(Minghui.org) O Coronavírus originário da China infectou mais de 200 países e custou mais de 110 mil vidas até o presente momento. Esta pandemia global sem precedentes oferece-nos uma oportunidade para refletir sobre a razão pela qual tantas pessoas se tornaram vítimas do acobertamento e da má gestão do surto pelo Partido Comunista Chinês (PCC).

Tanto a cultura oriental como a ocidental incluem a convicção de que as pessoas devem cuidar do bem comum e partilhar a responsabilidade de salvaguardar a humanidade. Esta crença universal contradiz fundamentalmente a ideologia comunista, que, segundo os historiadores, foi a responsável direta por 100 milhões de mortes não naturais no século passado. No entanto, à medida que o PCC expande a sua influência, muitas pessoas cederam e acabaram por se curvar perante o regime totalitário.

Dentro da China, onde o totalitarismo reina com brutalidade, engano e censura, muitos chineses agiram contra a sua consciência e seguiram o PCC na repressão aos grupos que o PCC se propõe atacar. Por exemplo, o Falun Dafa (também conhecido como Falun Gong) é uma prática que melhora a mente e o corpo ao seguir os valores Verdade, Compaixão e Tolerância. O PCC tem perseguido o Falun Dafa desde 1999. Nos últimos 21 anos, como dezenas de milhões de praticantes do Dafa sofreram pela sua fé, muitas pessoas permaneceram em silêncio ou seguiram cegamente as ordens do PCC para os perseguir.

Muitos países têm-se esforçado para se associarem ao PCC afim de obterem vantagens econômicas. Esperavam que essas parcerias levassem a China a tornar-se uma sociedade aberta e democrática, que melhor protegesse os direitos humanos. Isso revelou-se uma ilusão, e poucos países e empresas chegaram a fazer alguma coisa para travar a expansão contínua do poder da China em todo o mundo.

Quando o povo chinês e o resto do mundo fecham os olhos à perseguição realizada pelo PCC a cidadãos inocentes e à sua crescente influência às custas da liberdade de crença e da liberdade de expressão, permitimos inconscientemente que ele prospere com a violência, a mentira e o desrespeito pela vida humana. Nos últimos meses, o mundo não só testemunhou como também sentiu diretamente os danos causados pelo PCC.

É minha esperança que o mundo acorde para a tirania do PCC e trace um caminho seguro através da atual pandemia.

O Falun Gong guia as pessoas de volta aos valores tradicionais, mas é perseguido pelo PCC

A China tem uma das mais antigas civilizações do mundo, com 5000 anos de história. De uma dinastia a outra, os antigos chineses sempre valorizaram a virtude, assim como a harmonia entre o céu, a terra e a humanidade. Eles prestavam atenção ao refinamento de caráter e à iluminação espiritual.

Tudo isso foi perturbado depois que o PCC tomou o poder em 1949. A propriedade privada foi confiscada tanto no campo quanto nas áreas urbanas, e a honestidade foi substituída pela propaganda e lavagem cerebral. Isto foi destacado em numerosas campanhas políticas, tais como o Grande Salto para Frente no final dos anos 50 e a Grande Revolução Cultural vários anos mais tarde.

A luta de classes, a brutalidade e a propaganda através da mentira estão entre os princípios centrais do comunismo. "Com 800 milhões de pessoas, como isso pode funcionar sem luta?" observou o antigo líder comunista Mao Tsé-Tung.

Enraizado na cultura tradicional chinesa, o Falun Gong foi apresentado ao público pelo Sr. Li Hongzhi em 1992. Muitas pessoas foram logo atraídas pelos princípios do Falun Gong  Verdade-Compaixão-Tolerância e os seus benefícios para a saúde. Aderiram à prática e mais uma vez começaram a abraçar os valores tradicionais.

"A minha família e os meus amigos são unânimes em afirmar que eu passei por grandes mudanças [por causa do Falun Gong], tornando-me uma pessoa melhor", escreveu um psicólogo quando ele começou a praticar Falun Gong em 2013. "Eu costumava ficar inquieto, mas agora estou calmo… Eu costumava ser egoísta mas agora sou atencioso com os outros".

A ideologia comunista é contrária aos princípios do Falun Gong. O antigo líder chinês Jiang Zemin começou a suprimir o Falun Gong em julho de 1999, criando uma organização de âmbito nacional, semelhante à Gestapo, a Agência 610.

A Comissão Executiva do Congresso dos EUA para a China (CECC) divulgou o seu relatório de 2019 em janeiro de 2020, que documentou a deterioração das condições dos direitos humanos na China. Citando informações do Minghui.org, o relatório mostra que pelo menos 69 praticantes do Falun Gong morreram em consequência da perseguição do PCC e pelo menos 931 praticantes do Falun Gong foram ilegalmente condenados à prisão em 2018.

Entre eles estava o Sr. Song Zhigang da província de Liaoning. Ele foi condenado a 14 anos de prisão em abril de 2018, depois que a polícia encontrou informações relacionadas com o Falun Gong no seu telefone celular, que ele havia perdido.

Num novo relatório divulgado pela Freedom House em março, "Liberdade no mundo em 2020", a China foi considerada "um dos 15 países com pior desempenho", com apenas 10 dos 100 pontos para "liberdade global".

"A China avançou com um dos programas mais extremos de perseguição étnica e religiosa do mundo e aplicou cada vez mais técnicas que foram testadas inicialmente em minorias, até a população em geral, e mesmo em países estrangeiros", segundo o relatório. "A progressão ilustrou como as violações dos direitos das minorias corroem as barreiras institucionais e convencionais que protegem a liberdade de todos os indivíduos em uma determinada sociedade".

