(Minghui.org) Em maio de 1994, ao voltar para a China para visitar minha família, foi a primeira vez que ouvi sobre o Falun Gong. Rapidamente imergi no Zhuan Falun e o achei muito profundo para entender. Depois que voltamos para os Estados Unidos, meu marido não conseguia parar de falar sobre como o Falun Gong é bom. Fiquei me perguntando como ele, com um doutorado e um mestrado em ciências, poderia ser tão interessado em qigong. A primeira vez que recebemos as fitas de áudio do seminário de nove dias do Mestre Li em Jinan, meu marido e eu terminamos as fitas em dois dias. Eu ficava dizendo para mim mesma: “Então, é a verdade da vida! Parecia razoável, mas é real? ”Como eu poderia desistir da ideia de buscar interesses materiais como o propósito da vida? Foi muito difícil para mim.

Então, em outubro de 1995, minha mãe morreu de câncer. Eu estava em choque profundo e pensei muito. Não conseguia entender por que ela deixaria este mundo na idade em que poderia aproveitar sua vida depois de décadas de trabalho duro. Sob a influência do meu marido, tentei ler o livro várias vezes, mas nunca o terminava devido aos fortes apegos que tive e a outras formas de interferência.

Em março de 1997, tive a sorte de comparecer à conferência do Falun Dafa em Nova York e ouvir a palestra do Mestre Li. Naquela época, eu ainda não havia terminado de ler o Zhuan Falun e estava cheia de todos os tipos de apegos. Tinha apenas idéias vagas do que o Mestre Li estava dizendo, mas podia sentir uma força indescritível sacudindo muito no fundo do meu coração. Depois da conferência, meu marido perguntou se eu me tornaria uma verdadeira cultivadora. Eu disse sim. Então, no dia seguinte, quando eu estava hospedada na casa da minha amiga, meu relógio e anel de diamantes desapareceram. E não estavam em nenhum lugar.

Também enfrentei tribulações e conflitos com minha sogra. Desde que casei com meu marido eu nunca consegui me dar bem com minha sogra. Sou uma pessoa de gênio forte. Sempre me preocupo com a forma que as outras pessoas pensam de mim e temo que elas me critiquem ou se aproveitem de mim. Minha sogra é uma pessoa direta com uma língua afiada e favorece o filho. Aos seus olhos, eu nunca consigo fazer o certo enquanto ele nunca está errado. Em 1995, quando tive a minha primeira filha, ela veio ajudar e ficou conosco. Houve conflitos, um após o outro. Eu estava muito estressada e chateada ao ponto de não aguentá-la mais. Constantemente eu reclamava com o meu marido. Ele tentou me consolar, mostrando o que o Mestre Li disse em Zhuan Falun, mas eu simplesmente não conseguia superar o fato de que tinha que respeitar o Dafa, tolerando e perdoando. Depois de participar da conferência em 1997, percebi que não podia evitar os obstáculos. Decidi e me preparei para o que quer que viesse. Com certeza, no dia seguinte, quando estávamos fazendo o trabalho doméstico juntas, minha sogra, sarcasticamente, começou a reclamar de mim. Como eu estava preparada, consegui manter a compostura o tempo todo.

Depois disso, achei que tinha me saído muito bem. Durante esse período, fiquei em casa criando minha filha e não saía muito. A vida era tranquila e simples, mas minha mente não permanecia quieta nem tranquila. A injustiça e os comentários negativos da minha sogra continuavam a aparecer em minha mente. No começo, eu não prestei muita atenção a isso, mas gradualmente comecei a brigar com ela em minha mente. Mesmo tendo começado a praticar os exercícios, não passei muito tempo lendo os livros do Mestre Li. Eu era a mesma pessoa. No fundo do meu coração, nada mudou. Eu fiquei ressentida. Até senti que era um pouco estúpida por não proteger meus próprios interesses ao ser testada. Eu deveria discutir com ela e decidir quem está certa e errada. Pouco a pouco voltei a ser uma pessoa comum.

Embora, tivesse parado de estudar os ensinamentos e de fazer os exercícios, eu ainda gostava de assistir aos videos das palestras do Mestre Li em vários locais e ler os artigos de compartilhamento de experiência de outros praticantes. Mesmo me sentindo deprimida, eu não estava disposta a deixar meu apego à fama, interesse e sentimentalismo. O Dafa soava ótimo, mas para mim era impossível viver de acordo com ele.

