(Minghui.org) Desde julho de 1999, o Partido Comunista Chinês (PCC) tem perseguido o Falun Gong, uma prática espiritual também conhecida como Falun Dafa, por sua popularidade e seus princípios da Verdade, Compaixão e Tolerância, que estão em forte contraste com a enganosa ideologia comunista de violência e mentiras.

Na perseguição orquestrada pelo Comitê Central de Assuntos Políticos e Jurídicos e pela Agência 610, os praticantes sofreram prisões em massa, assédio e torturas implacáveis. Como resultado, muitos morreram.

Só em 2020, pelo menos 83 praticantes morreram devido à perseguição. Entre eles, 21 morreram durante a detenção. Alguns morreram em consequência de longas torturas nas prisões, alguns morreram depois de lhes ter sido negada a liberdade condicional médica apesar do seu estado crítico, e outros morreram em delegacias de polícia, em consequência dos espancamentos brutais. Tanto a Sra. Li Ling da província de Shandong como a Sra. Wang Shukun da província de Heilongjiang foram espancadas até à morte poucos dias após as suas prisões no mês de junho.

Além das mortes, 5.868 praticantes foram presos e 7.218 foram perseguidos entre janeiro e novembro de 2020. Devido ao bloqueio de informações na China, essa estimativa é considerada muito conservadora.

A seguir estão casos de brutalidade contra os praticantes do Falun Gong em 2020.

Parte I: Brutalidade por parte das autoridades locais responsáveis pela aplicação da lei

A. Casos de morte

1. Mulher é espancada até à morte 16 dias após sua detenção

No dia 28 de junho de 2020, Li Ling da aldeia de Dazhangjia na cidade de Penglai, província de Shandong, foi levada por um funcionário da aldeia e um grupo de soldados paramilitares, após ter sido denunciada por posse de literatura sobre o Falun Gong.

A Sra. Li foi levada para uma casa vazia numa zona montanhosa e violentamente espancada e torturada. Morreu no dia 13 de julho em consequência dos seus ferimentos. As autoridades da aldeia forçaram a sua família a mandar cremar os seus restos mortais nesse mesmo dia. De acordo com a sua família, o seu rosto estava deformado e ela estava coberta de hematomas.

Na manhã do dia 28 de junho, a Sra. Li trouxe para casa dezenas de panfletos do Falun Gong. Um vizinho da aldeia, por acaso viu o que ela carregava e a denunciou às autoridades do vilarejo. Xiang Demao, secretário do PCC da aldeia e vários soldados paramilitares, logo chegaram na sua casa e confiscaram seus panfletos.

Eles a levaram para uma casa vazia para interrogá-la. A Sra. Li se recusou a revelar de quem ela tinha conseguido os panfletos. Yu Desheng e Yu Deshui, dois dos soldados, bateram nela tentando com que ela falasse. Alguns dos seus dentes caíram e como resultado das surras sua boca se rompeu. Houve uma contusão em sua caixa torácica esquerda e ela estava com hematomas por toda parte. De acordo com um morador idoso que foi instruído a vigiá-la, um dos soldados também cutucou a Sra. Li com uma vara no peito.

A Sra. Li ainda se recusou a desistir da prática ou a responder aos questionamentos. Um de seus algozes a levou para fora para "consertá-la". Ele a chutou com tanta força que ela perdeu o equilíbrio e bateu com o quadril em uma pedra. Mais tarde, quando começou a chover, ele a fez permanecer na chuva por muito tempo. Ela começou uma greve de fome para protestar contra o abuso.

Por volta do dia 6 de julho de 2020, o marido da Sra. Li morreu e as autoridades a trouxeram para casa para cuidar do funeral. Ela não falou com o filho quando se abraçaram. Segundo seu filho, sua boca estava cortada e estavam faltando vários dentes. Rapidamente, ela foi levada embora e as autoridades se recusaram a revelar seu paradeiro. Após os repetidos pedidos de seu filho, as autoridades concordaram em cobrir seus olhos e levá-lo para ver sua mãe em um local não revelado. Essa foi a última vez que eles se viram.

No dia 13 de julho, a Sra. Li foi levada a uma clínica particular para "reanimação" e foi declarada morta. Após sua morte, imediatamente, as autoridades levaram seus restos mortais para sua família. Os soldados paramilitares foram colocados do lado de fora de sua casa e disseram que não iriam embora até que sua família tivesse seus restos mortais cremados no mesmo dia. Seus familiares não tiveram outra opção a não ser cumprir com a exigência.

Enquanto trocava de roupa, seus familiares notaram que os globos oculares da Sra. Li pareciam salientes e pareciam excepcionalmente grandes.

No dia do funeral da Sra. Li, dois dos soldados que a espancaram durante o interrogatório apareceram à paisana para assediar seus amigos e familiares e tentaram impedi-los de comparecer ao funeral. Quando questionados sobre quem eram, os soldados mentiram e disseram que eram parentes da Sra. Li.

2. Heilongjiang, médica é espancada até a morte

A Sra. Wang Shukun foi médica no Hospital Hailin Town na cidade de Hailin, província de Heilongjiang. Devido ao surto do coronavírus, ela não estava indo trabalhar há meses. No final de junho de 2020, ela recebeu uma ligação de Han Yan, o secretário do partido do hospital e foi informada que Chen Guangqun, o presidente do hospital, estava procurando por ela.

A Sra. Wang pensou que o hospital estava providenciando para que ela voltasse ao trabalho. Ao chegar no hospital, eram os policiais da Delegacia de Polícia da Cidade de Hailin nº 1 que estavam procurando por ela. Eles tentaram forçá-la a escrever declarações para renunciar ao Falun Gong e reconhecer que seu marido, Sr. Yu Xiaopeng, também era um praticante.

O Sr. Yu, um cirurgião do mesmo hospital, foi demitido há 29 anos por se recusar a fabricar registros médicos conforme o então presidente do hospital o havia instruído. Ele vinha fazendo petições todos esses anos e era considerado um alvo principal pelas autoridades, que tentaram piorar as coisas para ele alegando que ele também praticava o Falun Gong quando nunca o fez.

Quando a Sra. Wang se recusou a assinar as declarações, a polícia a espancou por horas no hospital. Eles ameaçaram que se a Sra. Wang não escrevesse as declarações, eles encontrariam outras pessoas para escrevê-las em seu nome.

A Sra. Wang sofreu uma forte dor na perna e implorou para que os policiais a soltassem. Eles concordaram, mas avisaram que, em alguns dias, a encontrariam novamente.

A Sra. Wang teve que se arrastar escada acima para voltar para seu apartamento. O marido notou que ela tinha hematomas por todo o corpo, as rótulas quebradas e ela estava encharcada de suor.

Na tarde do dia 1º de julho, repentinamente, a Sra. Wang sofreu uma hemorragia cerebral. Ela estava com muita tontura e com vontade de vomitar. No dia 2 de julho, por volta das 4:25 da manhã, ela faleceu aos 66 anos de idade. Seu corpo foi cremado no dia 4 de julho.

Após a morte da Sra. Wang, a polícia continuou assediando o Sr. Yu e ordenou que ele não denunciasse a morte da sua esposa no site do Minghui.

B. Casos de ferimentos graves

1. Um homem de Hebei fica em estado grave uma semana após sua prisão por praticar o Falun Gong

Um homem no condado de Huailai, província de Hebei, ficou em estado grave uma semana após ter sido preso por praticar Falun Gong.

No dia 14 de julho de 2020, o Sr. Ding Yuming, a Sra. He Yurong e a Sra. Ren estavam caminhando, quando foram presos e levados diretamente para um centro de lavagem cerebral. Embora a Sra. He e a Sra. Ren tenham sido soltas pouco depois, o Sr. Ding permaneceu sob custódia.

