(Minghui.org) Em 2021, três idosas da cidade de Jinan, província de Shandong, foram perseguidas por causa do envio de cartas com informações sobre o Falun Gong, uma disciplina espiritual que tem sido perseguida pelo regime comunista chinês desde 1999. Uma das mulheres, de 81 anos, em oito meses foi molestada quatro vezes, inclusive pela polícia de fora da cidade.

As praticantes foram identificadas pela polícia através de vídeos de vigilância feitos perto dos correios. As câmeras faziam parte do “Projeto Skynet”, um dos sistemas de vigilância em massa desenvolvidos pelo regime comunista para monitorar seu povo.

Sra. Jiang Xinying

Sra. Jiang Xinying

No dia 22 de julho de 2021, a polícia invadiu a casa da Sra. Jiang Xinying, de 65 anos de idade, e a prendeu. A polícia disse para sua família que, ao enviar as cartas e ao conversar com as pessoas sobre o Falun Gong, ela foi filmada por uma câmera de vigilância. A Sra. Jiang, devido à perseguição, possui uma corcunda de 90 graus e isso permitiu que a polícia a identificasse rapidamente. Ela ainda está detida no Centro de Detenção da Cidade de Jinan no momento em que escrevo.

Durante um período de trabalho forçado em 2007, a Sra. Jiang pegou tuberculose pulmonar, tuberculose linfática e tuberculose espinhal. Ela possuía orifícios (sendo o maior de sete centímetros de diâmetro) em seus pulmões, e tinha necrose em várias de suas vértebras. A pele de suas costas ficou preta e em ambos os lados das vértebras lombares havia massas de tuberculose de mais de dez centímetros. Suas gengivas também foram afetadas e cheiravam mal. Sua terceira e quarta vértebras foram em grande parte afetadas pela microbactéria tuberculose e as vértebras mortas foram pressionadas contra os nervos, causando dores insuportáveis quando ela movia as pernas. Apesar de ter sido operada três semanas depois, ela nunca conseguiu endireitar as costas. Com o tempo, sua corcunda tornou-se cada vez mais acentuada.

Sra. Yan Jianxiu

No dia 8 de setembro de 2021, um grupo de oficiais apareceu na casa da Sra. Yan Jianxiu. Eles desligaram a eletricidade e invadiram sua casa quando ela saiu para verificar o que havia acontecido. A polícia alegou que eles a atacaram depois que as câmeras de vigilância a filmaram enviando as cartas sobre o Falun Gong. Eles revistaram sua casa, confiscando uma cópia do seu livro do Falun Gong, um rascunho de uma carta que ela escreveu para a polícia, as roupas que ela usava ao enviar as cartas e um guarda-chuva.

A Sra. Yan foi detida por 15 dias e liberada sob fiança, depois de pagar uma quantia de 5.000 yuans.

No dia 9 de novembro, a polícia ligou para a Sra. Yan e disse que a Procuradoria do Distrito de Lixia estava planejando indiciá-la. Ela foi à procuradoria em 12 e 15 de novembro, tentando apresentar uma carta de apelação, instando o promotor a arquivar seu caso. A recepcionista disse que o promotor estava de licença médica e que não havia encaminhado as cartas para ele quando Yan saiu. Não está claro qual é o status atual do caso.

Sra. Yu Xianrong

A Sra. Yu Xianrong, de 81 anos, leu um relatório sobre as prisões do Sr. Chen Guangchang e da sua esposa, a Sra. Li Fanli, no início de 2021. Tanto o Sr. Chen quanto a Sra. Li trabalhavam em Jinan, mas voltaram para sua cidade natal de Shenmu, província de Shaanxi, nos últimos anos, para cuidar de seus pais idosos. A Sra. Yu, nativa de Shenmu, enviou uma carta para o Comitê de Assuntos Políticos e Legais (PLAC) da cidade de Shenmu, uma agência extrajudicial encarregada de supervisionar a supressão ao Falun Gong, solicitando-lhes que não perseguissem os praticantes da prática.

