(Minghui.org) [Ouça esta experiência]
Comecei a praticar o Falun Dafa em 1996 e vim para os Estados Unidos em 2008. Há dez anos, enquanto estava na universidade, os praticantes locais sugeriram-me que ajudasse com os meios de comunicação social. Gostaria de falar sobre algumas das minhas experiências e melhoras no cultivo durante o trabalho nos meios de comunicação social ao longo dos anos.
Quando eu estava no penúltimo e último ano na universidade, ajudei a fazer reportagens sobre o Shen Yun em muitas cidades dos EUA. Mais tarde, participei de reportagens e também participei de um evento para acabar com a perseguição do Partido Comunista Chinês (PCC).
Ao entrevistar um acadêmico da China, ajudei-o a retirar-se do PCC e das suas organizações filiadas. Senti que trabalhar na mídia me oferecia muitas oportunidades para despertar as consciências das pessoas.
Depois de me formar, mudei-me para uma pequena cidade no sul dos Estados Unidos para fazer um mestrado. Continuei a ajudar com as reportagens de mídia aos fins-de-semana. Mas rapidamente descobri que não era fácil equilibrar a minha ocupada agenda acadêmica, o meu envolvimento no Dafa e no esclarecimento da verdade.
Muitas vezes tive de ficar acordada até tarde para completar os meus trabalhos acadêmicos e depois voar para outras cidades nos fins-de-semana para trabalhar na cobertura das notícias. Eu era a única praticante naquela pequena cidade, e sentia que não tinha um bom ambiente de cultivo. Nessa época, outro praticante sugeriu que eu trabalhasse em tempo integral nos meios de comunicação social. Comecei a pensar seriamente no assunto.
Deixei os estudos em 2014 para trabalhar como repórter em tempo integral para o jornal The Epoch Times em Washington D.C. Trabalhar como jornalista incluía principalmente assistir a eventos, conduzir entrevistas, tirar fotografiase escrever artigos. Quando estava estudando, escrever e fotografar eram os meus passatempos.
Como jornalista, participei todos os dias em palestras de grupos de reflexão e várias exposições. Isto ajudou-me a ganhar conhecimento e percepção. Todos os dias fazia o que gostava e aquilo em que era boa. Podia sair, explorar, e conhecer pessoas de todos as classes sociais. Também pude participar diretamente em reportagens sobre eventos de praticantes.
Embora muitas vezes tivesse de ficar acordada até tarde e escrever artigos, raramente sentia que estava trabalhando arduamente. Em vez disso, sentia que o meu trabalho era significativo e interessante. Penso que encontrei o melhor trabalho para mim, aqui, na mídia.
Juntando-me ao Epoch Times de língua inglesa
Por acaso, comecei a trabalhar na sede de Nova Iorque em 2017. Senti-me como se tivesse começado uma nova viagem de cultivo ao deixar um emprego em que era boa e no qual estava interessada. À medida que as necessidades da sede de Nova Iorque mudavam, fui redesignada a diferentes departamentos.
As razões variavam desde a minha equipe de trabalho ter de ser reorganizada, a precisar me juntar a outra equipe porque eram necessárias mais pessoas. No início, fiquei perturbada, mas uma vez lembrando que os nossos caminhos de cultivo são organizados pelo Mestre, compreendi que esta era uma oportunidade para melhorar.
A equipe em que eu estava foi reorganizada mais uma vez no final de 2018. Por coincidência, fui chamada pelo meu supervisor atual para trabalhar no então recém-criado departamento de assinaturas do Epoch Times em língua inglesa, onde tenho trabalhado desde então.
Havia menos de dez pessoas na nossa equipe. Começamos do zero e fizemos tudo o que pudemos para ajudar o jornal a ter sucesso. Não tínhamos qualquer experiência. Testemunhei o desenvolvimento deste esforço que começou do nada. Amadureci com o projeto e descobri que existiam muitas oportunidades para melhorar o meu xinxing. Nestes últimos meses, sinto que fiz um grande avanço no meu cultivo.
No início, o meu supervisor pediu-me que me concentrasse na coordenação do serviço ao cliente. Nessa época (há cerca de dois anos) havia apenas algumas poucas pessoas trabalhando no serviço de apoio ao cliente. A nossa pressão provinha sobretudo do feedback dos subscritores relativamente a vários assuntos. Uma vez que a maioria de nós não tinha muita experiência trabalhando em funções de serviço ao cliente, tínhamos de descobrir como conduzir várias situações.