O pessoal do centro de lavagem cerebral revistou o Sr. Ding e confiscou seus 100 yuans em dinheiro, chaves e celular. Eles não lhe deram nenhuma roupa de cama por cinco dias, o mataram de fome e se recusaram a deixá-lo tomar um banho. Quando ele se recusou a assistir aos vídeos da propaganda que difamavam o Falun Gong, os funcionários o espancaram e bateram na sua cabeça e corpo com seus sapatos.

O Sr. Ding foi colocado na solitária por gritar "Falun Dafa é bom" quando o diretor do centro de lavagem cerebral veio fazer uma visita. Os funcionários de lá ameaçaram matá-lo caso ele "causasse mais problemas para eles". Sua filha não estava autorizada a visitá-lo.

Após repetidos abusos, o Sr. Ding ficou gravemente doente e foi hospitalizado no dia 22 de julho. Não está claro onde ele está sendo detido no momento em que escrevo.

Antes da sua última prisão, em 2003 o Sr. Ding foi condenado a sete anos e depois de ter apresentado um problema cardíaco e hipertensão arterial, libertado em liberdade condicional médica em 2008. Ele, novamente, foi preso em 2017 e condenado a mais quatro anos de prisão enquanto trabalhava em Pequim. As autoridades permitiram que ele cumprisse pena fora da prisão devido a seu estado de saúde.

2. Três praticantes de Liaoning detidos e torturados por mais de dois meses

No dia 12 de fevereiro de 2020, a polícia prendeu três praticantes do Falun Gong, em um posto rodoviário. Os três viajavam da cidade de Anshan para a cidade de Shenyang, ambas na província de Liaoning. A Sra. Lou Yan foi detida e torturada por 77 dias, o Sr. Fang Fuqiang e a Sra. Zhang Xu foram detidos por 65 dias.

Sra. Lou Yan

A Sra. Lou foi torturada e apresentou sintomas de epilepsia após ser presa no dia 12 de fevereiro e posteriormente detida em um hotel. Ao se recusar a explicar porque eles estavam indo para a cidade de Shenyang, os policias a esbofetearam no rosto e bateram na sua testa, resultando em um galo do tamanho de um ovo. Mais tarde, o oficial Han Ping a esbofeteou novamente com tanta força que ela ficou surda do ouvido esquerdo.

A Sra. Lou foi forçada a se sentar em uma cadeira de metal após ter sido detida por cerca de 10 dias. A tortura só parou depois que suas nádegas infeccionaram e seus pés endureceram e não conseguiram mais caber nas algemas.

A Sra. Lou ficou definhada após ter sido detida por cerca de dois meses. Ela tossia todos os dias, às vezes sem parar por quatro a cinco horas, junto com vômitos de catarro, sangue e bílis. Ela acabou fazendo greve de fome para exigir sua libertação.

Durante sua greve de fome, a Sra. Lou foi alimentada à força por três vezes. A polícia apertava suas bochechas enquanto despejava mingau em sua boca. Devido à alimentação forçada, ela vomitou sangue e a pele das bochechas estava dilacerada.

A Sra. Lou não tinha permissão para tomar banho durante os 78 dias em que esteve detida. Por causa da tortura, ela teve dificuldade para respirar e teve que se deitar no chão muitas vezes. A polícia no turno da noite tinha que vigiá-la o tempo todo, pois tinham medo que a Sra. Lou pudesse morrer a qualquer momento.

No dia 29 de abril, a Sra. Lou, perto da morte, foi levada de volta para a cidade de Anshan. A polícia se recusou a devolver os 60.000 yuans em dinheiro confiscados dela durante sua prisão.

Sr. Fang Fuqiang

O Sr. Fang foi interrogado, revistado e espancado depois de ser preso e levado ao Departamento de Polícia do Distrito de Sujiatun. Ele foi levado para a delegacia de polícia de Jiefang naquela noite e teve que dormir em uma cadeira ou no chão.

Ele foi levado a um centro de detenção no dia 14 de fevereiro e posteriormente transferido para um hotel, onde a Sra. Lou foi detida, no dia 16 de março. Durante a detenção, o Sr. Fang foi forçado a se sentar em uma cadeira de metal por quatro dias até que seus pés e as pernas ficassem extremamente inchados. Ele tinha acesso limitado à água potável, ao banheiro e ao chuveiro. À noite, a polícia algemou sua mão direita a um anel no chão e só soltou dois dias antes de sua libertação.

Sra. Zhang Xu

A Sra. Zhang se recusou a responder a quaisquer perguntas após ter sido presa e interrogada no dia 12 de fevereiro. Wang Chunyang, do Departamento de Polícia de Shenyang, trouxe três homens robustos na tentativa de registrar sua declaração. Naquela tarde, a polícia entregou um mandado de busca e apreensão em branco na sua residência e confiscou três impressoras, papel para imprimir e um computador depois de encontrar seu endereço por meio de pesquisas no banco de dados de usuários da Internet.

Wang apareceu novamente no dia seguinte e bateu na Sra. Zhang. Ele rasgou o casaco de inverno dela. No dia 14 de fevereiro, ele voltou com os três homens robustos e levou a Sra. Zhang para uma sala sem câmera de vigilância na Delegacia de Polícia de Jiefang e a interrogou.

A Sra. Zhang foi posteriormente transferida para um hotel e obrigada a se sentar em uma cadeira de metal. Quando a polícia falhou em "transformá-la", eles a forçaram a ficar em pé por muitas horas antes de fazê-la se agachar. A Sra. Zhang só pôde dormir depois da meia-noite.

No dia 8 de março, o oficial Han Ping começou a bater na cabeça, no rosto e nos ombros da Sra. Zhang enquanto tentava forçá-la a renunciar à sua fé. No dia seguinte ele continuou com o espancamento e ameaçou torturá-la ainda mais caso ela se recusasse a confessar.

Mais tarde, Han chamou três oficiais, Yang Na, Chen Jie e Liu Wenying, todos do centro de lavagem cerebral e lhes disse para "transformarem" a Sra. Zhang a todo custo. A Sra. Zhang estava com as pernas firmemente amarradas e as mãos atrás do corpo quando se recusou a se agachar. Han ordenou que a sra. Zhang se agachasse por duas horas. Quando ela não conseguiu ficar na posição, um oficial a segurou.

3. Policiais socam a cabeça de um homem enquanto o prendem por praticar o Falun Gong

No dia 8 de setembro de 2020, por volta das 18h30 minutos autoridades locais e policias que vieram em três carros, prenderam um homem em sua casa.

A polícia vasculhou a casa do Sr. Huang Jianguo e procurou por itens relacionados ao Falun Gong.

Enquanto tentavam forçar o Sr. Huang a entrar em um carro da polícia, os policiais arrancaram suas calças e o socaram na cabeça. Na delegacia, vários policiais espancaram o Sr. Huang, o derrubaram e pisaram em sua cabeça. Ele teve vários ferimentos e sua cabeça e rosto incharam.

No início de julho de 2020, as autoridades do município de Longjiaquan tentaram forçar o Sr. Huang a difamar o Falun Gong e seu fundador, mas ele se recusou. Poucas horas depois, em seu caminho para casa, três oficiais o pararam e ordenaram que ele renunciasse ao Falun Gong. Quando ele se recusou a obedecer, dois deles pularam sobre ele e o socaram no peito. Suas roupas estavam rasgadas e seus sapatos saíram dos pés. Ele fugiu descalço. Os hematomas em seu peito duraram duas semanas e após dois meses, seu peito ainda doía.

