(Minghui.org) O Shen Yun, a principal companhia de dança e música clássica chinesa do mundo, estreou "Uma vitrine para as técnicas de dança do Shen Yun" em 31 de maio. O programa apresenta duas técnicas de dança clássica chinesa há muito perdidas: “shen-dai-shou” (o corpo conduz os braços) e “kua-dai-tui” (os quadris conduzem as pernas). As duas técnicas representam o mais alto reino em técnicas de dança do mundo, e a vitrine dos artistas do Shen Yun marca uma nova era de renascimento da cultura tradicional.

“Shen-Dai-Shou” e “Kua-Dai-Tui”

De acordo com o site do Shen Yun, “preservando 5000 anos de cultura chinesa, baseada na estética tradicional, a dança clássica chinesa já foi transmitida ao povo, nas cortes imperiais e por meio de obras antigas. Ao longo de milhares de anos, ela foi constantemente refinada, eventualmente desenvolvendo-se na vasta e distinta forma de dança chinesa que conhecemos hoje.” Mais especificamente, a dança clássica chinesa concentra-se em shen-yun (postura e comportamento), shen-fa (métodos) e técnicas.

“A dança clássica chinesa, as artes marciais e a dança operística são a própria essência da esfera cultural da China. Ao longo dos anos, eles se influenciaram e aprenderam uns com os outros. Eles têm objetivos diferentes, mas seus movimentos e posturas (shen-fa) e sentimentos são semelhantes. Quando se trata de shen-fa, a maior conquista é "shen-dai-shou" (o corpo conduz os braços), que foi transmitido por milhares de anos, mas ninguém hoje sabe como fazê-lo nem realmente entende como aplicá-lo”, de acordo com o site Shen Yun Creations.

“Shen-dai-shou também é um método que tem sido persistentemente procurado por todos os tipos de formas de dança e artes cênicas físicas. É uma técnica de dança que as pessoas procuram desde os tempos antigos, algo sobre o qual falam, mas ninguém consegue fazer: é o domínio mais elevado da expressão artística por meio do movimento físico. O fundador, Diretor Artístico e Criativo do Shen Yun Performing Arts, Sr. D.F., é quem transmitiu esse método. Além disso, o shen-fa também tem o método ainda melhor de “kua-dai-tui” (os quadris conduzem as pernas), sobre o qual as pessoas modernas nem ouviram falar: uma forma de arte totalmente perdida. Tendo se beneficiado da instrução pessoal do Sr. D.F. neste método, o Shen Yun agora o apresenta ao público”, diz o site.

Herança e perda da essência cultural

A China tem uma história de civilização de 5000 anos. Também conhecida como cultura inspirada pelo divino, seus significados internos são amplos e profundos. Pela evolução da história chinesa, podemos ver que a essência da cultura chinesa foi transmitida principalmente de duas maneiras: por meio de tradições familiares e de mestres ensinando seus discípulos.

Em relação às tradições familiares, de livros e obras de arte antigos, conhecemos o ditado “passando para filho, não filha”. Significa que tudo o que é transmitido de uma geração para a seguinte, sejam livros secretos ou habilidades raras, é apenas transmitido aos filhos, não às filhas, muito menos às pessoas de fora da família. Se um homem não tivesse um filho, suas raras habilidades seriam perdidas.

Por exemplo, Luo Cheng e Qin Qiong foram dois generais renomados sob o imperador Taizong, da Dinastia Tang. Eles eram primos e bons amigos. Eles prometeram ensinar uns aos outros as habilidades de artes marciais herdadas de suas respectivas famílias, a saber, a lança da família Luo e a jian (uma arma em forma de prisma) da família Qin. Mas cada homem deixou de fora a parte mais avançada ao ensinar ao outro suas raras habilidades.

Muitas pessoas interpretaram o que fizeram como um meio de impedir que o outro homem se tornasse superior. Na realidade, pode ter sido que, quando eles aprenderam suas habilidades exclusivas com seus respectivos pais, eles foram instruídos a transmiti-las apenas a um filho na família imediata, não a um primo, e eles não teriam violado tal tradição.

Com relação aos mestres transmitindo habilidades aos seus discípulos, podemos olhar a história de Zhang Liang. Como estrategista, Zhang foi um dos três heróis que ajudaram a estabelecer a Dinastia Han. Seu encontro com Huang Shigong é uma anedota clássica chinesa. Os livros de história têm poucas informações adicionais sobre Huang, além de sua propriedade do livro Liu Tao (Seis Ensinamentos Estratégicos Secretos, também conhecido como A Arte da Guerra Taigong), um tratado sobre estratégia civil e militar escrito pelo antigo sábio Jiang Ziya. Huang estava procurando alguém para passar esse livro, na cultura tradicional chinesa, dizia-se que "é o mestre quem procura um discípulo com potencial". Depois de vários testes, ele aceitou Zhang como seu discípulo e ensinou-lhe esse livro raro. Mais tarde, Zhang ajudou Liu Bang a estabelecer a Dinastia Han. Esse tratado já foi passado para o Japão e alguns países europeus como um valioso patrimônio da humanidade.

Se Huang não tivesse conhecido alguém tão bom quanto Zhang, esse raro tratado poderia ter se perdido na história.

Esses dois exemplos nos ajudam a entender como a essência da cultura chinesa foi herdada e perdida ao longo da história. Pode haver outras razões mais profundas para as coisas acontecerem dessa maneira, mas elas não estão no escopo desse artigo.

"Uma vitrine para as técnicas de dança do Shen Yun", uma arte rara e celebração espiritual, estreou on-line 31 de maio às 20:00 (EDT) (8h do dia 1º de junho, horário de Pequim). Os sites são: https://www.shenyuncreations.com/ (inglês) e https://www.shenyuncreations.com/zh_tw/ (chinês).

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