O problema se arrastou até março de 1998, quando meu marido foi à conferência de Nova York e trouxe de volta as fitas das palestras do Mestre Li. Mais uma vez eu peguei o Zhuan Falun. Eu disse a mim mesma que desta vez eu não deveria largar o livro até terminá-lo. Finalmente, quatro anos depois de ter ouvido falar sobre o Falun Gong, terminei o Zhuan Falun, e mais uma vez determinei que seria uma verdadeira cultivadora.

Depois, imediatamente, veio um teste sobre o sentimentalismo entre marido e mulher. Eu era muito sentimental e autopiedosa, valorizando muito o carinho entre marido e mulher. Meu coração retorcia e virava sempre que meu marido não me tratava bem ou não prestava atenção em mim. Para mim, era impossível levar esse sentimentalismo de forma leve e muito menos deixá-lo de lado. Esse apego tinha sido uma grande barreira me impedindo de ser uma verdadeira cultivadora. Durante esse tempo, por um motivo qualquer, eu não passei muito tempo com meu marido e me senti esquecida. Parecia que tudo era culpa dele. Algumas vezes tentei falar com ele, mas meu esforço foi em vão. Estava confusa. Certa vez, quando estava lendo, deparei-me com as palavras do Mestre Li:

"Sempre que lhe aparecer este ou aquele tipo de interferência na prática, você deve buscar a causa dentro de si mesmo e descobrir que coisas você ainda não abandonou.."(Zhuan Falun)

Mais tarde, em uma discussão com outra praticante sobre o assunto, ela citou o Mestre Li dizendo que devemos olhar para dentro sempre que houver um conflito. Percebi que a verdadeira causa do problema ainda estava dentro de mim, não importava o quão superficialmente fosse a culpa do meu marido. Minhas emoções pesavam muito em mim. Eu estava acusando meu marido, sentindo que meus próprios interesses estavam feridos. Estava me protegendo usando as palavras do Mestre Li e indo contra a verdadeira natureza do universo. Mesmo percebendo a verdade, eu ainda achava muito difícil abandonar o apego. Sentindo a dor de não conseguir abandonar o apego, continuei lendo os livros para ajudar a resistir aos maus pensamentos e aos poucos achei o apego cada vez mais trivial. Aos poucos, meu relacionamento com meu marido tornou-se harmonioso. Eu nunca me senti tão aliviada em minha vida.

Sou uma mãe que trabalha tempo integral com uma criança de dois anos e uma de quatro. Todos os dias me levanto ao raiar do dia e quando vou para a cama, geralmente, são dez ou onze horas da noite. Depois do jantar, enquanto as crianças estão brincando, eu encontro um tempo para ler e me exercitar. Eu costumava brincar com minhas filhas desatentamente e tentava me esconder delas sempre que podia. Quanto menos eu quisesse que elas me encontrassem, mais elas me encontrariam. Eu gostaria de ter um ambiente de cultivo como dos praticantes sem filhos. Com um tipo de mentalidade tão errada, eu tinha pouca paciência com as crianças. As vezes, eu ficava com raiva delas. Rapidamente, eu estava me perguntando o que tinha acontecido e onde estava minha compaixão? Por que eu sempre não conseguia colocar os outros antes de mim mesma? O ambiente mais difícil não é a melhor oportunidade de melhoria para um praticante? Então eu comecei a assistir o vídeo do seminário de nove dias do Mestre Li com elas e li Zhuan Falun para elas. Desde que me acalmei, as crianças também mudaram. Minha filha de quatro anos insiste para que eu leia o livro quando ela vai dormir. A menor não permite que eu apague a luz até que ela adormeça, para que eu possa ler enquanto estou sentada na cama dela.

Mesmo que, em 1998, eu tenha decidido novamente ser uma cultivadora, eu ainda não consegui melhorar o relacionamento conturbado com a minha sogra. Eu tinha escolhido ficar longe dela para minimizar o contato desnecessário. No início deste ano, meus sogros decidiram nos visitar novamente nos Estados Unidos. Eu estava bastante nervosa na época e não queria que eles viessem. Disse ao meu marido: "Somos absolutamente capazes de cuidar de nossos filhos sozinhos. Tudo o que você quer é descansar, já que seus pais vão ajudá-lo. Qual é o nosso problema em suportar um pouco mais de dificuldade"? Eu sabia que estava errada, mas ainda usava o Dafa como uma desculpa para me proteger. Acredite ou não, depois de tudo, meus sogros decidiram não tirar o visto. A viagem foi adiada. Pensei comigo mesma que tinha sorte.

Em março de 1999, participei da conferência do Falun Dafa em Nova York. Fiquei profundamente comovida com as experiências de cultivo de outros praticantes e, também, pude descobrir onde fiquei para trás. No dia seguinte à minha volta para casa, meus sogros telefonaram e disseram que iriam solicitar o visto. Após vários dias, soubemos que eles iriam nos visitar no mês de maio. Neste momento, comecei a me acalmar e percebi que sem um ambiente difícil, o meu apego não poderia ser eliminado. Meu "medo" de encarar minha sogra era em si um apego que eu deveria abandonar.