4. Homem de Jiangxi é preso 18 meses por causa da sua fé e seu rosto e suas mãos são queimadas

No dia 26 de fevereiro de 2020, os policiais da delegacia de Hongshan prenderam o Sr. Yang Tingxian de 62 anos de idade, da cidade de Pinxiang, província de Jiangxi. Na delegacia, os policiais o interrogaram enquanto ele estava algemado. Ele se recusou a dar informações sobre outros praticantes. Os policiais o agrediram e queimaram seu rosto e as costas das mãos com cigarros. Ele foi liberado algumas horas depois. No dia 10 de julho de 2020, um juiz do Tribunal do Condado de Luxi o condenou a 18 meses de prisão.

Antes de seu último mandato, o Sr. Yang serviu um ano na Prisão de Nanchang. Ele foi forçado a sentar em um banquinho sem se mover, mantido em confinamento solitário, privado de sono e forçado a ficar de frente para a parede à noite, tudo por causa da sua recusa em renunciar ao Falun Gong.

Após ser liberado em outubro de 2019, ele recebeu sua aposentadoria por apenas um mês antes que as autoridades a congelassem em dezembro.

5. Uma mulher em Heilongjiang sofre lesão na medula espinhal durante o interrogatório

No dia 1º de maio de 2020, os policiais invadiram a casa da Sra. Wen Yufei na cidade de Qiqihar, província de Heilongjiang. Eles a prenderam e saquearam sua casa. Na delegacia local, a Sra. Wen foi algemada e acorrentada a uma cadeira. Ela foi interrogada, insultada e ameaçada. Qian Wei, diretor do Escritório de Segurança Interna, chutou a cabeça e o rosto dela com as botas. Sua cadeira tombou e ao cair, sua medula espinhal foi lesionada. Ela foi liberada no dia seguinte. Até hoje, ela não pode ficar de pé ou se curvar.

Por escrever uma queixa citando Qian por sua brutalidade, a Sra. Wen foi presa novamente no dia 29 de junho e colocada no Centro de Detenção do Condado de Fuyu.

A Sra. Wen, 47 anos, trabalhou como secretária e diretora de escritório no Heilongjiang Chemical Group. Suas infecções renais e nasais desapareceram depois que ela conheceu o Falun Gong, em 1997. Mais tarde, ela começou a ensinar sua profissão. Ela cobrava taxas mínimas e muitas vezes dava aulas de graça.

Por manter sua fé no Falun Gong, ela foi presa três vezes e sua casa foi saqueada cinco vezes antes de sua última prisão.

6. Após ser arrastado pela polícia, um homem tem seus cotovelos e joelhos machucados

o dia 30 de julho de 2020, quatro policiais da Delegacia de Polícia de Rongguang na cidade de Changchun, província de Jilin, invadiram a casa do Sr. Wang Zhizhong e o prenderam.

O Sr. Wang se recusou a cooperar enquanto ele estava na delegacia local. Os policiais o arrastaram por uma estrada de cascalho. Como ele estava usando mangas curtas e calças, a pele de seus cotovelos e joelhos ficou arranhada e sangrava muito.

7. Polícia bate na cara de uma mulher com os sapatos

No dia 10 de setembro de 2020, a Sra. Ji Shujun e a Sra. Peng Xia da cidade de Chengde, província de Hebei, foram para a cidade de Tumu, na cidade de Zhangjiakou, a cerca de 180 milhas de distância, para promover a conscientização sobre a perseguição ao Falun Gong.

Os policiais as notaram em um mercado para agricultores e as prenderam. A senhora Ji e a senhora Peng foram algemadas juntas e empurradas para dentro do carro da polícia. As algemas cortaram profundamente os pulsos da Sra. Peng e deixaram hematomas.

Na delegacia de polícia, as mulheres se recusaram a sair do carro. A polícia as arrastou para fora em direção ao pátio em frente à delegacia. Seus sapatos caíram, as mangas de suas blusas foram rasgadas e suas costas ficaram feridas.

Quando um oficial perguntou à Sra. Ji o que ela estava fazendo no mercado dos agricultores, ela respondeu que estava lá para informar as pessoas sobre a perseguição. Ela apelou para que a polícia não ajudasse o regime comunista a fazer coisa errada ou a participar da perseguição.

A polícia se recusou a ouvi-la e começou agredir verbalmente o Falun Gong e seu fundador. Os praticantes tentaram detê-los e gritaram: "Falun Dafa é bom!" Enquanto gritavam, um policial chutou o braço da Sra. Ji, deu-lhe um tapa na cara e bateu na boca dela com o seu próprio sapato. A boca da Sra. Ji inchou. Momentos depois, quando começou a chover, a polícia parou de maltrata-la.

Mais tarde naquele dia, a Sra. Ji e a Sra. Peng foram levadas ao Centro de Lavagem Cerebral Dahuangzhuang. Em sinal de protesto, elas fizeram greve de fome. Embora a Sra. Ji tenha sido liberada na tarde de 12 de setembro, a Sra. Peng ainda está no Centro de Lavagem Cerebral.

Após 10 dias, os hematomas no braço da Sra. Ji ainda estavam muito escuros

8. Um casal é preso e o marido é espancado violentamente

Cinco oficiais da Delegacia de Polícia de Jichang no município de Xishanbei, condado de Yi, província de Hebei, saquearam a casa do Sr. Jia Dong na manhã do dia 26 de novembro de 2020. Eles levaram o computador, impressora, livros do Falun Gong e outros pertences pessoais dele. Como o Sr. Jia não estava em casa quando a polícia chegou, eles prenderam sua esposa e recolheram suas impressões digitais à força antes de libertá-la à noite.

Mais tarde naquele dia, o Sr. Jia foi preso no trabalho e também levado para a Casa de Detenção do Condado de Yi. Quando sua esposa o viu na casa de detenção, ele estava algemado, com a boca sangrando, com as mãos algemadas e estava coberto de sujeira.

C. Violência contra crianças e idosos

1. A polícia bate em um idoso até seu rosto sangrar

No dia 13 de outubro de 2020, por volta das 10 horas da manhã, o Sr. Teng Yuguo e sua esposa estavam colhendo abóboras em seu jardim, quando a polícia invadiu o mesmo.

Antes que o Sr. Teng conseguisse escapar, a polícia o agarrou. Mesmo com sua esposa chorando por perto, a polícia bateu no Sr. Teng, de 66 anos, e seu rosto começou a sangrar. Depois o algemaram e o acorrentaram. Um policial disse: "Agora você tem uma carga adicional em cima da anterior (por praticar Falun Gong)".

A polícia levou o Sr. Teng da cidade de Shenyang, Província de Liaoning, para a delegacia de polícia. Após ser mantido no Centro de Detenção de Dadong por quatro dias, ele foi levado para o Centro de Detenção de Sujiatun, na periferia da cidade. As autoridades não deixaram seu advogado visitá-lo, usando a pandemia do coronavírus como desculpa. Sua família está muito preocupada com ele.

Semanas após a prisão do Sr. Teng, que ocorreu menos de um mês dele ter voltado para casa seis meses depois de estar escondido para evitar ser preso, a esposa do Sr. Teng está tão traumatizada que ainda está assustada e tendo dificuldade para falar e organizar suas ideias.

2. Quatro policiais prendem de forma violenta uma idosa de 80 anos

No dia 14 de agosto de 2020, seis oficiais invadiram e saquearam a casa alugada da Sra. Chen Guifen, de 80 anos, na cidade de Pengzhou, província de Sichuan. A Sra. Chen segurou sua cópia do Zhuan Falun, o livro principal do Falun Gong, firmemente em seu peito enquanto quatro oficiais tentavam agarrá-lo e tirá-lo dela.