O papel de Wuhan, epicentro do coronavírus, na perseguição ao Falun Gong

As epidemias são "uma categoria de doenças que parecem refletir no espelho o que nós, como seres humanos, realmente somos", disse o historiador de Yale, Frank Snowden, durante uma entrevista recente, conforme relatado em 28 de março pelo jornal The Guardian. "Ou seja, têm obviamente tudo a ver com a nossa relação com a nossa mortalidade, com a morte, com as nossas vidas. Elas também… revelam as relações morais que temos um com o outro como pessoas, e estamos vendo isso hoje".

Muitas pessoas acreditam que as pragas na Roma antiga estavam associadas à perseguição religiosa aos cristãos. Do mesmo modo, as pragas na China antiga eram consideradas um resultado da falta de harmonia entre o céu, a terra e a humanidade.

Quando ocorriam epidemias, os imperadores muitas vezes examinavam-se a si próprios, considerando os atos ilícitos que eles haviam cometido, emitiam editais de arrependimento e faziam correções.

Com base na sabedoria antiga, não parece acidental que o coronavírus tenha começado na cidade de Wuhan, na China.

Quando Jiang decidiu pela primeira vez suprimir o Falun Gong, em 1999, encontrou a resistência dos principais líderes comunistas, incluindo outros membros do Politburo. Zhao Zhizhen, diretor da estação de televisão Wuhan, agiu, no entanto, por ordem de Jiang. Zhao enviou uma equipe para Changchun na província de Jilin, a cidade natal do Sr. Li Hongzhi, e filmou um vídeo de 6 horas que difamou o Falun Gong e o seu fundador.

Este vídeo foi reproduzido entre os principais líderes comunistas e, mais tarde, em toda a China, nos meios de comunicação social, incluindo a Televisão Central da China, propriedade do Estado. Inúmeros outros vídeos foram produzidos durante os 20 anos seguintes para demonizar o Falun Gong e os seus praticantes.

Além disso, o Hospital Tongji em Wuhan foi uma das primeiras instalações médicas envolvidas na extração forçada de órgãos dos praticantes de Falun Gong, um crime que foi noticiado pela primeira vez em 2006, seguido de extensas provas reunidas por terceiros. As investigações revelaram que foram transplantados pelo menos 14 tipos de órgãos e tecidos no Hospital de Tongji. Só em fevereiro de 2005, foram realizados mais de mil transplantes de rins nesta instalação.

Países com conexões estreitas com o PCC são atingidos pelo coronavírus

Desde 11 de abril de 2020, cerca de 1,7 milhões de pessoas em mais de 200 países foram infectadas pelo vírus. Os países com mais casos são os Estados Unidos, a Espanha e a Itália. Todos estes países têm conexões estreitas com o PCC.

Os Estados Unidos, por exemplo, é o maior parceiro comercial da China. Os Estados Unidos têm prestado um apoio abrangente ao regime comunista desde os anos 70. Além de um grande número de transações comerciais, muitas ações chinesas estão cotadas na Bolsa de Valores de Nova York, o que reforçou drasticamente o poder financeiro e político da China. Para mais detalhes sobre as relações EUA-China ao longo dos anos, que podem ter influenciado a ascensão da China e a sua infiltração nos EUA, consultar um artigo de revisão recente no Minghui.org.

A Espanha foi o primeiro país da UE a receber a visita de um Ministro das Relações Exteriores de Pequim após o massacre de Tiananmen em 1989 e, mais tarde, trabalhou com a UE para levantar o embargo de armas contra a China. A Espanha é também membro fundador do Banco Asiático de Investimento em Infra-estruturas (BAII) e participou das cúpulas da Iniciativa Cinturão e Rota (ICR) do PCC. Empresas de telecomunicações como a Telefônica não só têm relações comerciais estreitas com a Huawei como também estão ajudando a PCC a implementar o ICR na América Latina.

A Itália é o primeiro e único país do G7 que aderiu ao ICR. Isto abriu "uma série de setores ao investimento chinês, desde as infraestruturas do país até os transportes, incluindo a possibilidade das empresas estatais chinesas deterem uma participação em quatro grandes portos italianos. O acordo deu à China comunista uma base no coração da Europa", de acordo com um artigo do The Federalist de 17 de março.

Por outro lado, Taiwan vem distanciando-se do PCC há décadas, muito antes do surto do coronavírus. Com uma população de 23,8 milhões de habitantes (cerca de metade da Espanha e um terço da Itália), Taiwan tem até agora apenas 385 casos com 6 mortes, apesar de estar apenas a 100 milhas da China.

Diga não ao PCC

Quando os EUA se tornaram o novo epicentro da pandemia, muitos perceberam os danos que o PCC causou e começaram a exigir que o PCC fosse responsabilizado por isso.

De acordo com um comunicado de imprensa do Congresso Norte-americano de 24 de março de 2020, a Congressista Elise Stefanik (R-NY) apresentou uma resolução no Parlamento solicitando uma investigação sobre o acobertamento do Partido Comunista Chinês relativamente à propagação precoce do coronavírus. "A resolução insta a China a reembolsar todas as nações afetadas devido ao acobertamento intencional e precoce do vírus mortal feito pela China", escreveu o comunicado de imprensa.

O senador Josh Hawley (R-MO) introduziu uma legislação complementar no Senado: "Desde o primeiro dia, o Partido Comunista Chinês mentiu intencionalmente ao mundo sobre a origem desta pandemia. O PCC estava ciente da realidade do vírus já em dezembro, mas ordenou aos laboratórios que destruíssem as amostras e obrigou os médicos a manterem o silêncio. Chegou o momento de uma investigação internacional sobre o papel que o seu acobertamento desempenhou na propagação desta pandemia devastadora. O PCC deve ser responsabilizado por aquilo que o mundo está agora sofrendo".