(Minghui.org) O Departamento de Estado dos EUA emitiu uma declaração em 9 de julho expressando preocupação com um tribunal russo sobre a repressão ao Falun Dafa, também conhecido como Falun Gong. “Estamos profundamente preocupados com a decisão de um tribunal russo de manter a designação do braço regional do Falun Gong de Khakassia como ‘extremista’ e criminalizar a prática pacífica de suas crenças espirituais. As autoridades russas perseguem, multam e prendem os praticantes do Falun Gong por atos simples como meditar e possuir textos espirituais”, afirmou a declaração.

Com o título de "Repressão contínua da Rússia a membros de grupos religiosos minoritários", a declaração foi emitida por Ned Price, porta-voz do departamento, um dia após o tribunal de cassação (também conhecido como tribunal de circuito) em Kemerovo chegar a um julgamento em 8 de julho.

O Departamento de Estado dos EUA instou o governo russo a encerrar sua prática de uso indevido da designação extremista como forma de restringir os direitos humanos e as liberdades fundamentais. “Continuamos a pedir à Rússia que respeite o direito de liberdade de religião ou crença para todos, incluindo os praticantes do Falun Gong e membros de outros grupos religiosos minoritários na Rússia, simplesmente buscando exercer suas crenças pacificamente”, escreveu a declaração.

“A decisão de ontem é outro exemplo de autoridades russas rotulando grupos pacíficos como 'extremistas', 'terroristas' ou 'indesejáveis' apenas para estigmatizar seus apoiadores, justificar abusos contra eles e restringir suas atividades religiosas e cívicas pacíficas”, continua o comunicado. “O governo russo fez isso contra uma série de grupos, cujos membros enfrentam invasões domiciliares, detenção prolongada, sentenças de prisão excessivas e assédio por suas práticas religiosas pacíficas.”

De acordo com praticantes russos, um residente em Khakassia estava interessado em aprender o Falun Gong em 2020 e em procurar o livro Zhuan Falun. Um praticante local forneceu o livro. Um promotor local processou o praticante um mês depois, citando que o Zhuan Falun foi banido pelas autoridades e proibido de se espalhar publicamente. Um juiz processou o caso e chegou a uma decisão a favor ao Falun Gong.

Quando o promotor apelou ao caso, o tribunal de apelação decidiu proibir o grupo Falun Gong registrado em Khakassia. Os praticantes apelaram ainda mais, mas o tribunal de cassação em Kemerovo anunciou em 8 de julho que manteria o veredito anterior.

Essa decisão levantou grandes preocupações. Muitos suspeitam da influência do Partido Comunista Chinês (PCC) no processo. Associações e apoiadores do Falun Dafa em muitos países escreveram aos governos russos, esclarecendo os fatos e indicando que a decisão violou a Convenção para a Proteção dos Direitos Humanos e Liberdades Fundamentais. Os praticantes russos também disseram que continuarão com o recurso contra a decisão da Suprema Corte.

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