Finalmente, eles agarraram suas mãos e seus pés, a arrastaram para o carro da polícia e a levaram para a delegacia. Ela foi solta por volta das 18h00. Após duas semanas, suas mãos ainda tinham marcas onde os policiais a agarraram.

3. Um professor aposentado de 74 anos de idade é agredido violentamente pela polícia

O Sr. Lei Zhengxia de 74 anos de idade e sua esposa, a Sra. Li Weiqun, de Chongqing, foram para a cidade de Xi’an, província de Shaanxi, no início de 2020 para ajudar sua filha a cuidar de seu neto recém-nascido.

No dia 4 de setembro de 2020, por volta das 10h00, seis oficiais invadiram a casa da filha do Sr. Lei. Quando o Sr. Lei resistiu à tentativa da polícia de prendê-lo, três policiais o empurraram para o sofá, o algemaram atrás das costas e tiraram seus óculos. Outros dois policiais o arrastaram para fora e o empurraram para dentro do carro da polícia. Um de seus sapatos caiu durante a tribulação.

Como a Sra. Li estava tentando impedir a polícia de prender seu marido, ela também foi empurrada para o chão. A polícia algemou sua mão direita e também a levou para a delegacia.

A polícia levou o casal para a sala de interrogatório. O policial Wang algemou o Sr. Lei e tentou forçá-lo a colocar suas impressões digitais no registro do interrogatório. Quando o Sr. Lei se recusou a obedecer, Wang o empurrou para um canto da sala, deu-lhe um soco no peito, bateu em seu pescoço com a ponta da mão e bateu sua cabeça contra a parede. Wang também tentou golpear as pernas do Sr. Lei com seus joelhos, mas a Sra. Li o parou.

Wang se virou, pegou o cabelo da Sra. Li e tentou bater nela. Ela gritou para ele: "Como você se atreve"! Wang soltou o cabelo da Sra. Li, mas agarrou uma placa de borracha e bateu contra as mãos algemadas do Sr. Lei. Em seguida ele saiu mesmo que os pulsos do Sr. Lei estivessem sangrando.

Após 35 horas de detenção, o Sr. Lei foi libertado por volta das 21h00 do dia seguinte. Até então, a polícia não tinha tirado suas algemas.

4. A polícia agride idosas, causando convulsões e vômitos

No dia 23 de abril de 2020, oficiais da Polícia de Segurança Interna do Distrito de Sujiatun na Província de Liaoning espancaram violentamente a Sra. Geng Luqing da cidade de Shenyang, Província de Liaoning. O jovem oficial de sobrenome Xia algemou as mãos da idosa Sra. Geng nas costas de uma cadeira de metal, bateu nela e chutou a cadeira com tanta força que as algemas cortaram seus pulsos. O espancamento causou uma dor aguda em seus ouvidos e um zumbido em sua cabeça. Ela vomitou e teve convulsões. Suas pernas e seu corpo ficaram machucados.

5. Mulher de Hebei tem vários ferimentos nas costas e nas pernas durante sua violenta prisão

No dia 16 de novembro de 2020, a Sra. Zhang Rufen da cidade de Cangzhou, província de Hebei, sofreu ferimentos nas costas e na cabeça após sua prisão em casa.

No dia 16 de novembro, oito oficiais levaram a Sra. Zhang, nos seus 60 anos de idade, para fora de sua casa. Ela resistiu firmemente e condenou a violência deles. Enquanto lutava, suas roupas foram arrancadas e suas costas ficaram expostas.

Após os policiais finalmente carregarem a Sra. Zhang para baixo e a empurrarem para dentro do carro da polícia, enquanto seus pés ainda estavam do lado de fora, eles fecharam a porta. Ela gritou de dor. Confinada no carro, ela tinha fortes dores nas costas e queria se esticar, mas Wang se recusou a abrir espaço para ela.

Quando o carro chegou à delegacia, a Sra. Zhang estava com dores por todo o corpo e não podia se mover. Vários policiais vieram e a arrastaram para fora do carro pelas pernas. Sua cabeça bateu no concreto e ela desmaiou.

Quando acordou, ela estava deitada sobre o concreto no pátio da delegacia de polícia. Suas costas estavam expostas. Uma manga do seu casaco de inverno havia sido arrancada. Ela tinha dificuldade para respirar, tremia e não conseguia se mover devido à dor. Ela também tinha um forte inchaço na parte de trás da cabeça que permaneceu por dias.

Vendo que ela havia acordado, vários oficiais tentaram arrastá-la para a sala de interrogatório. Ela gritou de dor. Os oficiais então ordenaram que ela se levantasse, mas ela quase desmaiou novamente. Seu peito estava muito apertado, e ela sentiu que suas costelas estavam quebradas.

Embora a polícia a tenha libertado no mesmo dia, eles voltaram três vezes nos dias seguintes e a assediaram.

6. Policiais batem em praticante e no seu filho pequeno

No dia 22 de janeiro de 2020, a Sra. Geng Caixia e seu filho da cidade de Tangshan, província de Hebei, foram ao distrito de Guzhi para falar com as pessoas sobre a perseguição ao Falun Gong. Oficiais da Delegacia de Polícia de Yingezhuang os prenderam. A polícia espancou a criança durante a prisão.

Na delegacia, um policial deu várias bofetadas em seu filho e bateu em suas pernas, joelhos e costas com um bastão elétrico. As pernas da criança incharam e ele mal conseguia andar. Ele não conseguia endireitar as costas ao caminhar.

D. Espancamentos cruéis

1. A polícia chuta violentamente o professor por distribuir folhetos

No dia 9 de abril de 2020, o Sr. Li Yan, professor da cidade de Harbin, província de Heilongjiang, distribuía folhetos sobre o Falun Gong. A polícia o prendeu e o levou para a delegacia da cidade de Xinglong. Na delegacia ele viu a polícia esbofetear outro praticante, o Sr. Sun Tienong, na cara com tanta força que o Sr. Sun desmaiou e ficou zonzo. Quando o Sr. Li tentou impedir a polícia de bater no Sr. Sun, os policiais arrastaram o Sr. Li para uma sala sem câmeras de vigilância e o espancaram. Eles o algemaram e o seguraram no chão. Um policial pisou e torceu seu rosto e sua cabeça. Outro o chutou pelas costas.

O Sr. Li estava com tanta dor que não conseguia se sentar. O chefe de polícia Yang Chunlai o interrogou e o advertiu para não contar aos outros sobre os espancamentos.

2. Praticante com deficiência da cidade de Changchun é torturado no banco do tigre

O Sr. Yang Zhanjiu da cidade de Changchun, província de Jilin, foi torturado na prisão por causa da sua fé no Falun Gong e como resultado ficou incapacitado. Ele ganhava a vida vendendo sapatos em um mercado com a ajuda de outra praticante, a Sra. Yu Aiji. No dia 3 de setembro de 2020, cinco oficiais à paisana emboscaram os dois praticantes. Os oficiais saquearam a casa do Sr. Yang e o algemaram em uma cadeira. Eles o espancaram e atiraram objetos afiados em seu rosto.

Na delegacia, os policiais acorrentaram o Sr. Yang em um banco de tigre e trancaram a Sra. Yu na solitária na qual não havia janela e o cheiro era terrível. A polícia ameaçou estourar os miolos da Sra. Yu caso ela não revelasse seu nome. Os dois foram soltos no dia seguinte, em 4 de setembro.

Outros casos de espancamentos violentos

Na manhã do dia 19 de setembro de 2020, três oficiais da província de Liaoning encontraram o Sr. Zhang Yujiang no trabalho e tentaram forçá-lo a renunciar ao Falun Gong. O Sr. Zhang se recusou. A polícia o levou para a delegacia de Chaoyangxiang e o algemou nas costas de uma cadeira de metal e começou a esbofeteá-lo. Enquanto ele estava sendo torturado, a polícia também tentou forçar sua esposa, Sra. Ma Chunxia, a renunciar ao Falun Gong. Ela também se recusou a obedecer. O Sr. Zhang foi libertado ao meio-dia.