Algumas vezes estávamos tratando uma questão problemática quando de repente surgiam muitos outros problemas. Em um determinado momento, a nossa carga de trabalho aumentou, mas não os nossos recursos humanos. Tive de trabalhar horas extras. Durante todo o dia o meu cérebro ficava cheio de problemas e queixas dos clientes.
Ase vezes sentia-me tão estressada e desamparada que chorava enquanto estava sentada no computador. No entanto, tinha fortes pensamentos retos e sabia que estava trabalhando arduamente para salvar estes subscritores. Quando me deparei com questões particularmente difíceis, pedi ajuda ao Mestre, e no final tudo acabou sendo resolvido.
Mais tarde, à medida que o número dos nossos assinantes aumentou e os nossos produtos foram sendo melhorados e atualizados, tivemos de tratar com questões cada vez mais complexas. Durante este período de tempo, mais membros que trabalhavam remotamente juntaram-se à equipe. Como os membros da equipe eram de regiões diferentes e fusos horários diferentes, como coordenadora, a minha carga de trabalho aumentou e tornou-se mais difícil.
Nessa época, a linha direta ficava ocupada de manhã à noite, e a pressão era tão grande que os membros do grupo muitas vezes não tinham tempo para enviar pensamentos retos. Tornou-se mesmo difícil garantir tempo para o estudo do Fa e para a realização dos exercícios. Houve um período de tempo em que sentimos que havia muita interferência de outras dimensões, e vários membros da equipe experimentaram tribulações familiares e físicas.
Como os praticantes não viviam no mesmo fuso horário, as tentativas anteriores de organiza um grupo de estudo do Fa e compartilhamento de cultivo foram infrutíferas. No entanto, percebi que os membros da nossa equipe precisavam fortalecer o estado de cultivo do nosso grupo.
Uma praticante cujo terceiro olho está aberto disse-me que via fatores malignos em outra dimensão interferindo com outros praticantes e fazendo-os sofrer de carma de doença. Pedimos então a cada membro da equipe que reservasse meia hora todas as segundas-feiras à noite para enviarmos juntos pensamentos retos.
Depois de termos enviado pensamentos retos juntos na segunda-feira seguinte, a praticante com o terceiro olho aberto disse alegremente que viu o Mestre chegando enquanto enviávamos pensamentos retos. Ela disse que o Mestre olhou para nós com satisfação. Senti-me muito encorajada e senti que devíamos manter o nosso grupo semanal de cultivo compartilhando e enviando pensamentos retos.
A nossa prática de pensamentos retos semanais e de compartilhamento tem continuado até hoje. Embora o número de pessoas que participam varie, sinto que todos nos beneficiamos muito com isso. Começamos a realizar estudos do Fa e a fazer os exercícios durante uma hora no escritório duas vezes por semana. Todos os praticantes da nossa equipe sentiram que isto foi muito bom.
Com o rápido crescimento da versão inglesa do Epoch Times e o rápido aumento do número de assinantes, a equipe de serviço ao cliente também se expandiu posteriormente. Mais e mais praticantes se juntaram a nós. Construímos lentamente a nossa própria equipe de gestão, desde poucas pessoas no início, até uma dúzia, dezenas e depois centenas de membros na equipe.
Embora o serviço ao cliente pareça simples, como se tudo o que se precisasse fazer fosse atender chamadas telefônicas e responder a e-mails, há de fato muito trabalho envolvido. Todos estes procedimentos estão relacionados com a qualidade geral do serviço ao cliente. As vezes sinto que garantir que o serviço ao cliente seja bem feito é um projeto delicado e enorme.
Trabalhar como coordenadora ajudou a eliminar o meu egoísmo
Senti que a coordenação se tornou cada vez mais difícil e que os requisitos para o meu xinxing e capacidade cresceram cada vez mais com a expansão da equipe e a entrada de novos colegas. Isto aconteceu especialmente porque a nossa equipe era composta por membros de diferentes origens culturais, diferentes línguas, idades, personalidades e diferentes hábitos de comunicação e trabalho.
Senti que todos os meus apegos ocultos foram expostos no processo de trabalho com os colegas praticantes. No passado, eu pensava que era muito cooperativa.