No dia da chegada dos meus sogros, me ofereci para buscá-los no aeroporto. Nos dias seguintes, encontrei muitas oportunidades para melhorar meu caráter. Às vezes eu era capaz de superar o obstáculo e as vezes não. Houve ocasiões que parecia me conduzir de acordo com o Dafa, mas não do fundo do meu coração. Quando isso acontecia, o mesmo obstáculo ocorria novamente. Em todos os conflitos, se o meu apego emergisse, a atmosfera também, negativamente, mudaria. Após chegarem, meus sogros plantaram muitos tipos de verduras no quintal e gastaram muito tempo e esforço na jardinagem. Um dia após voltar do trabalho, minha sogra me disse que algumas das plantas recém-cultivadas estavam cortadas uniformemente, como se tivesse sido feito por um par tesouras. Ela me questionou e fez acusações indiretas. Imediatamente senti que ela suspeitava de mim. Me senti tratada injustamente e magoada. Logo me acalmei e percebi que o que acabara de acontecer não era acidental. Eu não tinha a mentalidade certa quando respondia suas perguntas, só estava preocupada em ser acusada injustamente e não me colocava no lugar dela. Depois que me acalmei, comecei a ajudá-la a descobrir o que havia acontecido com as plantas. Mais tarde, coloquei uma cerca no jardim em volta dos vegetais. Alguns dias depois, minha sogra me disse que descobrira que era um esquilo que havia comido as plantas.

Durante uma das conversas com meu marido, eu disse que dessa vez, minha sogra parecia ter mudado. Ele respondeu: "Eu não acho que ela mudou. Ela ainda fala da mesma maneira e trata você da mesma maneira. Você quem mudou." Antes de voltar para a China, meu sogro me disse: "Você amadureceu desde que começou a praticar o Falun Gong. Sua sogra ainda não fez nenhum comentário negativo sobre você na minha frente". Minha sogra também me disse: "Como você pode ser tão energética após um longo dia de trabalho?"

Desde julho de 1999, o Dafa tem encontrado tribulações sem precedentes. Como muitos outros praticantes, fui a Washington. Enquanto estava lá, tive muitas oportunidades de trabalhar com outros praticantes para promover o Dafa. Vi como outros praticantes estavam sempre tentando entender tudo com base nos princípios do Dafa. O que quer que fizessem ou dissessem, sempre tinha que ser com corações compassivos e de uma maneira calma e pacífica. Em contrapartida, eu me vi nervosa, inquieta e facilmente excitada, mas percebi que era de fato um bom ambiente de cultivo e me entendi um pouco.

Inicialmente pensei que estaria Washington por apenas um dia. Depois que cheguei, senti que deveria ficar por mais tempo. Então estava me perguntando como pedir ao meu chefe uma folga. Eu trabalho para uma pequena empresa e tenho responsabilidades que são difíceis de serem cobertas pelos outros. Existia um projeto que tinha um prazo curto de entrega. No entanto, eu tinha apenas um pensamento em mente: eu tinha que ficar mesmo que isso custasse o meu trabalho. Liguei para o meu chefe e tentei o meu melhor para explicar a situação e a minha disponibilidade em fazer horas extras assim que voltasse. Meu chefe não ficou muito feliz e deu a entender que eu poderia perder meu emprego. Depois da conversa, fiquei preocupada a maior parte do dia. Deixar de lado o apego de interesse pessoal é sempre mais fácil falar do que fazer. Após repetidas lutas mentais, descobri meus apegos ao medo, fama e ganho pessoal. Após voltar de Washington, tive uma conversa franca com meu chefe. Também finalizei o meu projeto no prazo. Duas semanas depois, meu chefe me deu um aumento.

Olhando para o meu caminho de cultivo, quase ignorei o Dafa. A benevolência do Mestre Li tem me dado oportunidades o tempo todo. Ele me entregou essa grande lei do universo e ajudou a purificar meu corpo. O Mestre Li aproveita todas as oportunidades para me ajudar a abandonar todos os meus apegos para me tornar uma verdadeira praticante. Ele me ajudou a descobrir a verdade da vida. Sei que ainda tenho muitos apegos para abandonar e tenho um longo caminho a percorrer no meu cultivo. No entanto, o Dafa está profundamente enraizado no meu coração. Nada e ninguém pode abalar minha determinação em ser uma verdadeira cultivadora!