No dia 15 de julho de 2020, doze policiais da Delegacia de Polícia de Huanglong e da Delegacia de Polícia de Debiao invadiram a casa da Sra. Zhou Xiujuan no condado de Nong'an, província de Jilin. Eles levaram mais de 100 de seus livros e outros objetos de valor do Falun Gong. Yang Honglin, uma chefe de polícia, bateu repetidamente na Sra. Zhou Xiujuan e a colocou no Centro de Detenção de Weizigou na cidade de Changchun por 15 dias.

No dia 5 de setembro de 2020, a Sra. Cui Xiuqin, da cidade de Harbin, Província de Heilongjiang, foi presa. Dois oficiais bateram nela, deram-lhe um soco na cabeça e lhe arrancaram os cabelos. Ela estava coberta de hematomas. Após quatro dias, a Sra. Cui viu uma pessoa de preto usando uma máscara que a monitorava no topo do prédio de apartamentos próximo. Ela também percebeu que ao sair estava sendo seguida. Ela foi obrigada a viver longe de casa para evitar ser presa.

No dia 6 de julho de 2020, o policial Guo Kaiming invadiu a casa da Sra. Yin Lanhua na cidade de Liaoyuan, província de Jilin. Ele saqueou o lugar e a levou para o Departamento de Polícia de Xiangyang, onde ela foi algemada nas costas e torturada por três dias. Em seguida, ela foi levada ao Centro de Detenção da Cidade de Liaoyuan.

No dia 24 de junho de 2020, o Sr. Liu Yuecheng, um residente da cidade de Linyi, província de Shandong, foi convocado para ir ao escritório de Wang Qingwei, o secretário local do PCC. Wang lhe perguntou se ele ainda praticava o Falun Gong.

Quando o Sr. Liu disse que sim, Wang o repreendeu, dizendo que o PCC lhe dava comida e trabalho e que ele deveria ouvir o PCC e desistir de praticar o Falun Gong. O Sr. Liu respondeu que ele trabalhava duro para ganhar seu salário e que não era algo dado pelo PCC. Wang deu-lhe um soco no peito repetidamente e o ameaçou. O abuso durou das 19h00 às 23h00. No dia seguinte, antes de soltá-lo, a polícia o espancou e o agrediu verbalmente.

No dia 17 de novembro de 2020, a polícia da cidade de Changchun, província de Jilin, prendeu a Sra. Wang Jinghong. Eles saquearam sua casa, a torturaram e tiraram seu sangue. Eles a arrastaram pelo chão, chutaram e pisaram em seu rosto, pisaram em suas costas, a algemaram atrás das costas, empurraram seus braços para cima e dobraram seus dedos.

E. Coleta forçada de amostras de sangue e de medula óssea

Os praticantes do Falun Gong detidos são muitas vezes e obrigados a fazer exames médicos e de sangue, mesmo sendo frequentemente torturados pelos guardas e presos, os quais não se preocupam nada com sua saúde.

Desde 2006, inúmeras investigações sugerem que os praticantes do Falun Gong foram, e ainda são mortos para que seus órgãos sustentem a indústria de transplantes em massa na China, que até hoje não tem nem mesmo um sistema de doação estabelecido.

Muitos médicos especialistas suspeitam que amostras de sangue dos praticantes do Falun Gong são coletadas com freqüência para construir um banco de órgãos para hospitais chineses, como alguns hospitais anunciam em seus sites na Internet tempos de espera tão curtos quanto duas semanas para um órgão compatível.

1. Os residentes de Xangai têm seu sangue extraído à força pela polícia

Desde o início de agosto de 2020, mais de dez praticantes do Falun Gong no distrito de Pudongxin em Xangai tiveram amostras de seu sangue e biometria extraídas à força pela polícia.

Alguns suspeitam que a recente coleta de biometria e amostras de sangue dos praticantes é para as autoridades estabelecerem um banco de dados maciço de DNA e compatibilidade de órgãos, bem como para melhorar a vigilância dos praticantes através da extensa rede de monitoramento da China.

Uma das mais recentes vítimas da extração de sangue em Xangai é o Sr. Qiu Yinlong, um veterano que agora trabalha na renovação de casas e negócios imobiliários.

No dia 10 de setembro de 2020, quatro policiais foram à casa do Sr. Qiu Yinlong para procurá-lo. Como ele não estava em casa quando os policiais chegaram pela primeira vez, eles voltaram horas depois e tiraram à força uma amostra do sangue do Sr. Qiu, apesar de sua forte objeção.

2. Homem de Hubei submetido a extenso exame médico com suspeita de compatibilidade de órgãos

No dia 26 de dezembro de 2018, o Sr. Zhou Guoqiang, ex-funcionário do Banco Industrial e Comercial da cidade de Chibi, província de Hubei, foi preso por volta das 17 horas, quando trabalhava em Wuhan, na mesma província.

O Sr. Zhou, na casa dos 50 anos, foi levado pela primeira vez à Delegacia de Polícia de Yujiatou. A polícia o prendeu em uma cadeira de metal, o interrogou e o espancou. Depois o levaram para o hospital para um exame físico completo. Seus olhos, coração, rins, fígado e pulmões foram examinados. A enfermeira também tirou centenas de mililitros de seu sangue, muito mais do que para um exame médico regular. Ela também coletou uma amostra de sua medula óssea.

3. Mulher de Pequim é assediada por causa da sua fé e tem amostra de sangue e biometria extraída

No dia 26 de maio de 2020, a Sra. Fan Jirong de Pequim foi presa pela primeira vez em sua casa. A polícia a levou para o hospital, retirou seu sangue e mediu sua altura e peso. Seu braço foi ferido pela polícia e coberto por hematomas.

Naquela noite, a Sra. Fan foi interrogada na delegacia de polícia. A polícia tentou forçá-la a assinar o registro do interrogatório. Ao invés disso, ela escreveu: "Falun Dafa é bom".

Então, a polícia levou a Sra. Fan para o Centro de Detenção de Mudanças, que se recusou a admiti-la devido à alta pressão arterial e outras condições médicas. Com isso, ela foi liberada sob fiança.

PARTE II: Brutalidades nas prisões e nos centros de detenção

Os guardas nas prisões e centros de detenção muitas vezes torturam os praticantes do Falun Gong detidos, tentando forçá-los a desistirem de sua fé. Quando os praticantes renunciam a sua fé no papel, os outros prisioneiros muitas vezes recebem créditos e penas reduzidas.

As várias torturas utilizadas nestas instalações são: alimentação forçada, lavagem cerebral, espancamento, sentar em pequenos bancos, ser pendurado, ficar em posição militar ou agachado por longos períodos de tempo, assim como morrer de fome.

Alguns praticantes foram amarrados em um banco de tigre. Alguns tiveram uma mão algemada no beliche superior e a outra no beliche inferior, de modo que não pudessem se levantar ou se agachar. Alguns tiveram seus braços amarrados à cama em posição de águia por um longo tempo e só foram soltos quando precisaram usar o banheiro. Alguns também foram submetidos a choques elétricos durante a tortura de amarrar.

A Sra. Chen Zhilian, 70 anos, da cidade de Leshan, província de Sichuan, sofreu uma grave hemorragia intracraniana após ter sido espancada pelos guardas da prisão feminina de Chengdu no início de 2020.