Depois de ter me tornado coordenadora, percebi a minha prepotência. Tinha uma forte cultura do PCC, inveja, a mentalidade de me exibir, uma mentalidade competitiva e ressentimento. Queria impor a minha vontade aos outros, e não gostava de ser criticada.
Durante um período de tempo, tive frequentemente atritos de xinxing com colegas praticantes. Embora em meu coração soubesse que era errado, comportei-me mal quando fui confrontada com conflitos. Até me queixava e me perguntava porque é que os outros não tinham compreensão ou empatia por mim quando eu já tinha trabalhado tanto e estava tão cansada.
As vezes pedia desculpa aos membros da equipe na superfície, mas na verdade estava pensando: "Como as minhas desculpas são tão educadas, não deveriam olhar para dentro e pedir-me desculpas também?" Até abandonar este apego, não houve forma de resolver verdadeiramente os conflitos e as barreiras com outros praticantes.
Sentia-me como se estivesse prestes a explodir sempre que outros praticantes apontavam os meus erros ou diziam que eu tinha a cultura do Partido. Não podia aceitar. Pelo contrário, sentia um grande ressentimento em relação a eles.
Nesta época, senti que não conseguia superar a tribulação e que não podia melhorar no cultivo. Havia uma barreira entre mim e os meus colegas. Além da pressão do próprio trabalho de atendimento ao cliente, ouvi comentários negativos durante todo o dia, todos os dias. Fiquei muito deprimida e não conseguia acompanhar as três coisas que o Mestre nos requer.
Este estado de depressão desencadeou um problema em meu cultivo. Durante estes anos de cultivo, houve um forte carma de pensamento que me fazia perder a confiança no meu cultivo, e fazer-me sentir indigna da salvação do Mestre. Comecei mesmo a suspeitar que havia algo de muito errado comigo.
Como cresci praticando com os meus pais, sempre senti que o Mestre tinha me arranjado o melhor ambiente de cultivo e que os meus diligentes membros da família estavam arranjados para me ajudarem sempre. O Mestre também me deu todo o tipo de orientação e ajuda nos meus sonhos durante todo o meu processo de cultivo.
Por causa disto, sempre senti que não havia razão para eu falhar no cultivo. Mas na verdade, sinto frequentemente que não estou indo bem, que não estou vivendo à altura da compaixão e salvação do Mestre, que não aprecio o Dafa e a oportunidade de cultivar, e que estou constantemente cometendo erros no cultivo e não acreditando no Dafa.
Fui capaz de suprimir estes pensamentos quando o meu estado de cultivo era bom, porque compreendi que a confiança no meu próprio cultivo também vinha de acreditar no Mestre e na Fa. Senti que devia acreditar que com o Mestre e um Fa tão grande, o Mestre seria certamente capaz de me conceder a salvação.
No entanto, este pensamento cármico vinha quando eu sentia que tinha feito algo pobremente ou que não conseguia passar uma tribulação durante muito tempo. Senti-me como se estivesse lutando sob águas turvas.
Durante esse tempo, senti que era preciso muita coragem para ir trabalhar todas as manhãs. Enfrentar cada dia tornou-se um tormento. Embora soubesse que estava passando por uma tribulação e tivesse de perseverar, sentia que mentalmente, tinha chegado ao meu limite. Mais tarde, quando sofria mentalmente e enfrentava pressões e várias queixas e insatisfação dos nossos subscritores, sentia que todo o meu coração se contorcia e que era difícil respirar.
No meio desta dor, eu ainda tinha um fio de racionalidade. Disse a mim mesma para continuar a trabalhar todos os dias, não importando o que acontecesse, porque acreditava que este ambiente iria me ajudar. Senti que se perdesse este ambiente de grupo, a minha situação seria ainda pior.
As vezes, quando ia trabalhar, sentia que a substância que me pressionava estava diminuindo. Procurava formas de quebrar o domínio das velhas forças sobre mim. No fundo, eu sabia que todas aquelas coisas más não eram o meu verdadeiro eu. De vez em quando, lembrava-me do que o Mestre dizia,
"De fato, tudo o que não está de acordo com o Dafa e com os pensamentos retos dos discípulos do Dafa é causado pela participação das velhas forças, incluindo todos os fatores não retos de vocês mesmos; por isso que tomo o envio de pensamentos retos como um dos três assuntos principais que os discípulos do Dafa devem fazer. O envio de pensamentos retos tem como alvo tanto fora como dentro, e nada que seja não reto pode escapar, somente se nossa atitude em relação ao envio de pensamentos retos é diferente, a manifestação é diferente." ("Em relação à comoção desencadeada pelo artigo sobre o espírito primordial assistente")
Eu sabia que as velhas forças estavam tentando quebrar a minha vontade e confiança no cultivo. Não podia deixar que as velhas forças vencessem.