Depois que as autoridades de Shenmu relataram a carta da Sra. Yu ao Departamento de Polícia do Distrito de Lixia, no dia 1º de abril de 2021, um grupo de policiais à paisana foi à sua casa. Assim que entraram na residência, os policiais começaram a procurar as roupas e chapéu que ela usava ao enviar a carta. Ao encontrá-los, eles forçaram sua família a preencher os documentos de pagamento de fiança para ela.

Em 15 de novembro, outro grupo de oficiais chegou, incluindo três da cidade de Suzhou, província de Jiangsu (a cerca de 800 quilômetros de Jinan). A polícia de Suzhou alegou que recebeu cartas da Sra. Yu enviadas em 4 de novembro e viajaram especificamente para Jinan para investigar o caso. Apesar das fortes objeções de seu marido de 86 anos, eles levaram a Sra. Yu à delegacia para responder a algumas perguntas por volta do meio-dia. Suas duas filhas também foram levadas.

A polícia mostrou à filha mais velha da Sra. Yu um vídeo de uma mulher usando um chapéu e uma máscara. Ela reconheceu que era sua mãe. Embora a Sra. Yu se recusasse a cooperar com a polícia e tentasse esclarecer a verdade sobre o Falun Gong, suas duas filhas foram pressionadas pela polícia a impedi-la de falar. A polícia enganou as filhas dizendo que elas estavam apenas passando pela formalidade do caso. Se elas cooperassem, a Sra. Yu receberia uma sentença leve ou nenhuma. As filhas acreditaram na polícia e assinaram os documentos do caso da Sra. Yu em seu nome. Naquela tarde, a polícia libertou a Sra. Yu sob fiança.

Por volta do dia 7 de dezembro, a polícia de Suzhou apareceu novamente e forçou as filhas a assinarem alguns documentos pela mãe. No dia 24 de dezembro, a polícia ligou e disse que viriam dois dias depois para levar a Sra. Yu a Suzhou. Não está claro se afinal a polícia de Suzhou apareceu e qual é o status do caso da Sra. Yu.

O Projeto SkyNet

De acordo com relatos da mídia, o Projeto SkyNet foi iniciado pelo CAPL central (Comitê de Assuntos Políticos e Jurídicos), Ministério da Segurança Pública e Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação na China. Em 2005, na ordem dada pelo CAPL, intitulada “Opiniões sobre o Avanço Adicional da Construção da Paz”, a principal prioridade da “Construção da Paz” por meio da vigilância em massa é atingir os praticantes do Falun Gong, com o objetivo de “descobrir antecipadamente, controlar e manejar bem” atividades relacionadas a prática.

Skynet, um sistema de vigilância implementado pela polícia chinesa

Estima-se que a China já tinha mais de 200 milhões de câmeras de vigilância em 2019 e o número deve chegar a mais de 600 milhões em 2020. Os sistemas custaram centenas de milhões de yuans do dinheiro dos contribuintes na China. Em setembro de 2018, as autoridades concederam um contrato de construção de 56,69 milhões para a terceira fase do “Projeto Xueliang” (ou “Olhos Afiados”) na Zona de Alta Tecnologia em Jinan. No entanto, esta é apenas uma fase do investimento em um distrito de Jinan.

Sobre o que eram as cartas?

De acordo com os praticantes de Jinan que falaram com as três praticantes idosas presas, suas cartas relatavam os seguintes aspectos importantes:

É legal praticar o Falun Gong

A prática do Falun Gong não viola nenhuma lei, já que nenhuma lei na China jamais criminalizou a prática. A constituição chinesa protege o direito das pessoas à liberdade de crença. Todos os avisos ou interpretações emitidas por agências não legisladoras contra a prática são contra a constituição e não podem ser usados como base legal para perseguir o Falun Gong.