Se os praticantes se recusassem a renunciar à sua fé ou protestassem contra a prisão ilegal, se recusassem a seguir as ordens, seriam punidos com isolamento e teriam visitas, telefonemas ou cartas para a família negadas. Alguns tiveram seus horários de refeição reduzidos para apenas alguns minutos e outros foram privados de sono.

Os casos a seguir são exemplos representativos dos abusos.

1. Praticantes do Falun Gong torturados na prisão feminina da província de Jilin

Desde que o Partido Comunista Chinês (PCC) começou a perseguir os praticantes do Falun Gong em 1999, a Prisão Feminina da Província de Jilin, localizada na cidade de Lanjia, Changchun City, tem participado ativamente da perseguição. Os perpetradores são muito cruéis e causam aos praticantes presos ferimentos graves ou até mesmo a morte.

Desde 12 de julho de 2020, a prisão iniciou uma nova campanha com o objetivo de forçar as praticantes a desistirem de sua crença. Os guardas isolaram aquelas que se recusaram a ser "transformadas" e não permitiram que elas tivessem contato com outras praticantes.

Algumas foram forçadas a usar algemas por mais de duas semanas. Outras foram forçadas a sentar no chão durante toda a noite enquanto os guardas pulverizavam água fria sobre elas. Algumas praticantes fizeram greve de fome para protestar. As detentas as alimentaram à força e as pressionaram a escrever declarações de garantia para desistir da sua crença. Se as praticantes se recusassem a ser "transformadas", não lhes era permitido fazer intervalos no corredor ou fora dele.

Na oitava prisão, também conhecida como "ala de educação", mais de 100 praticantes foram detidas no momento dessa redação. O chefe da ala, Qian Wei, foi transferido para a oitava ala em 2019. Ele tem usado todas as táticas imagináveis para perseguir as praticantes do Falun Gong. Ele proibiu as praticantes de se alimentarem, dormirem ou tomarem banho e as trancou nas solitárias.

A Sra. Jin Yan resistiu e se recusou a sentar em um pequeno banco, o que é um método doloroso de tortura. Ela foi espancada várias vezes pela detenta Wang Shuwen e foi mantida em prisão solitária por mais de dois meses.

A Sra. Lian Jinhua também foi espancada várias vezes por Wang Shuwen. Uma noite, Wang tirou a Sra. Lian da cama e ordenou que ela escrevesse uma declaração de garantia para desistir da prática do Falun Gong.

A Sra. Chu Zhanfeng foi espancada em julho de 2020 pela presidiária Zheng Dan. A Sra. Chu, então, foi trancada na solitária pela líder da equipe Li Xiaolei e foi pressionada a escrever a declaração de garantia.

A Sra. Chi Shuling foi trancada em confinamento por três meses em 2020, porque não foi "transformada" o suficiente.

A Sra. Che Pingping foi trancada em confinamento solitário em agosto de 2020. Ela entrou em greve de fome para protestar e foi brutalmente alimentada à força. Toda vez que puxavam o tubo de alimentação para fora, ele tinha sangue no mesmo.

2. Tortura na prisão de mulheres da província de Liaoning

A 12ª ala da Prisão de Mulheres da Província de Liaoning é reservada a todas as praticantes do Falun Gong que são presas por causa da sua fé. Frequentemente são espancadas, privadas de sono, agredidas verbalmente, privadas do acesso aos chuveiros e não recebem papel higiênico.

A Sra. Zhao Hongmei e a Sra. Zhou Yuzhen foram forçadas a ficar em pé por vários dias. As detentas puxavam seus cabelos e seus pelos púbicos. Seus gritos de dor à noite eram horríveis de se ouvir. Para protestar contra o abuso, a Sra. Zhao fez greve de fome durante quatro dias. Seu peso caiu de 70 quilos para menos de 40 quilos.

A Sra. Lin Mengfen uma vez foi forçada a ficar em pé por quatro dias sem se mexer. Ela foi obrigada a sujar suas calças.

Os guardas de outras alas também torturam as praticantes do Falun Gong.

Na 1ª ala, a Sra. Jiang Wei foi borrifada com água com pimenta e arrastada pelos pés para baixo, batendo com a cabeça no chão.

Na 7ª ala, a Sra. Zhang Wei foi forçada a usar algemas, foi espancada e chutada nas costas por praticar os exercícios do Falun Gong. Uma detenta disse que preferia perder sua oportunidade de ter seu mandato reduzido se ela pudesse bater na Sra. Zhang. No dia 22 de março de 2020, a Sra. Zhang escreveu duas cartas de reclamação: uma sobre Jiang Zemin, o antigo chefe do regime comunista por ordenar a perseguição ao Falun Gong, e a outra sobre os guardas por seu uso de violência. Não está claro se os guardas enviaram suas cartas.

Na 10ª ala, a Sra. Ye Zhongqiu foi espancada e agredida verbalmente pelas detentas. Mais tarde, ela sofreu um derrame por causa da tortura.

A Sra. Zhou Haiyan foi forçada a fazer trabalho não remunerado e forçada a ficar em pé e de cócoras quando se recusou a obedecer.

A Sra. Bai Ling e a Sra. Zhao Hong'e foram trancadas em uma sala e forçadas a ficar em pé por longas horas por não terem renunciado ao Falun Gong.

3. Tortura da Sra. Xu Guixian na prisão feminina da província de Liaoning

A Sra. Xu Guixian, uma praticante do Falun Gong de 60 anos da cidade de Jinzhou, província de Liaoning, foi condenada a quatro anos de prisão pelo Tribunal Distrital de Linghe no início de março de 2019. Ela foi enviada para a sexta divisão da quinta ala prisional da Prisão de Mulheres da Província de Liaoning em abril de 2019 e torturada.

No dia 1º de junho de 2020, os perpetradores do presídio começaram a torturar novamente a Sra. Xu. Eles a espancaram com bastões elétricos, lhe negaram o uso do banheiro, a privaram do sono e derramaram água fervente sobre ela.

Durante o dia quando as outras detentas foram trabalhar, a detenta Lou Shuang, quando ninguém mais estava por perto, levou a Sra. Xu a um armazém e aplicou choques com bastões elétricos. Quando alguém entrava, Lou parava e cobria os bastões elétricos com uma toalha.

Entre 1 e 3 de junho, a Sra. Xu foi mantida em uma sala de estocagem de alimentos no quinto pavilhão penitenciário e não foi autorizada a usar o banheiro. Ela teve que sujar as calças. Durante o dia, ela foi espancada e agredida verbalmente por criminosos da sexta equipe. Li Jingchun e Wang Yan foram designadas para monitorar e torturar a Sra. Xu durante a noite. Li e Wang foram transferidas da décima segunda ala para a quinta ala há alguns meses por causa de sua experiência na perseguição aos praticantes do Falun Gong. A Sra. Xu foi obrigada a ficar em uma posição fixa e se por acaso se mexesse as detentas, a espancariam.

No dia 4 de junho, a Sra. Xu não conseguia reconhecer ninguém devido à tortura.

Às 20h00 do dia 4 de junho, após levarem a Sra. Xu de volta para sua cela, as detentas Xiao Miao e Song Lanjie queimaram suas costas com uma garrafa de bebida cheia de água fervente, enquanto Li Feifei segurou a Sra. Xu para que ela não pudesse se mover. Mais tarde, muitas pessoas na ala prisional viram uma área, de 4 a 8 cm, nas costas da Sra. Xu, gravemente queimada.

4. Contínuas torturas e lavagem cerebral dos praticantes do Falun Gong na prisão feminina da província de Heilongjiang

Mais 132 praticantes foram condenadas à prisão no primeiro semestre de 2020 por se recusarem a renunciar à sua fé.

