(Minghui.org) Em 2 de agosto de 2022, uma senhora de 71 anos da cidade de Daqing, província de Heilongjiang, foi julgada no Tribunal Distrital de Ranghulu por praticar o Falun Gong. Devido à sua pressão arterial elevada, a Sra. Han Lihua não foi aceita no centro de detenção e está à espera da sentença em casa.

O Falun Gong, também conhecido como Falun Dafa, é uma disciplina espiritual que tem sido perseguida pelo regime comunista chinês desde 1999.

No dia 22 de novembro de 2020, a Sra. Han foi detida e teve a sua casa saqueada por mais de 20 outros agentes da polícia. Sendo libertada sob fiança no mesmo dia.

A polícia apresentou mais tarde o caso da Sra. Han à Procuradoria do Distrito de Ranghulu, onde estava agendada para comparecer no tribunal no dia 1º de julho de 2022. Ela compareceu, mas o oficial de justiça não a deixou entrar na sala de audiências, com a desculpa de não ter um resultado negativo no teste COVID-19. O procurador sugeriu condená-la em oito anos, além de uma multa determinada pelo tribunal.

A polícia fez três tentativas para levar a Sra. Han ao centro de detenção, mas foi recusada sua entrada, devido à sua pressão arterial elevada. Desde então, ela não recebeu qualquer atualização do tribunal sobre o seu caso.

Perseguição no passado

Desde que o regime comunista chinês ordenou a perseguição ao Falun Gong em 1999, a Sra. Han tem sido repetidamente perseguida devido a sua fé. Foi mantida em um centro de lavagem cerebral durante seis meses, tendo sido imposta uma pena de três anos de trabalhos forçados (não cumpriu a pena devido à sua saúde), no entanto foi condenada a sete anos de prisão.

Em 16 de novembro de 2000, a Sra. Han foi detida pela primeira vez em casa Esteve detida em quatro locais diferentes de detenção, durante um total de cinco meses e meio. Porém, em 18 de janeiro de 2001, novamente foi condenada a três anos de trabalhos forçados, mas sendo negada sua entrada pelo Centro de Reabilitação de Drogas de Harbin devido à sua saúde.

No dia 25 de setembro de 2001, a Sra. Han foi novamente detida, após ter sido denunciada pelos seus supervisores no trabalho, por ter falado com eles sobre o Falun Gong. Isso acarretou quatro meses de detenção, mas ela estava extremamente fraca e entrou em choque várias vezes. Só então é que a polícia a libertou.

Em 22 de abril de 2003, a Sra. Han foi presa mais uma vez em sua casa, e mantida em um centro de lavagem cerebral durante seis meses. Quando ela se recusou a escrever declarações para renunciar ao Falun Gong, os guardas a colocaram na solitária, a obrigavam a agachar-se, e privaram-na de sono, além de a espancarem se ela se mexesse quando estava agachada.

A próxima detenção da Sra. Han ocorreu no dia 4 de maio de 2008. A polícia confiscou seus livros, computador, impressora e cortador de papel dos materiais do Falun Gong. Depois a levaram para a delegacia, onde a algemaram a uma cadeira de metal e a interrogaram. Um agente empurrou a cadeira enquanto ela ainda estava sentada algemada, assim a mantiveram nessa cadeira de metal durante cinco dias antes de a levarem para o Centro de Detenção de Daqing.

A Sra. Han foi condenada por sete anos pelo Tribunal Distrital de Ranghulu no final de outubro de 2008 e levada para a Prisão Feminina da Província de Heilongjiang em 14 de Janeiro de 2009.

Após ter sido libertada no dia 4 de outubro de 2014, o Gabinete de Segurança Social de Daqing suspendeu sua aposentadoria e ordenou que devolvesse os 180.000 yuans que tinha recebido durante a sua pena na prisão. Alegaram que nenhum aposentado receberia sua aposentadoria enquanto estivesse encarcerado, de acordo com a política emitida pelo Gabinete Geral do Ministério do Trabalho e da Segurança Social de 2001.

A Sra. Han alegou que tanto a pena do campo de trabalho como a pena de prisão eram atos de perseguição e que nenhuma lei laboral exige a devolução dos benefícios de aposentadoria concedidos durante a detenção. Não havia maneira que ela poderia fazer um pagamento único de 180.000 yuans. Como resultado, desde então o Serviço de Segurança Social da Daqing suspendeu a sua aposentadoria.

Informações de contato dos perpetradores:

Leng Zhiqiang (冷志强), juiz, Tribunal Distrital de Ranghulu: +86-459-6585100
Feng Guang (封光), Procurador do Ministério Público, Procuradoria do Distrito de Ranghulu: +86-18645990001, +86-13351196789, +86-459-5974201

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