(Minghui.org) Em abril de 2020, uma residente no condado de Tangyuan, província de Heilongjiang, sentiu dores no peito horas depois de ter sido presa por causa da sua fé no Falun Gong. Mais tarde, a Sra. Liu Fengyun foi sentenciada a dois anos de prisão e ordenada a cumprir pena em casa. Seu estado continuou piorando e ela faleceu no dia 22 de julho de 2021.

O Falun Gong, também conhecido como Falun Dafa, é uma disciplina espiritual que tem sido perseguida pelo regime comunista chinês desde 1999.

No início da manhã do dia 25 de abril de 2020, a Sra. Liu foi seguida e presa pela polícia quando estava colocando cartazes sobre o Falun Gong. Na delegacia da polícia local, Guan Jingquan, do Escritório de Segurança Doméstica queria saber seu nome e endereço. Inicialmente ela se recusou a revelar seus dados, mas posteriormente acabou cedendo devido as ameaças do oficial Wang Lizhao, o mesmo afirmava que eles tinham meios de descobrir sua identidade, quer ela lhes dissesse ou não.

Uma dúzia de oficiais saquearam a casa da Sra. Liu e confiscaram os livros e mais de 500 cópias do Falun Gong.

Após levar a Sra. Liu de volta à delegacia, a polícia a manteve em uma pequena sala, onde ela começou a sentir uma dor no peito. A dor era excruciante e ela não conseguia parar de chorar. Ela foi levada para o hospital e foi diagnosticada com infarto do miocárdio. Ao invés de darem tratamento médico para ela, a polícia a levou de volta para a delegacia, onde retomaram o interrogatório. Também tiraram fotos e coletaram suas impressões digitais antes de liberá-la por volta das 23 horas.

Depois de alguns dias, os policiais Guan e Wang, voltaram à casa da Sra. Liu para outra rodada de interrogatório. Eles também a filmaram. Enquanto isso, Zhang Yiyuan do comitê residencial chegou e ordenou à Sra. Liu que escrevesse uma declaração para renunciar ao Falun Gong. Ela se recusou a fazê-lo.

Meses depois, a polícia veio novamente. Eles devolveram a motocicleta elétrica e o computador confiscados e informaram que haviam submetido seu caso à procuradoria.

Após duas semanas, o procurador chamou a família da Sra. Liu e a intimou. A Sra. Liu foi até a procuradoria e foi convocada a assinar um documento de prisão domiciliar. O promotor estava segurando outro documento sobre seu caso, mas quando perguntado sobre o assunto, se recusou a explicar.

Pouco depois, dois funcionários da Procuradoria do Distrito de Xiangyang vieram à casa da Sra. Liu e pediram a um familiar dela que escrevesse uma declaração em seu nome, renunciando ao Falun Gong.

Os funcionários voltaram uma semana depois e continuaram a mandar a Sra. Liu a escrever a declaração de renúncia. Ela se recusou a fazê-lo.

Mais tarde, o promotor acusou a Sra. Liu e encaminhou seu caso para o Tribunal Distrital de Xiangyang. O juiz presidente a condenou a dois anos de prisão com uma multa de 5.000 yuans. A data da sentença não ficou clara.

O juiz disse à Sra. Liu que ele havia apresentado seu caso ao escritório da administração penitenciária provincial. Ela foi autorizada a cumprir pena em casa, mas apenas por seis meses, no máximo. Ele indicou que cabia à secretaria decidir quando e onde ela deveria ir para fazer exames determinando se ela estaria saudável o suficiente para ser detida na prisão.

Ao voltar para casa, a Sra. Liu sofreu de dores constantes no peito. Ela estava muito fraca e não conseguia sequer levantar um balde de água. Ela também tinha uma febre contínua. No dia 21 de julho de 2021 ela foi internada no hospital e morreu no dia seguinte. Ela tinha 56 anos.