fragmento de minha experiência como praticante do Dafa que validou o Fa no início da perseguição. A retificação do Fa está muito próxima do fim, portanto devemos valorizar cada minuto que o Mestre prolongou para nós. Precisamos nos cultivar bem, caminhando retamente na última etapa dessa jornada.
Copyright © 2023 Minghui.org. Todos os direitos reservados.
Categoria: Jornadas de cultivo