Nas últimas duas décadas, a prisão feminina da província de Heilongjiang, localizada na capital de Harbin, tem permanecido como uma das instalações com mais praticantes encarceradas, sendo mais de mil confirmadas até agora. Atualmente, há cerca de 200 praticantes encarceradas nas instalações.

Há três grandes alas que são especificamente designadas para torturar as praticantes com objetivo de "transformá-las" para que desistam da sua fé. Essas alas são a oitava, nona e a enfermaria do hospital. As praticantes recém admitidas são colocadas na nona ala antes de serem transferidas para a oitava, onde as torturas e a lavagem cerebral se intensificam. As praticantes que acabam com graves lesões corporais são enviadas para a enfermaria do hospital.

Os guardas nunca se envolvem, pessoalmente, no abuso dos praticantes. Eles ordenam que as criminosas, em sua maioria traficantes de drogas, façam o trabalho e as nomeiam para serem os chefes de diferentes equipes das alas. Essas chefes se reportam diretamente aos guardas.

A seguir estão várias maneiras pelas quais as autoridades penitenciárias torturam as obstinadas praticantes na tentativa de fazer com que elas se rendam e renunciem à sua fé.

a. Lavagem cerebral

Quando as praticantes chegam à prisão, elas são colocadas na equipe "transformadora" da nona ala, onde enfrentam colaboradoras que são profissionalmente treinadas em lavagem cerebral. As colaboradoras trabalham individualmente e se baseiam na vida pessoal e nos familiares das praticantes. Com isso, elas aproveitam o medo das praticantes de perder a família, a liberdade e a saúde e tentam fazer com que desistam da sua fé. Essas colaboradoras se revezam para alimentar seus medos e ansiedades.

As colaboradoras, repetidamente, reproduzem vídeos os quais caluniam o Falun Gong e forçam as praticantes a assistirem, às vezes, por mais de 10 horas por dia. A repetição até chega a dar dores de cabeça nas próprias colaboradoras.

b. Tortura física

Sentada quieta em um banquinho

Quase toda praticante, constante, era forçada a se sentar em um banquinho. O banquinho tem 15 cm de altura e 20 cm de largura, com saliências esculpidas no assento. A praticante deve manter a parte superior do corpo reta com os joelhos juntos e as mãos sobre eles. O banco é tão pequeno que a praticante precisa se inclinar para frente e, como resultado, colocar o peso do corpo no cóccix. Quando o cóccix raspa nas saliências do assento, em 10 minutos, a dor aparece. A praticante deve sentar no banquinho, sem se mexer, por 15 a 18 horas todos os dias durante meses.

Uma vez a Sra. Li Xueyan foi torturada desta forma durante 56 dias. Ela sentou nesse banquinho por mais de 100 dias enquanto, durante esse tempo, sua área de convivência era restrita ao tamanho de uma telha (24" por 24").

Quando a Sra. Li Mingfang sentava no banquinho, constantemente, as colaboradoras a esbofeteavam. Todas as detentas da sua cela eram obrigadas a ler os materiais de propaganda com ela por causa da sua recusa em desistir de sua crença. Consequentemente, algumas detentas guardaram rancor e por isso bateram e intimidaram a Sra. Li.

Espancamentos violentos

Para as praticantes que se recusam a abrir mão da sua fé ou a cooperarem com as autoridades penitenciárias durante os exames médicos ou de sangue, as colaboradoras se revezam no espancamento. Essas colaboradoras nunca são punidas, mesmo que as praticantes as denunciem.

A Sra. Li Erying foi amarrada e espancada até ficar muito ferida ao ponto de não conseguir mais cuidar de si mesma.

Dez minutos depois que a Sra. Yang Shuqin chegou à prisão, uma colaboradora lhe deu um soco e um chute antes mesmo que ela dissesse seu endereço. Como ela se manteve firme, a colaboradora lhe deu um soco tão forte que sua dentadura saiu voando da sua boca. Ela foi forçada a se sentar em um banquinho e a colaboradora usou um cabide de pano para açoitá-la. Tão logo ela começou a tremer devido à dor, a colaboradora chutou a Sra. Yang do banquinho e ela não conseguiu se levantar.

A Sra. Yang estava sofrendo de uma forte dor de cabeça devido a uma queda em um centro de detenção antes de sua admissão na prisão, então o chute só fez sua condição piorar. Ela não conseguia fazer trabalho intensivo na fábrica da prisão, o que resultava em espancamentos frequentes.

A Sra. Liang Shurong está na casa dos 70 anos. Várias colaboradoras a pegaram e largaram no chão. A partir de então, ela não conseguia mais andar ou endireitar as costas. A certa altura, a colaboradora jogou sua comida no chão e a forçou a rastejar para alcançá-la.

Uso restrito do banheiro

As praticantes podem usar o banheiro apenas três vezes ao dia. Muitas delas têm mais de 70 anos. À noite, muitas vezes têm que esperar na fila para ir ao banheiro e muitas acabam tendo acidentes. Mesmo as praticantes mais jovens têm o mesmo problema. A Sra. Ma Cuizhi teve que se aliviar em um balde e as colaboradoras tentaram forçá-la a beber sua urina. Eles acabaram jogando tudo em cima dela.

Isolamento

Cada cela tem cortinas nas portas para evitar que as praticantes se vejam. As praticantes ficam isoladas e se revezam no uso do banheiro, na cozinha e na lavagem da louça. À noite, geralmente, precisam esperar pelo menos meia hora antes de serem chamadas para receberem permissão para usar o banheiro. Os guardas criticam ou punem as colaboradoras caso, acidentalmente, deixem que as praticantes se vejam ou se cumprimentem. Cada movimento das praticantes deve ser relatado aos guardas do turno.

A Sra. Gao Xiuzhen foi coagida a escrever uma declaração para renunciar à sua fé e mais tarde a rasgou. Para puni-la, as autoridades injetaram nela uma droga desconhecida e a colocaram em isolamento.

Em pé por longos períodos de tempo

Quando uma colaboradora ordena a uma praticante que fique em pé por um longo tempo, às vezes, todas as presas daquela cela têm que ficar em pé com a praticante. Isso desperta o ódio e incita o abuso contra a mesma.

Engano

Fala-se para os praticantes que elas nunca voltarão para casa se recusarem a renunciar ao Falun Gong, mesmo depois de cumprirem seus mandatos.Elas são avisadas para se prepararem para ir a uma instalação de lavagem cerebral ou centro de detenção depois que seus mandatos forem cumpridos.

Em conversas casuais, as colaboradoras se certificam de que as praticantes escutem o que elas dizem: "Assim e assim foi colocado em um centro de detenção após cumprir seu mandato e agora está de volta à prisão por se recusar a se transformar, a única saída é ser transformada".

A equipe de combate ameaça e aterroriza

Segundo os próprios guardas, existe uma estratégia para “atacar” as obstinadas praticantes da nona enfermaria, também conhecida como equipa de combate. Ge Xuehong, ex-capitão da oitava ala, disse que as colaboradoras assumiriam diferentes papéis para enganar as praticantes: algumas são para espancar violentamente as praticantes, agredir verbalmente ou com ameaças mortais, enquanto outras são as "gentis" que "simpatizam" e "apoiam" as praticantes.

A gentil alimenta a praticante com mentiras e ameaças, dizendo coisas como: "Aquela e aquela concordaram em "se transformar" e sua sentença foi reduzida". Aquela e aquela se recusou a cumprir e foi espancada e seu filho foi expulso da escola e não pôde deixar o país, ou aquela e aquela, novamente, foi mandada de volta à prisão por se recusar a desistir da prática." Sob uma tremenda pressão mental e física, as praticantes, tendem a acreditar nas "gentis" colaboradoras e apreciar seu gentil apoio, e algumas se preocupam com seus familiares e decidem desistir da sua fé.