Falun Gong não é um culto

Jiang Zemin, ex-chefe do Partido Comunista Chinês que iniciou a perseguição ao Falun Gong, qualificou a prática de "culto" durante uma entrevista feita por uma mídia estrangeira. O Ministério de Segurança Pública emitiu dois avisos, em 2000 e 2005, respectivamente, para fornecer listas de "cultos oficialmente designados". O Conselho de Estado identificou sete cultos, e o Ministério de Segurança Pública identificou outros sete. O Falun Gong não era um dos 14 cultos.

Em 2 de junho de 2014, o "Legal Evening News" republicou a lista dos 14 cultos, deixando mais uma vez claro que o Falun Gong não estava na lista.

Suspensão da proibição de publicações do Falun Gong

O diretor Liu Binjie da Administração Geral de Imprensa e Publicação emitiu o Anúncio 50 em 1º de março de 2011, revogando dois avisos que foram anunciados oficialmente em 1999:

1. O aviso sobre a reafirmação das opiniões das publicações sobre o Falun Gong.

2. O aviso sobre a proibição da publicação de livros do Falun Gong e aplicação da administração de publicações.

Em outras palavras, a publicação de livros do Falun Gong é legal, assim como a posse e distribuição de publicações do mesmo.

Propaganda contra o Falun Gong é falsa e enganosa

O regime comunista fabricou inúmeras mentiras para difamar o Falun Gong, incluindo as chamadas “1.400 mortes”. O regime alegou que as pessoas morreram porque o Falun Gong as proibiu de procurarem por tratamentos médicos. Muitas evidências desmascararam tal afirmação. Outra peça de propaganda é a farsa de autoimolação de Tiananmen, que também foi encenada com não praticantes recrutados para serem autoimoladores. No dia 14 de agosto, o Desenvolvimento Educacional Internacional (DEI) apresentou à Subcomissão das Nações Unidas para a Promoção e Proteção dos Direitos Humanos que: “Obtivemos um vídeo desse incidente que, em nossa opinião, prova que este evento foi encenado pelo governo.”

Crime sem precedentes de extração forçada órgãos

A perseguição ao Falun Gong vem acontecendo desde julho de 1999. De acordo com dados disponíveis, pelo menos 4.700 praticantes foram confirmados como mortos como resultado da perseguição e muitos mais estão desaparecidos. Dezenas de milhares de praticantes receberam sentenças pesadas, e muitos outros foram enviados para campos de trabalho forçado, hospitais psiquiátricos ou centros de lavagem cerebral. Inúmeras famílias foram desfeitas como resultado.

O que é ainda mais horrível é a extração forçada de órgãos dos praticantes do Falun Gong. Tal crime sem precedentes enfureceu as pessoas com consciência em todos os lugares.

O bem e o mal receberão a devida retribuição

Jiang é o principal perpetrador envolvido na perseguição e cometeu crimes contra a humanidade, genocídio e tortura. O que ele tem feito aos praticantes é o crime mais grave já cometido desde o holocausto.

O bem e o mal receberão a devida retribuição. Os perpetradores serão levados à justiça, mais cedo ou mais tarde. O Minghui.org publicou uma lista de mais de 20.000 pessoas recebendo retaliação de várias formas. Eles incluem funcionários de todos os níveis governamentais.

Movimento das três renúncias por toda a China

Qualquer um que se junte ao Partido Comunista Chinês (PCC) prometeu dedicar sua vida ao Partido. Quando chegar a hora de responsabilizar o PCC por todos os seus crimes, seus membros também enfrentarão as consequências. As três renúncias (significando renunciar ao PCC e suas duas organizações juniores) é uma chance para as pessoas se libertarem das garras do Partido. Até agora, mais de 380 milhões de pessoas fizeram as três renúncias. Esperamos que mais pessoas possam se juntar ao movimento e assim evitar de serem responsabilizadas pelos crimes do PCC.

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