Comecei também a refletir sobre a razão pela qual o meu estado de cultivo tinha caído tanto. Percebi que, devido à minha agenda de trabalho atarefada, tinha afrouxado no estudo do Fa e no envio de pensamentos retos, que são fundamentais para o nosso cultivo. Isto foi de fato a raiz do meu problema.
Tendo cultivado todos estes anos, eu sabia que enquanto pudesse estudar o Fa tranquilamente e enviar mais pensamentos retos, não havia tribulações ou dificuldades que não pudesse superar. Exigia de mim mesma que participasse o mais possível no estudo do grupo Fa da manhã. Também resolvi estudar e memorizar mais o Fa.
Li artigos no Minghui.org escritos por colegas praticantes sobre as suas experiências e percepções enquanto memorizavam o Zhuan Falun. Senti-me muito encorajada e também quis memorizar o Fa. No início estava preocupada com as dificuldades; sentia que estava ocupada demais com o trabalho e que já era difícil garantir o estudo do Fa pessoalmente todos os dias.
No entanto, eu queria usar os intervalos com tempo livre para memorizar o máximo que pudesse. Senti que se memorizasse pelo menos um parágrafo, ganharia muito. Enquanto pegava o metrô, caminhava ou aguardava, comecei a recitar o Zhuan Falun. Embora não conseguisse memorizar com muita facilidade, muitas vezes compreendi conceitos do Fa que não tinha visto antes. Foi muito útil para melhorar o meu cultivo. Agora estou quase terminando a memorização do Zhuan Falun.
A memorização do Fa durante este período do meu cultivo desempenhou um papel vital. No processo de memorização do Fa, o Mestre ajudou-me a desatar muitos nós em minha mente. Por exemplo, posso reconhecer que tenho uma forte inveja. Sinto frequentemente que isto cria uma barreira entre os meus colegas praticantes e eu, e impede-me de tratar as pessoas à minha volta com a bondade e compaixão de um verdadeiro cultivador.
Embora eu reconheça, sinto que esta mentalidade é difícil de eliminar. As vezes parece que parte dela foi removida, mas também sinto frequentemente que está em todo o lado. Senti-me muito angustiada. Porque é que este apego é tão forte? Como é que eu me livro dele? Porque não posso ser feliz do fundo do meu coração quando outros têm coisas boas, em vez de sentir que é injusto?
Um dia, enquanto estava memorizando o Fa sobre "Inveja" em Zhuan Falun, de repente vi uma frase do Fa do Mestre:
" Duas mentalidades gerando resultados diferentes. Quando algo de bom acontece a alguém, os outros não só não compartilham essa alegria como se desequilibram emocionalmente. Pode levar a esse problema.”
Quando memorizei esta frase, os meus olhos ficaram subitamente fixos nas palavras "mentalidades". Percebi que são as nossas noções que nos fazem sentir inveja.
Pensei que devia haver algumas noções erradas que me impediam. Segui esta inveja para me aprofundar nas noções por trás dela. Percebi que este inveja resultava de não querer ver que os outros eram melhores do que eu. Em outras palavras, eu tinha de ser melhor do que os outros. Percebi que esta era uma espécie de mentalidade formada pela educação da cultura do Partido que recebi quando era criança.
Na educação cultural do Partido, só os fortes podem sobreviver e não serão eliminados na sociedade, enquanto que os fracos são patéticos e não podem sobreviver. Percebi que se eu quisesse livrar-me da inveja, tinha de inverter este pensamento. Porque é que tenho de ser melhor do que outros?
A vida de uma pessoa foi determinada e o Mestre arranjou o melhor para nós. Devo apenas fazer as coisas que devo fazer bem. Senti uma súbita sensação de esclarecimento. A partir daí, senti que a minha inveja era mais fácil de eliminar. Assim que aparecia, conseguia perceber que não era eu, e eliminei-a dos meus pensamentos.
