(Minghui.org) A Sra. Chen Shufang, uma médica aposentada de 80 anos em Chongqing, credita ao Falun Gong, uma antiga disciplina espiritual e de meditação, a melhora de sua saúde. Por ter se recusado a renunciar à sua fé depois do regime comunista ter ordenado a perseguição ao Falun Gong em 1999, ela tem sido repetidamente perseguida nos últimos 21 anos.

A seguir encontra-se o seu próprio relato.

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Em dezembro de 2000, fui detida e mantida num centro de lavagem cerebral durante três semanas. Fui forçada a assistir diariamente a propaganda demonizando o Falun Gong e a escrever declarações para renunciar à minha fé.

Fui novamente detida em 2003 por distribuir materiais sobre o Falun Gong. Fiquei detida no Centro de Detenção do Distrito de Jiangbei durante sete dias.

Em 2004, fui levada para um centro de lavagem cerebral no Distrito de Shapingba e lá detida durante mais de seis meses. Fui seguida por dois monitores 24 horas por dia e privada de toda a liberdade e privacidade. As autoridades saquearam a minha casa e confiscaram os meus livros do Falun Gong enquanto eu estava detida.

Fui novamente presa em 2005 e detida durante 15 dias.

Agentes da polícia invadiram a minha casa em 2 de junho de 2008 e confiscaram os meus livros do Falun Gong e materiais relacionados. Fui então levada para o Centro de Lavagem Cerebral de Lushancun.

Liang Shibin, o chefe da Divisão de Segurança Interna, tentou forçar-me a informar sobre outros praticantes. Recusei. Depois de passar duas semanas no Centro de Lavagem Cerebral, fui acusada de "minar a aplicação da lei" e colocada em detenção criminal no Centro de Detenção do Distrito de Jiangbei em 17 de junho.

A polícia levou-me ao Hospital Mental da Cidade de Chongqing em 8 de julho e alegou que eu tinha problemas mentais, mas os médicos recusaram-se a aceitar-me. A polícia levou-me então ao Campo de Trabalho Forçado Feminino da Cidade de Chongqing para cumprir uma pena de um ano.

Fui presa novamente em agosto de 2010 enquanto distribuía material informativo sobre o Falun Gong. A polícia sentenciou-me a uma segunda pena de um ano no campo de trabalho forçado.

Como me recusei a desistir da prática do Falun Gong, os guardas ordenaram aos reclusos que me espancassem e obrigaram-me a ficar agachada durante longas horas. Quando já não conseguia agachar-me, uma reclusa pisou em minhas panturrilhas. A dor era excruciante.

Tive inchaços e hematomas por todo o meu corpo após as pancadas. O meu cabelo foi arrancado. Os meus dentes soltaram-se. Quando gritei com a dor, as reclusas culparam-me por fazer barulho e perturbar o seu descanso.

As reclusas também abusaram fisicamente de mim de outras formas, incluindo negar-me água e o uso do banheiro. Uma reclusa chamada Xiao Tihui disse-me uma vez: "Quero te espancar até à morte e não quero saber se minha sentença terminou".