Quando as praticantes são colocadas pela primeira vez na equipe de combate, elas têm que se sentar nos banquinhos o dia todo. Algumas não suportando mais, assinam o documento para renunciar ao Falun Gong. Então, elas podem ser transferidas para outras alas.

No entanto, as praticantes que não se deixam abalar, enfrentam perseguições mais severas. A Sra. Gao Shuying, 56 anos, do Condado de Tahe, Província de Heilongjiang, foi colocada na equipe de combate em maio de 2018. Ela se sentou em um banquinho das 5h30 às 22h00 por cinco meses. Caso ela se mexesse, as colaboradoras pisavam e batiam nela. Ao final de 2019, ela se recusou a escrever uma carta de arrependimento. Ela foi forçada a se sentar em um banquinho por oito dias.

Tratamento pior para as praticantes que se arrependem após renunciarem à sua fé

Posteriormente, após serem terrivelmente torturadas, algumas praticantes se arrependem por ter assinado as declarações de renúncia à sua fé. Essas praticantes tentam anular suas declarações e acabam sendo tratadas de forma pior. A 16ª equipe da oitava ala, especialmente, lida com essas praticantes. Frequentemente, se ouvia o chefe da equipe gritando e berrando palavras abusivas para elas.

A Chefe Ge Xin foi ouvida vangloriando-se de como ela abusou de uma praticante: "Eu a forcei a se deitar no chão, depois pisei em sua cabeça enquanto eu forçava que ela ingerisse os medicamentos (desconhecidos). No dia seguinte, ela se voluntariou para tomar os medicamentos, mas não era bom o suficiente. Mesmo assim, eu a forcei a se deitar no chão, depois pisei em sua cabeça enquanto ela tomava a medicação. No terceiro dia, ela quis passar por isso novamente e concordou em assinar a declaração para renunciar à sua fé. Mas eu lhe disse que não era bom o suficiente porque eu só queria torturá-la".

A Sra. Xue Li era frequentemente submetida a essa humilhação. Uma chefe, quase sempre a levava para o banheiro no inverno e despejava vários baldes de água fria sobre ela. Os guardas encorajam as chefes e colaboradoras a torturarem as praticantes para "transformá-las" de forma mais eficaz.

Trabalho intensivo

Não há nenhuma oficina na prisão, então os detentas são obrigadas a fazerem trabalhos intensivos em suas celas. O trabalho muitas vezes envolve a montagem de tampas para vinho ou tempero de garrafas ou sacos de papel dobráveis. Muitas vezes, caso elas não terminem sua cota, elas têm que trabalhar até as 20h00 ou 23h00.

As alas, frequentemente, recebem avisos com antecedência quando os inspetores estão chegando. Então, os chefes fazem com que as detentas escondam todo o material e finjam estar "estudando". Os inspetores então vão para uma sala de reunião onde as detentas fazem uma apresentação.

A Sra. Cao Shuyun do Condado de Yi'an, Província de Heilongjiang, tem 68 anos. Ela trabalhou depois das 23 horas de uma noite em 2019 e teve que acordar às 3 horas da manhã para terminar sua cota. Ela estava muito exausta para se levantar. A chefe e outra detenta a seguraram e bateram nela.

As colaboradoras beliscaram e machucaram várias vezes o rosto da Sra. Tan Rui e a chutaram porque ela não podia trabalhar tão rápido quanto elas queriam.

5. Os guardas da prisão seguram homem de cabeça para baixo e batem com a sua cabeça contra o chão para silenciá-lo

O Sr. Huang, um ex-avaliador de terras do governo no condado de Jiedong, província de Guangdong, foi preso em 11 de março de 2016, por causa da sua fé. Sua prisão ocorreu duas semanas após escapar de uma prisão em grupo no dia 25 de fevereiro, pois ele não estava em casa quando a polícia chegou. Ao monitorar seu celular, a polícia o localizou na casa de outro praticante e o prendeu no local.

No dia 1º de novembro de 2016, o Sr. Huang foi julgado no Tribunal Distrital de Rongcheng e condenado a uma pena de 5,5 anos de prisão.

Depois que o Sr. Huang foi levado para a prisão de Sihui, os guardas frequentemente ordenaram que os criminosos o espancassem, o que deixou com que o seu nariz e boca sangrassem.

Como o Sr. Huang gritava frequentemente: "Falun Dafa é bom" em sinal de protesto contra os espancamentos, os guardas o seguraram de cabeça para baixo e bateram sua cabeça contra o chão para silenciá-lo. Para evitar que outros detentos vissem a tortura, os guardas ordenaram que os detentos ficassem em suas celas e assistissem TV. Mesmo que os guardas aumentassem o volume da televisão o mais alto possível, muitos detentos ainda sentiam a força do tremor da cabeça do Sr. Huang batendo no chão.

O Sr. Huang sofreu ferimentos graves e teve que ser hospitalizado. Sua família pediu a ajuda da comunidade internacional para resgatá-lo.

6. Homem em estado crítico enviado de volta à prisão após tratamento hospitalar: liberdade condicional médica negada

No dia 9 de setembro de 2020, após ser tratado no hospital por um mês, o Sr. Lai Zhiqiang apesar de sua condição crítica, foi mandado de volta à prisão para terminar de cumprir um período de sete anos por praticar Falun Gong.

O Sr. Lai, um residente da cidade de Tangshan, província de Hebei, foi hospitalizado no início de agosto de 2020, após ter começado a ter dificuldade para respirar. Desde que sofreu um derrame em 2019, ele tem estado acamado e em grande do tempo, sem reação. O médico que fez uma traqueotomia nele disse que eles não podiam fazer mais nada pelo Sr. Lai e que não havia muita esperança de recuperação. As autoridades penitenciárias mantiveram o Sr. Lai algemado durante todo o mês de internação.

Durante o ano passado, por diversas vezes, a família do Sr. Lai solicitou sua liberação em liberdade condicional médica. As autoridades penitenciárias alegaram que estavam dispostas a libertá-lo, mas a decisão foi rejeitada pelo departamento de justiça local. Quando a família do Sr. Lai foi ao departamento de justiça por sugestão da prisão, eles não foram autorizados a entrar.

No dia 31 de março de 2016, o Sr. Lai, um taxista na casa dos 50 anos, foi preso quando visitava outro praticante do Falun Gong. Sua prisão fez parte de uma varredura policial dos praticantes locais durante a Exposição Internacional de Horticultura de 2016 em Tangshan, quando as autoridades tentaram impedir que os praticantes fossem ao público para expor a perseguição. Após seis meses de detenção, ele foi condenado a sete anos e admitido na prisão de Jidong no dia 17 de outubro de 2016.

As autoridades penitenciárias mantiveram o Sr. Lai na Ala de Gestão Estrita por mais de três anos e lhe negaram visitas dos seus familiares. Quando as autoridades, finalmente, permitiram que sua esposa o visitasse em meados de janeiro de 2020, ele havia perdido toda a mobilidade devido ao derrame em 2019. Ele foi carregado por vários guardas. Ele não tinha qualquer expressão no rosto e parecia não reconhecer sua esposa.

Em agosto de 2020, antes de mandá-lo para o hospital, as autoridades o mantiveram na clínica penitenciária. Os guardas mantinham um tubo de alimentação em seu estômago e o alimentavam através dele todos os dias. O Sr. Lai não recebeu água suficiente e seus lábios estavam muito secos. Alguns funcionários usavam ocasionalmente uma toalha para pingar um pouco de água em sua boca. Enquanto os funcionários faziam isso, frequentemente, lágrimas escorriam dos olhos do Sr. Lai. Ele também mexia os lábios, mas não conseguia falar.

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