Depois disso, percebi que muitos dos problemas no meu cultivo poderiam ter sido causados por alguns mal-entendidos que eu ainda não tinha identificado. Comecei a procurar estas noções. Enquanto continuava estudando o Fa e olhando para dentro, reparei subitamente em um problema fundamental no meu cultivo; a minha motivação para o cultivo baseava-se no egoísmo.
Assim que percebi isto, senti um choque em todo o meu ser. Eu estudei o Fa durante tantos anos e sempre vi que no Fa, o Mestre exige que sejamos abnegados e que pensemos nos outros ao fazer as coisas. No entanto, pareceu-me que nunca havia pensado na razão pela qual devemos ser altruístas.
Senti-me como se estivesse presa no cultivo. Continuei pensando nas questões do egoísmo e do altruísmo. Senti que só poderia ultrapassar este ponto se realmente compreendesse e melhorasse a partir dos princípios do Fa. Implorei silenciosamente ao Mestre que me iluminasse. Um dia, de repente, deixei de me preocupar com esta questão.
Disse a mim mesma que isso era o que o Mestre requer. Tudo o que eu precisava fazer era o que o Mestre dizia. Como uma minúscula vida no universo, uma vida criada pela Verdade-Compaixão-Tolerância, devo me assimilar ao Dafa e as características do universo.
Eu senti verdadeiramente que quando tive o pensamento de me assimilar incondicionalmente ao Dafa, o significado da minha vida e todo o meu cultivo passaram por uma enorme mudança fundamental. Finalmente soube como percorrer o caminho no futuro, livrar-me do egoísmo e tornar-me um ser verdadeiramente altruísta e verdadeiramente assimilado ao Dafa.
O Mestre disse,
"Através do processo de contínuo cultivo, lendo os livros e praticando os exercícios, o cultivador é capaz de entender gradualmente o Fa da perspectiva do Fa. Você tem um requisito mais alto para você mesmo, então faça o seu maior esforço para restringir esses maus pensamentos e as coisas a que está apegado; faça seu maior esforço para levar isso sem muita preocupação e resista a essas coisas. A sua parte que é capaz de cumprir com o padrão, mesmo que seja por uma fração de segundo, é então fixada ali. Então, constantemente esse processo vem caminhando para a superfície. Quando chegar ao final, quando a última camada for penetrada, você vai descobrir que suas ideias e pensamentos são completamente diferentes de antes. Até sua forma de pensamento será diferente de antes. Este é seu verdadeiro ser, sua verdadeira natureza, enquanto que toda e qualquer coisa que pensa e que não consegue se desapegar são noções adquiridas depois do nascimento que o estão prejudicando." (Ensinando o Fa na Conferência do Fa do Oeste dos Estados Unidos, 1999)
Como disse o Mestre nesta passagem do Fa, após a mudança interna, senti que toda a minha forma de pensar e a forma como olhava para as pessoas e para o meu ambiente ao redor mudou drasticamente. Esta mudança no meu modo de pensar também mudou fundamentalmente muitas das minhas noções.
No passado, sempre senti que o cultivo era difícil e doloroso. Estava apegada a quando terminaria. Também estava preocupada por não estar cultivando suficientemente bem, e receava que o meu nível de cultivo pudesse cair um dia porque não conseguia manter o meu xinxing ou que não conseguiria persistir se o tempo de cultivo fosse prolongado.
Quando entendi que o cultivo é para se assimilar ao Dafa e que devemos ser incondicionalmente atenciosos com os outros, o cultivo de repente pareceu-me menos difícil, doloroso ou complicado. Quando estava passando por tribulações no passado, não conseguia compreender isto, por mais que tentasse.
Eu ficava presa em uma provação e sentia que era muito amarga. Sentia mesmo que o meu processo de cultivo parecia ser mais difícil do que o dos outros. Sentia que tinha de suportar mais do que os outros. Na verdade, tudo era causado pelo egoísmo. Coloquei a minha própria felicidade, raiva, tristeza, amargura, sentimentos e eu em primeiro lugar, em vez de me assimilar às exigências do Mestre, do Dafa, do cultivo e dos seres sencientes.
