(Minghui.org) Em abril de 2020, anúncios em letras grandes foram publicados em bairros de comunidade de judeus religiosos ultraortodoxos. Começou nas cidades de Bnei Brak e Jerusalém e seguindo para outras cidades, incluindo Beit Shemesh, Kiryat Yearim, Modi'in Illit, Beitar Illit e Safed, locais com grandes populações judaicas ultraortodoxas (Haredi).

Haredi é uma designação para comunidades religiosas ultraortodoxas e conservadoras judaicas, que praticam um estilo de vida judaico tradicional e que são adeptos ao conservadorismo cultural. Os ultraortodoxos vivem em comunidades e se retiram deliberadamente do mundo exterior com o objetivo de se protegerem dos valores e inovações da atualidade, que não são aceitáveis para eles. Não acessam os meios de comunicação não ortodoxos, a maioria nem sequer assisti aos programas de televisão, e não estão expostos à internet ou a jornais não ultraortodoxos. Buscam informações apenas dos jornais e anúncios dos quadros dos avisos ortodoxos, sobretudo, dos grandes rabinos que são considerados como autoridade suprema em todos os assuntos.

Os anúncios são pendurados em quadros em exposição nas ruas:

‘O grande segredo do regime comunista chinês está exposto, o mesmo regime que trouxe a pandemia do coronavírus para o mundo e para o povo de Israel!’

‘O terrível derramamento de sangue durante muitos anos, traficando órgãos desses seres humanos em vida!’

‘Por décadas que o regime comunista chinês vem mentindo e escondendo seus crimes dos olhos do mundo! Também escondeu a epidemia durante semanas, provocando a sua propagação pelo mundo e ferindo gravemente o povo de Israel!’

‘Há mais de 20 anos que o regime chinês tem perseguido e matado em massa, pessoas por causa da sua fé, com o objetivo de vender seus órgãos (corações, fígados, rins, corneas) pelo maior lance, com enormes lucros para os membros do regime chinês e de seus familiares!’

‘Praticantes de Falun Gong (que acreditam que as pessoas devem se comportar de acordo com a moral elevada e viver de acordo com os princípios da Verdade, Compaixão e Tolerância), assim como também os cristãos e os muçulmanos Uigures, que são colocados ainda vivos às mesas de operação, para extraírem seus órgãos a força e depois os corpos serem cremados’.

O Rabino Yosef Shalom Eliashiv ZTL ("que a memória dos justos seja uma bênção"), se pronunciou contra as viagens (“turismo”) à China para transplantes de órgãos, disse:

“É uma profanação ao nome de Deus, sendo que isso produz a legitimação e justificação para o derramamento de sangue e desprezo pelos mortos.”

Nosso objetivo é expor essas informações e revelar a verdade.

Rezemos para que o perverso regime comunista seja eliminado da face do mundo!

Por favor, ajudem a levar essa informação aos grandes rabinos do nosso tempo e a todos os seus amigos e familiares, com o propósito de revelar a verdade e que essa praga em breve seja extirpada.

A comunidade haredi dos judeus leem sobre os crimes do Partido Comunista Chinês no mural. Os judeus Haredi conhecem sobre os crimes do Partido Comunista Chinês a partir dos conselhos de administração que são boletins informativos nos dos murais.

Nos boletins informativos estão inclusos os números de telefones e e-mails de dois praticantes do Falun Gong israelenses que faziam parte da equipe que iniciou o projeto.

O texto dos cartazes corresponde ao estilo dos anúncios distribuídos regularmente entre os judeus ultraortodoxos. O conteúdo do boletim informativo relaciona a pandemia que se propagou da China para o mundo, como resultado do encobrimento deliberado do surto pelo Partido Comunista Chinês (PCC) e de seus crimes contra prisioneiros políticos e de fé na China, incluindo praticantes do Falun Gong. O anúncio apresenta uma citação do Rabino Elyashiv, um líder proeminente da comunidade ultraortodoxa em Israel. Já em 2008 ele se pronunciou contra as viagens à China para transplantes de órgãos (turismo de transplante).

O objetivo dos anúncios não era convencer as pessoas para praticarem o Falun Gong, mas sim, conscientiza-las para os crimes do PCC.

O projeto é um modelo de colaboração entre os praticantes israelenses do Falun Gong, desde o início até à sua implementação. Cada um contribuiu com seus próprios talentos, incluindo a redigir os anúncios, projetar os gráficos, o cálculo dos custos, a decisão sobre onde pendurar os cartazes e atender as ligações.

Assim que os boletins informativos foram colocados, dezenas de ligações começaram a chegar. A maioria das pessoas que ligaram condenavam os crimes do PCC. Alguns dos que telefonaram ficaram chocados, perguntando o que poderiam fazer para ajudar a lutar contra o poderoso regime comunista. Uma pessoa se interessou pelo Falun Gong e outra queria aprender sobre os exercícios do Falun Gong.

Uma pessoa postou sobre o assunto online, outra sugeriu que todas as nações deveriam boicotar a China e outra disse que os praticantes estavam fazendo um grande mitzvah (boa ação). As pessoas que ligaram para saber mais foram direcionadas para assistirem aos vídeos sobre a cruel realidade na China e materiais sobre o Tribunal Internacional em Londres que examinou provas de extração forçada de órgãos na China.

Enquanto alguns que ligavam somente para encorajarem mais os praticantes com "Muito bem!" e "Boa sorte!", outros expressavam dúvidas de que a publicação das informações pudesse trazer mudanças. Depois de conversarem com os praticantes, porém, alguns ficaram mais otimistas quanto à possibilidade de ocorrer mudanças na China em um futuro próximo.

Um grupo de 12 jovens da escola religiosa Hebron Yeshiva, em Jerusalém, pareceu profundamente chocado, então decidiu ir a Safed e fazer orações para acabar com as atrocidades na China.