O Mestre disse,
"No entanto, quando você se depara com um problema, você só quer buscar culpados fora: “Por que você me trata desta forma?” - ainda sentimos que estamos sendo tratados injustamente, ao invés de buscarmos as causas disso em nós mesmos. Este é o maior obstáculo e um obstáculo fatal para todos os seres conscientes." (Ensinando o Fa na Conferência do Fa de Singapura,1998)
Quando fui capaz de colocar a assimilação do Dafa e outros acima de mim, já não perdia tempo pensando na razão pela qual isto tinha me acontecido ou porque é que outros me trataram desta maneira. Em vez disso, tento o meu melhor para procurar incondicionalmente os meus próprios erros e deficiências. Tento ser atenciosa com os outros. Lembrei-me que se não houvesse nada para eu melhorar, não teria encontrado essa tribulação.
No passado, embora tenha ouvido o Mestre dizer que coisas boas e coisas más são todas coisas boas, não mudei as minhas noções. Agora, vejo tudo o que acontece como uma oportunidade de continuar me assimilando ao Dafa. Aconteça o que acontecer, o Mestre está me mostrando através do incidente quais são as minhas deficiências e como posso melhorar. Agora, penso realmente que estas são coisas boas.
Quanto aos outros praticantes, posso ignorar suas deficiências. Percebi que o Mestre organiza sistematicamente os caminhos de cultivo de todos os praticantes. Agora percebo que quando o que alguns praticantes dizem ou fazem me incomoda, que isso é para eu ver e refletir por conta própria. Eu não olho mais para outros praticantes com noções e preconceitos como antes, nem me concentro em suas deficiências. O que vejo agora são seus pontos fortes e onde eles se cultivaram melhor do que eu.
A minha mãe, que é uma praticante, disse uma vez que eu não cultivava bem e que eu não estava clara sobre o Fa. Nunca levei a sério as suas palavras. Pensava que cultivava há tantos anos, e depois de muitas provações e dificuldades, como poderia não saber muito sobre o cultivo? Mas depois desta noção egoísta fundamental ter mudado, enendi que não compreendia realmente como cultivar antes.
Ao mesmo tempo, também percebi que, como coordenadora, devo fazer o meu melhor para cooperar e ajudar os outros, para que todos possam dar o máximo às suas forças e maximizar suas habilidades. Sempre que tenho pensamentos negativos, eu imediatamente entendo que essas são as velhas forças querendo criar uma barreira. Não posso permitir que as velhas forças tenham sucesso, então envio vigorosamente pensamentos retos para eliminar o mal que interfere em nossa equipe como um todo.
Olhando para o crescimento da nossa equipe de atendimento ao cliente, passamos de poucas pessoas a centenas, de atender centenas de pedidos de atendimento ao cliente por dia a milhares. De fazer tudo manualmente, temos sido capazes de automatizar lentamente muitas questões e melhorar significativamente a eficiência do nosso trabalho.
Este é o resultado da incontável dedicação e trabalho árduo de todos os colegas de trabalho do nosso grupo. Sinto-me muito sortuda por poder trabalhar nesta equipe, e estou muito grata aos colegas praticantes da nossa equipe pela sua ajuda, encorajamento e tolerância.
O nosso gestor também está muito preocupado com o cultivo da equipe, especialmente com os jovens praticantes, e criou um bom ambiente de estudo e cultivo para nós. Estou também muito grata à minha mãe por ter falado paciente e incansavelmente comigo muitas vezes, e por me ter ajudado a resolver os nós em meu coração.
Conclusão
Já passaram mais de 20 anos desde que comecei a praticar o cultivo aos cinco anos de idade. Tem ocorrido muitos milagres, grandes e pequenos, no decurso do meu cultivo no Dafa.
Olhando para o caminho irregular e acidentado que percorri, não consigo descrever o quanto estou grata ao Mestre. Através do cultivo, cheguei à conclusão de que quando um praticante põe de lado o seu ego e se assimila incondicionalmente ao Fa e pensa nos outros e nos seres sencientes de coração, o seu coração ficará cheio de luz, compaixão e paz. Esta liberdade é verdadeiramente incomparável com as alegrias das pessoas comuns.
Finalmente, gostaria de concluir o meu compartilhamento de experiências com o poema "Ajudando o Mestre" do Mestre, Hong Yin III,
Ajudando o Mestre
Heróis se reúnem dentro da correnteza
Com diferentes profissões e classes sociais
Os discípulos do Dafa são um conjunto
Ajudando o Mestre a retificar o Fa, impedindo ventos malignos
Obrigada, Mestre! Obrigada, colegas praticantes!
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